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Como Você Pode Influenciar O Mundo?
Nós tendemos a pensar que não temos nenhuma influência direta nos assuntos mundiais, especialmente quando é um evento que está muito longe das fronteiras de Israel. Mas o fato é que estamos exatamente no centro e somos os únicos que podem afetar as coisas para melhor ou para pior. “Nenhuma calamidade vem para o mundo, exceto para Israel.”
A situação no mundo está se tornando mais complicada a cada dia. A escuridão, o mal e o ódio estão aumentando num ritmo sem precedentes que ameaça toda a humanidade na forma de terrorismo global, crise financeira, guerras mundiais e os inúmeros eventos terríveis que ocorrem entre as pessoas, nações e países.
Nós temos a tendência a pensar que não temos nenhum efeito direto sobre o que acontece no mundo e tanto mais quando o evento está muito longe das fronteiras de Israel, e não temos ideia que “Nenhuma calamidade vem ao mundo, exceto para Israel”
(1), como escreve o Rav Kook.
Nós não temos a capacidade de discernir até que ponto somos direcionados e sentimos como “Em tal geração, todos os destruidores entre as nações do mundo levantam a cabeça e desejam principalmente destruir e matar os filhos de Israel …” (2). Há aqueles que pensam que tudo isso é coisa do passado e que os horrores que ocorreram no passado e no regime nazista não podem acontecer hoje, mas ainda podemos ver como, naturalmente, a humanidade pode voltar ao estado em que um terço da nação judaica foi aniquilada.
“Eu acredito que o mundo vai acreditar que o fim do mundo está chegando e num ritmo acelerado”, escreveu o Cabalista Yehuda Ashlag na década de 1950, “e que Israel será ferido primeiro da mesma forma que foi ferido na última guerra, e portanto, é melhor despertar o mundo hoje para receber o único remédio que existe, de modo que vão viver e existir”(3).
O tempo está trabalhando contra nós, e o desamparo que cada judeu ao redor do mundo sente exige que tornemos os ensinamentos acessíveis às pessoas, e apresentemos a solução que temos que cumprir como nação.
“Nenhuma calamidade vem ao mundo, exceto para Israel.”
A era global em que vivemos tem amarrado Israel e as 70 nações do mundo num só corpo e agora “… o mundo inteiro é considerado um coletivo e uma sociedade” (4). O Livro do Zohar descreve Israel como “o coração do mundo”, e assim como “os órgãos do corpo não podem existir nem por um momento no mundo sem um coração, as nações do mundo não podem existir no mundo sem Israel” (5).
A crise que está abalando o mundo inteiro está ocorrendo porque a nação de Israel não está cumprindo adequadamente seu papel, e, portanto, enfatiza ainda mais a dependência do mundo em nós: “a construção do mundo que agora está entrando em colapso por causa das terríveis tempestades e da espada sangrenta, exige a construção da nação israelense. A construção da nação e a revelação de seu espírito é uma coisa e tudo está unido à construção do mundo que está se despedaçando esperando total poder, unidade e superioridade”(6).
Quando estamos unidos como um só homem em um coração, irradiamos o bom vigor por meio de nós, para o mundo. Quando a força do bem está ausente, a força do mal cresce e aumenta, trazendo ódio e divisão entre as pessoas. A força negativa faz com que as nações do mundo sintam que Israel é a fonte do mal no mundo. “É um fato que Israel é a mais odiada de todas as nações, seja por razões religiosas, raciais, capitalistas ou comunistas” (7). O dedo acusador que as nações do mundo apontam para nós é expresso sob a forma de várias decisões contra nós. Em um mundo global, basta isolar diplomaticamente Israel, numa tentativa de sufocá-lo gradualmente por meio de um boicote econômico, por exemplo.
A sabedoria secreta é a solução
O primeiro que encontrou a solução para a crise humana foi Abraão – o patriarca da nação de Israel. O método especial que ele descobriu, há cerca de 4.000 anos na antiga Babilônia, inclui dois níveis de relações entre as pessoas: um nível é a força egoísta – a força negativa de separação e ódio, que fez com que seus alunos se afastassem uns dos outros, e o segundo nível é o nível da força do amor e conexão – a força positiva na natureza.
Abraão sabia como conectar as duas forças e estabelecer nas pessoas dois níveis de atitudes em relação ao mundo, de modo que “… o amor cobre todas as transgressões” (8). O método de conexão que ele desenvolveu não é outro senão a sabedoria da Cabalá.
A Cabalá é percebida pela maioria das pessoas como uma ciência oculta. Sua ocultação e o mistério que as pessoas percebiam foram a base para muitos mitos, boatos e equívocos. Chegou a hora dela ser aberta e acessível a todos. Esse método antigo é a coisa mais vital para a nação de Israel e para o mundo todo.
Todos os grandes Cabalistas, os sábios que têm “conhecimento abrangente em todos os ensinamentos do mundo, uma vez que os adquiriram da própria sabedoria da verdade” (9), e são “recompensados com a realização de todos os graus na realidade que uma pessoa pode alcançar” (10), gritando, que na situação crítica é nossa obrigação envolver-nos constantemente na sabedoria da Cabalá, o que significa, na correção de nosso relacionamento, como o ARI disse “se nos envolvermos na sabedoria da Cabalá, a nossa redenção virá, já que tudo depende desta sabedoria” (11).
A força que está oculta nela pode salvar-nos de todos os perigos que nos esperam e permitir-nos sobreviver como uma nação e um Estado, já que “quando há amor, unidade e fraternidade entre Israel, nenhuma calamidade pode afetá-los e eles, assim, mantêm todas as maldições e sofrimentos à distância” (12).
