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Descida – Subida

laitman_232_04Pergunta: Por que nós precisamos descer para subir mais alto uma e outra vez?

Resposta: Porque se não fosse a descida, não mobilizaríamos novos desejos, novos volumes vazios que podemos preencher com a nossa próxima subida e a revelação do Criador.

Essa é a razão dos estados constantemente alternados de descida-subida, descida-subida serem necessários. Além disso, a profundidade da descida é igual à altura da subida.

Da lição Cabalá em Russo 13/03/16

Ynet: “Como Construímos Jerusalém Se Há Uma Ruína Em Nosso Coração?”

Jerusalém, o Monte do Templo e o Templo incorporam dentro deles muito mais do que aquilo que vem à mente quando pensamos neles pela primeira vez. O seu significado espiritual nos leva ao entendimento necessário de que a conexão entre nós não é apenas para o nosso benefício, mas para o benefício de toda a humanidade.

Quarenta e nove anos atrás, paraquedistas entraram em Jerusalém, libertaram a Cidade Velha, e a uniram. Parece que não há nenhuma cidade do mundo em que cada pedra dentro dela está mergulhada em uma história tão importante para a formação da espécie humana. A cidade que dá esperança a um povo inteiro é hoje o foco de anúncios ultrajantes desprovidos de toda a lógica da UNESCO, de que “o povo judeu não tem nenhuma ligação religiosa com o Monte do Templo e o Muro das Lamentações”.

As organizações internacionais estão tentando cortar a conexão entre o povo judeu e sua herança. A UE intervém em todas as atividades na cidade, e devido ao ritmo dos acontecimentos, não se surpreenda se o mundo iluminado acordar amanhã de manhã e decidir que Jerusalém não está ligada à nação de Israel, e isso não significa apenas a separação de Jerusalém Oriental.

Incansáveis ​​esforços e dinheiro são investidos na criação de uma falsa consciência, que deve despertar essa questão no coração de cada um de nós: Como pode ser que a capital de Israel – uma cidade antiga que engloba em si a história abundante do povo de Israel, nossa religião e cultura, a cidade onde dois templos foram construídos e, infelizmente, também destruídos – é passível de ser apagada do mapa da terra de Israel? Em geral, de onde veio uma oposição tão determinada entre as nações do mundo para reconhecer Jerusalém como a capital de Israel? O que isso diz sobre a atitude negativa em relação a nós como povo?

Nós Temos a Chave para os Portões

A sabedoria da Cabalá mantém que a razão para essa perseguição está em não termos percebido nosso papel como povo, um papel que está enraizado em nós desde a natureza da criação, sobre cuja base o povo de Israel foi estabelecido. De acordo com a sabedoria antiga, a humanidade está ligada por uma rede de ligações mútuas. Nessa rede, o povo de Israel se destinava a ser “uma luz para as nações”, ou seja, ligado de modo que a força positiva que é inerente à natureza fosse transmitida ao mundo e funcionasse para conectar as pessoas e nações.

O mundo inconscientemente sente que a fonte de todo o mal e a raiz do sofrimento experimentado vem diretamente do fato de que o povo de Israel não realiza o seu papel. Esse sentimento continua a borbulhar cada vez mais, e está se cristalizando em uma agenda que se expressa nas tentativas de boicotar a nação de Israel. Vozes da comunidade internacional estão pedindo o reconhecimento de que o mundo estava enganado quando permitiu o estabelecimento da nação judaica no Oriente Médio e que talvez chegou a hora de tomar o cetro.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) escreve:

“O judaísmo deve apresentar algo novo às nações. Isto é o que elas esperam do retorno de Israel à terra! Não é por meio de outros ensinamentos, no que nunca inovamos. Neles, nós temos sido sempre seus discípulos. Pelo contrário, é a sabedoria da religião, da justiça e da paz. Nisso, a maioria das nações são nossos discípulos, e essa sabedoria é atribuída somente a nós. … ”

“Isso certamente provaria às nações o acerto do retorno de Israel à sua terra, mesmo para os árabes. No entanto, um retorno secular como o de hoje não impressiona as nações, e nós temos que temer que elas vendam a independência de Israel para as suas necessidades, sem mencionar o retorno para Jerusalém”. (Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam, “Os Escritos da Última Geração”, Parte 1, Seção 12, pp. 75-76).

