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Nosso Desejo Determina Tudo

Laitman_198Pergunta: O que uma pessoa comum ganha, de forma prática, com a sabedoria da Cabalá?

Resposta: Eu não sei o que é uma pessoa comum. Tudo é determinado pelos desejos de uma pessoa. Cada um de nós é um desejo de receber, um desejo de desfrutar.

Se o desejo de desfrutar é como o desejo de um gato de pegar o rato, então eu sou um gato. Se é como uma vaca para comer grama, então eu sou uma vaca.

Se o meu desejo é o de plantar uma árvore, de construir uma casa e ter filhos, o que neste mundo significa que sou um ser humano, então eu sou um ser humano. Se eu tenho um desejo de ser rico, de adquirir conhecimento ou respeito, então eu sou um grande homem neste mundo e já aspiro a crescer até esse nível. Mas tudo isso é no âmbito do nosso mundo, de acordo com as minhas necessidades.

O ponto é que nós temos desejos que não podem ser satisfeitos em nosso mundo, e é daí que vem a necessidade de descobrir o sentido da vida. Aparentemente, essa é uma pergunta simples, mas que permanece sem resposta.

Quando a pessoa começa a se perguntar para que ela está vivendo e não encontra uma resposta em nada que faz, e esta pergunta lhe leva ainda mais para a frente, ela já é chamado de ser humano, porque se pergunta sobre seu objetivo, e não sobre o animal dentro dela, mas sobre o ser humano dentro dela.

Pergunta: Uma pessoa é programada para atingir a espiritualidade?

Resposta: Sim, a atração à espiritualidade pode despertar em um cara simples, da mesma forma que pode estar adormecida em algum tipo de Einstein. Não importa.

Da Lição de Cabalá em Russo 10/01/16

Desfazendo Mitos Sobre A Cabalá, Parte 2

laitman_219_01“A idade de 40 anos” na Cabalá

Pergunta: Há um rumor de que uma pessoa só pode começar a estudar Cabalá após a idade de 40 anos. Isso é correto?

Resposta: É um grande mal-entendido que a pessoa não pode estudar Cabalá até que tenha 40 anos de idade. Na sabedoria da Cabalá, o número 40 significa o nível de Bina.

A pessoa que atingiu o nível de Bina obtém a propriedade absoluta de doação onde pode revelar toda a enorme Luz de Hochma que rege todo o universo. Portanto, a sabedoria da Cabalá tem duas partes: antes do nível de Bina e acima dele. Todo mundo é capaz de estudar até o nível de Bina. No entanto, acima dele, somente aqueles que são capazes podem continuar e subir ainda mais.

O nível de Bina é chamado de “a idade de 40 anos”. Portanto, as únicas pessoas que podem “estudar a Cabalá” – ou seja, receber a Luz de Hochma – são aquelas que alcançaram o nível de Bina, que é definido pelo número 40. No entanto, isso não tem nada a ver com a idade biológica de uma pessoa.

Como prova, há o exemplo dos famosos Cabalistas que morreram numa idade jovem, sem atingir a idade de 40 anos, como o ARI, o rabino Nachman de Breslav, e outros. Obviamente, eles começaram a estudar a Cabalá muito antes de terem 40 anos de idade.

Houve também uma proibição de pessoas solteiras estudarem Cabalá. Considerou-se que uma pessoa com uma família era mais estável e equilibrada, e como resultado, elas seriam mais adequadas para o estudo. No entanto, durante esses tempos, as pessoas costumavam se casar quando tinham 16 a 17 anos de idade.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM 28/02/16

A Fórmula Para Revelar O Criador

laitman_232_10Pergunta: Einstein veio com a fórmula para a energia. Você pode nos dar a fórmula para a revelação do Criador que todos possam entender, e pode explica-la para que possamos constantemente ser capaz de lembrar como fazer isso e verificar a nós mesmos?

Resposta: Vocês devem pensar apenas que estão lidando com o bom Criador, sempre e em todas as circunstâncias, e nunca abandonar esse pensamento.

Uma Xícara De Café Ou Como Dar Prazer Ao Criador

laitman_543_02Pergunta: Eu posso determinar de forma independente qual dos 125 níveis espirituais estou agora?

Resposta: É possível, mas a questão é como você vai medir seu estado? O que você sabe sobre si mesmo?

Em primeiro lugar, a pessoa deve adquirir ferramentas, instrumentos de medição, para esses parâmetros. A unidade de medida para um estado espiritual seria um grama de doação, um grama da força com a qual a pessoa dá. Nesse mundo, nós não possuímos ferramentas e instrumentos como estes, porque não temos essas unidades de medida.

Vamos supor que alguém se aproxime de mim e queira fazer café para mim na minha cafeteira. No início, eu estou em dúvida porque lastimo o desperdício de energia elétrica, café e água, e depois disso, até mesmo de leite, açúcar ou mel. Mas, no final, para não parecer mesquinho e não ser condenado e odiado, e para não ser tratado da mesma forma futuramente, eu concordo.

