Nós vivemos num mundo em rápida mutação onde uma onda de tsunamis, terremotos, desastres ecológicos, calor extremo, e a migração de refugiados estão se movendo por ele.

Hoje, centenas de milhares de refugiados do Oriente Médio estão se aproximando da Europa, e amanhã haverá um terremoto em algum lugar na Índia e ondas de milhões de pessoas subirão para o norte de lá.

Nós vemos que a situação pode mudar muito rapidamente. Anteriormente parecia-nos que a migração em massa de pessoas de um lugar para outro como essa exigia um planejamento longo e cuidadoso. De repente, nós nos tornamos testemunha de como dezenas e centenas de milhares de pessoas estão subindo como uma onda de tsunami que vem do oceano em direção à praia.

O nosso mundo está mudando diante de nossos olhos. Nós estamos dentro de um fluxo intensamente poderoso, uma corrente que arrasta toda a humanidade com ela e a arrasta cada vez mais para baixo em relação ao antigo padrão de vida que existia, mas junto com isso, está construindo e gerando algum tipo de novo nível.

Como resultado, nós estamos sentindo como estamos caindo num abismo e todo o mundo ao qual estamos acostumados está sendo demolido, a vida anterior destruída. No entanto, com isso, uma nova vida está nascendo.

É necessário descobrir essas duas tendências para entender por que meios esse drama do século pode ser expresso: a destruição e morte do velho mundo e o nascimento dentro dele do novo mundo.

Isso é o que sempre acontece na natureza e não pode ser de outra forma. Enquanto a geração anterior não morrer, a nova geração não vai nascer. É assim que as estações do ano também mudam. Há alguns que consideram o que está acontecendo uma morte, mas eu vejo uma nova vida. Não vamos pensar no que foi e morreu, mas no novo que está prestes a nascer.

A humanidade está agora no processo de trabalho de parto; é assim que ela está emergindo do canal de parto, pela passagem estreita que está nos esmagamento de todas as direções. O trabalho de parto está nos empurrando por trás e nos atraindo pela frente, obrigando-nos a nos mover sem parar. Nós estamos perto do nascimento de um novo nível, um novo estado da humanidade.

Através do curso da história houve muitos períodos críticos e difíceis que eram realmente períodos de nascimento. Portanto, eu olho para o futuro com esperança e felicidade, mesmo que isso seja terrivelmente difícil. O novo mundo não vai nascer enquanto metade do velho mundo não morrer. Nós vemos que a natureza inanimada é destruída, vários tipos de plantas e animais são extintos, e pessoas estão morrendo.

Não se sabe o que vai acontecer conosco em condições de extremas mudanças climáticas e desastres. Mas isso está criando o nascimento de um novo tipo de vida possível.

Nós estamos deixando a velho era, a velha geração, toda a história pela qual a humanidade já passou, e estamos nascendo num mundo novo. Então nós sentimos pressão, trabalho; nós estamos perdendo todo o conhecimento que reunimos, o sabor, a cultura, a educação, as tradições. Mesmo a ciência vai ser renovada. A humanidade, aparentemente, vai renascer, todo a matéria vai parecer nova.

O amor, o sistema de relações de casais e as relações entre pais e filhos, tudo ficará irreconhecível. Não sabemos para que tipo de mundo estamos caminhando, mas é possível adivinhar e prever que tipo de mundo será: como serão as famílias no futuro; será que desejaremos gerar filhos; as crianças permanecerão em casa ou viverão de forma completamente diferente?

Como perceberemos o mundo; que atmosfera haverá na sociedade; que tipo de cultura, educação, sistema de relações, padrões de beleza, músicas? Tudo está passando por uma verdadeira revolução.

Ainda é impossível imaginar precisamente a imagem do mundo futuro, mas podemos ter certeza de que o mundo vai mudar completamente e não está em nosso poder impedir isso.

A mudança é derivada da natureza e nos atrai para si, sem pedir nossa permissão. O novo mundo em breve deve nascer, por isso vamos nos ajudar a nascer no novo mundo; podemos nos esforçar para sair.

De KabTV “Descobrindo-se” 18/09/15

Categoria: Crise, Globalização |