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Onze Anos Após Arosa, Parte 1

Laitman_004Comentário: Em janeiro de 2006, no relatório do Fórum Internacional em Arosa, você alertou sobre o início da crise global e aconselhou como evitá-la. Hoje, onze anos depois, nós devemos voltar a esse relatório e olhar para ele a partir do estado atual do mundo.

Do artigo “Crise e sua Solução” para o Fórum de Arosa, 2006

Evidência da Crise

A crise global da humanidade é óbvia: depressão, drogas, colapso da família, terrorismo, sistemas sociais incontroláveis, a ameaça do uso de armas nucleares, catástrofes ecológicas, e assim por diante. Por exemplo, de acordo com os dados publicados pelo Conselho Europeu no “Livro Verde”, os europeus sofrem de depressão grave que leva a 58.000 suicídios por ano, e 30% de todos os cidadãos da UE sofrem de um transtorno mental.

A ameaça iminente para a existência da humanidade está crescendo constantemente como resultado do uso de armas nucleares. De acordo com cientistas de renome, a humanidade não tem muito tempo para evitar que essa crise se desenvolva numa direção indesejável: uma guerra mundial termonuclear ou uma catástrofe ecológica global.

Minha Resposta: Onze anos atrás, as pessoas não queriam admitir que a crise tinha começado e não acreditavam que as coisas estavam tão ruins. Um dos cientistas americanos que conheci naquela época queixou-se de que a discussão da crise global era proibida pela associação de cientistas.

Hoje, é impossível impor essa proibição porque a crise se tornou aparente e afetou todos de alguma forma, todas as famílias e todos os países. A situação na Europa em que o Fórum de Arosa foi realizado mudou drasticamente. O mundo avançou ainda mais no reconhecimento do mal. No entanto, o perigo é que a humanidade ainda não saiba onde está.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/01/17“Mismah Arisa” (Documento de Arosa)

O Avanço Ocorre Apenas Em Um Grupo

laitman_528_01Pergunta: Nós aprendemos que devemos avançar através do estudo no grupo físico ou virtual. O que eu posso fazer se não tenho vontade de me envolver com um grupo?

Resposta: Eu não posso imaginar como é possível de outra forma. Você quer esperar pelos golpes do destino até se tornar mais sábio?

Eu só posso dizer uma coisa: ninguém quer chegar a um grupo para ser corrigido. Uma pessoa simplesmente deve decidir por si mesma em que medida isso é necessário. Feche os olhos, curve a cabeça e comece a se dissolver no grupo.

Participe de todas as atividades comuns e eu asseguro que uma força espiritual imensa e positiva começará a influenciá-lo. Depois de um curto período de tempo você vai sentir que a participação em um grupo cria especificamente isso dentro de você. A força positiva irá equilibrar a força negativa, e você vai ser capaz de existir no sentimento do mundo superior.

Da Lição de Cabalá em Russo 03/07/16

Ansiar Pela Conexão Com A Fonte

Laitman_137Pergunta: Se lermos uma fonte Cabalística e não entendermos nada, a Luz agirá e nos influenciará de qualquer maneira? Em um caso como esse, nós avançamos?

Resposta: Sim, vocês avançam de qualquer maneira, mas é desejável ler partes que sejam um pouco compreensíveis para que vocês tenham uma conexão com a fonte.

Pergunta: Talvez seja melhor fazer um esforço para entender alguma coisa?

Resposta: É sempre necessário fazer um esforço.

Da Lição de Cabalá em Russo 24/07/16

Egoísmo A Serviço Do Mundo

laitman_939_01Baal HaSulam, “Paz No Mundo”: E é natural que cada indivíduo se sinta no mundo do Criador, como único governante, e que cada um criado ao seu lado, não foi criado senão para facilitar e melhorar sua vida de tal maneira que não sente nenhuma obrigação em dar algo em troca.

