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O Que É Um Cabalista?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em que ponto a Cabalá se torna uma ciência?

Resposta: A Cabalá se torna uma ciência quando um Cabalista está envolvido nela.

Um Cabalista é aquele que alcançou o estado de “receber em prol da doação”. A pessoa que possui tais propriedades compreende as ações do Criador dentro de si mesma e do universo. Ela se torna um pesquisador de todo o espaço revelado diante dela.

Portanto, ela é chamada de Cabalista. Aqueles que estudam Cabalá são os estudantes dos Cabalistas, por agora, uma vez que estão no caminho para atingir o mundo espiritual.

Da Convenção Em Moscou, Dia Dois, 03/05/16, Lição 5

Interação Espiritual Entre Marido E Mulher

Laitman_506_1Pergunta: Que forças e leis espirituais têm influência sobre a relação correta entre marido e mulher e como é possível aprender a usá-las?

Resposta: As corretas relações mútuas entre marido e mulher são realizadas quando eles se tornam amigos e criam as mesmas condições entre si que existem em um grupo de Cabalistas. Eu ouvi isso muitas vezes de meu professor, o grande Cabalista, Rabash.

Se o marido e a mulher trabalharem corretamente entre si e crescerem juntos espiritualmente, o Criador será revelado entre eles e eles vão se tornar um pequeno grupo.

Isso certamente não exclui a participação da mulher em um grupo de mulheres ou a participação do marido no grupo dos homens, mas eles criam um grupo normal, físico e pleno entre si.

Pergunta: Você conhece casais como esses? Como eles interagem entre si?

Resposta: Me disseram que havia casais assim no passado distante, mas eu não vi isso com meu professor Rabash, embora sua esposa entendesse muito bem no que ele estava envolvido e eles tenham vivido juntos por 65 anos. Mesmo seu pai, o grande Cabalista Baal HaSulam não estava conectado com sua esposa assim.

Os alunos do Rabash aspiravam parcialmente a fazer isso, mas devido à falta de tempo e energia para implementar atividades espirituais entre nós, aprendemos mais no grupo dos homens, e as mulheres estudavam separadamente.

Nós fomos o primeiro grupo a irromper a sabedoria da Cabalá alcançando o mundo superior, por isso, não tínhamos suficiente energia, paciência e mente para criar conexões como essas na família. Nós fomos pioneiros em estudar e alcançar a sabedoria da Cabalá, assim, no seu tempo nada funcionava suavemente.

Pergunta: Seria correto para o marido e a mulher descobrir primeiro a outra metade dentro deles e só depois disso se conectar e avançar juntos para o Criador?

Resposta: Não, não há necessidade de dividir nada. É completamente possível ter sucesso na descoberta através de um grupo especificamente e não na conexão entre si. Há muitas possibilidades diferentes aqui.

Nós estamos agora em um período de transição em que grandes e crescentes massas estão começando a estudar a sabedoria da Cabalá, então não há como saber com clareza se devemos especificamente agir de forma mútua com a esposa ou o marido e depois em um grupo ou o oposto, primeiro em grupos e depois entre si.

Da Lição de Cabalá em Russo 06/03/16

Perguntas Das Mulheres

laitman_606Pergunta: Será que uma mulher tem que ansiar pelo atributo de doação se foi criada como a parte que recebe?

Resposta: Os dois sexos são iguais na conquista do Criador, e cada um tem tanto uma parte masculina e uma parte feminina.

Pergunta: Como eu posso parar de levantar minha voz para o meu marido e filhos?

Resposta: O seu marido e filhos existem dentro de você e só parecem existir fora. Por isso, você deve primeiro se voltar ao marido e filhos que estão dentro de você e só depois aos personagens que estão fora.

Ynet: “O Homem Que Abriu O Caminho Espiritual Da Nação De Israel”

Da minha coluna no Ynet: “O Homem Que Abriu O Caminho Espiritual Da Nação De Israel”

Na idade de 35, ele apareceu em Safed, misterioso e majestoso, e durante os dois anos e meio antes de sua morte súbita mudou o curso da história e trouxe uma mudança tremenda. Graças a ele a sabedoria da Cabalá foi revelada para quem quisesse estudá-la e não apenas para alguns poucos escolhidos. O ARI, o rabino Isaac Luria Ashkenazi, o maior Cabalista de Safed, faleceu no dia cinco de Av, 444 anos atrás. Ele deixou atrás de si um método de estudo e uma mensagem relevante, que foram adaptados para o nosso tempo pelo Baal HaSulam, Rav Yehuda Ashlag.


