Nas Notícias (Independent): “Homem, 26 anos, solteiro, muito bem-educado, mas não um especialista em Alcorão – esse é o perfil de um lutador médio que se junta ao ISIS. …

“Outra descoberta surpreendente foi o nível de educação listado, com a maioria dos recrutas dizendo ter completado o ensino secundário e muitos listando graus de ensino superior e universitário.

“O relatório descreveu o grupo como ‘geralmente bem-educado’ e disse que, apesar de alguns dos lutadores não registrarem educação formal, um número aproximadamente igual obteve grau avançado”.

Meu Comentário: O fato de que pessoas educadas estão se juntando ao Daesh (ISIS) é um fenômeno muito interessante. Elas acham que encontraram uma ideia pela qual vale a pena viver, uma ideia no nível de vida e morte, que lhes parece ótima.

Esse é um fenómeno típico de uma pessoa educada que olha em volta e vê que o mundo está desmoronando, sem ir a lugar algum. O mundo está se tornando perdido, o mundo é superficial, nivelado a zero.

Uma pessoa procura algo para se agarrar de modo a ter uma razão para viver. Então eles começam a atraí-la. Além disso, também há o apoio de um ambiente; de repente, amigos aparecem, uma sociedade, com suas próprias ideias. Ela é “ligada”!

Não existe um conceito ideológico que a prenda, mas o que a rodeia! Provou-se que mesmo uma pessoa que serve o exército não está interessada na terra natal como quando costumavam gritar: “Pela pátria!”

O que lhe interessa são os companheiros de armas. “Nós estamos repelindo o ataque. Estamos protegendo a nós mesmos. Estamos conquistando!” Isso significa que tudo se refere ao grupo limitado onde ela sente camaradagem. Isso é o que lhe falta e é aí que ela encontra isso. Eles sabem como explorar isso no “Estado Islâmico”.

Pergunta: Como é possível atraí-los a outro lugar? É possível uma coisa dessas?

Resposta: Para fazer isso, precisamos aumentar a intensidade da vida no mesmo nível que existe nessas organizações: luta, embriaguez da luta, solidariedade, propaganda sobre a ideia que conduz e acende uma pessoa para que ela esteja sempre em um estado de revolução global. Para isso, precisamos de almas românticas, especiais. Mas precisamos também de organizadores.

Pergunta: Será que isso significa que uma ‘ideia romântica’ forte é necessária que nos queime e faça avançar? Será que tal ideia existe?

Resposta: Essa ideia existe conosco na sabedoria da Cabalá. Em contraste, eu acredito que o “Estado islâmico”, como sempre, vai avançar rumo a uma situação em que a revolução começa a “devorar” seus filhos. Eles já estão se “devorando”! Eles são incapazes de se unir, porque se eles se unem, perdem o sentido de fricção, a sensação de “centelhas” que eles criam quando estão no trabalho. Em correntes revolucionárias deste tipo, um grande número de pequenos grupos geralmente aparece e todos estão em conflito, em debates. Para eles, a felicidade é despertar o medo no mundo. Dessa forma, eles querem dizer que são especiais e dignos de alguma coisa. Então, tudo está avançando em uma única direção; o mundo está caindo em um abismo em todos os sentidos, e eles pairam sobre ele como abutres escolhendo novas vítimas. Eles se lançam sobre elas e as agarram. Não há nenhuma ideia final aqui para esses ou para aqueles. E como nós vamos abrir o ideal da sabedoria da Cabalá? Esse é outro problema.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 10/10/16

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