Desfazendo Mitos Sobre A Cabalá, Parte 11

Laitman_049_01A Cabalá Nunca Enlouqueceu Alguém

Pergunta: Muitas pessoas têm medo da Cabalá, pois há rumores de que ela pode enlouquecer uma pessoa. Isso é verdade? E se não, de onde veio essa ideia?

Resposta: Baal HaSulam, na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, e também o Ari e outros grandes Cabalistas, explicaram de onde vieram esses rumores. Não há perigo algum em estudar Cabalá. Na minha vida eu nunca vi ela enlouquecer alguém.

Embora existam muitas pessoas que começam a estudar e param e, depois, ficam com raiva que a Cabalá não tenha supostamente satisfeito suas expectativas. Eu recebo cartas indignadas, alegando que eu não queria abrir uma porta para o Criador para elas.Mas eu só ensino com base nas fontes originais; tudo depende da pessoa.

Este é o caso de qualquer estudo. Quando eu me formei na universidade, me matriculei na faculdade e continuei a estudar para obter um PhD. E havia outros que terminaram a escola de alguma forma e não quiseram estudar mais.

Tudo depende da pessoa e do seu desejo. Qualquer pessoa pode estudar; a sabedoria da Cabalá não quaisquer habilidades especiais além do desejo.

Os próprios Cabalistas espalharam os rumores de que a Cabalá pode enlouquecer uma pessoa. Após a destruição do Templo as pessoas caíram de seu grau espiritual ao ódio infundado; portanto, a Cabalá entrou em ocultação por 1.500 anos até a época do Ari. E é por isso que os Cabalistas espalharam rumores de que é proibido estudar Cabalá.

E eles conseguiram tanto que esses mitos ainda estão vivos mesmo em nosso tempo, 500 anos após o levantamento da proibição. Chaim Vital, o discípulo do ARI, escreveu no século XVI que não há nenhuma proibição de estudar Cabalá.

O Baal Shem Tov e outros grandes Cabalistas, os fundadores do Hassidismo, fizeram todos os esforços para disseminar a sabedoria da Cabalá. No entanto, ainda há uma série de mitos sobre a Cabala, e muitas pessoas, especialmente entre as pessoas religiosas ortodoxas, protestam contra a sua disseminação. Não há nenhuma proibição contra ela mais; ao contrário, há o dever de estudá-la.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 28/02/16