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Por Que Eu Comento As Notícias

laitman_600_02Comentário: Ultimamente você parece um comentarista político e não um Cabalista.

Resposta: No nosso desenvolvimento cultural compartilhado chegamos ao final do estágio anterior do desenvolvimento humano, numa fase em que a humanidade evoluiu de acordo com a lei natural, através do seu egoísmo continuamente crescente, como uma criança ou adolescente.

Mas assim como o período da infância termina, também este período está terminando, e hoje a natureza está nos forçando a crescer e se relacionar com a vida de forma diferente. Para isso, cabe a nós trabalharmos contra os nossos desejos egoístas e superá-los com a fé acima da razão.

Para realizar essa transição da infância para a idade adulta, a sabedoria da Cabalá foi revelada e nos diz onde estamos, o que aconteceu ao longo da história, e o que vai acontecer no futuro. A partir desse momento, temos diante de nós duas formas de desenvolvimento: o caminho do sofrimento ou o caminho da Torá, o bom caminho. A sabedoria da Cabalá nos ensina a caminhar no bom caminho, o que significa aprender a se assemelhar a natureza e se unir como toda a natureza está unida.

O sentimento integral vai apresentar diante de nós o verdadeiro mundo em que existimos. Mas agora ele está escondido por nosso sentimento egoísta estreito. Ao descobrir o verdadeiro mundo, seremos “criadores” de outro mundo eterno e perfeito.

Visto que essa transição é imperativa para todos e deve acontecer no nosso tempo, como está escrito na sabedoria da Cabalá, e de acordo com tudo o que está acontecendo no mundo, parece que devemos ensinar a sabedoria da Cabalá com novos eventos, e explicar a causa dos eventos e para onde eles estão nos levando.

É possível ver os meus comentários de anos anteriores e ser convencido sobre quão certo eles estão. Mesmo Baal HaSulam escreveu sobre política nos escritos “A Última Geração” e no jornal, “A Nação”.

Ajuda Não Egoísta

laitman_559Pesquisa (Proceedings of the National Academy of Science): Psicólogos das Universidades de Yale e Harvard realizaram uma série de estudos.

“A prossocialidade humana apresenta um quebra-cabeça evolutivo, e a reciprocidade surgiu como uma explicação dominante: cooperar hoje pode trazer benefícios amanhã. Teorias de reciprocidade preveem claramente que as pessoas só devem cooperar quando os benefícios superam os custos e, portanto, que a decisão de cooperar deve sempre depender de uma análise de custo benefício. No entanto, a cooperação humana pode ser muito espontânea: bons amigos concedem favores sem fazer perguntas, o amor romântico nos ‘cega’ em relação aos custos de devoção, e princípios éticos fazem prescrições morais universais. Aqui, nós fornecemos a primeira evidência, ao nosso conhecimento, de que os efeitos da reputação impulsionam a cooperação espontânea. Nós demonstramos, usando experiências com jogos econômicos, que as pessoas se envolvem em cooperação espontânea para sinalizar que podem receber confiança para cooperar no futuro.

“Os seres humanos frequentemente cooperam sem pesar cuidadosamente os custos e benefícios. Como resultado, as pessoas podem acabar cooperando quando não vale a pena fazê-lo. Por que arriscar cometer erros caros? Aqui, nós apresentamos a evidência experimental de que as preocupações com a reputação fornecem uma resposta: as pessoas cooperem de forma espontânea para sinalizar a sua confiabilidade aos observadores.

“As pessoas que ajudam outras pessoas de forma não egoísta e não para benefício próprio são percebidas como mais confiáveis e, portanto, ajudam os outros”, o que significa que querem parecer mais confiáveis, que podem contar com elas e serem aceitas para trabalhar; assim, inconscientemente, elas fazem coisas que são consideradas desejáveis por outros. …

“… Nós descobrimos que os participantes são mais propensos a se envolver em cooperação espontânea quando o seu processo de tomada de decisão é observável para os outros. Além disso, confirmamos que as pessoas que se envolvem em cooperação espontânea são percebidas como, e realmente são, mais confiáveis do que as pessoas que colaboram de forma calculista. Tomados em conjunto, estes dados fornecem a primeira evidência empírica, de nosso conhecimento, de que a cooperação espontânea é usada para sinalizar confiança, e não apenas uma estratégia de tomada de decisão eficiente que reduz os custos cognitivos”.

Resposta: É claro que essa é a forma como essas pessoas querem ser aceitas. Então, elas se promovem para adquirir algum “lucro”: ganhar status social, serem promovidas no trabalho, etc.

