Textos arquivados em ''

Moisés

laitman_740_02O primeiro herói do feriado de Pesach é Moisés, o líder espiritual. Esta é uma qualidade especial dentro da pessoa que a leva ao êxodo do Egito.

Se não falarmos de Moisés como uma qualidade dentro da pessoa, mas como um personagem, então ele não era um líder nato. Moisés é uma pessoa que está fechada dentro de si, que quer alcançar, estar consciente do mundo ao redor, de suas características, dela mesma.

Moisés viveu no palácio do Faraó e usou todos os benefícios que lhe eram devidos como príncipe. No palácio eles o respeitavam e ele aprendeu a sabedoria egípcia, magia, tudo o que era usado no Egito em seu tempo na construção das pirâmides, na percepção do universo através da astronomia e tudo o que tinha sido desenvolvido naquela época. Moisés era um cientista e tudo isso era muito atraente, mas ele não estava conectado com os egípcios ou com o povo. Ele era simplesmente um príncipe.

Quando ele estava no exílio do Egito, o Criador pediu que ele voltasse ao Egito e ele obedeceu, mas sem qualquer intenção pessoal. Quando voltou ao Egito, ele foi ao seu avô, o Faraó, e sua madrasta, Batia, como um adversário, opondo-se a eles e dizendo ao Faraó: “Deixe o meu povo ir” (Êxodo 5:1). Mas Faraó se opôs a isso e argumentou, “Os filhos de Israel estão vivendo aqui com suas famílias e gado; eles gerenciam suas famílias e têm sido meus por algum tempo já. Eles não pretendem ir a qualquer lugar”. Imagine uma situação em que, aparentemente, exigíssemos do Presidente Obama, “Deixe os judeus ir a Israel”. E ele respondesse: “Não tenho a intenção de libertá-los; eu preciso deles para o desenvolvimento da economia, ciência e comércio. Tente se aproximar deles e ouça o que eles vão responder”.

Afinal de contas, os judeus estavam vivendo muito bem no Egito. Eles usavam todos os benefícios ainda mais do que os próprios egípcios. Por isso, foi impossível abordá-los de qualquer forma, mesmo do ponto de vista do Faraó e do ponto de vista dos próprios judeus. O povo de Israel era gordo, preguiçoso, e estava sob a influência de tradições, cultura, ciência, artes e entretenimento dos egípcios. Eles tinham tudo o que precisavam, incluindo enormes pastagens para seu gado. Pode-se dizer que eles viviam no melhor lugar no mundo.

No momento em que Moisés começou a pedir ao Faraó para libertar o povo de Israel do Egito, eles começaram a sentir o lado mau do Faraó: golpes, pressão, opressão, impostos, grandes perseguições e pogroms. Em geral, tudo o que temos visto ao longo da história dos judeus de repente começou a aparecer no Egito com o povo que tinha sido totalmente mimado em todos os sentidos! Assim, a atitude do Faraó para com Moisés tornou-se acentuadamente negativa. Apesar disso, Moisés foi ao Faraó de acordo com o comando do Criador e exigiu dele, “Deixe o meu povo ir!”.

Moisés estava com medo do Faraó e do Criador, e não sabia o que fazer. Ele tentou convencer o Criador de que ele estava com a língua presa e gaguejava, que não era um líder natural. Mas o Criador respondeu: “Eu sei quem escolher, então adiante!” E ele foi. Além disso, quando o Criador disse: “Vamos juntos. Eu vou endurecer tanto o coração do Faraó que será preferível irmos juntos”.

A sabedoria da Cabalá fala sobre as características mais profundas e íntimas de uma pessoa, que ela deve discernir dentro de si mesma, especificamente através da via do desenvolvimento espiritual em que uma pessoa começa a procurar dentro de si pelas características de Faraó, Moisés, Criador, povo de Israel, Egito e todo o resto das imagens na Torá.

Em última análise, ela atinge um estado de escuridão absoluta quando entende que não pode deixar o Egito, não quer deixá-lo, e não sabe que forças lhe possibilitarão fazer isso. Então, à noite, um poder imenso, uma tempestade, irrompe, relâmpagos e trovões no sentido espiritual. A pessoa está num pânico terrível! Mas ela corre atrás do Criador.

O êxodo do Egito acontece às pressas;  de onde e para onde é desconhecido. O que importa é que o Criador quer isso, e a pessoa realiza a Sua vontade.

Não há mais nada! O que importa é que o Criador quer e nós O seguimos, porque é impossível obter os nossos suportes usando nossos sentimentos ou conhecimento – nem através do coração ou da mente. Só a força superior mostra à pessoa onde ela deve ir. O Criador leva você por uma coluna de fogo ou nuvem, e você vai;  não pode ser de qualquer outra forma.