E para simplificar diremos que a natureza de cada indivíduo é de explorar as vidas de todas as outras pessoas no mundo para seu próprio benefício, e tudo o que dá ao outro, é sempre por necessidade. Até nisso há exploração, mas é feita com astúcia para que seu amigo não sinta isso.

É possível que uma pessoa nem sinta que usa o outro quando dá, mas não pode ser que damos algo desinteressadamente. De qualquer forma, será com a intenção de receber.

E a razão para isso é que a natureza de cada ramo está perto da raiz. E como a alma do homem se estende do Criador, que é Um e Único, e como tudo é Dele, portanto, também o homem, que se estende Dele, sente que todas as pessoas no mundo devem estar sob seu próprio governo e para o seu uso particular. E essa é uma lei que não pode ser violada…

Essa lei pode ser chamada de “lei da singularidade no coração do homem”. Ninguém escapa dela, mas cada um toma sua parte nessa lei: o grande de acordo com seu tamanho e o pequeno de acordo com o seu tamanho.

Assim, a lei citada acima da singularidade na natureza de cada pessoa não pode ser condenada nem elogiada, pois é uma realidade natural, e tem direito de existir como qualquer outro detalhe da realidade. E não há esperança de erradicá-la do mundo ou até mesmo borrar um pouco a sua forma. Assim como não há como erradicar a espécie humana inteira da face da terra. Portanto, não estaríamos de forma alguma mentindo se disséssemos que essa lei é uma verdade absoluta.

É claro que essa é a nossa natureza. O importante é não esconder essa lei – essa “verdade absoluta” de que só o nosso egoísmo opera em toda a realidade – mas usá-la corretamente. Afinal, o egoísmo é a única matéria da criação, e se não aprendermos a usá-lo corretamente, sofreremos todas as nossas vidas.

Toda a vida de uma pessoa, desde o nascimento até a morte, é uma luta. Como é possível desfrutá-la e alcançar uma vida eterna e perfeita? Para isso, não precisamos destruir nosso egoísmo, mas usá-lo adequadamente.

Não há nenhuma força no mundo que possa corrigir o nosso egoísmo. Portanto, as pessoas pensam que não há solução. Todos os governos, filosofias, nações do mundo e os mais sábios conselheiros presidenciais não podem recomendar nenhum método para corrigir o egoísmo humano. A competição e o uso dos outros permanecem.

Apenas a sabedoria da Cabalá ao atrair a força superior que não é inerente ao nosso nível, à nossa vida nesse mundo, nos ajuda a atrair a força do amor e pode nos mostrar como trabalhar corretamente com o nosso egoísmo. Acontece que o egoísmo é muito útil porque nós construímos o sistema de conexões acima dele. Elevando-se acima do nosso egoísmo na forma oposta a ele, descobrimos a força superior da natureza.

O egoísmo tem um número infinito de formas de conexões egoístas entre nós, e todas elas são formas da força superior de amor e doação, mas opostas, como um selo e sua marca. Se não fosse pelo egoísmo em suas várias formas, não teríamos possibilidade de revelar a forma da força superior e alcançá-la. Teria sido ilusório.

Mas como nós transformamos o ódio em amor, assim revelamos sua forma. Nós podemos experimentar tudo isso de forma prática se nos sentarmos em um círculo e em meia hora, por meio de uma simples conversa de acordo com a metodologia integral, começamos a descobrir os belos resultados de nossa conexão.

Isso ocorre apesar do fato de que pessoas com visões opostas, estranhas entre si, estão reunidas no círculo. Isso demonstra que, na realidade, há uma força positiva escondida dentro da conexão e existe entre estranhos. Se eles se sentam juntos no círculo e têm uma conversa de acordo com o método integral, começam a descobrir calor, unidade, proximidade, compreensão mútua e uma vontade de doar um ao outro.

Eles veem de que forma é possível se conectar e se preencher, e como ajudar uns aos outros no círculo. Desde a primeira tentativa, eles descobrem muitas leis de conexão.