Pergunta: Será que elas se comportariam de forma diferente se não houvesse esse benefício pessoal?

Resposta: Claro! O egoísmo é a nossa natureza, que exige calorias, energia, investimento. De onde vem essa energia? Nós temos que ver o que podemos obter dele no futuro; como podemos nos preencher. É com um tanque de gasolina em um carro que você enche num posto de gasolina.

As pessoas estão prontas para dar um lote por uma recompensa futura que lhes ilumine: para falarem favoravelmente delas, para serem promovidas no trabalho, para que seus filhos estejam orgulhosos delas, os vizinhos as respeitem, etc. Vale muito a pena!

Caso contrário, por que comprar um determinado apartamento ou um determinado carro e gastar um monte de dinheiro com isso, quando poderíamos viver em paz perfeita e muito bem sem eles.

Nossas ações não podem ser livres de cobiça, porque nossa natureza não nos permite fazê-lo! Nós temos que gastar calorias em tudo, joules (unidades de medição de energia), não importa como medimos isso. Portanto, nós temos que receber esta energia, o que significa que deve haver algo que nos forneça essa energia pela qual trabalhamos, e se não a recebemos, não podemos trabalhar, porque somos todos mecanismos! Nós só podemos operar se tivermos energia disponível ou se ela iluminar para nós no futuro.

Comentário: Mas os pesquisadores em Yale e Harvard sequer mencionam o egoísmo.

Resposta: Claro que não, porque eles não entendem isso. Eles acreditam que é natural para uma pessoa que dá fazê-lo e que não há egoísmo nela, e até mesmo o oposto.

Comentário: Mas eles concluíram que tais ações são gratificantes.

Resposta: Isso não é considerado egoísmo. O egoísmo é a clara satisfação do nosso desejo de prejudicar outros. Se eu negocio com alguém para comprar algo por um preço mais barato e ele quer vendê-lo por um preço mais elevado, é normal. É a natureza humana, mas pode ser o oposto.

O pintor Modigliani, por exemplo, pintava com “sangue”, porque estava com tanta fome que não podia segurar um pincel e caia exausto em sua armação. Essa é considerada uma nobre alma, sacrifício pessoal, não egoísmo. Mas, na verdade, esse é um egoísmo evidente e flagrante.

A pessoa não tem a exata compreensão da sua natureza; ela gosta de distorcer tudo. A humanidade ainda está imersa em seus jogos, em confusão.

Nós temos que entender que a natureza age de acordo com um princípio muito simples: se houver energia, eu me viro; se não houver, eu fico parado e pronto. Portanto, se fizermos algo, isso significa que há um benefício oculto nisso, e se quisermos trabalhar sem ele, temos que saber como se conectar a uma fonte superior de energia através do estudo da sabedoria da Cabalá e tornar-se uma máquina de movimento perpétuo.

Então, vamos receber a energia de uma fonte externa, como se estivéssemos conectados a um tubo invisível de energia em prol dos outros. Se nós recebermos isso, vamos ser capazes de trabalhar, mas não de qualquer outra forma.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 24/07/16

Cuidado Com A Armadilha!

laitman_546_01Torá, “Deuteronômio”, 7:16: Vocês destruirão todos os povos que o Senhor, o seu Deus, lhes entregar. Não olhem com piedade para eles, nem sirvam aos seus deuses, pois isso lhes seria uma armadilha.

Quaisquer teorias, métodos e metas que não perseguem um objetivo preciso e acurado – a adesão com o Criador na equivalência de forma com Ele – devem ser abolidos.

É necessário se afastar desses ensinamentos que estão muito perto da Cabalá, para que eles não cativem e confundam a pessoa. Afinal de contas, ela ainda não conhece todo o método, não está no fim da correção, de modo que, do pedestal que atingiu, possa olhar para tudo e avaliar. Portanto, ela deve seguir estritamente as fontes Cabalísticas genuínas, sem se mover para a esquerda ou para a direita!

A propósito, há muita literatura desnecessária na Cabalá escrita por pessoas que não completaram ou apenas começaram a atingir o mundo superior. Portanto, é necessário estudar a Cabalá apenas através das fontes autênticas.

Pergunta: Essa é a “armadilha”?

Resposta: Sim, e uma bem grande! A armadilha, como um petisco, atrai você, mas se fecha. É isso aí. É difícil sair de lá. E você não sabe quando ela vai se fechar. Uma vez na armadilha, você começa a pensar que está no caminho certo.

Infelizmente, eu tenho muitos alunos que estiveram conosco no caminho, mas devido a algum pretexto deixaram e foram para outras correntes, e é difícil tirá-los de lá.

