Onze Anos Após Arosa, Parte 6

laitman_752_3A Vida Que Nunca Acaba

Pergunta: O mundo se desenvolve apenas de acordo com o programa nele embutido ou há um lugar para o acaso?

Resposta: Não há nada acidental em nosso desenvolvimento. O início da criação e o seu fim estão conectados, como está escrito: “O fim da ação está no pensamento inicial”. Portanto, não pode haver erros ou imprecisões no processo de evolução. Estatística e finanças usam projeções e cálculos aproximados, mas é apenas porque não sabemos os fatos exatos.

Na natureza não há nada aproximado; tudo é determinado unicamente pelo estado final que marca o início. Uma pessoa avança na escuridão, sem saber o que a espera. Mas isso é impossível na evolução da natureza. Pelo contrário, o fim é predeterminado e, portanto, como alcançá-lo é conhecido.

O exemplo que demonstra isso é a enguia elétrica que captura a presa com choques elétricos de 500 volts. Parece que essa propriedade teve que ser desenvolvida gradualmente no curso da evolução.

Mas se a carga original da enguia não fosse 500 volts, mas 1, 5, ou 100, não ajudaria a pegar a rapina já que 500 volts é exigido! Então, como essa qualidade foi desenvolvida nela, se a pequena tensão não traria nenhum benefício?

No entanto, “o fim da ação está no pensamento inicial”; essa regra é válida sempre e em toda parte. Portanto, a natureza indubitavelmente avança, mas esse é o caminho do sofrimento devido aos golpes que forçam a transição para o novo estado. Todas as criaturas e células vivas são forçadas a se anular e morrer, mas não há perda.

Na natureza, a lei do altruísmo opera, segundo a qual toda criatura se anula em prol do sistema geral. Isso acontece automaticamente, não conscientemente. Somente quando alcançamos o nível humano nos deparamos com um problema.

Afinal, uma pessoa deve cumprir essas leis de conexão altruísta e anular seu egoísmo por sua própria vontade. Dessa forma, ela se torna semelhante à força superior, o Criador.

A vida é conexão, e uma pessoa aspira a essa conexão quanto à essência da vida. Devido à sua anulação em prol da conexão com os outros, como uma célula no corpo saudável, ela começa a sentir e revelar a força superior. Dessa forma, alcança uma equivalência de forma com o Criador.

Portanto, o Criador inicialmente criou o desejo de desfrutá-lo e destruí-lo para que a pessoa tivesse a oportunidade de renunciar ao seu egoísmo e tornar-se semelhante ao seu Criador, o grau superior. Quanto mais nos anulamos, renunciando ao nosso egoísmo, mais alto subimos alcançando equivalência com o nível superior.

Ao matar nosso desejo egoísta, nos tornamos livres dele e podemos subir ao próximo grau. Aquele que é capaz disso, revela que a vida está precisamente em se anular e em alcançar a existência superior. Não há morte, há sacrifício pessoal em prol da conexão. A unificação é o principal objetivo e a ideia da vida.

Portanto, a quebra foi necessária. O reconhecimento da nossa quebra é o fundamento para implementar a correção, ou seja, a unificação.

Eu me anulo em prol da existência no grau superior onde continuo a viver. Afinal, minha ideia, meu desejo, e tudo feito por mim existe lá, como se eu tivesse continuado a viver em meus filhos, e eles em seus filhos, e assim por diante. Aquele que mata seu egoísmo atual recebe o próximo grau: a eterna continuação.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/01/17, Lição sobre o Tópico, “Mismah Arosa“, (Documento de Arosa)