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A Solução Para O Terror, Parte 1: A Arma Secreta da Unidade

laitman_943Pergunta: Você diz que o único meio contra o terror é a conexão e a unidade do povo judeu através do método da Cabalá. Isso significa que em vez de soldados precisamos de pessoas religiosas que estudem a Torá?

Resposta: Baal HaSulam explica a diferença entre aqueles que estudam a Torá no sentido religioso comum e aqueles que estudam a verdadeira parte interior da Torá, ou seja, a sabedoria da Cabalá, pela qual corrigem o mundo.

Não se trata de manter as Mitzvot (mandamentos) corporais, mas da principal Mitzva da Torá, que é o amor ao próximo: o amor de todo o povo de Israel. Nosso trabalho principal está na nossa intenção.

Baal HaSulam divide a nação de Israel em indivíduos não-religiosos e aqueles que estão conectados à força superior. Estes últimos são divididos entre aqueles que se ocupam com a parte interior da Torá, ou seja, a sabedoria da Cabalá, e aqueles que se ocupam com as Mitzvot corpóreas.

Quando falamos sobre o método de unir o povo de Israel, falamos apenas sobre a intenção interna, e não sobre as Mitzvot corpóreas.

Pergunta: Você não acha que há uma solução muito mais simples, como fechar Gaza, que irá pôr fim ao terror?

Resposta: Eu não sou um especialista em estratégia militar, mas só sei de uma coisa: mesmo se tivéssemos todas as armas e todo o dinheiro do mundo, e o resto do mundo não tivesse nada exceto o ódio que eles sentem em relação a nós, também não seríamos capazes de viver em segurança.

Afinal, o ódio que o mundo sente em relação a Israel é inflamado desde cima, a fim de guiar toda a criação rumo à adesão com o Criador. Portanto, qualquer ação neste mundo, seja econômica, social ou militar, não vai ajudar, exceto uma: a nossa intenção de unir todo o povo de Israel.

Um grupo que acrescenta a intenção correta de dar satisfação ao Criador, isto é, concretizar o Seu desejo de fazer o bem às Suas criaturas, deve liderar este processo unidade. A fim de fazer isso, nós precisamos nos voltar a toda a humanidade e conectar todos com a força superior, como está escrito: “A Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações”.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/11/15, Escritos do Baal HaSulam

Cabalá Prática: Como A Pessoa Sente O Mundo Superior? – No Círculo De Unidade

laitman_942Em nosso mundo há uma condição especial para começar a sentir o mundo superior: a criação de uma pequena sociedade, um mínimo de dez pessoas, que deve tentar constantemente estar mutuamente interconectada, como um organismo vivo, numa conexão boa, completa e integral.

E se nós tentamos estabelecer uma estrutura como essa entre nós, gradualmente começamos a sentir novas propriedades integrais dentro de nós. Mas elas não vão pertencer a nenhum dos dez participantes; em vez disso, se tornarão sua propriedade comum.

O desejo geral manifestado entre nós de nos conectarmos como um único ser espiritual é o que nós mesmos criamos; nós complementamos os pensamentos uns dos outros que se tornarão nossa mente compartilhada. Como resultado, uma nova união espiritual é criada: um ser comum de todos os dez.

Cada um de nós experimenta-o por si mesmo, porque quando entramos nessa imagem, o sentimos em nosso lugar. Nós nos dissolvemos nele, e juntos começamos a nos tornar um único sistema, um único sentido.

Cada um que deixa sua percepção egoísta do mundo por meio da conexão, da integração de todos em algo único, atinge a percepção de um novo mundo que não depende do estado anterior.

E neste órgão sensorial que criamos, nós começamos a sentir um novo estado da natureza chamado mundo superior, o sistema que nos gerencia e influencia com características bem diferentes do mundo: não egoístas, mas o seu oposto.

Tudo em nosso mundo é construído de acordo com duas características opostas: positivo ou negativo, quente ou frio, etc. O equilíbrio entre elas cria um estado de vida, conforto, homeostase; isto é o que aspiramos. Existe equilíbrio em tudo, exceto no nosso desejo egoísta interior.