É possível que eles pensem o mesmo de nós, que estamos de lado e eles na corrente principal. Não há nada a ser feito, o futuro dirá.

Observação: Em princípio, “servir outros deuses” significa servir materiais egoístas?

Resposta: Significa servir quaisquer fins egoístas, o que inclui tudo o que existe no nosso mundo.

Pergunta: O que significa uma armadilha no trabalho interno de uma pessoa? Digamos que ela está se movendo para a terra de Israel e amanhã, figurativamente falando, tem que entrar nela, mas, de repente, cai em servir outros deuses …

Resposta: Isso geralmente acontece antes de entrar na terra de Israel. No entanto, mesmo depois de entra-la, a enorme guerra para destruir todos os ídolos continua, já que começamos a trabalhar com o mesmo egoísmo que deixamos no Egito e o convertemos em altruísmo.

A questão é que o desejo egoísta está na parte inferior. Nós saímos dele, há 40 anos estamos acima dele, dominando todas as qualidades egoísta descritas acima, e depois começamos a elevar progressivamente as qualidades egoístas convertendo-as em altruístas. Essa é a entrada para a terra de Israel. Na verdade, a terra de Israel é o mesmo que o Egito no estado corrigido, convertido.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/04/16

Nova Vida # 323 – Qual É O Segredo Do Sucesso Na Vida?

Nova Vida # 323 – Qual É O Segredo Do Sucesso Na Vida?
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah Mazoz

O desenvolvimento tecnológico abriu possibilidades de sucesso para quase todas as pessoas. Como isso influencia as conexões entre nós e qual é o propósito deste desenvolvimento?

Resumo

No passado, a tecnologia estava ligada a materiais como aço e madeira, produção pesada.

Hoje tudo é virtual, fácil, rápido e dinâmico. Criatividade, brilho, computadores e robôs são o que importa.
– A mão-de-obra é menos necessária para a humanidade. Computadores e tecnologias avançadas estão substituindo e apressando tudo.
– Start-ups, a juventude brilhante, biotecnologia, impressoras tridimensionais. Nós imprimimos o que queremos.
– Dentro de pouco tempo teremos sucesso em estender a vida humana.
– Habilidades artísticas como compor, pintar, dançar: no futuro seremos capazes de “baixar” este tipo de software em uma pessoa, e, então, uma questão vai ser levantada – se tudo pode ser alcançado ao se pressionar um botão, o que é sucesso na vida?
– Apenas uma área permanecerá em que poderemos ser bem sucedidos graças a nós mesmos: a construção de conexões com os outros.

Computadores e máquinas serão capazes de fazer tudo para nós, e a tarefa de construir uma nova sociedade permanecerá para nós.
– Hoje as pessoas e as organizações se conectam através de redes, a fim de serem bem sucedidas, mas essa não é a conexão que estamos falando. Nós estamos falando da construção de uma conexão integral entre uma pessoa e tudo o que está fora dela, todos nós como uma família.
– Quando queremos nos conectar como um único corpo, descobrimos o poder de doação e amor que preenche toda a natureza . A percepção da realidade vai ser alterada. Vamos ver a conexão eterna entre todas as partes, para além da vida e da morte. E isso vai ser considerado o verdadeiro sucesso na vida, e não todos os jogos de hoje.
– Isso se refere à transformação do desejo que nos motiva a partir do desejo de receber para si mesmo a um desejo de doar aos outros.

O material do qual somos construídos é o desejo de prazer. Nós o corrigimos com a característica de doação acima dele.
– Eu sou um individualista; eu dobro todos em meu benefício. Há um poder superior na natureza que pode me atualizar.
– Neste processo de atualização de relacionamentos com os outros, há um lugar para a competição positiva. Esse é o sucesso de amanhã.
– Ao nascer, ninguém é igual aos outros. Mas o trabalho em atualizar a natureza equaliza todos nós.
– Quando nos complementamos mutuamente, a maravilhosa singularidade de cada um fica esclarecida.

Dia a dia a ciência está descobrindo o quanto todos os detalhes e todas as leis estão conectados em um único sistema.
– Até o momento nós medimos o sucesso egoisticamente; amanhã vamos medir o sucesso com o quão benéfico eu sou com todos.
– Se não trabalharmos na melhoria de nossas relações com os outros, não seremos capazes de utilizar o avanço tecnológico para melhor.

De KabTV “Nova Vida # 323 – Qual É O Segredo Do Sucesso Na Vida?” 20/03/14