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JPost: “A América De Trump Pode Ser Boa Para Os Judeus”

O Jerusalem Post publicou meu novo artigo “A América de Trump Pode Ser Boa Para Os Judeus

Mas só se eles escolherem reexaminar suas atitudes em relação a sua própria identidade judaica.

A eleição de Donald Trump para presidente exacerbou a divisão na sociedade americana, mas ainda mais as contradições internas de seus cidadãos judeus. Dos mais de 70% que votaram em Clinton, a maioria sentiu raiva e ficou francamente assustada com seu próximo presidente e a onda de antissemitismo que estão experimentando. Outros judeus que votaram em Trump por sua agenda pró-Israel, argumentam que o suposto aumento no antissemitismo desde as eleições se limita a enfocar algo que era evidentemente difundido antes, embora de forma diferente, como no caso de universidades norte-americanas que estão inundadas com o pensamento politicamente correto neoliberal. Eles entendem que o antissemitismo existe tanto na direita radical como na esquerda radical, e assim não acredito que uma ou outra escolha teria garantido a sua segurança. E depois há os próprios judeus que estão divididos ao meio entre a sua educação americana e valores liberais, e sua inclinação em fazer o que é melhor para o estado de Israel. Essas diferenças podem ser facilmente resolvidas, se dermos um passo para trás e vermos o que está realmente em jogo.

Um Judaísmo Americano em Declínio

Os judeus que estão protestando contra Trump podem afirmar que a sua resistência a essa mudança é, na verdade, uma defesa de seus valores judaicos; no entanto, o que temos que ver é que o judaísmo americano estava prestes a desaparecer, graças ao período de abundância, aceitação e igualdade que causou assimilação, casamentos mistos e baixas taxas de natalidade. Pesquisas mostram um retrato muito sombrio da saúde da população judaica americana, como coloca Jack Wertheim, Professor de história judaica americana, com a rápida assimilação varrendo todos os ramos do judaísmo, exceto os ortodoxos. Seus laços com Israel também sofreram desgaste. As recentes eleições é que levaram todo o sistema liberal a um impasse, com o objetivo de voltar sua rota destrutiva em termos de economia e a absoluta instabilidade mundial alcançada, mas também entrou em choque com a base da comunidade judaica que foi perdendo alegremente a sua identidade em troca de seu sucesso. Para os judeus, a eleição trouxe o antigo conflito entre ser um povo bem-sucedido e um povo que permanece fiel às suas raízes.

A História Se Repete

Ao longo da história os judeus têm atravessado o mesmo padrão, assimilando-se em parte a uma cultura estrangeira, seja a cultura grega nos dias dos Macabeus, a da Espanha antes da expulsão espanhola, ou na Alemanha do século passado antes da ascensão de Hitler. Nesses e em muitos outros casos, o nosso povo compreendeu de maneira terrível que fazer parte do rebanho sempre foi recompensado com uma grande onda de antissemitismo que os força de volta a sua identidade judaica e sua própria cultura.

Durante séculos os Cabalistas souberam a razão para essa terrível reação. Eles entenderam que os judeus, divididos como podem parecer, na verdade têm dentro de si a promessa antiga de pavimentar o caminho para a unidade e paz para toda a humanidade.

Os judeus americanos que estão lutando com os resultados das eleições estão agora enfrentando esse mesmo conflito histórico entre lutar por seu lugar em uma cultura estrangeira e buscar novas respostas dentro de sua própria herança que pudesse realmente transformar a realidade. Eu os exorto a não esperar que antissemitas os classifiquem como judeus, mas saibam que são os únicos que possuem o seu futuro em suas próprias mãos, bem como o futuro da América e do mundo em geral. Não se trata de Trump ou Bannon, ou qualquer uma das repercussões que estamos vendo como resultado desta eleição. A chave para a calma, a paz e os valores que pretendem defender está dentro de nossas identidades judaicas e na conexão com o estado de Israel. Dentro do nosso povo há uma sabedoria antiga e a capacidade de se tornar o exemplo das relações que todos querem ver nas sociedades modernas.

O Clamor de Nossos Sábios

No início de 1900, o Rav Kook e o Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) tentaram em vão alertar os líderes das grandes comunidades judaicas da Europa Oriental sobre os resultados terríveis de seu exílio, tanto físico quanto espiritual. Meu professor, o filho do Rav Yehuda Ashlag, o Rav Baruch Ashlag, me disse algumas vezes que ele tinha visitado o primeiro-ministro de Israel, David Ben Gurion, juntamente com seu pai. Ele testemunhou as tentativas de seu pai em convencer o primeiro-ministro da necessidade de unir as diferentes facções da sociedade israelense, que estava dividida desde então, e da importância em alcançar as relações corretas com nossos vizinhos árabes. Ele explicou que o método que iria permitir que isso acontecesse existe profundamente dentro da nação judaica, na autêntica sabedoria da Cabalá; que é a nossa única esperança de alcançar a paz entre nós e com o resto do mundo, e por isso, tornar-se uma luz para as nações.