Mas a descoberta do mundo superior possibilita construir um novo sistema de equilíbrio dos nossos desejos egoístas com desejos altruístas, sem destruir o egoísmo, mas complementando-o. Além disso, os desejos altruístas não pertencem ao nosso mundo porque o que nós consideramos como sendo altruísmo no nível físico também é egoísmo.

O equilíbrio entre o interesse próprio e o novo sistema (o sistema de doação, integração e saída de si mesmo) é chamado na Cabalá de “amor”. O amor é um estado em que você satisfaz os desejos do outro, sem querer nada para si mesmo. Isto é o oposto do estado atual da natureza humana.

No momento em que chegamos a este estado, pelo menos uma vez no nível mínimo, podemos equilibrar o ego, porque todos esses estados são graduados; nós vamos sentir imediatamente onde estamos.

Em torno de nós se manifestam as forças que controlam nosso mundo. Nós começaremos a nos sentir existindo numa rede completa de forças, e ficará claro para nós o que está acontecendo conosco e o que deve ser feito. Esse é o nosso papel.

Assim, a pessoa que realmente tem um desejo sério de alcançar o sentido da vida e o sistema de gestão do mundo superior, imediatamente, automaticamente, involuntariamente, como uma carga num campo elétrico, se encontra em um dos nossos grupos, e se não, nos encontra através da Internet.

Essa é a lei da natureza, porque lá tal pessoa tem uma carga negativa particular, que está à procura de um ponto positivo que seja apropriado para ela, para se conectar a ele e receber dele o que é desejado. É assim que todo o sistema da natureza é organizado.

E quando ela chega até nós, nós imediatamente começamos a ensiná-la a conexão adequada com os amigos, porque o principal é o treinamento prático. Durante esse processo de aprendizagem, a pessoa está conectada com aqueles que são como ela, criando um órgão sensorial integral compartilhado com eles, e começando a sentir o sistema de gestão do mundo superior nele.

Eu espero sinceramente que possamos fazer uma grande coisa e descobrir a verdadeira imagem do nosso mundo, que nós precisamos.

Afinal, enquanto suportamos virtualmente a fonte de todos os problemas e encontramos soluções possíveis, nós nos elevamos a um nível superior acima de todas as deficiências do nosso mundo e entramos no novo sistema: um sistema de harmonia entre nós e a natureza em todos os níveis.

Das Convenções em Odessa, “No Círculo da Unidade”, Dia Um 16/10/15, Lição 1

Sobre Que Tipo De Unidade A Sabedoria Da Cabalá Nos Conta?

laitman_944Pergunta: Eu tenho 40 anos e sou a quarta geração da nossa família em Israel. Eu servi no exército e tenho visto unidade entre as pessoas e garantia mútua. Também agora nas ruas de Israel, eu vejo que a nossa nação é bastante unida: se alguém tem um acidente ou se algo acontecer com qualquer pessoa na rua, todos correm em seu auxílio.

É o mesmo em tempos de guerra. Não há unidade e ajuda mútua como em nossa nação. Eu não entendo o que você está falando: o que é a garantia mútua que devemos alcançar?

Resposta: É verdade, por um lado, os judeus sentem que estão “no mesmo barco”, pertencem à nação, ligados na unidade. Eles se sentem especialmente perto uns dos outros, como resultado da nossa história e dos tempos difíceis que compartilhamos. Nós somos irmãos de infortúnio. Isso é o que nos une. Mas isso não significa que sejamos assim nos bons momentos.

A unidade sobre a qual a sabedoria da Cabalá nos conta e que a Torá exige de nós é o de sermos “como um homem em um coração”, “todos de Israel são amigos”. A palavra “amigo” (Chaver) em hebraico vem da mesma raiz da palavra “conexão” (Chibur).

O princípio de “ama teu amigo como a ti mesmo”, não é um sonho ou apenas palavras agradáveis, mas uma condição real, pela qual podemos alcançar uma vida muito especial quando ascendemos a um nível totalmente diferente de existência, para uma dimensão totalmente diferente, para a eternidade e plenitude. Isso não é o que vemos no povo de Israel hoje…

Mas se nós estivéssemos ao menos um pouco mais perto de tal unidade em tempos de paz, e não apenas em tempos de guerra ou Intifada, ninguém viria até nós com quaisquer queixas, nem os nossos vizinhos nem as nações do mundo.

