“A Europa Perdeu O Seu Rumo”

laitman_426Opinião (Anders Aslund, senior fellow no Atlantic Council in Washington, DC):“a resposta da Europa aos desafios estratégicos que enfrenta – a agressão russa na Ucrânia, refugiados que fogem da violência no Oriente Médio, a desordem no Norte de África – deixa a impressão de que seus líderes não têm ideia do que fazer. E, de fato, eles não podem – uma realidade que precisa ser reconhecida, não encoberta.

“Simplesmente, a economia estagnada da União Europeia está condicionando a sua resposta às pressões externas que enfrenta; a crise interna deixou os líderes da UE com pouco espaço de manobra. Felizmente, a Europa tem os meios para resolver essa crise, se puder invocar a sabedoria e a vontade política.

“As origens dos problemas da UE encontram-se em sua resposta à crise financeira mundial de 2008: dois anos de estímulo fiscal em grande escala. Enquanto que isso pouco fez para o crescimento, resultou numa dívida pública incapacitante. Sete anos mais tarde, a produção da UE per capita não é maior do que no início da crise. Enquanto isso, a dívida pública média subiu para 87% do PIB, deixando pouco espaço para a flexibilidade ou inovação política ….

“Pouco mudou desde que os economistas italianos Alberto Alesina e Francesco Giavazzi, constataram quase uma década atrás, que, ‘Sem reformas sérias, profundas e abrangentes, a Europa irá declinar inexoravelmente, tanto econômica como politicamente… Eles advertiram que, ‘a ausência de uma mudança profunda, em 20 ou 30 anos, a participação da Europa [na produção mundial] será significativamente menor do que é hoje, e, talvez mais importante, a sua influência política será muito limitada’.

“De fato, um relatório do Banco Mundial sobre o crescimento europeu em 2012, resumiu a situação da seguinte forma: ‘os Europeus envelhecidos estão sendo espremidos entre americanos inovadores e asiáticos eficientes’. …

“A UE continuará a se debater até reconhecer seus erros e começar a realizar as reformas que a sua economia necessita. Só colocando o continente firmemente de volta no caminho do crescimento é que os líderes Europeus serão capazes de enfrentar os desafios externos que agora enfrentamos”.

Meu Comentário: A solução para a crise não está na implementação de “reformas globais”, mas apenas numa transição para outro tipo de sociedade, para se unir, como a natureza, que nos fornece um exemplo de sua união e dependência universal. Nós estamos num sistema de forças naturais e não podemos desconsiderar isso.

As diferenças crescentes em nossa conturbada sociedade provocam um forte contraste da humanidade em relação à natureza em geral, ao sistema em que existimos. Essa diferença, que se deve à influência de forças em nós que estão nos fazendo voltar a sermos semelhantes à natureza e ao equilíbrio, é sentida por nós como sofrimento.