Infelizmente, Ben Gurion nunca aceitou essas recomendações como diretrizes para o seu caminho, e nós sofremos os resultados até hoje. Como agora saímos da crise neoliberal, nos encontramos em um mundo que está à procura de uma cura para suas profundas divisões e conflitos. Essa necessidade imperiosa a qual chegou a humanidade não por acaso; também não é por acaso que Israel e os judeus sempre foram colocados no centro de todas as desgraças do mundo. A razão é que os judeus têm o poder de curar e prevenir estas crises modelando e transmitindo a inclinação para ser “como um homem com um só coração” e “amar ao próximo como a ti mesmo” ao resto da humanidade pelo seu próprio exemplo. Mas eles devem primeiro descobrir essa verdade sobre si mesmos. Os Cabalistas têm tentado explicar uma e outra vez que é a falta desta compreensão que mantém as nações do mundo exigindo dos judeus a mudança de atitude, como está escrito, “Nenhuma calamidade vem ao mundo, exceto por Israel (Yevamot, 63). Essa é a razão para o ódio aparentemente infundado, que, ironicamente, está sempre fazendo com que os judeus fujam de seu papel não reconhecido.

Parado na Encruzilhada

O povo judeu nunca foi capaz de escapar de sua missão histórica. Paradoxalmente, foram os inimigos dos judeus que mantiveram o judaísmo vivo. Mas não tem que ser assim para sempre. Essa eleição traz a possibilidade de mudança de um caminho que parecia confortável por enquanto, mas que estava efetivamente levando os judeus americanos à extinção e o mundo ao caos. Nessa encruzilhada crítica, nós devemos escolher quebrar o padrão antigo que faz sentido para uma lógica liberal ocidental, mas que, na verdade, é ilusório e prejudicial para a alma judaica. Opondo-se Trump, os judeus não estão se opondo ao racismo ou ao ódio, estão apenas tentando voltar a um sistema que lhes permitiu as liberdades de fugir de seu destino. Eles devem escolher se reconectar a Israel e ao verdadeiro destino que ele detém como uma luz para as nações. Essa é a única maneira que irá garantir que a presidência de Trump se afaste da extrema direita e vá para o caminho do meio, tornando-se uma oportunidade histórica de reformular as relações e atitudes falhas do passado, trazendo segurança, bem-estar e prosperidade para todos.

Michael Laitman é professor de Ontologia, PhD em Filosofia e Cabalá, com mestrado em Medicina Bio-Cibernética, e foi o principal discípulo do Cabalista, Rav Baruch Shalom Ashlag (o Rabash). Ele já escreveu mais de 40 livros, que foram traduzidos em dezenas de idiomas.

Do Jerusalem Post, 24/11/16

Fidel Castro Faleceu

Minha única interação com Fidel Castro foi um encontro com sua filha, Alina Fernandez Revuelta, em 7 de junho de 2007, em uma entrevista na rádio WQBA 1140 am Univision, em Miami, em relação à publicação do meu livro Seus Objetivos na Vida em espanhol. Alina fugiu de Cuba e por muitos anos tem exposto as ações de seu pai e seu irmão.

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Blitz de Dicas De Cabalá – 10/07/16, Parte 2

laitman_219_01Pergunta: Existe uma pergunta que você gostaria de responder antes de perguntarmos?

Resposta: Não. Eu quero responder apenas as perguntas que vocês pedirem.

Pergunta: Como o ego é dividido entre sete bilhões de pessoas?

Resposta: O ego é dividido em cinco níveis de desejo egoísta: zero, 1, 2, 3 e 4. Toda a humanidade existe dentro disso e avança rumo ao objetivo da criação, chegando gradualmente ao reconhecimento de que o ego é mau.

Pergunta: Se milhares de pessoas começassem a ansiar pelo desenvolvimento e autoconsciência, a crise acabaria?

Resposta: Com certeza. Na verdade, não há crise; é apenas uma ilustração de nossa situação.

Pergunta: Como o trabalho dos Cabalistas é projetado no mundo externo?

Resposta: Se um Cabalista consegue atrair as pessoas a pensar e refletir o seu destino, a liberdade de escolha, e a ascensão ao próximo nível, isso se reflete bem em toda a humanidade. Todos sentiriam menos pressão e conseguiriam mais possibilidades para pensar e tomar as decisões certas.

