A Frustração Da Globalização

laitman_272Nas Notícias (Vesti Finance): “A ajuda internacional aos países pobres com base no princípio de Robin Hood: tome do rico e dê aos pobres. …

” O vencedor do Nobel Angus Deaton, escreve sobre essa ideia em seu artigo sobre o Projeto Sindicato.

“‘Um termo mais formal para este princípio de Robin Hood é o ‘Prioritarianismo Cosmopolita’. Esse é um princípio ético onde temos que pensar em todo o mundo de forma igual, independentemente de quem vive onde e canalizar a assistência àqueles que dela necessitam mais. Aqueles que têm menos têm prioridade sobre aqueles que têm mais. Direta ou indiretamente, essa filosofia é a base da distribuição de todos os fundos  alocados a ajudar o desenvolvimento econômico, saúde e emergências humanitárias. As necessidades das pessoas em países pobres são mais urgentes, e o nível dos preços nesses países é tão baixo que, para cada dólar ou euro de apoio, duas ou três vezes mais pode ser feito do que em casa. …

“‘A Globalização que salva pessoas nos países mais pobres, mostrou-se prejudicial para os habitantes dos países ricos, na medida em que algumas empresas e empregos migraram para países onde o trabalho é mais barato. Parece que este fenômeno é um preço eticamente aceitável, porque os que perdem com a globalização eram muito mais ricos (e saudáveis) do que aqueles que ganharam. …

“‘No entanto, quanto é que estes Americanos sofrem com a globalização? Eles estão fazendo muito, muito melhor do que os Asiáticos, que agora trabalham nas fábricas que uma vez se instalaram nas suas cidades? Em geral, obviamente, melhor. Mas alguns milhões de Americanos, incluindo negros, brancos e hispânicos, agora vivem em famílias com renda per capita de menos de US$ 2 por dia. Isso, em essência, é o mesmo padrão que o Banco Mundial utiliza para determinar o nível de pobreza na Índia ou África. Com esta renda nos EUA é tão difícil encontrar um teto sobre suas cabeças, que a pobreza com renda de menos de US $ 2 por dia nos EUA é definitivamente muito pior do que a pobreza semelhante na Índia ou África. Cidades que perderam as fábricas, devido à globalização, e perderam a sua base fiscal, agora estão encontrando dificuldades para manter a educação escolar de alta qualidade, e com isso – a chance de uma vida melhor para a próxima geração. Escolas de elite estão ganhando crianças ricas para pagar suas contas, e, ao mesmo tempo bajulam as minorias, compensando séculos de discriminação. …

“‘Isso irrita os representantes da classe trabalhadora branca, cujos filhos não têm lugar nesse admirável mundo novo.

“‘Quando os cidadãos acreditam que a elite se preocupa mais com aqueles que vivem no exterior, do que naqueles que vivem do outro lado da rua, o contrato social é quebrado, somos divididos em grupos, com aqueles que permanecem atrás experimentando frustração e raiva contra uma política que não serve aos seus interesses”.

Meu Comentário: Não se confundam: não é globalização quando as instalações de um país rico são realocadas em países pobres, a fim de lucrar com mão de obra barata.

A globalização é uma relação comum, harmoniosa, mútua que dá o resultado principal de interrrelações globais que começam em uma pequena comunidade e se espalham por todo o mundo.

O termo “globalização” indica que estamos conectados mutuamente e, portanto, vivemos em harmonia com a natureza, o que deve afetar positivamente a todos. Nós precisamos construir relações mútuas entre nós, da mesma forma em todos os níveis.

A principal ferramenta para atingir isso é educar as pessoas, visto que ao educá-las nós fornecemos a elas o conhecimento sobre a interdependência global da humanidade. Por outro lado, o uso parcial dos aspectos da globalização só aumentará a crise atual.