Pergunta: Então, se fôssemos irmãos “habituais”, não precisaríamos ser irmãos “em perigo”?

Resposta: Claro!

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 25/10/15

Sem Esforço Não Há Resultado

laitman_561Pergunta: Será que a Cabalá como ciência faz previsões precisas? Por exemplo, Baal HaSulam sabia que haveria uma guerra mundial, de modo que tentou mover os judeus da Polônia para Israel, e depois que viajou para a Polônia para despertar os trabalhadores em greve a se unir. Ele sabia que sua missão estava condenada ao fracasso?

Resposta: Aqui há uma abordagem um pouco diferente, mesmo ligeiramente não-científica do ponto de vista mundano. Isso ocorre porque um Cabalista leva em conta o esforço que ele investe.

Em princípio, a fim de alcançar algo em nosso mundo, você deve investir uma determinada quantidade de esforço.

Por exemplo, para descobrir algo novo na natureza, a humanidade tem batido sua cabeça contra a parede durante séculos, investindo certa quantidade de esforço. Não podemos nos queixar, “Para que eles fizeram isso?! Eles poderiam ter conseguido algo imediatamente”, porque, afinal de contas, percebemos que todos esses esforços criam gradualmente certo fundamento pelo qual alguém fez uma descoberta.

Deste modo, a soma de todos os esforços humanos leva o mundo a um novo avanço, uma nova subida. A mesma coisa também é verdade no trabalho espiritual.

Portanto, eu não posso dizer se o Baal HaSulam sabia que seus esforços não levariam ao sucesso. Eu vi como o meu professor, o Rabash, se esforçava apesar de tudo, o que do meu ponto de vista era completamente ilógico. Mas ele ainda assim se esforçava, porque a pessoa não precisa confiar apenas sua mente. Ela tem que ir, por assim dizer, ao próximo nível.

Pergunta: Será que isso significa que ele viu o que nos espera logo adiante?

Resposta: Não, ele não viu isso! Mas mesmo que ele tivesse visto, isso não teria anulado seus esforços, e mesmo que do nosso ponto de vista, com a nossa abordagem habitual e lógica, pareça que não há necessidade disso, ele sabia que, de qualquer forma, era necessário.

De KabTV “A sabedoria da Cabalá e a Ciência” 07/10/15

É Impossível Recusar Ser O Povo Escolhido

laitman_556Baal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)” Item 26: Tenha em mente que essas coisas são óbvias para toda pessoa instruída no convite que Deus enviou a Israel através de Moisés antes da recepção da Torá.

É como está escrito (Êxodo, 19: 5): “‘Agora, pois, se diligentemente ouvirem a Minha voz e guardarem a Minha aliança, então serão Meu próprio tesouro entre todos os povos, pois toda a terra é Minha; e serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que falarão aos filhos de Israel’.

E Moisés chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas essas palavras que o Senhor havia falado, e todas as pessoas responderam juntas, e disseram: ‘Tudo aquilo que o Senhor falou, nós faremos’. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo”.

Será que todo o povo de Israel realiza a promessa dada ao Criador, ou ao menos parte dele?

O Criador prometeu que iríamos garantir um relacionamento especial com Ele, chamado de uma aliança (ou pacto), enquanto mantivéssemos Suas condições. O Criador diz que escolheu o nosso povo dentre todos os povos, e que devemos nos tornar isso, quer queiramos ou não, porque é isso que o Criador decidiu.

99,9% de nós se recusaram a ser o povo escolhido, um povo especial. Quem precisa disso? Nós sofremos bastante com isso durante toda a nossa história. Todos podem confirmar que essa aliança não nos trouxe nenhum bem; pelo menos, é assim que nos parece à distância. Mas a aliança foi decidida desde cima, e devemos aceitá-la; não há nada para discutir.

O Criador diz: “…serão Meu próprio tesouro dentre todos os povos”, o que significa que devemos nos tornar um elo entre o poder superior e toda a humanidade de modo que possamos transmitir a gestão superior ao mundo.