Para ser completamente purificado do Egito e levar tudo acima de sua razão e sentimento, você deve saltar no mar! O mar é um estado terrível no qual cabe à pessoa dar um passo totalmente contrário a todas as suas emoções e razão! Depois disso, nada resta do que era seu! Ela existe completamente pura. Neste estado ocorre um nascimento espiritual. Depois da completa purificação da memória física e emocional, começa uma nova vida.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 11/04/16

Faraó

laitman_951Pergunta: O que o Faraó representa?

Resposta: O Faraó é uma força imensa. Eu não vou falar dele como uma personalidade porque de forma prática esse personagem realmente não existe. A sabedoria da Cabalá examina o Faraó como o imenso ego que é criado pelo Criador. Ele desenvolve e absorve tudo em seu egoísmo e está pronto para devorar o mundo inteiro.

Ele é insaciável e gradualmente se revela na medida em que a humanidade se desenvolve. Quanto mais nós nos esforçamos para fazer algo no mundo e conseguimos alguma coisa, mais ele devora, deixando-nos sem esperança de mudar o mundo para melhor ou um futuro feliz. Pelo contrário, o mundo só se torna cada vez pior.

Mais e mais pessoas estão insatisfeitas com a vida. Antes nós pensávamos que poderíamos se dar bem, mas hoje não pensamos. Hoje as pessoas não se sentem seguras nas aldeias mais distantes, nem economicamente ou a partir do aspecto da existência material. Agora as pessoas estão tão ligadas ao mundo inteiro que não podem se alimentar. Este é um paradoxo, mas o agricultor não pode se alimentar de sua própria terra.

O Faraó (egoísmo) engole isso, porque nos une tanto que não podemos ser independentes uns dos outros. Ele torna o nosso mundo integral, global e interconectado, uma pequena aldeia na qual todos nós dependemos uns dos outros. E aqui vemos que não podemos lidar com ele.

O egoísmo nos leva à necessidade de estarmos devidamente interconectados uns com os outros. Isso significa que o próprio Faraó, ao transformar nosso mundo para que ele se torne mutuamente conectado, nos leva a um estado onde o odiamos e, assim, transformamos o nosso mundo em um outro com boas conexões entre nós. Caso contrário, não seremos capazes de continuar vivendo. Mas o Faraó nos dirige continuamente contra a unidade. Assim, por um lado, mesmo que ele desperte em nós o desejo de unidade e atue de modo que não possamos viver sem fazer as conexões corretas entre nós, pois, caso contrário, não poderemos nos prover até mesmo com as coisas mais essenciais, e, por outro lado, ele não vai nos deixar unir. Este contraste resume o mérito do Faraó.

Portanto, ele é chamado de um “anjo do Criador”. Ele foi criado pelo Criador como o Jano de duas faces, onde de um lado ele nos obriga a se conectar e unir, e do outro lado não vai nos deixar se aproximar um do outro. Portanto, nós começamos a entender que não temos outra saída além de subir acima dele, escapando dele. Por isso, nós fugimoa dele. Isao significa que a fuga do Faraó, da nossa natureza, do nosso ego, é o Êxodo do Egito.

Isto não é fácil, porque ainda depende de nós descobrir tudo isso dentro de nós. Nosso tempo é único. Nós estamos agora descobrindo tudo o que o Criador preparou para nós na forma do Faraó. O Faraó está agora sendo revelado entre nós na forma do mundo global e integral, e, ao mesmo tempo, individualmente, ele não nos permite existir de acordo com esse mundo integral. Portanto, precisamos respeitar o Faraó, porque ele nos leva para fora do Egito.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 12/04/16

As Dez Pragas Do Egito

Laitman_514_04Pergunta: O que são as “dez pragas do Egito”?

Resposta: O propósito da criação é ir ao próximo nível de existência, o mundo superior. Enquanto vivemos na Terra, temos que sentir o mundo superior, ver o sistema de gestão, o Criador de tudo o que existe neste mundo e que está escondido de nós hoje.

O egoísmo, que é a nossa base, a enorme força da natureza que devemos transcender, é quem nos “dirige”. Por um lado, o ego nos impulsiona para cima; por outro lado, ele não irá nos libertar. Afinal, se fosse para nos conduzir como de costume dentro de si mesmo através de todas as configurações e estruturas por meio das quais temos passado no curso da evolução – a era humana primitiva, a era da escravidão, a era feudal, a era capitalista, e a era socialista – não seria claro para onde iríamos continuar.

