Criar Um Novo Mundo

laitman_572_03Torá, “Deuteronômio”, 4:15 – 4:19: No dia em que o Senhor lhes falou do meio do fogo em Horebe, vocês não viram forma alguma. Portanto, tenham muito cuidado, para que não se corrompam e não façam para si um ídolo, uma imagem de qualquer forma semelhante a homem ou mulher, ou a qualquer animal da terra ou a qualquer ave que voa no céu, ou a qualquer criatura que se move rente ao chão ou a qualquer peixe que vive nas águas debaixo da terra. E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu.

Pergunta: Como podemos deixar de ver as imagens e estátuas que nos rodeiam?

Resposta: Não há Criador, nem mundo superior. Nós mesmos precisamos criá-los dentro de nós. Isto é muito difícil de entender, mas a sabedoria da Cabalá explica o modo como percebemos a realidade existente, como podemos representá-la em nossas qualidades, e como temos certeza de que, de fato, não há eu, nem meu corpo, nem o que me rodeia.

Há apenas um desejo dentro do qual nós percebemos tudo. Todos os sujeitos e eventos são imagens desenhadas no meu desejo! Não há mais nada! No entanto, parece-me que elas existem na realidade, porque tais são as minhas qualidades.

Agora, eu preciso entender por que percebo esse mundo dessa maneira, como subo acima dele e crio um novo mundo dentro de mim a partir de minhas novas qualidades. Eu o crio alterando as minhas qualidades e começando a existir em ambos os mundos, no mundo superior e neste mundo, no menor grau de minhas qualidades onde tenho ídolos que adoro.

A matéria do nosso mundo nos é dada em sensações, e daí? Aparentemente, há um outro tipo de matéria que pode entrar em minhas sensações, e vou ser capaz de controlá-la.

Portanto, eu crio novos mundos com cinco graus em cada um deles, cinco graus do mundo de Assiya, depois dos mundos de Yetzira, Beria, AtzilutAdam Kadmon. Eu subo 125 degraus até o mundo do infinito, que inclui em si absolutamente todos os mundos e tudo o que existe, porque eu revelo plenamente o meu desejo no qual eu anteriormente costumava sentir algo de uma forma muito limitada e chamava de mundo. “Mundo” (Olam) vem da palavra “ocultação” (Alama).

Agora, eu passo para o Mundo do Infinito, onde tudo é revelado plenamente, porque todos os mundos anteriores tornam-se incluídos nele e se dissolvem lá. Lá, eu sinto apenas uma luz branca que se chama o Criador, e juntamente com Ele, eu estou no nível do conhecimento absoluto e uma sensação de infinito. Esse é o estado que devemos alcançar.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 17/02/16