Pergunta: Quantas pessoas devem alcançar a unidade entre si para evitar uma terceira guerra mundial? Que qualidade deve existir nessas almas?

Resposta: Deve haver 600.000 almas como essa e sua qualidade deve ser tal que elas anseiam pela conexão mútua entre si, como é descrito na sabedoria da Cabalá, como um bando de pássaros ou um cardume de peixes.

Pergunta: No futuro, um governo global altruísta será estabelecido, em vez de organizações como as Nações Unidas, que se tornaram apenas uma vitrine?

Resposta: Sem dúvida. Isso foi descrito em “A Última Geração”.

Pergunta: Pode-se dizer que todos os milhões de pessoas no mundo que alcançaram familiaridade com a sabedoria da Cabalá são os primeiros sinais da última geração?

Resposta: Sem dúvida. Essas pessoas também são chamadas de “nova geração”; a “última” geração nesse nível e a “nova” geração no próximo nível.

Pergunta: De qualquer forma, o mundo físico em que vivemos vai acabar. Será que podemos esperar que haverá algo de bom depois?

Resposta: No devido tempo podemos esperar o próximo nível de desenvolvimento. Nós estávamos antes no nível inanimado, depois no nível vegetal, depois no nível animal, e agora estamos no nível humano; o próximo nível será o nível espiritual. É assim que avançamos. No nível espiritual, também existem muitos níveis e subníveis, até o mundo do infinito.

Da Lição de Cabalá em Russo 10/07/16

Hierarquia Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Deve haver um mediador entre a pessoa e o Criador?

Resposta: Claro, este é o grupo facilitador onde a pessoa descobre a força que a corrige, o Criador.

O professor é mais um guia que um mediador; o aluno não pode ficar encerrado somente no professor, porque perderia o incentivo para se desenvolver. Em primeiro lugar, ele deve se agarrar passivamente ao professor.

Em segundo lugar, o aluno recebe sempre a Luz Superior através do professor; é um processo hierárquico totalmente preciso do superior para o inferior. O superior se volta para cima com o pedido do inferior, recebe a porção da Luz, e passa ao inferior a sua parte. Essa é uma estrutura fixa desde Adão até os dias atuais. Essa hierarquia é essencial e por isso os meus alunos também avançarão por mim, porque eu precedi vocês.

Aqueles que vierem depois de vocês e forem seus alunos vão receber a Luz através de vocês. Tudo isso é explicado na parte quinze do Talmud Eser Sefirot. O superior sempre sobe ao topo, recebe uma porção dobrada devido ao inferior, depois a transmite a ele. Portanto, a hierarquia é necessária.

Mas o mais importante é que vocês devem entender que a implementação não está na sua conexão com o professor. Vocês devem confiar plenamente no professor e seguir o seu conselho, mas a realização está no grupo.

Da Lição de Cabalá em Russo 09/06/16

Por que O Islã É Tão Popular?

Laitman_049_01Pergunta: O Islã (islamismo) é a religião mais nova, classificada em segundo lugar, ou talvez agora até mesmo em primeiro lugar, depois do cristianismo pelo seu número de seguidores. O que torna essa religião popular?

Resposta: A Cabalá salienta explicitamente que no fim dos dias do mundo, antes dele começar a se aproximar de sua correta conclusão, a integração global, haverá um período em que o Islã se tornará a religião mais forte ou o movimento mundial mais forte.

Isso foi escrito há milhares de anos pela Cabalá! Guerras ideológicas serão travadas de forma contínua, com ações militares as acompanhando. Afinal de contas, a espada está representada na bandeira islâmica por uma razão.

Pergunta: De onde vem a popularidade da religião do Islã?

Resposta: Sua popularidade se deve ao fato de que o Islã une todos os seus apoiadores e está em conformidade com as massas. Essa religião tem um conjunto de todas as variações possíveis, a fim de se juntar a qualquer ambiente ou movimento. Portanto, o Islã é muito amplo.

Pode-se dizer que o Cristianismo também é muito fragmentado. Realmente, mas é uma religião mais velha. Longe vão os dias das Cruzadas, as guerras religiosas que se alastraram uma vez na França, Alemanha e Inglaterra, entre a Áustria e a Espanha, e assim por diante. Tudo acabou muito rapidamente porque a ciência estava se desenvolvendo nesses locais afetada pela Inquisição, em paralelo a ela e lutando com ela.