A UNESCO, a ONU, a UE e o resto dos organismos internacionais que nos protegem são uma espécie de reflexão para nós sobre a falta de cumprimento de nossa função. Em outras palavras, nós estamos determinando nosso destino com nossas próprias mãos. Se o mundo está exibindo tanto ódio e antissemitismo em relação a nós que negam a conexão entre o nosso povo e a nossa casa, isso depende apenas de nós. Em nossas mãos está a escolha para decidir o futuro de Jerusalém como a capital de Israel, para melhor ou para pior. O que cabe a nós é decidir implementar uma mudança essencial nas relações interpessoais entre nós, conectando-se como “um homem em um só coração”, em vez de cada pessoa estar preocupada apenas com ela mesma. Como resultado da força positiva que criamos entre nós, nós equilibramos as forças de separação e levamos a termo o sistema de conexão entre as pessoas. As forças de conexão entre nós, também vão permear as nações do mundo e obrigá-las a iniciar um processo similar, para nos conectar e reconhecer como a origem da ligação e bondade.

Jerusalém está edificada como uma cidade que é compacta” (Salmos 122:3)

De acordo com a sabedoria da Cabalá, há uma ligação paralela e direta entre o sistema chamado de terra espiritual de Israel e o estado da terra física de Israel. O desejo (Ratzon) que está no coração de uma pessoa é chamado de Eretz, a terra de Israel (Eretz Yisrael), que tem um desejo Yashar El (Direto a Deus), o que significa que tem desejos narcisistas, mas só de amor pelos outros (Os Escritos do Rabash). Jerusalém vem das palavras “Ir Shalem” (Cidade Perfeita/Plena) e Irah – (Medo), uma cidade que é construída sobre o medo da separação, representando o sentimento da necessidade em preservar a conexão aperfeiçoada entre nós.

No centro do medo compartilhado de Israel, bem no coração da conexão entre nós, um estrato espiritual único é revelado que é chamado de Monte do Templo. Nele, nós podemos construir o Templo, um termo para uma conexão mais interna entre nós, um desejo compartilhado por amor. No momento em que paramos de lutar pela conexão interna, as ligações começam a se desvencilhar, e o povo de Israel é expulso. Quando as raízes escondidas na terra são arrancadas, isso mata a árvore inteira. É assim que o primeiro Templo foi destruído, é assim que o segundo Templo foi destruído, e é assim que tem continuado até hoje. E essa não é a destruição de um edifício construído em madeira e pedra, mas a destruição da rede de amor entre nós que se conecta em um. Isso porque “A casa [Jerusalém] foi arruinada por causa do ódio infundado” (Rabbi Israel Segal, Netzah Israel, Capítulo 4).

A mesma regra se aplica em nossos dias, “De acordo com a conexão do povo de Israel e seu despertar para o amor e o medo, Jerusalém é construída” (Koznitzer Maguid). Jerusalém será construída apenas quando a estabelecermos pela primeira vez em nossos corações com as relações corrigidas de conexão e amor. Até então, o ódio infundado vai continuar, e Jerusalém continuará como a capital em ruínas até lá, como uma cidade dividida, cheia de conflitos e derramamento de sangue, pois em vez de um lugar onde mora o amor, depois da destruição, o poder de separação e ódio domina.

“O Messias se senta na porta de Jerusalém e espera que as pessoas sejam dignas de redenção. Ele está algemado e precisa de pessoas completas para libertá-lo de suas correntes. … Agora ele almeja homens de verdade” (Ditos do Rabino Menachem Mendel). A sabedoria da Cabalá, a sabedoria da verdade, é um método que nos ensina como conectar e aplicar a regra geral: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico 19:18). Com a ajuda do poder de conexão, nós podemos realizar o nosso papel como uma nação e restaurar o conceito espiritual de Jerusalém para toda a sua glória.