O que é a Torá de acordo com a sabedoria da Cabalá?
Ao longo da história houve uma mensagem de destaque nos ensinamentos dos Cabalistas, que é “ama teu amigo como a ti mesmo” (13) ou, em outras palavras, “fazer aos outros tudo o que você gostaria que os outros fizessem a você”, como Rambam costumava dizer. O amor ao próximo é a grande regra da Torá.
Quando os sábios da Cabalá se referem à Torá, em primeiro lugar referem-se a um tempero especial que tem o poder de subjugar a inclinação ao mal, a força da separação. Nossos sábios disseram: “Eu criei a inclinação ao mal, Eu criei a Torá como tempero” (14), o que significa a Luz nela, “já que a Luz da Torá reforma-a” (15).
De acordo com a Cabalá, o significado da palavra “Torá” é muito mais do que a observação meticulosa dos diferentes costumes. O Livro do Zohar nos adverte que “ai da pessoa que diz que a Torá nos conta histórias de uma forma simples e que nos diz em uma linguagem leiga sobre Esaú e Labão, etc., mas que tudo na Torá são segredos superiores” (16). Além disso, “… porque todos os mandamentos da Torá, ou aqueles que os nossos antepassados corrigiram”, como diz Eben Ezra “são todos para corrigir o coração, embora a maioria deles seja realizada por ações ou palavras” (17).
Portanto, Baal HaSulam conclui que, “… somente por meio da expansão da sabedoria da Cabalá nas massas obteremos a completa redenção”.
Eles também disseram, “a Luz nela reforma-a”. Eles foram intencionalmente meticulosos sobre isso, para nos mostrar que somente a Luz encerrada dentro dela, “como maçãs de ouro em salvas de prata”, nela situa-se a cura que reforma uma pessoa. Tanto o indivíduo como a nação não completarão o objetivo para o qual foram criados, exceto se atingirem a interioridade da Torá e seus segredos. “(18).
Tudo para o bem da unidade
Infelizmente, diferentes círculos opõem-se fortemente à disseminação da sabedoria da Cabalá para o público. A sabedoria da Cabalá tem que ser revelada hoje mais do que nunca. É a chave para a existência do Estado de Israel e do povo de Israel. Temos visto ao longo da história que, quando cada um puxou em sua própria direção, a divisão na nação levou Israel a problemas e guerras, o clímax do que é simbolizado pela destruição do Templo. “O Templo foi destruído por causa do ódio infundado, quando seus corações foram divididos e eles foram divididos e não eram dignos do Templo, uma vez que é a unidade de Israel”. (19).
No momento em que caímos do amor fraterno para o ódio infundado, deixamos de existir como uma nação, de acordo com os ensinamentos de Abraão. Desde então, continuamos a dividir-nos e a nos afastarmos para mais longe um do outro e o valor de “ama teu amigo como a ti mesmo” está desaparecendo e está tornando-se estranho e vazio de qualquer significado.
Portanto, somos ordenados a não desistir, mas a lutar obstinadamente para nossa unidade, que é a poção de vida para nós; Baal HaSulam afirma fortemente na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot: “No início das minhas palavras, eu acho uma grande necessidade de quebrar um muro de ferro que está nos separando da sabedoria da Cabalá, desde a ruína do Templo até esta geração. Isto encontra-se fortemente em nós e desperta o medo de sermos esquecidos por Israel”. (20)
Tempo para a Cabalá
Nós não temos escolha, mas unirmo-nos, e, a fim de sentir a conexão e amor entre nós, devemos usar a sabedoria que Abraão descobriu, a sabedoria da Cabalá, que nos ensina como conectar corretamente uns com os outros e amar os outros. Quando despertarmos os sentimentos de amor e calor, seremos capazes de equilibrar todo o sistema. Seremos um exemplo de conexão para todo o mundo uma vez que este é exatamente o nosso objetivo, como uma nação, e o mundo está nos esperando para cumprirmos o nosso objetivo, “O objetivo de Israel é o de unir o mundo inteiro em uma família” (21). Por isso somos obrigados a mudar a nossa atitude para com a sabedoria da Cabalá e tentar alcançar o amor e a conexão como ela nos ensina.
Referências:
1. Rav Kook, “Cartas do Rav Kook”. Vol. 2, p. 324
2. Rav Yehudah Ashlag – “Baal HaSulam”, “Introdução ao O Livro do Zohar“, item 71.
3. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “A Última Geração”
4. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “Paz no Mundo”
5. “Zohar La’am“, Pichas, item 152
6. Rav Kook, “Luzes”, p 16
7. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “A Última Geração”
8. Provérbios, 10;12
9. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “O Ensino da Cabalá e Sua Essência”
10. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “O Segredo da Concepção e do Nascimento”
11. ARI, “Árvore da Vida”, Introdução ao Sha’ar A’hakdamot
12. “Luz e Sul”, Nitzavim
13. Rambam, “Mishne Torah”, o Livro dos Juízes, capítulo 14
14. Kidushin 30;2
15. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “Shamati”, item 6, “Suporte na Torá”
16. “Zohar La’am” , Behaalotecha, item 58
17. Rabi Abraham Eben Ezra, “As Bases do Temor e o Segredo do Conhecimento”, p. 8; 72
18. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, “Introdução ao Livro Panim Meirot Umasbirot”, item 5
19. “Netzhach Israel”, capítulo 4
20. Rav Yehuda Ashlag – “Baal HaSulam”, Introdução ao TES, parte 1
21. Rav Kook, “Sussurre o Segredo de Deus para Mim”
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