É diferente com a mentalidade árabe. O Islã é basicamente uma religião dos habitantes pobres e despretensiosos dos desertos e regiões como Oceania, Indonésia e África. Ele se dirige às pessoas simples, despretensiosas e tacanhas. Ele pode lhes dizer muito a esse respeito. Afinal, o que elas precisam observar? Namaz e praticamente nada mais.

Por outro lado, eles recebem suporte em todo o mundo. Hoje nenhuma religião e nenhum movimento tem o poder de resistir a isso porque eles são decrépitos. Precisamente sobre esse pano de fundo surge o Islã moderno.

Nós devemos entender que esse não é o Islã que durante séculos esteve em um estado adormecido na Arábia, norte da África e desertos asiáticos até o Afeganistão e mais além. Esse é um tipo diferente de Islã.

O verdadeiro Islã é o Sufismo que fala sobre a unidade e igualdade e é reflexo do judaísmo.

No entanto, hoje o Sufismo está completamente esmagado e é impopular. Os sufis foram forçados a deixar os países árabes e se mudar para outros lugares. Eu me encontrei com alguns na América, Holanda e Inglaterra. Infelizmente, a Cabalá árabe chamada de “Sufismo” desapareceu. Na superfície se eleva o espírito agressivo da conquista, apoiado por uma ideologia especial que quer que o mundo aceite o Islã de qualquer forma.

Pergunta: Será que tem que ser dessa maneira do ponto de vista da Cabalá?

Resposta: Não. A sabedoria da Cabalá descreve a trajetória histórica de todas as nações e religiões. Na sabedoria da Cabalá está escrito que mesmo o Judaísmo negou e rejeitou a sabedoria da Cabalá e tornou-se uma religião que congela seus adeptos, o Cristianismo desaparecerá gradualmente, enquanto o Islã, que ficou adormecido por muitos anos do século VII d.C. até hoje, deve especificamente “incendiar-se” hoje em dia, e depois de certo período de tempo vai desaparecer como o resto das religiões.

Afinal, nenhuma delas está envolvida com a descoberta do mundo superior, de modo que a humanidade em desenvolvimento não pode obter nenhuma satisfação através delas. Nós já estamos chegando a isso.

No futuro, veremos que todas as religiões desaparecerão e, em vez delas, a humanidade descobrirá o verdadeiro estado do universo, ou seja, a sua relação e conexão com a força superior, na forma de realização absoluta.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 26/09/16

No Sistema Geral Das Almas

laitman_929Torá, Deuteronômio, 12:21: Se estiver longe de ti o lugar que o Senhor teu Deus escolher, para ali pôr o seu nome, então matarás das tuas vacas e das tuas ovelhas, que o Senhor te tiver dado, como te tenho ordenado; e comerás dentro das tuas portas, conforme a todo o desejo da tua alma.

Se uma pessoa vivesse longe de Jerusalém, e no passado viver a 100-200 quilômetros da cidade era considerado uma grande distância, ela não tinha que viajar para lá para pagar o dízimo ao Templo de Jerusalém ou para doar um cordeiro, porque poderia passá-lo aos representantes locais (Cohanim) no lugar onde morava. E estes, por sua vez, passavam o dízimo à Jerusalém.

Naquela época, tudo era muito bem organizado localmente: serviços, educação, desenvolvimento e escolas. Todo mundo tinha que aprender a executar determinadas obrigações para a sociedade, pagar impostos, e tudo isso era gravado por funcionários públicos – os levitas e Cohanim.

Portanto, não era necessário ir a Jerusalém para entregar algo aos cofres do Estado. Tudo estava disponível localmente.

Do ponto de vista espiritual, todos nós estamos no sistema geral, e através do seu centro de força, a Luz Superior é revelada e difundida para todo o sistema. No entanto, uma pessoa não precisa estar no centro desse sistema, não é sequer o seu lugar. Seu lugar é onde ela está e de onde deve estar devidamente conectada ao sistema que a rodeia, a fim de criar uma conexão integral com ele.

Pergunta: O que significa “dentro das tuas portas”?

Resposta: Portas (portões) significam essas condições, de acordo com as quais você se conecta com o sistema comum: você o afeta e ele afeta você; você dá tudo para que ele funcione corretamente, e ele lhe fornece tudo que for necessário para existir nele. Portas são o poder de sua conexão interna com o sistema comum das almas, a fim de organizar a alma comum: Adão.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 06/07/16

Nova Vida # 786 – Realidade Virtual

Nova Vida # 786 – Realidade Virtual
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

A humanidade sempre buscou maneiras para tornar a nossa vida cinzenta mais brilhante.