No entanto, mesmo se eu fizer um esforço dentro de mim para despertar pensamentos totalmente puros sobre as pessoas e queira dar-lhes prazer sem quaisquer cálculos, quanto eu poderia medir a quantidade que doo? É através da quantidade de café, açúcar, leite, água, eletricidade e a depreciação da minha cafeteira? Como eu faço isso?

Segue-se que não temos as ferramentas e os instrumentos para medir a força de doação, de modo que não podemos compreender onde estamos. No entanto, se uma pessoa sobe a escada espiritual, ela pode medir precisamente onde está em relação ao seu ego, em relação a todas as condições. Não há nenhum desvio em qualquer direção lá. Toda a contagem, as iniciais, as mudanças, as mudanças posteriores, etc., estão conectadas entre si para dar à pessoa uma conta de onde ela está.

Junto com isso, a pessoa deve sempre observar a si mesma e ver como pode usar a si mesma e para quê. No mundo espiritual, uma pessoa não é um fantoche controlado desde cima. Em vez disso, ela faz tudo conscientemente. Todo o sistema está sob ela. Ela está incluída nele e, gradualmente, pode executá-lo. Em vez de realizar todos os tipos de ações automáticas, inconscientemente, ela tem que administrar essas ações, o que significa que pensa nelas e toma decisões.

Pergunta: Seu exemplo do café me impressiona. Suponha que eu bebi o café. Foi muito gostoso, e eu lhe digo isso. Como você reagiria, então?

Resposta: Eu começaria a obter prazer por você dizer isso para mim, que você me respeita.

No entanto, na próxima vez, seria muito mais difícil para eu preparar o café para você, porque outro cálculo viria. Eu começaria tentando esclarecer se estou dando-lhe o café para que você me respeitasse ainda mais, ou poderia ser o contrário. Eu não faria nada para você quando tivesse a sensação de que estou trabalhando contra os meus desejos egoístas. Então, quando eu esclareço que estou fazendo isso e descubro que estou fazendo isso para que você comece a me respeitar, eu preferiria não fazê-lo, e você não receberia nenhum prazer. Ou seja, eu devo me opor aos meus pensamentos egoístas e preparar o café para você, apesar de tudo. Mas, no próximo nível, não devo levar em conta a sua atitude em relação a mim. Essa é uma questão totalmente diferente.

Pergunta: Onde está o Criador em todo esse cenário de cálculos? Há o café, você e eu. Onde está o Criador?

Resposta: O Criador não está nesse cenário se eu mesmo não O insiro nele. Inseri-Lo no cenário equivale ao sentido da vida. Se não fosse pelo Criador, eu nunca prepararia o café para você. Afinal, isso se refere a alguém que dá prazer sem compensação. Se eu espero a doação de você em troca, isso significa que não estou doando.

Para que eu desejaria atingir um estado de doação integral? Para dar prazer ao Criador. Portanto, eu estou pronto para fazer café para você, e não estou fazendo o café para você, mas para dar prazer ao Criador. Esse é um requisito para o nível espiritual. Qual é o próximo?

Vamos supor que eu estou fazendo isso para o bem do Criador, e agora o Criador me trata bem. Será que eu preciso obter a boa atitude Dele? Se eu conseguir esse tipo de atitude Dele, então nós temos um relacionamento transacional. Como eu posso alcançar um estado em que eu doo a Ele, a você, ou a qualquer pessoa sem qualquer cálculo? Eu posso fazer isso?

Se eu sou um egoísta, eu não posso doar sem compensação. Eu preciso preencher o meu ego da mesma forma que uma pessoa deve encher um carro com gasolina para que ele funcione. Isso significa que eu preciso inserir um tubo no meu ego e preenchê-lo. Só depois de preenchê-lo eu posso doar. Quando eu preencher o meu ego de novo, vou ser capaz de doar novamente. No entanto, se eu doo e sou preenchido só depois disso, isso se torna um problema.

Eu devo ter certeza de que vou ser preenchido. Se isso for bem-sucedido para mim, então está bem. Se não, então pronto; o oleoduto de confiança deixa de existir. Se eu realmente quiser doar, o Criador deve mudar a minha natureza. Eu vejo que bilhões de pessoas oram ao Criador, fazem tudo o que Ele diz, cada um de acordo com seu entendimento, mas não há nenhum benefício de suas ações.

Como nós, seres humanos, podemos alcançar uma relação com o Criador de modo que Ele seja capaz de mudar nossa natureza para que não dependamos de nosso ego? Afinal de contas, de alguma forma, Ele pode nos ajudar a superar a nós mesmos uma vez que Ele criou as criaturas, o que significa que só Ele pode mudar a nossa natureza.

Assim, a pessoa deve começar a agir no sentido da doação. Nesse meio tempo, já que não pode doar sem compensação, ela pede ao Criador para ajudá-la a fim de que ela seja capaz de doar numa única direção. Se a pessoa realmente tem um impulso em relação a isso, o Criador a leva a um grupo. Pode ser que a pessoa estivesse nele até mesmo antes disso, mas não sabia como usá-lo e o que fazer com ele. Pode ser que essa mesma pessoa tivesse realizado inclusive tudo o que os Cabalistas dizem automaticamente, mas não há nenhum benefício nisso.

