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Uma Pessoa Espiritual

laitman_214Pergunta: Em sua opinião, quem pode se considerar uma pessoa espiritual?

Resposta: Alguém que transcende a si mesmo com a ajuda do método da sabedoria da Cabalá, criando nele um sentimento novo chamado “alma”. A pessoa que faz isso, percebe a substância espiritual através da característica de doação, ou seja, não dentro si mesma, mas fora de si mesma. Em nosso mundo há poucas pessoas assim, ninguém as reconhece, elas não são reveladas a ninguém, e não ensinam ninguém.

A única organização que está seriamente envolvida com isso é a Kabbalah La’Am (Cabalá para o Povo), que atua como um Centro de Educação de Cabalá internacional, estabelecendo para si o objetivo de ensinar a sabedoria da Cabalá a outras pessoas porque recebe essa missão de Cima. Nós tentamos criar as condições adequadas para que cada pessoa que queira atingir um estado espiritual e sentir o mundo fora de si possa fazer isso.

Da Lição de Cabalá em Russo 21/02/16

“O Fracasso Como Motor Do Sucesso”

Laitman_002Nas Notícias (Harvard Business Review): “Entre os antigos produtores de vinho há um ditado: ‘Para que a videira se torne bonita, ela deve sofrer’. Antes de obter um grande vinho, eles sujeitam a videira ao estresse, umedecendo o solo ao limite da sobrevivência do vinhedo. Após o vinhedo passar por um ‘teste’ como esse, as uvas produzem vinhos complexos, delicados e seletos.

“Nos idiomas japonês e chinês, o caractere para o termo ‘catástrofe’ tem o duplo significado de fracasso e novas possibilidades”.

Meu Comentário: Isso significa que o uso de estresse, até mesmo de desastres, desenvolve novas oportunidades de crescimento. Foi dito: “A quem o Criador ama, Ele envia dificuldades”.

A Cabalá explica isso de forma simples: como a nossa natureza egoísta é oposta ao Criador, à propriedade do amor, nosso objetivo na vida é mudar a nós mesmos para a equivalência com o Criador. O Criador nos envia adversidades que nos obrigam a mudar. Caso contrário, o ego não se moveria. Isso é perfeitamente observado na história do povo judeu.

Nossa metodologia da Cabalá nos ajuda a compreender de forma rápida e correta a pressão do Criador, e a usá-la para “novas oportunidades” de desenvolvimento em equivalência com o Criador.

A Noite Do Êxodo Do Egito

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como a Cabalá explica “a noite do êxodo do Egito”?

Resposta: A noite do êxodo do Egito é resultado de todo o desenvolvimento anterior dos judeus pelo qual eles chegaram ao estado que lhes permitiu tornar-se uma nação e entender que dentro deles está o ego, o Faraó, que os separa, leva aos conflitos entre si e faz com que se sintam distantes uns dos outros.

Olhe o que está acontecendo ao redor: discórdias na família, sociedade e governo. Nós faríamos qualquer coisa para suprimir um suposto inimigo. Nós precisamos começar a sentir o nosso estado como o Egito, como o domínio do Faraó, ou seja, o nosso egoísmo que nos impede de ser uma nação, uma família. Precisamente isso é chamado de noite.

É por isso que na noite de Pesach nós nos reunimos com nossas famílias e nos consideramos como uma família, uma nação. Nós queremos demonstrar que estamos prontos para se unir, para estar juntos com o objetivo de se elevar acima do nosso egoísmo e chegar à liberdade dele. Esse é o êxodo do Egito e a entrada para a terra de Israel.

Entre eles, há um período de 40 anos da passagem no deserto, onde nos corrigimos. Através dessa correção, nos preparamos para a entrada na terra de Israel, na medida em não podemos ir do egoísmo e ódio imediatamente ao amor. Afinal, o amor é o mesmo egoísmo na forma invertida. E os quarenta longos anos do período de preparação representam a distância do desejo de receber para o desejo de doar, do ódio ao amor.

A noite egípcia é um breu, uma noite terrível de uma falta absoluta da compreensão do que está acontecendo e o que vai acontecer. As pessoas veem que por causa do ódio mútuo, elas deixam de existir como uma nação, como uma família. Elas entendem que esse estado sem saída as leva à morte.

Mas, ao mesmo tempo, não veem o caminho para sair dele porque o poder do egoísmo parece ser historicamente eterno e absoluto. Para todo lado que a pessoa se vira, ela vê seu egoísmo, e sente que faz tudo apenas para seu próprio benefício. Ele controla todas as nossas ações: internas, externas, nossos relacionamentos, etc.

Todo mundo mantém uma distância do outro onde seria capaz de se defender e receber o máximo do outro. Isso significa que o egoísmo regula o tempo todo as nossas relações mútuas, a natureza, os animais, o mundo e a vida.

O terrível estado de comunicação apenas de uma forma egoísta nos é revelado como a escuridão do Egito. Exatamente neste estado, no meio da noite, uma força surge de repente em nós, que nos faz avançar para a saída do egoísmo e nos dá a sensação de que podemos nos elevar sobre ele.

Um ponto culminante de inversão aparece, e a mais terrível escuridão de repente começa a se transformar em alguma esperança, em Luz: há uma saída em algum lugar, eu tenho que correr! E eu corro atrás desse sonho, depois desse poder interno que de repente irrompe em mim. E a Luz aparece!