Pontos principais:

  • Assim como as crianças, nós inventamos diferentes jogos para passar o tempo, mas se escapamos da vida real através desses jogos para um sonho virtual, prejudicamos a nossa evolução como seres humanos.
  • Não estou me referindo à tecnologia avançada que torna a nossa vida mais fácil, mas à fuga da realidade.
  • Não podemos prever como os jogos virtuais irão afetar o comportamento humano.
  • Você pode manipular uma pessoa como quiser, e aqueles que ganham com isso vão fazer isso.
  • Nossa evolução como seres humanos exige o estabelecimento de conexões mais estreitas e calorosas entre as pessoas, mas nós estamos fugindo para os jogos virtuais.
  • Estes não são apenas jogos, porque um jogo me muda como pessoa. Ele muda minha atitude perante a vida.
  • A elite pensa que a maioria das pessoas é redundante de qualquer forma, e assim, em vez de causar problemas, é melhor se elas jogarem.
  • Nós teremos que decidir para onde a humanidade está indo, já que fugindo podemos estar abrindo o portão para o nosso “cemitério”.
  • A fuga para um mundo virtual não vai funcionar, uma vez que se opõe à nossa evolução até o ápice da realidade.

De KabTV “Nova Vida # 786 – Realidade Virtual”, 01/11/16

Ynet: “Antissemitismo Nos EUA? A História Se Repete”

Da minha coluna no Ynet: “Antissemitismo nos EUA? A História se Repete”

Ao longo da história, os judeus tentaram esconder a sua identidade e assimilar, mas nunca conseguiram. O helenismo levou à destruição do Templo, a conversão ao cristianismo levou à Inquisição espanhola e à perseguição na Europa. O que pode ser aprendido com o crescente antissemitismo entre os judeus americanos? O quanto Trump é responsável por isso? Como vamos parar essa onda crescente? O Rav Laitman oferece uma maneira de lidar com um mundo em mudança.

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Steve Bannon, presidente do site de notícias Breitbart News, afiliado do movimento “Alt-Right”, foi presidente da campanha de Trump e recentemente nomeado estrategista-chefe e assessor sênior na administração Trump, chateando a América em geral e a comunidade judaica em especial.

Por um lado, os republicanos judeus que trabalharam com Bannon em toda a campanha eleitoral de Trump dizem que ele realmente será “bom para os judeus” e, especialmente, para Israel, e estamos prestes a ver diante de nossos olhos como Donald Trump vai se tornar o primeiro presidente “judeu” na história dos Estados Unidos. Por outro lado, a maioria dos judeus liberais dos Estados Unidos, cerca de setenta por cento dos quais se opuseram a Trump, atribuem opiniões antissemitas e racistas a Bannon.

Bannon é apenas um exemplo de uma tempestade que está sendo travada entre os judeus americanos. Seja um apoiador dedicado da nação de Israel ou um inimigo destacado dos judeus, um bom futuro na América ainda não está garantido aos judeus. Os judeus são um fenômeno único no mundo. Eles são um conjunto de pessoas que possuem um ego particularmente bem desenvolvido, com o objetivo de se beneficiar ao máximo de cada oportunidade em todos os campos, o tempo todo.

A primeira vez que os judeus conseguiram subir um pouco acima dessa característica profundamente inata e se consolidaram em um único povo, foi cerca de 3.800 anos atrás, na Babilônia: uma antiga sociedade tribal com uma abundância de nações e culturas. Um pouco como a América dos nossos dias.

Singularidade Judaica

A sabedoria da Cabalá conta que uma bela manhã a natureza egoísta eclodiu entre os babilônios, minando a tranquilidade que habitava entre eles até então, e reforçando o sentimento de “eu” em cada um deles. O surto egocêntrico criou muitos conflitos e disputas que pioraram as relações entre os babilônios e ameaçou separar a sociedade, semelhante à crise que a sociedade americana está experimentando. Os babilônios frustrados procuraram uma saída para a crise social na qual foram jogados, e essa chegou à pessoa de Abraão, um grande sacerdote babilônico da sua geração e líder da opinião pública que os reuniu a sua volta, ensinando-lhes a sabedoria da Cabalá, e educando-os sobre a conexão e o amor ao próximo. A comunidade dos babilônios que antes tinha era alienada, se conectou “como um homem com um coração”, e eles foram chamados de Ysrael, por seu desejo de se parecer diretamente (Yashar) com o Criador (El), a característica do poder singular, pleno e eterno da natureza. Em outro lugar eles seriam chamados de judeus (Yehudim) porque estavam trabalhando para se tornar unidos (yichud) e em harmonia com a natureza. A partir do momento em que o povo de Israel foi fundado, eles só tinham um propósito: servir como exemplo de unidade ao resto das partes separadas da humanidade, para serem uma “luz para as nações” (Isaías 49:6).