Agora, ela está começando a entender que quando está trabalhando com seus amigos, quando acha que está dando a eles, ela está recebendo deles, e todos pretendem que o Criador lhes possibilite operar numa única direção, sem receber qualquer resposta em troca, sem qualquer compensação, nenhum benefício futuro, sem cálculos. Assim, o grupo tornou-se um laboratório para ela no qual ela está começando a mudar e moldar-se como uma criatura imaterial que pode dar sem receber nada em troca.

Mas a própria pessoa não pode fazer nada. Ela apenas recebe energia da Luz que o Criador lhe dá. É como se um tubo fosse inserido na pessoa, como numa bomba de gasolina. Através dele, ela fica cheia, e pode doar.

Há um ciclo normal na natureza: a pessoa doa aos outros a fim de doar ao Criador, e quando o Criador vê que a pessoa pode doar em troca, Ele lhe dá a energia lá. No entanto, esse não é um pagamento, mas o potencial de doar. Essa energia é chamada de Luz Superior. Ela vem e enche a pessoa, possibilitando que ela doe. No final, a pessoa começa a trabalhar sem remuneração.

Aqui, há uma relação recíproca muito simples entre a pessoa e o Criador. A pessoa entende que, se o Criador a criou e criou o seu ego, Ele deve possibilitar que ela trabalhe com esse ego, e isso não é um pagamento, mas o potencial e a oportunidade de trabalhar.

Da Lição de Cabalá em Russo 10/01/16

Blitz De Dicas De Cabalá – 27/12/15

laitman_570Pergunta: É verdade que os Cabalistas é quem têm o maior ego?

Resposta: Sim. Aqueles que estudam mais a sabedoria da Cabalá se desenvolvem graças ao seu ego, que cresce constantemente.

Pergunta: Será que as pessoas prejudicam o Criador ao esgotar os recursos naturais e destruir a natureza?

Resposta: Primeiro elas prejudicam a si mesma, enquanto que a principal coisa para o Criador, que é a força que contém tudo, é levar a humanidade à plenitude.

Pergunta: Será que orar nos ajuda a sentir o mundo espiritual?

Resposta: Só se for a oração correta, ou seja, que o seu desejo seja corretamente dirigido à unidade.

Pergunta: O Machsom (barreira) é um conceito muito vago. Quantas pessoas no mundo transcenderam o Machsom? Será que elas ainda sentem a questão interna “será que eu transcendi o Machsom“?

Resposta: Não. Se uma pessoa transcende o Machsom, que é a barreira entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual, ela sabe, vê e sente isso. Ela não tem mais perguntas. Eu não posso dizer quantas pessoas no mundo transcenderam o Machsom. Você vai descobrir isso quando sentir o mundo espiritual. Você vai descobrir a si mesmo e aqueles que estão do outro lado do Machsom.

Pergunta: Será que o envolvimento com a música ajuda a pessoa a fazer parte do mundo espiritual e avançar em direção a ele?

Resposta: Eu não diria isso, embora existam músicos Cabalistas muito especiais, e quanto maior for um músico Cabalista, mais profundo ele é. Mas os Cabalistas apreciam muito a música e a acolhem porque ela pode expressar atributos e impressões que não podem ser transmitidos por palavras.

Da Lição de Cabalá em Russo 27/12/15

Nova Vida # 612 – Terrorismo Judaico

Nova Vida # 612 – Terrorismo Judaico
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah Mazoz

Por que há grupos radicais emergentes em Israel, por que há todas essas ideologias atuais no mundo, tanto religiosas e não-religiosas, basicamente equivocadas, e qual é a condição espiritual para o cumprimento da meta de criação?

Resumo

Nós podemos interpretar a Torá de várias maneiras diferentes, assim como a história está cheia de diferentes versões e contradições.

Conflitos internos entre judeus destruíram a nossa nação no passado. Na verdade, quando se trata da Torá e suas implicações, todos estão errados, uma vez que eles não atingem sua interioridade.

O único remédio é a Luz que pode corrigir a pessoa e mostrar-lhe onde ela vive. Essa Luz só pode ser obtida através do estudo da sabedoria da Cabalá. Nós temos que nos conectar acima de todas as nossas diferenças; na verdade, como resultado da divisão entre nós é que construímos a conexão.

Hoje, tudo está se tornando mais extremo já que estamos nos aproximando da fase em que vamos perguntar: Por que estamos vivendo?

A sabedoria da Cabalá nos diz que o objetivo da nossa vida é revelar o Criador, a força da liderança e da providência. A verdade é que, se nos conectarmos acima de nossas diferenças, a força superior, o outro mundo, se revela entre nós.

De KabTV “Nova Vida # 612 – Terrorismo Judaico”, 16/08/15