Mas o egoísmo coloca uma “parede” na nossa frente, não podemos avançar; assim, a fase atual é chamada de “a última fase do desenvolvimento humano na Terra”. Em outras palavras, o egoísmo está nos obrigando a nos tornarmos redondos, para se unir por um lado, mas por outro lado, ele não vai nos deixar unir. Portanto, a única solução que podemos alcançar é transcender o “Faraó” (egoísmo), acima do Egito, para o próximo nível de existência, o sistema superior de gestão.

É sobre isso que a sabedoria da Cabalá fala. Isto é o que temos que alcançar. As “Dez Pragas do Egito” existem para se separar completamente do egoísmo. Isto é porque o nosso egoísmo é formado de dez partes, que são as dez Sefirot: Keter, Hochma, Bina, Hesed, Guevurá, Netzah, Hod, YesodMalchut. Cada uma delas “retrata” para nós um tipo particular de existência dentro do ego.

Nós devemos nos libertar gradualmente destas dez Sefirot, destes dez modos de existência. Isso acontece quando começamos a ver que cada um deles é finito, incompleto, levando a um beco sem saída e sem nos dar esperança de continuar nossa existência dentro do ego.

A fase final de cada um destes dez níveis, dessas características, dessas partes do nosso ego, é as dez pragas do Egito. Depois delas, não é mais possível permanecer dentro do ego. Em vez disso, nós devemos nos levantar e fugir disso cegamente. No nível atual, não podemos ver o próximo nível. Assim, a fuga do Egito acontece à meia-noite, na escuridão total.

As dez pragas do Egito são, de fato, uma separação do nosso egoísmo, quando fugimos no escuro e não está claro para onde estamos indo. Mas o principal é que estamos fugindo dele! Assim, gradualmente, desenvolvemos diante de nós uma nova vida, um novo mundo, novas extensões eternas, infinitas e perfeitas.

Pergunta: É possível passar sem as pragas?

Resposta: Não. Na verdade, não é dor, mas introspecção, iluminação. As pragas passam sobre o nosso ego e nestes estados nós nos elevamos acima dele!

Comentário: Acontece que se eu me identifico com o ego, eu sinto as pragas. Mas se eu subo acima dele, ou seja, me identifico com Moisés que está me levando para a frente, eu não as sinto.

Resposta: É assim que funcionam as pragas. Elas obrigam a pessoa a subir acima delas, e ela deixa de sentir o ego. Se a pessoa é elevada acima disso, ela deixa de senti-lo. Então, uma nova vida descontraída começa.

Na verdade, as dez pragas não são realmente pragas. Elas são o presente mais elevado que o Criador dá a uma pessoa, empurrando-a para fora do egoísmo com força. Portanto, vamos lá, vamos fugir disso e ganhar um novo mundo!

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 12/04/16

“A Europa Pode Lidar Com Seus Problemas?”

laitman_926_02Nas Notícias (vz.ru): Os espanhóis esperam reduzir a taxa de desemprego para 20%.

“Claro que mesmo 20% é demais. Mas o principal problema não é esse, mas o fato de que a taxa de desemprego entre os jovens na Espanha é de 51%. …

“O desemprego juvenil pode ser observado em outros países europeus – Itália, Portugal e França. Essa é uma verdadeira bomba, especialmente quando você considera o afluxo descontrolado de migrantes e se lembra de como os jovens desempenham um papel ativo nas revoluções de rua de hoje. …

“Muito triste é o fato de que a resolução do problema do desemprego não é atualmente possível. A Europa é regulada pela elevada taxa de câmbio do euro e com taxas de juros competitivas perto de zero. ..

“Para resumir … O número de desempregados e de pessoas no seguro-desemprego ultrapassou os limites admissíveis, uma solução simples para este problema não existe”.

Meu Comentário: A crise está apenas começando. A Europa tem que compreender que essa é uma crise sistêmica, que só pode ser superada através de uma completa reestruturação das relações sociais, o que só é possível através da educação da sociedade no espírito de unidade, algo que tinha sido dito estar na fundação da União Europeia.

A atitude de desprezo dos criadores da União Europeia com relação à criação da estrutura da UE sob a forma de nações mais próximas da UE terá que ser corrigida. Como resultado de muita nusca, elas serão forçadas a adotar a metodologia de unidade oferecida pela Cabalá.

Salafismo E A Sabedoria Da Cabalá

laitman_626Opinião (welt.de): “O Salafismo [Jihadista-Salafismo] é a maior ameaça do nosso tempo, nem as deficiências em nossos sistemas sociais ou educacionais, mas os missionários de uma religião sanguinária. Se nós os deixarmos, eles vão destruir a nossa civilização.

