O Nível Linguístico Dos Candidatos A Presidente dos EUA

 Pergunta: O Carnegie Mellon Language Technologies Institute realizou um estudo que descobriu que os candidatos à Presidência dos Estados Unidos falam em termos de vocabulário e gramática ao nível dos alunos do 6º ao 8º ano. A cada um foi dada a sua própria nota de avaliação. Donald Trump comunica-se com as massas no nível do 7º ano, Bernie Sanders no 10º e Obama no 9º. Será que importa em que nível eles realizam seu contato com as multidões?

Resposta: Não, isso não importa, porque eles devem falar no mesmo nível que as massas. Não acho que o nível intelectual deles seja 7º ou 10º ano, mas eles devem fazer isso. Primeiro eles sentem para quem estão se mostrando. Também é possível ver que eles têm sempre um discurso ligeiramente diferente de acordo com o lugar onde aparecem, seja no Meio-Oeste, Sul, Leste ou Oeste.

Pergunta: Nós estamos falando de líderes agora. É possível inserir os lendários líderes judeus Abraão e Moisés na mesma escala?

Resposta: Sem dúvida eles estavam falando no nível do povo. Afinal, todo o método da Torá é projetado para atrair gradualmente a pessoa até o nível do Criador. Você pode imaginar de que nível é necessário começar e a que nível é preciso chegar?

Pergunta: Isso significa que se houvesse uma instituição como essa naquela época, teria dado a Moisés e Abraão aproximadamente a mesma pontuação?

Resposta: Grandes egoístas participaram do grupo de Abraão que queria entender o que estava acontecendo com eles, qual é o sentido da vida, e por que veio a crise. Ele começou a explicar-lhes gradualmente. Era mais fácil para Moisés desse ponto de vista. Por um lado, as pessoas entendiam que o ego estava trabalhando nelas. Mas, por outro lado, elas achavam muito difícil se rebelar contra ele. Moisés se encontrava entre o egoísmo e o altruísmo.

Pergunta: Será que Abraão parecia ingênuo e primitivo do ponto de vista dos estudiosos da Babilônia?

Resposta: Ele mesmo era um desses estudiosos. Certamente pode-se fazer uma comparação com o que eles estavam envolvidos, o desenvolvimento da sociedade, política, cultura e ciência. Ele começou a dizer-lhes que eles precisavam se unir como bons garotos. Com a unidade, eles transcenderiam a sua natureza. Eles encontrariam o significado.

Mas eles disseram-lhe, “Nós somos cientistas, políticos, banqueiros, gerentes de grandes empresas; nós somos os mestres deste mundo. O que você pode nos explicar? Olhe para o que todas as pessoas anseiam, o que elas querem. O mais importante para elas é pão e circo. O que tem sido em todos os tempos também é verdade hoje. O que você precisa? Você precisa de dinheiro e um pouco de respeito? Vamos dar-lhes isso; então cale-se”.

Então o que Abraão poderia lhes dizer? “Não posso trocar minha ideologia, o sentido da vida, a grandeza da meta, a grandeza do Criador por essas tentações”. E eles responderiam, “Que tipo de Criador é este? Que tipo de ideologia é esta? Vamos dar-lhe tudo o que você quer; só não incomode as pessoas. Você não precisa prepará-las para alguma revolução, seja física ou espiritual. Então nós iremos erigir uma espécie de monumento para você”.

Abraão não concordou, e eles começaram uma campanha contra ele na imprensa, sempre que possível. Abraão compreendeu que eles não iam deixá-lo ficar lá. Competia a ele fugir de alguma forma e organizar sua própria nação, seu povo e suas próprias instituições de ensino. Ele deixou a Babilônia juntamente com um grupo com opiniões semelhantes. Se ele tivesse permanecido na Babilônia, nós leríamos hoje que ele foi um líder que decidiu ensinar às pessoas algumas soluções especiais em tempos de crise. Mas eles foram bem-sucedidos em livrar-se dele.

Mais tarde, Abraão deixou a Babilônia e começou a vagar pela terra de Canaã, o Negev, o Sinai e o Egito. Então, do ponto de vista dos Babilônios, nada de bom veio dele e de seus seguidores. Mas eles de alguma forma sobreviveram até hoje. E entre eles novamente se manifestou uma relação especial, e nós temos que decidir o que fazer.

Na verdade, hoje nós chegamos a um estado onde algo tem que ser resolvido. Do ponto de vista ideológico, é muito difícil contestar isto porque se nos tempos Babilônicos eles tiveram muitas oportunidades para resolver esse problema, hoje elas não existem. Afinal, o egoísmo em todas as suas formas — da Babilônia até o nosso tempo — trouxe em si a total falência.

O problema é que, até hoje, o egoísmo ainda domina o mundo. Ele se cerca de tais sistemas de apoio que nós construímos para ele de forma tão sofisticada que é muito difícil renunciá-lo.

Portanto, muito tempo será necessário para o sistema de Abraão se tornar mais forte e desenvolvido para convencer todo o resto do mundo que ele fornece uma solução para todos os problemas materiais. Além disso, um grupo como o de Abraão deve se reunir de acordo com seu método e tornar-se um canal para a força superior que irá influenciar seu grupo e por isso todo o resto da humanidade.

Portanto, tudo depende deste grupo que requer persistência, paciência, um objetivo claro e um movimento contínuo rumo a ele.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 17/03/16