É uma noite especial, a noite de sair da escravidão egoísta para a eternidade e perfeição altruísta. É por isso que a celebramos.

De KabTV “Notícias com o Dr. Michael Laitman” 13/04/16

A Responsabilidade Pelo Que Está Acontecendo

Dr. Michael LaitmanA Torá, Números, 33:55-33:56: Se, contudo, vocês não expulsarem os habitantes da terra, aqueles que vocês permitirem ficar se tornarão farpas em seus olhos e espinhos em suas costas. Eles lhes causarão problemas na terra em que vocês irão morar. Então farei a vocês o mesmo que planejo fazer a eles.

Nós precisamos afastar de nós mesmos os nossos próprios desejos, ou seja, corrigi-los dentro de nós. Os desejos não desaparecem em nenhum lugar; é impossível cortá-los e jogá-los fora. Existe um enorme desejo criado pelo Criador, como é dito: “Eu criei o desejo mau (inclinação ao mal) e dei a Torá para a sua correção”.

A intenção por esse desejo pode ser egoísta ou altruísta. O desejo em si é inerte. Em sua aplicação original é um zero absoluto, mas ele nos é dado de uma forma negativa. Portanto, nós precisamos corrigir sua aplicação negativa para uma positiva, o que pode ser conseguido mudando a intenção. Isso é chamado de expulsar as nações que existem dentro de seu desejo.

Aqueles que vocês permitirem ficar se tornarão farpas em seus olhos e espinhos em suas costas [isto é, estes desejos não vão nos deixar realizar quaisquer ações espirituais de doação, amor e conexão mútua] e eles lhes causarão problemas na terra em que vocês irão morar. Isso lembra muito do nosso estado atual. Afinal de contas, nós não trabalhamos em nós mesmos!

Hoje a chamado nação de Israel são aqueles que tiveram a oportunidade de chegar à correção espiritual. No entanto, não fazemos nada! Por isso estamos constantemente recebendo cutucadas e golpes, facas em nossas costas e pescoços – o que os nossos vizinhos fazem conosco. E isso é porque nós não fazemos o nosso trabalho! Não há necessidade de culpá-los, apenas a nós mesmos! Nós precisamos encontrar a fórmula correta, a fim de alterar o estado que passa somente por nós.

Se não seguirmos o que a Cabalá diz, vamos sofrer, não vamos conseguir nada. Nós precisamos fazer algo sobre nós mesmos.

Nós estamos no epicentro da “explosão atômica em potencial”, e não entendemos o que evocamos sobre todo o mundo através de nós mesmos. Nós temos que reconhecer a nossa responsabilidade pelo que está acontecendo.

Comentário: Mas não essa ocultação vem do grau superior?

Resposta: A ocultação é dada especificamente para que possamos nos corrigir rapidamente, em conexão com os outros, para sentir o estado superior e trazê-lo ao resto da humanidade.

Essa ocultação é para o nosso próprio benefício. Se ela não existisse, nós funcionaríamos automaticamente, seguindo as instruções de Cima sem pensar, sem sentimento ou razão, como se fôssemos um mecanismo acabado. Nesse caso, seríamos chamados de anjos. Mas o homem precisa ser superior. Ele precisa subir ao nível em que ele mesmo escolhe ser semelhante ao Criador e traz Sua ideia ao mundo.

De KabTV “Os Segredos do Livro Eterno”

Nova Vida #717 – O Êxodo Do Egito Dentro De Mim

Nova Vida # 717 – O Êxodo Do Egito Dentro De Mim
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Resumo

A realidade é um todo; portanto, é difícil falar de parte dela sem conhecer toda a imagem. A sarça ardente no deserto representa a revelação interna de Moisés depois da queima do seu ego e da combinação de suas características à Divindade, como uma frequência de absorção similar; ele e o Criador transmitem no mesmo comprimento de onda.

Fundamentalmente, o bem não é inerente a nós, mas a inclinação ao mal é inerente. Portanto, não podemos considerar ninguém, exceto nós mesmos. Depois dos quarenta anos que Moisés viveu com o Faraó, ele ficou com Jetro por quarenta anos e aprendeu sobre a qualidade de doação, Hesed (Misericórdia), e como alcançá-la acima do egoísmo exposto. Assim, ele pôde voltar ao Egito para trabalhar no ego.

O objetivo da humanidade é que toda a natureza humana, incluindo todo o egoísmo, se assemelhe à plenitude da força superior cuja natureza é o amor.

O retorno ao Egito simboliza o retorno ao ego de Moisés, que ainda precisa de correção. Nenhum de nós reconhece o Faraó dentro de si. O Faraó simboliza o domínio absoluto do ego geral em nós. Moisés simboliza o pequeno desejo pela característica de doação, a descoberta da verdade.

O povo de Israel representa os desejos que podem ser corrigidos no atributo de doação e amor dentro do ego em geral. O ego é todo o campo da realidade, e Moisés precisa de sinais e maravilhas para mostrar ao ego que tem poder. Portanto, Moisés toma a vara, cuja função é dirigi-lo no caminho espiritual, para colocar o ego abaixo e ir acima dele.

De KabTV “Nova Vida # 717 – O Êxodo Do Egito Dentro De Mim”, 19/04/16