“Se eu tivesse encontrado até mesmo um justo entre vós, eu não teria sido levado deste mundo antes do meu tempo”, disse o ARI tristemente aos seus alunos alguns instantes antes de falecer.

Rav Isaac Cohen, que estava ao seu lado, chorou amargamente e disse: “o que vamos fazer agora”? O ARI respondeu: “Diga aos amigos em meu nome que a partir de agora eles não se envolvam na sabedoria que eu ensinei a todos, uma vez que não a compreenderam corretamente, e só o Rav Chaim Vital vai envolver-se nela escondido e sussurrando”. Rav Isaac Cohen ficou muito irritado e perguntou: “Existe alguma esperança”?  “Se você for recompensado Eu virei, e o ensinarei”, o ARI respondeu. “Como é que virá e nos ensinará depois de morrer”?! Perguntou Isaac Cohen novamente. “Você não tem porque perguntar o que está escondido”, respondeu o ARI, e faleceu com a idade de apenas 38! (Shaar HaGilgulim).

O Zohar: O Mundo Total do ARI

O ARI foi o maior Cabalista no século XVI de Safed, e a figura central e mais significativa na história da nação de Israel e da sabedoria da Cabalá. Ele nasceu em Jerusalém em 1534. Seu pai morreu quando tinha oito anos e, como resultado, a família encontrou muitas dificuldades. A fim de melhorar a sua situação, sua mãe decidiu mudar-se para o Egito, para viver com seu irmão. Lá, o ARI viveu a maior parte de sua vida, e mergulhou no estudo do Zohar.

Depois de atingir grandes níveis espirituais e com o seu entendimento oculto especial do desenvolvimento da humanidade, sentiu que tinha chegado o momento de revelá-lo. Ele mudou-se para Israel e estabeleceu-se em Safed. O ARI sabia que iria encontrar o rabino Chaim Vital, seu aluno fiel, que mais tarde iria escrever seus ensinamentos e difundir a sua sabedoria no mundo.

Assim, em 1570, com a idade de 36 anos, o ARI mudou-se para Israel e estabeleceu-se em Safed, a cidade dos Cabalistas. Fpi séculos depois da época de Rabi Shimon Bar Yochai (Rashbi) e do grupo do Zohar, anos nos quais a humanidade esperou pelo professor certo que iria abrir o próximo nível espiritual da sabedoria da Cabalá. A chegada do ARI a Israel e a publicação do “Livro do Zohar” foram sinais claros de que havia chegado a hora.

A Centelha do Rashbi

Quando chegou a Safed, o ARI começou a estudar com o grande Cabalista da época, o rabino Moshe Cordovero (Ramak). Mas, pouco depois, os papéis foram trocados: o ARI começou a ensinar o grupo de Cabalistas e o Ramak aprendeu com ele.

O Rabino Moshe Cordovero foi o primeiro a reconhecer a grandeza do jovem Cabalista e como seu amigo e aluno ele costumava dizer: “Você deve saber que um homem que se senta aqui subirá diante de mim e iluminará a geração com a sabedoria da Cabalá. Se os canais foram obstruídos no meu tempo, os canais serão revelados em seu tempo. Você deve saber que ele é um grande homem, a centelha do Rashbi”.

“Naquela época a humanidade estava em uma crise sem precedentes: a Idade Média acabara; o Renascimento começava e trazia mudanças revolucionárias na tecnologia e na indústria. O ego humano entrou em erupção e empurrou o mundo para uma evolução acelerada e muitas tempestades. Duzentos anos depois a humanidade estava prestes a passar por terríveis mudanças radicais na Europa, especialmente revoluções e guerras civis sangrentas.

O ARI, que havia previsto as mudanças na natureza humana, percebeu que tinha que desenvolver um caminho alternativo de desenvolvimento espiritual, que iria equilibrar a erupção do ego, a fim de evitar o terrível sofrimento. Assim, ele adaptou a sabedoria da Cabalá e transformou-a em um método acadêmico científico, prático, em vez do método de conexão que até então era permitido apenas para poucas pessoas especiais. De acordo com seu método, se suas instruções fossem seguidas corretamente, as pessoas seriam capazes de seguir e as massas iriam praticá-lo. O método de correção que ele desenvolveu (e ainda é estudado hoje) leva a uma mudança sem precedentes no desenvolvimento espiritual da humanidade e mudou totalmente a história.