“A integração falha – com este conceito é explicada a metamorfose de jovens desorientados em assassinos islâmicos. No entanto, a descrição muito mais adequada é: desintegração bem-sucedida. A falta de perspectivas dos adolescentes, a monotonia das desistências ou o sentimento de não pertencer, não é o que faz os jovens da Europa Central caçar dezenas e centenas de vítimas ….

“Na verdade, uma série de assassinos islâmicos na Europa foram bem integrados na sociedade. Um dos homens-bomba de Bruxelas estudou engenharia elétrica. Depois ele se voltou para a fabricação de bombas, ferindo milhares de vítimas e destruindo a vida. …

“Os pilotos terroristas do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos eram homens privilegiados de países árabes ricos, viviam com os amigos, bebiam álcool em festas em Hamburgo; antes muitos pensavam que esses assassinos em massa tinham uma vida social chata.

“O homem que cortou a garganta do cineasta holandês Theo van Gogh em uma rua aberta era anteriormente ativo como político municipal, e não podia falar árabe”.

Meu Comentário: Na sociedade moderna não há nada que possa substituir o movimento radical, preenchendo a vida neste mundo, dando uma perspectiva de vida eterna, exceto a disseminação da sabedoria da Cabalá a círculos mais amplos da sociedade. A Cabalá permite descobrir uma vida maior, aqui e agora.

Ela exige que os indivíduos façam esforços internos, mas com uma organização adequada; a qualidade de esforço é substituída pela quantidade de participantes. Afinal, nós estamos falando de massas e seu trabalho na revelação do mundo superior e do Criador.

Não é hora de disseminar a sabedoria da Cabalá ampla e claramente, especialmente entre os círculos islâmicos radicais, mas logo esse movimento vai desaparecer e, então, será possível, mesmo entre eles, revelar o programa de desenvolvimento do mundo.

Pode ser que a disseminação da ideia de unidade e amor entre todas os povos aconteça na sociedade muçulmana não como a disseminação das ideias da sabedoria da Cabalá, mas como o relançamento do sufismo (a versão islâmica da Cabalá).

Nós Podemos Ensinar A Torá A Todos!

Laitman_137Pergunta: Por que você acredita que tem permissão para ensinar a Torá às pessoas que não são judias?

Resposta: De acordo com a Torá, o objetivo da criação é trazer todos os seres criados à adesão com o Criador. A adesão é atingida pela correção do ego em amor, como se diz: “ama teu amigo como a ti mesmo; essa é a grande regra da Torá. “Os judeus são uma nação que deve cumprir a regra do Criador em primeiro lugar, e depois ensiná-la a todo o mundo. Isto é o que a sabedoria da Cabalá diz e o que eu acredito. Vou me referir aos seguintes itens:

A fonte da proibição

O rabino contemporâneo Yoel Shwartz, diz: um não judeu que estuda a Torá comete um pecado. É proibido aos judeus ensinar a Torá aos gentios. A proibição para um gentio estudar a Torá é mencionada pela primeira vez no Talmude Babilônico: Rabi Yochanan disse: “Um gentio que estuda a Torá deveria morrer, como se diz, ‘Moisés nos deu a lei, como herança da congregação de Jacó’. (Deuteronômio 33:4). Este é o nosso legado e não deles!” (Sinédrio 59:1).

“É proibido ensinar a Torá aos gentios” (Hagigah, 13:1). Rambam cita o Rabi Meir como a autoridade, ‘um gentio que estuda a Torá deveria morrer, e eles estão autorizados a estudar apenas o que está relacionado com os sete mandamentos’ (Mishná Torá, as Leis dos Reis 10:9).

Shmuel Abuav, que viveu no século XVII, disse: Os cristãos usam os escritos judaicos para provar a confiabilidade de sua fé e por isso é proibido ensinar-lhes a Torá.

No entanto, existem muito poucos exemplos de rabinos famosos que ensinaram a Torá aos gentios. Um professor do pesquisador alemão do judaísmo Johan Raichlin foi o compositor dos comentários clássicos da Bíblia, “Nossa História“. Tais pessoas conheciam a Halacha e não poderiam quebrar conscientemente as regras da Torá!

Rambam disse que é proibido ensinar a Torá apenas para os gentios que não reconhecem a natureza divina da Torá. “Nós podemos ensinar a Torá aos cristãos, porque eles acreditam que a nossa Torá foi dada a nós por Deus, por nosso professor Moisés (Pe’er Ha’Dor, 38).

