Dinheiro Não Compra Felicidade

Laitman_201_01Comentário: Após uma extensa pesquisa, os cientistas no Reino Unido descobriram que um alto nível de renda não torna as pessoas felizes. Os resultados foram publicados na revista Personality and Social Psychology Bulletin.

Resposta: Embora haja um ditado que diga que “o dinheiro não pode comprar a felicidade” e as pessoas entendam isso, todo mundo quer dinheiro.

Se você perguntar a uma pessoa moderna o que ela quer mais, dinheiro ou felicidade, ela provavelmente irá responder: “Dinheiro. Assim que eu tiver dinheiro, vou comprar a felicidade”.

O ego, que agora está sendo revelado em toda a humanidade, não precisa de nada além de dinheiro. No passado as pessoas eram menos egoístas, tinham outras inclinações, o seu ego não exigia uma saciedade tão completa.

Comentário: Portanto, de certa forma, você refuta essa pesquisa, que diz que as pessoas veem a felicidade como família, amigos e filhos?

Resposta: Eles chegaram a essa conclusão depois de verificar cuidadosamente a possibilidade de comprar tudo e ver que não funciona.

Mas nós ainda não atingimos o nosso desenvolvimento absoluto. Nós estamos na fase final, que ainda não acabou. A humanidade já percebe que o dinheiro não traz felicidade e que, no final, a felicidade é mais importante do que o dinheiro.

Mas, por outro lado, se um sentimento de felicidade não é construído sobre qualquer base material, é um sentimento falso. É como tomar um medicamento: “Eu sou feliz”. “Qual é o problema?! Por que isso?” – “Feliz”.

Você recebeu algum tipo de injeção e o gozo oprime você, não o deixa se mover, porque você não sente qualquer sofrimento ou vazio, não precisa ansiar por nada, fazer nada. Você ainda não pode compreender os sofrimentos e desejos dos outros; não pode estar conectado com ninguém! Como um idiota, você simplesmente fica no meio do mundo e se sente bem.

Pergunta: Será que isso significa que a felicidade para o desenvolvimento?

Resposta: É claro! Se os maiores artistas, escritores ou músicos não tivessem sofrido, se não tivessem sido internamente infelizes – tivessem eles um pedaço de pão ou não – se não estivessem infelizes em sua busca interior, em sofrimento, será que eles criariam algo? Nunca!

A felicidade não reside imediatamente na definição que começamos a atribuir-lhe. A felicidade só pode ser sentida através da tristeza, apenas acima do que é difícil de encontrar, acima do sofrimento, quando você se esforça – e alcança, luta – e alcança! Quando você deseja – e então alcança, deseja – e, então alcança – isso não é felicidade!

A felicidade inclui simultaneamente sofrimento e prazer acima dela. Esse estado só pode ser alcançado na sabedoria da Cabalá, quando o vazio não fica cheio, mas constrói um preenchimento acima dele. Ambos, vazio e plenitude, existem constantemente! Digamos que eu anseio por algo, e por esse anseio sinto prazer, satisfação.

Felicidade, se definirmos corretamente, do ponto de vista Cabalístico, em sua forma verdadeira, é um estado de infelicidade absoluta e felicidade absoluta ao mesmo tempo – vazio e plenitude, que não se anulam mutuamente.

Então você não precisa cobri-la com dinheiro ou qualquer outra coisa, porque todos os seus espaços vazios estão sendo preenchidos e ficam vazios ao mesmo tempo. Por exemplo, você come algo – e todo o tempo quer isso, bebe algo – e todo o tempo quer isso, vê algo – e todo o tempo quer. Isso significa que os prazeres não terminam, mas só aumentam, e, nessa medida o vazio diminui!

Esta é a sabedoria da Cabalá! A ciência de obter a verdadeira felicidade. E o sentimento de felicidade sem fim o leva ao sentido de eternidade!

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 27/03/16