O Bastão é dado ao Rabino Chaim Vital

Apenas dois anos e meio foram suficientes para o ARI deixar a sua marca significativa na história da Cabalá. Ao mesmo tempo, ele nunca escreveu quaisquer dos seus ensinamentos. Toda a sua teoria Cabalística nos é conhecida apenas a partir dos escritos de seus alunos e um dos mais proeminentes e seu seguidor foi o rabino Chaim Vital (Harav).

Assim como o rabino Aba serviu pelo lado do Rabino Shimon (Rashbi), para escrever seus ensinamentos, que foram publicados no Livro do Zohar, o Harav anotou e escreveu toda a sabedoria da boca de seu professor, que hoje é conhecida como Cabalá do ARI.

“Primeiro a pessoa deve organizar suas orações e aceitar o mandamento de amar seu amigo como a si mesmo, e sintonizar o seu coração para amar a todos os filhos de Israel como sua própria alma, uma vez que assim procedendo a sua oração, que inclui todas as orações de Israel, sobe e será frutífera. Todos devem incluir-se como um órgão de seus amigos. Se um amigo está com problemas, todos devem compartilhar sua dor, e orar por ele, e, portanto, ele deve compartilhar todas as suas orações e suas ações e palavras com seu amigo, e meu professor me avisou muito a respeito da questão do nosso amor aos amigos“. (Shaar HaKavanot)

O Harav não acrescentou nada às palavras do ARI, e quando não tinha certeza se entendeu o seu professor, dizia especificamente isso. Uma das principais obras do ARI é o livro Etz HaChaim (A Árvore da Vida), que descreve todos os sistemas dos mundos superiores e as leis da criação como um método científico claro, e também os Oito Portões, uma série de livros, que também inclui explicações sobre reencarnações.

Seus Sucessores

“O Santo ARI foi o Messias Ben Yosef, e assim pode revelar uma sabedoria tão grande”, disse o rabino Yehuda Ashlag. Sua grande sabedoria simboliza o ponto entre o fim do período de exílio, que se caracterizou por uma grande divisão entre as pessoas e o início da redenção, caracterizado pela unidade maravilhosa entre toda a humanidade. “Se eu pudesse dizer palavras de elogio, eu o elogiaria todos os dias e diria que sua sabedoria está sendo revelada todos os dias como No dia em que a Torá foi dada a Israel”.

Baal HaSulam foi o primeiro no século XX a alcançar o espiritual nível do ARI e poderia, portanto, interpretar seus escritos para a nossa geração. Ele escreveu uma conexão maravilhosa chamada O Estudo das Dez Sefirot e na introdução escreveu que o livro foi feito para qualquer pessoa nos nossos dias que deseja encontrar a resposta para a pergunta: “Para que eu estou vivendo”?

Essa pergunta não desapareceu e está escondida no coração de cada pessoa. Da mesma forma que crises terríveis irromperam no tempo de ARI, que balançaram a humanidade e estimularam muitos a fazer esta pergunta, assim, tais crises ocorrem hoje: uma série de ataques terroristas em todo o mundo, a ascensão do Islã radical, o desvanecimento da UE, a crescente polarização entre diferentes setores e comunidades, e assim por diante. É realmente estudando e lendo o método especial desenvolvido pela ARI, com o comentário de Baal HaSulam, seu seguidor, que podemos encontrar uma resposta para o sentido da vida. Eles imediatamente elevam a pessoa à espiritualidade e a capacitam a sentir a unidade acima da separação que nos governa e conduz à destruição global.

“Se o meu povo me ouvisse, por vezes, quando o mal fica mais forte, iria gastar todo o seu tempo estudando o Livro do Zohar e os escritos do ARI e, assim, anularia todas as aflições e atrairia uma abundância de Luz (NotzarHesed). Basta estudar destes dois grandes Cabalistas que abriram o caminho para nós para a realização da felicidade, plenitude e eternidade, a fim de construir as conexões certas entre nós, para uma boa vida e para subir a escada espiritual, que está colocada para nós, uma escada que alcança o céu.

Do artigo do Ynet em 08/08/16

A Ordem De Correção Dos Desejos

laitman_232_04Torá, “Deuteronômio”, “Eikev”, 7:22 – 7:23: E o Senhor teu Deus lançará fora estas nações pouco a pouco de diante de ti; não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do campo não se multipliquem contra ti. E o Senhor teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande confusão até que sejam consumidas.