“Pois toda a terra é Minha”, toda a criação, todo o desejo de receber que foi criado está sob o controle do poder superior. No entanto, o Criador quer passar o controle ao povo de Israel que foram escolhidos por Ele para esse papel. O Criador nos escolheu, e nós temos que assumir o controle sobre o nosso desejo egoísta.

“E serão para mim um reino de sacerdotes”, o que significa que vocês vão realizar este trabalho. E o trabalho é transferir todas as centelhas de doação a todos os povos, para que todos cheguem à doação e descubram o Criador dentro dela, “pois todos Me conhecerão, do menor ao maior deles” (Jeremias 31:33). Através deste trabalho, nós nos tornamos uma “nação santa”.

“Estas são as palavras que falarão ao povo de Israel”. Isto é, cada um recebeu a ordem do Criador, não pessoalmente, mas através do ponto no coração, que é chamado de Moisés; eles ouviram a voz do Criador não diretamente com claro conhecimento e sentimento, mas através de um emissário.

Moisés transmitiu esse comando aos filhos de Israel. Todos sabem da Torá que foi difícil para Moisés levar a cabo essa missão e obter o consentimento do povo. Mas, por fim, o povo concordou em trabalhar junto como um só homem, e eles proclamaram: “Tudo aquilo que o Senhor falou, nós faremos”, e, depois, “Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo”.

Isso significa que o consentimento mútuo já está em nossas raízes. Ele atua e funciona mesmo se não sentimos isso. Agora ninguém pede para receber e assinar essa aliança novamente, mas apenas renová-la de acordo com o nível do nosso desenvolvimento atual.

Mesmo que cortássemos essa conexão do nosso lado, isso não diminuiria a nossa conexão mútua e com o poder superior. Apenas que uma descida profunda ocorreu que possibilitou que descobríssemos todo o mal entre nós para que pudéssemos corrigir e santificá-lo, ou seja, que alcançássemos o nível de doar em prol de doar e até mesmo ao nível de receber em prol de doar. Isso é o que o povo de Israel deve fazer.

Da Lição Diária de Cabalá 19/10/15, Escritos do Baal HaSulam

Corrigir Os Desejos Da Humanidade

laitman_557A Torá, “Números”, 16:39-19:40: O sacerdote Eleazar juntou os incensários de bronze que tinham sido apresentados pelos que foram consumidos pelo fogo. Os incensários foram batidos e serviram de revestimento do altar, como o Senhor tinha dito por meio de Moisés. Isso foi feito como memorial para os israelitas, a fim de que ninguém que não fosse descendente de Arão, queimasse incenso perante o Senhor, para não sofrer o que Corá e os seus seguidores sofreram.

Corá (Coré ou Korach) e sua congregação são forças dentro de uma pessoa que expressam nossos atributos internos. Cada pessoa mencionada na Torá reflete um determinado atributo único no corpo geral de uma pessoa.

A Torá, “Números”, 16:41-16:42: No dia seguinte toda a comunidade de Israel começou a queixar-se contra Moisés e Arão, dizendo: “Vocês mataram o povo do Senhor”. Quando, porém, a comunidade se ajuntou contra Moisés e contra Arão, e eles se voltaram para a Tenda do Encontro, repentinamente a nuvem a cobriu e a glória do Senhor apareceu.

Tudo o que acontece é necessário para acarretar a revelação do Criador. Mesmo a rebelião de Corá e sua punição aparente, a ocultação da parte em Malchut que não pode estar no nível de Aarão, e a rebelião do povo, são a revelação de todos os desejos do nosso corpo comum e sua correção.

A congregação dos filhos de Israel, que significa todos os desejos não corrigidos, diz a Moisés e Aarão: “Vocês mataram o povo do Senhor”, porque essa é a forma como eles se sentem. É porque eles se comparam a Corá e seus parceiros, enquanto Moisés e Arão são princípios morais muito elevados ao quais os nossos desejos interiores que são chamados de povo simplesmente não podem concordar. É realmente assim que ocorre a correção dos desejos, e o Criador é revelado.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 27/05/15