O povo judeu passou por muitas vicissitudes. Após a destruição do Segundo Templo, a partir do momento em que o amor fraterno e o valor supremo da unidade deixaram de iluminar a visão espiritual, o povo se espalhou por dois mil anos de exílio e vagou de um lugar para outro. No entanto, logo após os judeus se estabelecerem como uma pequena comunidade e começarem a se organizar e ganhar tudo o que fosse necessário para uma boa vida, como convinha à natureza egoísta que os dominava, a consolidação social enfraquecia e a solidariedade se dissipava. Nenhum deles mantinha sua natureza, sua religião ou sua cultura, na melhor das circunstâncias, e eles rapidamente assimilavam e voltavam a ser os mesmos babilônios de antes. Na pior das hipóteses, eles perdiam completamente a sua direção e até começavam a atirar flechas contra o seu próprio povo. Foi o que aconteceu uma e outra vez ao longo da história.

Novos Convertidos

Quando os judeus encontraram pela primeira vez a cultura helenística na Grécia antiga, muitas famílias judias correram para se tornar helenizadas e mudar de religião. Primeiro os nomes e a língua foram trocados, costumes gregos foram adotados, a Torá foi traduzida para o grego, e uma assimilação cultural geral dos judeus na cultura grega começou. Assim, os valores de unidade e responsabilidade mútua que marcaram e protegeram o povo de Israel ao longo dos anos foram abandonados, e o egoísmo, o culto do “eu”, a ambição e a agressividade foram entusiasticamente adotados. Tiberius Julius Alexander, o filho do chefe da comunidade judaica em Alexandria, cujo pai doou o revestimento de ouro para as portas do Templo, tornou-se o símbolo do antissemitismo judaico desse período. Tiberius foi nomeado conselheiro para assuntos judaicos no governo do imperador romano Tito, o senhor da guerra que subjugou a grande revolta e destruiu o Segundo Templo.

Um processo semelhante começou na Espanha alguns anos antes do estabelecimento da Inquisição. O pesquisador de história judaica na Universidade de Wisconsin, Professor Norman Roth, detalhou em seu livro que “nos séculos XIV e XV, milhares de judeus se converteram ao cristianismo, especialmente por sua livre vontade e não como resultado de pressão.  Assim, os ‘novos cristãos’ despertaram hostilidade acentuada contra si, a qual finalmente adicionou-se uma guerra. O racismo antissemita inchou, e pela primeira vez na história, as posições de ‘pureza de sangue’ foram estabelecidas (distinguindo aqueles que tinham sangue cristão puro e aqueles que tinham sangue judeu convertido ou muçulmano). Em última análise, a Inquisição foi reavivada, muitos dos ‘novos cristãos’ foram falsamente acusados e queimados na fogueira. Especificamente com os judeus que continuaram suas vidas como judeus e mantiveram suas relações normais com os cristãos como no passado, nada aconteceu. Isso significa que, enquanto os judeus se mantiveram fiéis à sua herança e não tentaram se integrar ou assimilar culturas estrangeiras, foram bem recebidos, ou pelo menos, foram abandonados a si mesmos”.

Precisamente como nos últimos dias do Segundo Templo, os judeus que haviam mudado sua religião estavam na liderança da Inquisição. Sabe-se que o avô de Tomás de Torquemada, o “Grande Inquisidor de Espanha” e os principais apoiadores e ativistas na expulsão dos judeus da Espanha também eram judeus.

Judeus Americanos

Um exemplo adicional da assimilação dos judeus e sua rejeição aconteceu na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial e durante a mesma. A partir do século XVI, juntamente com a Renascença, os judeus alemães desfrutavam relativa tranquilidade. Eles não recebiam igual status ou cidadania, mas as autoridades os deixavam gerenciar suas vidas relativamente sem interferência e separados do resto da sociedade alemã. Mesmo que a vida fosse confortável, no momento em que tinham oportunidade, começavam a se misturar e assimilar a cultura alemã, de um modo semelhante ao que ocorreu na Espanha que infligiu desastre sobre eles.

Perto do final do século XVIII, os judeus estavam ansiosos para se tornar parte integrante da sociedade cristã e estavam prontos para fazer tudo para serem aceitos por ela. Os judeus alemães estavam prontos para remover do livro de oração todas as referências aos muitos anos de anseio pela antiga terra natal, a Terra de Israel. Então, o Judaísmo Reformista se tornou um símbolo da prontidão para o comércio em uma antiga tradição em troca da igualdade civil e aceitação social.