Então, Jerusalém será a capital do amor para toda a humanidade. Como está escrito: “No futuro, Jerusalém será como todos de Israel, e Israel será o mundo inteiro” (o Yalkut Shimoni). Então o mundo vai entender as palavras dos profetas: “… pois a minha casa será chamada de casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:7), e “porque todos me conhecerão do menor ao maior” (Jeremias 31:33).

O que mais os sábios da Cabalá escrevem sobre Jerusalém?

Do artigo no Ynet 02/06/16

Prazer E Vazio

laitman_538Pergunta: Qual o benefício das pessoas se desenvolverem espiritualmente, se elas puderem, e assim receber o máximo de prazer no mundo físico?

Resposta: Se elas podem obter prazer, deixe-as viver do jeito que se desenvolvem. O Criador desenvolve gradualmente os sentidos egoístas de uma pessoa até que ela perceba que sua existência é insignificante, temporária, e não carrega qualquer significado.

A sabedoria da Cabalá não apela às pessoas que ainda estão satisfeitas com os prazeres físicos. Pelo contrário, os Cabalistas a esconderam por muitos anos, até que chegamos à “fronteira” no âmbito da crise geral mundial, que só agora está começando a se desenvolver de forma significativa.

A crise nos leva a um estado em que temos que responder à pergunta sobre o sentido da vida. Sem ela ninguém desejaria existir: “dá-me a resposta a essa pergunta, ou vou me matar”.

A pessoa vai sentir a finitude, a limitação, a nulidade de todas as realizações físicas passadas, tanto que não vai querer nada, mesmo se um tremendo prazer estiver “brilhando” na frente dela.

A razão das pessoas estarem se deprimido e precisando de drogas é porque elas não querem lidar com esse estado alternado de vazio e recepção de prazer, recepção de prazer e vazio. Elas não veem qualquer sentido nisso. Elas preferem se injetar com alguma coisa e desligar.

Nosso desenvolvimento não nos permite viver como uma criança que constantemente goza de várias coisas vazias. Assim, nós chegamos a um estado onde a sabedoria da Cabalá está começando a se revelar para a humanidade.

Da Lição de Cabalá em Russo 21/02/16

Aviso, O Circuito Pode Se Repetir

laitman_220Nas Notícias (vz.ru): “Quatro fases de desenvolvimento da humanidade são conhecidas: arcaica, tradicional, industrial (era moderna) e pós-industrial (pós-moderna).

“E, a julgar por todas as tendências, essas fases se sucedem em um ciclo fechado. Ou seja, à pós-moderna vai seguir a nova arcaica, mesmo com robôs, motores de plasma e colônias marcianas.

“A principal característica da sociedade arcaica é o seu isolamento e castas. A atual globalização pós-moderna se divide em fragmentos de sistemas regionais fechados. Democracia, monarquia, oligarquia, mesmo com o cumprimento formal dos direitos e liberdades, serão substituídos pelo despotismo.

“E se os despotismos da era moderna (começando com os regimes totalitários do século XX) eram poderosos, eles são frágeis e não vão durar para sempre …

“Ao mesmo tempo, a fronteira entre a fase arcaica pós-moderna e a nova fase arcaica é muito instável. Essa não é a primeira manifestação de uma nova era da posição firme das forças liberais do mundo que, apesar da declaração de direitos e liberdades (incluindo o direito de livre escolha), cospem abertamente nos resultados da votação e, lenta e persistentemente crescem suas raízes no corpo da sociedade. …

“Os déspotas da modernidade mantiveram a sua identidade (Stalin, Mussolini, Roosevelt). Déspotas arcaicos são impessoais. … a casta sem rosto dos banqueiros/sacerdotes/pais do povo. Neste caso, ao contrário das tradições da era monarca, o déspota arcaico não está vinculado a quaisquer obrigações para com os cidadãos e os poderes superiores. Ele é o poder supremo. …