O processo de correção dos desejos ocorre gradualmente, do mais leve ao mais pesado. As nações são os nossos desejos no nível do homem. Os animais do campo, gafanhotos, mosquitos, e assim por diante, simbolizam desejos do nível animal.

Tudo o que vem da terra, erupções (até que você arranque o solo), inundações, etc., são desejos do nível inanimado. Ou seja, pode ser o que você quiser em qualquer nível: inanimado, vegetal, animal e humano, e tudo isso está dentro de uma pessoa e está sujeito à correção.

Portanto, isso acontece gradualmente, começando pelo menor desejo e terminando com o maior. Embora, basicamente, se você pode corrigir um grande e elevado desejo, tudo que está incluído nessa categoria e está sob esse desejo é corrigido.

Pergunta: Será que isso significa que podemos corrigir o maior desejo primeiro?

Resposta: Depende de onde a pessoa está. Em princípio, inicialmente, tudo é corrigido do nível mais baixo para o mais elevado.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 27/04/16

Nova Vida # 324 – Verdade E Falsidade

Nova Vida #324 – Verdade e Falsidade
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

Qual é o significado de verdade e falsidade em nossas vidas, de acordo com o que isto é definido? Em que casos é possível relacionar-se com mentira como verdade, e é possível alcançar a verdade absoluta?

Nós não sabemos o que é verdade. Cada geração tem valores diferentes; cada pessoa muda durante a sua vida.

É da natureza humana pensar constantemente apenas acerca de si mesmo e do próprio bem. Se é assim, que tipo de verdade pode haver aqui? Para mim, a verdade é o que é bom para mim e falsidade é o que é ruim para mim.

Todas as nossas vidas são uma grande mentira. Quero explorar todos para o meu próprio bem, mas escondo isso. Segue-se que não existe uma verdade absoluta ou falsidade absoluta; tudo é uma questão de conveniência. Isto é muito importante na política.

Mesmo quando uma pessoa faz algo de bom para alguém, é apenas porque sente-se perto dele. Segue-se que a verdade é a nossa natureza, ou seja, o nosso desejo de receber, de controlar, de explorar tudo para o nosso bem.

Nossos filhos são menos hipócritas do que nós. Nós recebemos uma educação sobre como falar de forma agradável e assim por diante. Isso não tem nenhum poder sobre eles.

Houve um tempo em que havia ideais, socialismo, sionismo. Hoje está claro que todos apelam somente para si mesmo e tudo é uma mentira. Hoje não há poder em fazer um investimento. É ainda possível descarregar tudo de graça na Internet com o apertar de um botão.

O que uma pessoa pensa como sua verdade é basicamente resultado da educação que recebeu. Quando a pergunta, “Para que estou vivendo?”, é despertada, eu tenho a oportunidade de chegar mais perto de descobrir a verdade sobre mim mesmo.

Na Torá é proibido mentir, pois seu objetivo é elevar a pessoa à altura de “Amarás o teu amigo como a ti mesmo” (Levítico 19:18), à verdade. Assim, a mentira é algo que não me traz ao amor ao próximo.

O poder superior é totalmente amor, doação e doação. Não há mentiras nisso. Eu sou o oposto, e meu trabalho é tornar-me como ele.

Verdade e falsidade são relativas. Uma mentira inocente é uma mentira benéfica. É necessário verificar se o objetivo é para o bem dos outros ou um objetivo diferente. O que deve sempre me guiar é o bem dos outros, separado do meu interesse pessoal. Um homem deve complementar sua esposa para o bem da paz em casa. A verdade superior do “e amarás o teu amigo” é obrigatória.

Cabe a nós definir a aspiração a amar o próximo como a meta da vida. Sem isso, todas as nossas vidas poderão ser falsas.

Há pessoas que têm uma tendência a mentir. Elas também podem mudar. Elas especificamente têm uma tendência à criatividade.

Ao avançar em direção à verdade, ao amor ao próximo, no âmbito da família, passamos por todos os tipos de estados. Cada um deve ajudar os outros dando um bom exemplo, mostrando que está fazendo um esforço para amar. Como alguém lida com uma criança que mente na família?

Conclusão: Se definirmos o amor ao próximo como o objetivo de nossa vida, isto é chamado de viver no caminho da verdade.

De KabTV “Nova Vida # 324 – Verdade e Falsidade”, 23/3/14