Após a consolidação da Reforma do Judaísmo como uma força central da Alemanha, ela se espalhou para uma série de países da Europa Ocidental e para os Estados Unidos. Enquanto na Alemanha, ela foi forçada a se defender constantemente do “establishment” ortodoxo e da interferência do governo, nos Estados Unidos, não houve supervisão do governo sobre a religião e os judeus podiam operar nela como queriam. A Reforma do Judaísmo adotou a terra de oportunidades ilimitadas para se tornar uma força influente e de liderança nas áreas da economia, entretenimento, educação e política no país.

Os judeus se tornaram integrados em todos os cantos da vida pública nos Estados Unidos. Eles controlam os meios de comunicação, determinam a agenda pública e influenciam a opinião da comunidade mundial. Considerando-se o predomínio da cultura americana em todo o mundo, pela primeira vez na história os judeus tomaram posições de partida perfeitas para o papel ao qual foram eleitos, e se quisessem, poderiam liderar o caminho para mudanças significativas que teriam a capacidade de influenciar o mundo inteiro.

Hollywood: Para Cima ou Para Baixo?

A América (EUA) ainda é a maior potência do mundo, e, como tal, dita ao mundo os filmes que são assistidos, a música que ouvimos, a notícia que consumimos, e até mesmo quais sites e redes sociais nós surfamos. O sucesso no mercado americano é considerado sucesso no mundo, e os judeus especificamente americanos, devido ao seu alto status, têm muita responsabilidade em fornecer ao mundo o que ele deve ter, de acordo com o seu papel na humanidade. Caso contrário, o lembrete virá de maneiras desagradáveis ​​….

Só essa semana, nós fomos informados sobre uma série de incidentes preocupantes: uma suástica foi pulverizada em uma porta no dormitório em uma das universidades, outra suástica foi pintada na entrada de um edifício residencial em Manhattan, onde um judeu senador vive, e nas redes sociais transmitem reações racistas e ofensivas aos jornalistas e ativistas judeus. Os antissemitas na América sempre pairam como uma nuvem negra, mesmo antes da eleição do Trump para a presidência, como atestam dados importantes e preocupantes. Um aumento dramático no número de casos de ataques a campi e faculdades nos Estados Unidos foi registrado desde o início do ano.

Além disso, o antissemitismo pode levar a comunidade americana em duas direções possíveis: se aproximar e unir como geralmente acontece em momentos de adversidade, ou pode fazer com que os judeus se distanciem de sua identidade, para assimilar e começar a desenvolver a hostilidade e tornar-se crítico em relação a nação de Israel, em outras palavras, para se tornar-se antissemitas.

Ao longo da história, temos visto que não faz diferença o quanto os judeus tentam se esconder; eles nunca conseguiram se separar da sua identidade. Assim que eles assimilam entre outros povos e cortam os fios que conectam entre eles e seu papel na humanidade, eles merecem uma resposta severa que os dirige para realizar seu destino espiritual.

Não há nenhuma razão para esperar até o próximo evento trágico; estamos na última parada. Mesmo que uma pequena parte dos oito milhões de judeus que vivem nos Estados Unidos se una “como um homem” e comece a irradiar os valores de responsabilidade e mútua conexão sobre os quais o povo judeu se reuniu, a sociedade americana, que está buscando hoje uma nova visão, vai se comportar como ela. O espírito de unidade poderia se espalhar; os judeus seriam uma “luz para as nações” e levariam a uma nova versão do sonho americano.

Do Artigo no Ynet 22/11/16

Nova América + Trump, Parte 3

laitman_291Pergunta: Como a vitória de Trump nas eleições dos EUA contribui para o processo global de correção do mundo e de movimento rumo ao objetivo da criação?

Resposta: Há milhões de pessoas por trás de Trump, todas as “pequenas cidades” norte-americanas. São os europeus brancos, que uma vez fundaram os EUA e que já começaram a perdê-los recentemente por causa do fluxo de imigrantes muçulmanos.

Problemas com a população afro-americana são problemas internos dos EUA e devem ser resolvidos de alguma forma. A propósito, nenhum dos programas de Obama, incluindo o Obamacare, tem ajudado. A população negra está vivendo pior hoje do que há oito anos, quando Obama se tornou presidente. Ele foi incapaz de fazer algo bom, mesmo para seus irmãos negros. Ele fez bem apenas para um grupo: islamitas radicais, abrindo as portas para eles entrarem nos Estados Unidos. Sua mente estava ocupada apenas com isso.

Pergunta: Os planos de Trump contra os imigrantes não parecem fascistas?