O estudioso do Talmudee da Idade Média, Menachem HaMeiri, disse que, se um gentio estuda a Torá por curiosidade, não é proibido ensiná-lo. Isso se tornou relevante nos tempos modernos, quando surgiu a questão de saber se é permitido ensinar matérias judaicas em universidades.

O rabino americano Jacob Weinberg disse que quando um gentio estuda a Torá para fins académicos, não há proibição de fazê-lo. Ele era professor na Universidade não-judaica de Giessen, na Alemanha, que ensinava a Torá e o Talmudee.

No século XIX, o rabino lituano Israel Salenter sonhou em transformar o Talmude em um dos temas nas universidades não-judaicas e naquele tempo apenas gentios estudavam nas universidades.

Ensinar grupos mistos

Autoridades em Halacha, tais como Jacob Weinberg, Isaac Klein, Moshe Finestein, Ovadia Yosef e outros, afirmaram que a proibição de ensinar a Torá se refere apenas a um grupo que é totalmente não-judaico, mas é possível ensinar a Torá a um judeu na presença de gentios, mesmo que eles também possam estudar.

De acordo com o rabino Finestein, um escravo não judeu de Raban Gamliel, Tabie, é mencionado no Talmude como um grande especialista na Torá. Tabie adquiriu seu conhecimento quando estava presente nas lições dadas por Raban Gamliel aos seus estudantes judeus. Os sábios do Talmude não tinham nenhum problema em ensinar a Torá, mesmo quando havia não-judeus entre os ouvintes.

O sétimo rabino de Lubavich elogiou o estudo da Torá pelos modernos meios de comunicação e nas línguas modernas, embora essa forma de ensino incluísse muitos leitores e ouvintes não-judeus.

Restrição: A proibição de ensinar a Torá aos não judeus é anulada se houver um decreto do governo, porque desobedecer tal decreto pode pôr em perigo a comunidade judaica. Hoje qualquer tentativa de separar alunos judeus de não-judeus em instituições acadêmicas pode suscitar respostas negativas. Assim, um professor judeu pode acreditar que está constantemente sob o decreto do governo que anula a proibição de ensinar a Torá aos não-judeus.

Existe uma proibição de ensinar a Torá aos não-judeus?

Rav Isaac Ilinburg (1550-1623) percebeu que seus colegas italianos ensinavam a Torá aos não-judeus. Ele enfatizou que nem Rambam nem outras autoridades em Halacha mencionaram a proibição de ensinar a Torá aos não-judeus.

Ele concluiu, assim, que as expressões paralelas em Masechet Hagigah não são a Halacha em tudo. Ele disse que não estava pronto para declarar isso publicamente só por medo das reações de seus colegas.

Rav Arie-Leib Ginsburg (2695-1785), o autor do Rugido do Leão, tem a mesma opinião.

Resumo:

A história nos fornece inúmeros exemplos de não-judeus que estudaram a Torá e usaram o seu conhecimento não para prejudicar a nação judaica, mas em seu favor, a fim de contradizer as falsas acusações contra o Judaísmo.

Nova Vida # 554 – Feriados E Festivais: O Novo Israelense

Nova Vida # 554 – Feriados e Festivais: O Novo Israelense
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Como o novo israelense difere da imagem de Sabra que foi construída após o estabelecimento da nação? Como a sua atividade em nome da conexão entre as pessoas as transforma para melhor e como o seu desejo de amor pelo povo e a pátria deve ser dirigido?

Resumo

A imagem de Sabra nos ajudou na construção da nação. Depois disso, a cultura ocidental veio e o sonho se desvaneceu. Uma geração cresceu com foco em si mesma e estava menos interessada na terra natal.

Hoje, uma ternura interna foi novamente depertada, as pessoas querem uma conexão espiritual. A sensação de vazio indica isso. O materialismo não nos satisfaz.

O próximo herói israelense será uma pessoa que entende que a prosperidade e a felicidade vêm da conexão com os outros.

Quando a nação foi fundada, fomos forçados a se conectar para sobreviver. Hoje, o vazio nos empurra a se conectar. Depois de todos os sucessos materialistas, o vazio está nos comendo por dentro. Temos falta de calor, falta de conexão.

Quando começarmos a construir uma conexão e boas relações entre nós em Israel, ninguém vai pensar em sair do país, emigrando para algum outro lugar. A conexão prencherá profundamente uma pessoa desde dentro e a elevará a um novo nível de existência.

De KabTV “Nova Vida # 554 – Feriados E Festivais: O Novo Israelense”, 14/04/15