Risco Indevido: Contagioso

laitman_945_0Comentário: Os cientistas das universidades de Melbourne e da Califórnia provaram que o comportamento excessivamente arriscado é contagioso. Nós vemos o quanto o jogo, a condução imprudente nas estradas, e até mesmo organizações terroristas atraem muitas pessoas porque o ambiente nos influencia muito fortemente.

Resposta: A ideia não está na influência do ambiente, mas que assim a pessoa entra em contato com o desconhecido. Ela sente que há algo desconhecido que a governa; existe algum tipo de força acima dela. Na monotonia da vida diária ela não consegue entrar em contato com esse poder. Somente se ela tenta avançar até ele é que ela pode estar sob sua influência e sentir uma conexão com ele.

Essa é uma necessidade muito forte e interna. Qual é o jogo? Se soubesse desde o início o benefício ou a perda, isso poderia se tornar um negócio. O jogo está no fato de que eu não sei o resultado, e é meu prazer, e é desejável, porque quando eu passo por cima do desconhecido, eu subo sobre o egoísmo e começo a sentir a força que está acima de nós, que controla o nosso mundo.

Isto é o que atira as pessoas para os braços dos jogos de azar e organizações terroristas. Eu não estou falando daqueles que são atraídos para um “paraíso” futuro após a morte, mas especificamente daqueles que estão à procura de aventura ou desafiando cientistas que conduzem experimentos em si mesmos, etc.

Mas tudo isso é muito pequeno. Um homem infeliz não tem outra maneira de se conectar com a gestão superior, o propósito superior, de subir acima de si mesmo, de escapar de si mesmo. Que tipo de benefício uma pessoa extrai do bungee jump?

Eu tinha um conhecido que gostava muito de saltar sem paraquedas e seu amigo tinha que pegá-lo no ar. Isso lhe dava uma satisfação interior. O medo impede as pessoas comuns de fazer isso, enquanto ele explicava tudo muito simples, “eu recebo um prazer que é maior do que o medo; eu não consigo parar!”

Pergunta: É possível direcionar essas pessoas a buscar a espiritualidade?

Resposta: Esse é um problema, porque buscando a espiritualidade coloca a pessoa em situações que ela cria com o seu próprio esforço. Quando ela compreende sua dependência da força superior, ela descobre esses estados, e o poder superior é revelado a ela. Mas isso acontece em uma luta interior muito complexa, com uma preparação séria.

Esse não é um grande avanço, não é uma aventura; é a vida. Quando a pessoa vive a sua dependência, se eleva ao nível da força superior que governa e começa a trabalhar em parceria com ela. Assim, um “segundo fôlego” se desenvolve nela. Ela se encontra simultaneamente no presente, passado e futuro. Tudo se funde em um único conjunto. A sensação que a preenche remove todas as impressões de tempo, espaço e movimento e ela sente que flui permanentemente nesse estado.

Portanto, quando você olha para as tentativas infantis de obter um sentimento de “agarrar o tigre pela cauda”, você percebe que as pessoas querem tanto se preencher por um instante, enquanto esse sentimento puder ser testado constantemente. Na espiritualidade é possível sentir essa sensação de forma permanente.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 20/03/16