Resposta: Eu não acho que Trump agirá sem pensar. Ele dá a impressão de ser um homem inteligente. Além disso, ele não está sozinho; existem assistentes muito fortes qualificados à sua volta, tanto militares como economistas, com vasta experiência.

Não importa se o mundo deseja isso ou não, ele deve avançar rumo à unidade, a fim de se tornar uma única sociedade sem separação por nacionalidades, religiões e crenças. Claro, haverá pretos e brancos, vermelhos e amarelos; cada um pode ser ele mesmo e se misturar com os outros. E se alguém quiser ser gay, essa é a sua escolha.

Ao mesmo tempo, todos devem saber que pertencemos a um sistema chamado Adam (Homem), uma família, onde todos dependem uns dos outros. A lei da natureza nos empurra para esse objetivo.

E esse objetivo está bastante próximo, conforme indicado pela crise que estamos vivendo hoje. Em todas as áreas em que a humanidade esteve envolvida por milhares de anos, chegamos a um impasse: ciência, família, educação dos filhos, relações humanas, comércio internacional, e na atitude das pessoas para com a vida.

Nós estamos gradualmente perdendo todos esses valores, porque hoje é impossível controlar o sistema humano sem a conexão entre as pessoas. A humanidade está se fechando cada vez mais em um único sistema, mas as pessoas não o sentem e compreendem. No entanto, devemos chegar a isso se quisermos continuar a se desenvolver em um bom caminho.

Pergunta: Como a vitória de Trump contribui para esse processo?

Resposta: Trump quer eliminar o fosso, a desconexão e a separação da sociedade humana, pelo menos nos EUA. Ele diz: “Nós somos uma nação”, porque entende que nada vai funcionar sem ela. Embora ele seja branco e de origem alemã, é importante para ele que a nação americana se una. No entanto, os democratas de esquerda, apesar da boa conversa, apenas dividem a nação.

Pergunta: Eu pensava que era o Trump que leva à divisão da sociedade ao impor rótulos negativos sobre grupos inteiros da população, como, por exemplo, sobre os mexicanos. Essa imagem não é diretamente oposta a essa mesma sociedade única e harmoniosa de que você está falando?

Resposta: Isso é o que parece do ponto de vista de um filisteu tacanho. Mas, na verdade, Trump declara coisas muito simples, “Todos devem voltar para o seu lugar, sair do apartamento de outra pessoa e observar a ordem. Em primeiro lugar, precisamos entender onde estamos ao devolver os EUA ao seu estado original”.

“Demos alguns passos errados e entramos na crise global: aumentamos drasticamente a dívida pública, levamos a nossa produção para o exterior. As pessoas locais perderam seus empregos porque fábricas foram fechadas. As pessoas não podem sustentar suas famílias. Olhe o que fizemos! Para quê?”

É errado dar poder ao governo, à elite rica e aos bancos. Trump vai contra o establishment (sistema), que tem o poder e o dinheiro. Ele é um socialista.

Os democratas de esquerda não são socialistas; eles estão mais próximos dos nazistas porque odeiam todo mundo afora eles mesmos em seu egoísmo. Portanto, eu espero que Trump seja benéfico porque representa uma única nação contra a dominação do “establishment” e dos bancos. Ele quer reduzir a enorme dívida pública e dar trabalho aos americanos comuns. Se ele se mantiver firme nessas posições, deve ter êxito. Eu vejo que ele entende onde está o problema.

Pergunta: Você é contra os democratas de esquerda?

Resposta: Eu não sou contra os de esquerda ou de direita; sou a favor do programa da criação. Portanto, não importa para mim quem será o presidente; o principal é que o programa de criação nos levará à frente com o mínimo de sangue e sofrimento possível.

Eu só quero que sejamos bons! Nós ainda temos que seguir em frente; afinal de contas, não podemos ir contra as leis da natureza. Portanto, vamos implementá-las conscientemente, com compreensão, e, assim, todos vamos ficar bem, todos nós juntos.

De KabTV “Nova Vida” 10/11/16

As Letras E Sua Substância

laitman_525Pergunta: Por que os níveis espirituais que descem de cima para baixo mudaram enquanto as letras sobre eles permanecem as mesmas?

Resposta: As letras são provenientes da Luz e por isso são imutáveis. Apenas o material do qual elas são compostas é alterado. As próprias letras, sendo semelhantes à Luz, não estão sujeitas à mudança, ao passo que a sua substância (inanimada, vegetal, animal ou humana), ou seja, o desejo, muda constantemente.

Da Lição de Cabalá em Russo 17/07/16