“Itália: Crise Bancária Ou Crise Do Euro?”

laitman_220Nas Notícias (Social Europe): “A Itália é mais uma vez centro das atenções. Como seu sistema bancário passa por uma implosão em câmera lenta – os bancos do país estão sob o peso de € 360 bilhões em empréstimos ruins, dos quais € 200 bilhões são considerados insolventes … uma solução rápida de última hora que apaziguaria temporariamente as tensões nos mercados, mas que faria muito pouco para tratar a causa subjacente do estresse sistêmico do setor bancário: o colapso sem precedentes que a economia italiana sofreu ao longo dos últimos 5-6 anos. …

“A crise é ‘consequência da recessão mais longa e profunda na história da Itália’, como o chefe do Banco Central italiano, Ignazio Visco, declarou recentemente. Como a jornalista financeira Matthew Lynn escreve: ‘A Itália não tem uma crise bancária; ela tem uma crise do euro’.

Em termos macroeconômicos, a Itália foi o país mais atingido na zona do euro depois da Grécia. … Cerca de 20 por cento da capacidade industrial da Itália já foi destruída. …

“Esse não é apenas um problema italiano: testes de estresse recentes do BCE revelaram que os bancos com maiores déficits de capital estão todos localizados em países da periferia. De acordo com um estudo recente, para a UE como um todo, empréstimos não produtivos (NPLs, em inglês) eram mais de 9% do PIB no final de 2014 – o equivalente a € 1,2 trilhão, mais que o dobro do nível em 2009.

“Agora, depois de anos patinando, a situação finalmente explodiu na cara do governo italiano. A gota d’água foi o referendo britânico, que fez as ações de bancos italianos, que têm caído há algum tempo, entrar em colapso em seu nível mais baixo em anos. …

“A Comissão Europeia e os países centrais – principalmente a Alemanha e os Países Baixos – insistem que Roma deve seguir as regras e impor um bail-in de credores juniores antes de recorrer a um resgate. O governo categoricamente se recusa a fazer isso e insistiu em ter permissão para salvar os bancos – uma posição apoiada pelo BCE – enquanto se envolve em uma batalha mais ampla contra a corrente estabelecida da união bancária. O Sr. Visco, por exemplo, declarou recentemente que as atuais regras de bail-in estão agravando a crise bancária italiana em vez de aliviá-la. …

“Agora, seria fácil classificar isso como um exemplo clássico de astúcia italiana …. E seria justificado fazê-lo. Mas isso não muda o fato de que a regra bail-in está fazendo coisas piores para os setores bancários mais fracos da união – e para o setor bancário da Itália em particular. E isso porque, reforçar o estado de bail-in em todos os âmbitos, tornando-o obrigatório, como a união bancária faz – independentemente da natureza dos problemas dos bancos, do contexto macroeconômico mais amplo de um país, etc. – claramente penaliza os capitais mais fracos da União (os localizados na periferia) contra os mais fortes (os localizados nos países centrais), levando potencialmente a uma aquisição estrangeira dos primeiros pelos segundos, exacerbando assim, em vez de reduzir, o desequilíbrio centro-periferia”.

Meu Comentário: É basicamente impossível integrar algo parcialmente! Porque cada sistema integral (uma unidade interconectada) é totalmente interdependente. E se é parcialmente dependente, nas condições do desenvolvimento do mundo e da sociedade em relação à integração completa de acordo com as leis da natureza, a dependência parcial só causará continuamente mais e mais problemas na comunicação, a fim de revelar a sua conexão parcial.

Mas é perigoso destruir essa conexão parcial, porque mesmo a destruição de maus laços vai desequilibrar o sistema e perturbar o seu funcionamento parcial, e assim, a longo prazo, o problema será resolvido, quer pela aceitação do método correto de conexão e união (no nível da reeducação dos participantes) ou por uma guerra mundial.