“O que é importante no mundo da era arcaica? A principal coisa: a lei. A Lei de Moisés ou o Código de Hamurabi, os costumes de sua casta, a palavra do déspota, diretor ou supervisor. …

“A este respeito, a destruição do cristianismo na Europa, os principais ensinamentos da tradição da época, e sua substituição nos cálculos pós-modernos é altamente simbólico, mas superficial. Mas o conteúdo das trocas na Europa, os migrantes que professam a doutrina da lei islâmica dogmática (em oposição à tradicional), que se confunde com a de tempos antigos, carrega um problema muito maior.

Se esse processo não for interrompido, depois de 30 anos a Europa será dividida em 50 Califados onde o Islã não apenas se desenvolve, mas também se assenta como instituições opressivas indestrutíveis de poder. É o que vemos hoje na Arábia Saudita, Qatar e outros países da região.

“No entanto, a sua forma e modo de vida serão determinados não pela vontade dos povos e das nações, …, mas simplesmente pela oportunidade e a vontade destes mesmos governantes sem rosto”.

Meu Comentário: A fronteira entre o pós-modernismo e um novo arcaico é instável. Essa é a fase da proliferação da sabedoria da Cabalá. A Cabalá clama por isso, para que a história não se repita todas as suas quatro etapas. O movimento em direção ao próximo ciclo pode ser por meio de uma guerra mundial.

A humanidade deve aprender uma lição com as quatro fases egoístas do desenvolvimento pelas quais passou, a fim de não repeti-las em seu nível avançado, e, em vez disso, atrair a Luz de uma correção maior para equilibrar o seu egoísmo e começar a existir em um sistema de três linhas no próximo nível, não em nosso mundo, mas no mundo de Atzilut, o propósito da criação.

Nova Vida # 588 – Os Limites Da Liberdade De Expressão

Nova Vida # 588 – Os Limites Da Liberdade De Expressão
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Por que a sociedade abusa da liberdade de expressão hoje? Como podemos aprender a usar corretamente a liberdade de expressão, e como podemos ensinar uma crítica social eficaz?

Resumo

Há atores, músicos e artistas influentes cujas opiniões são altamente consideradas, mas, na verdade, não há justificativa para isso. As pessoas perderam qualquer senso de bom gosto e aqueles que se expressam de uma forma mais vulgar são mais considerados. A mídia também está se tornando mais provocadora e podemos definitivamente dizer que cruzamos a linha.

A humanidade está em retrocesso: no passado, ansiávamos em saber mais, e hoje temos tudo, mas as pessoas são como um rebanho. Hoje não há nenhuma razão em restringir as pessoas artificialmente e fechar suas bocas. Nós temos que investir em educação e publicidade. Isso não pode ser feito de imediato. Só pode ser feito através de um processo educativo que inclua toda a sociedade. Nós temos que aprender que a nossa atitude negativa nas relações mútuas é muito prejudicial em todos os aspectos da nossa vida. Afinal estamos conectados e integrados.

Todo mundo quer se sentir bem, mas as pessoas não sabem que o seu bem-estar depende do bem-estar dos outros. Uma pessoa que souber usar sua liberdade de expressão com eficácia será um componente mais positivo na sociedade. Afinal, todo mundo é especial, e ninguém pode contribuir para a sociedade com aquilo que os outros podem contribuir e por isso é vital que todos cooperem nesse sistema.

Hoje tudo é baseado somente em poder. Aqueles que são mais fortes, ricos e astutos podem comprar para si uma plataforma. O problema hoje não é a liberdade de expressão, mas o fato de que não educamos o público para o amanhã. Deve haver alguma forma de controle, um controle inteligente, que decorra de conhecer as leis do desenvolvimento humano.

De KabTV “Nova Vida # 588 – Os Limites Da Liberdade De Expressão”, 21/06/15