Nosso egoísmo é um fato incontestável, e todo mundo pensa somente de forma egoísta. Também é verdade que não há outra força em nosso mundo além dele. Toda a singularidade da sabedoria da Cabalá está no fato de que ela sabe como extrair da natureza a segunda força que é positiva e compensa a força egoísta negativa para adicionar o positivo no negativo, que é a força da conexão.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/01/17, Lição sobre o Tema: “Educação para a Concessão”

“Estrangeiros” Na Terra De Israel

laitman_747_01Torá, Deuteronômio, 15:03: Do estrangeiro o exigirás; mas o que tiveres em poder de teu irmão a tua mão o remitirá.

Anteriormente na Torá, está escrito: “Não oprimis o estrangeiro que vos foi enviado” ou “foste estrangeiro na terra do Egito”, e assim por diante.

É impossível explicar essas condições no nível material porque elas variam de lugar para lugar, e de acordo com a descrição dada na Torá, de grau em grau. Portanto, não podemos olhar isso de forma puramente pragmática, de maneira material, porque tudo depende do grau espiritual.

Pergunta: O que significa no grau espiritual em particular: “Do estrangeiro o exigirás; mas o que tiveres em poder de teu irmão a tua mão o remitirá”?

Resposta: Depois de entrar na terra de Israel, todos são irmãos. Não deve haver estrangeiros na terra de Israel, porque é um estado espiritual quando o egoísmo é corrigido até certo ponto e uma interação, conexão e revelação do Criador absolutamente correta começa entre eles. Portanto, aqueles que ainda não estão prontos para isso são chamados de estrangeiros.

Um “estrangeiro” na terra de Israel é Klipa (um estado impuro). Logo que o povo de Israel entra nessa terra, eles imediatamente começam a purificá-la através de sua presença e guerras com os que ali viviam, isto é, com os desejos não corrigidos. Portanto, os estrangeiros ou as sete nações que vivem na terra de Israel simbolizam desejos egoístas dos judeus que entram nesse nível.

Pergunta: Qual foi o papel das sete nações que viveram lá até que o povo de Israel entrou esta terra?

Resposta: Elas não tinham nenhum papel. Internamente, elas existem em cada pessoa como forças impuras, não corrigidas, egoístas que são reveladas apenas quando uma pessoa luta pelo direito de estar nesse nível espiritual.

E se ela não lutar, não vai senti-las. Sem se aproximar do nível da terra de Israel, uma pessoa não pode descobrir as sete nações, isto é, sete de suas qualidades egoístas.

Comentário: É interessante que quando dizemos a uma pessoa comum na rua que a natureza humana é egoísta, ela responde: “Eu não sou um egoísta, sou um doador”.

Resposta: Claro, porque ela não revela isso dentro de si mesma.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 03/08/16

Nova Vida # 409 – O Sistema Judiciário Na Sociedade, Parte 1

Nova Vida # 409 – O Sistema Judicial Na Sociedade, Parte 1
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

Qual é o papel do sistema judicial na educação das pessoas, quem é apto para se tornar um juiz, e por que as pessoas precisam de um sistema legal para definir os valores de bem e de mal?

O sistema legal tem que educar as pessoas. Um juiz deve explicar o que é certo e o que é errado. Um juiz que entende a profundidade da criação deve mostrar quais são os desvios em relação às leis da natureza.

O sistema jurídico vem completar o que o sistema educacional não forneceu. O sistema legal deve esclarecer o que falta a uma pessoa para funcionar como membro da sociedade e se preocupar com suas realizações.

Em uma sociedade adequada, deve haver uma influência permanente do sistema geral de educação social em todos. Durante algum tempo todos os dias, todas as pessoas, das mais jovens às mais velhas, devem estar no âmbito da educação social.

No caso de alguém prejudicar o outro, todos devem se sentar e esclarecer que tipo de negligência social ocorreu.

O papel do juiz é ajudar a liderar essa investigação social para que o processo seja educativo.

De KabTV “Nova Vida # 409 – O Sistema Judiciário Na Sociedade, Parte 1”, 17/06/14