Pergunta: Nós elevamos uma oração de muitos (coletiva) durante a Convenção em Arava, para que pudéssemos ser incorporados num campo, a fim de nos tornarmos um todo. Isso quer dizer que, se nós simplesmente nos lembramos disso agora, podemos voltar a esse ponto?

Resposta: Por que vocês devem se lembrar disso? Vejam que grupo global nós temos! Eu nunca considero certa parte pequena. Para mim, um grupo são todos aqueles que são membros do nosso movimento.

A principal lei do sistema geral do universo é a garantia mútua, uma conexão mútua harmoniosa e absoluta entre todas as partes da criação. Não há nada além disso!

Parece que essa é uma condição virtual, mas, na verdade, a garantia mútua é a lei segundo a qual existe e funciona o sistema da criação! Se somos compatíveis com essa lei, não só começamos a sentir a criação, mas inclusive tomamos uma parte ativa em seu governo. Afinal de contas, de acordo com o pensamento de criação, nós somos a parte mais desenvolvida que é igual ao Criador. Este é o nível ao qual devemos evoluir.

Agora, nós entramos inconscientemente nele como os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, e na fase atual começamos a ascender ao nível humano, uma vez humano, Adão (em hebraico), significa se assemelhar ao Criador. Não há nada além dessa lei!

A oração de muitos ou a oração general significa se preocupar com todo o sistema quando eu estou incorporado integralmente nele. Como eu posso receber a influência correta dele e influenciá-lo corretamente, se não estou conectado a ele dessa maneira? Esta é a razão de eu ter que estudar e ensinar os outros só sobre essa conexão.

Pergunta: O que nós devemos fazer se já estamos incorporados num campo unificado, mas ainda não discernimos o Criador? O que devemos pedir?

Resposta: O sistema já está num estado de completa unidade, mas nós não temos consciência dele nem o sentimos. Há um obstáculo aqui quando eu começo a me perguntar por. Não devemos fazer isso. Nós temos que dizer e pedir para sermos um parceiro ativo, um assistente, que empurra o grupo inteiro, todo o sistema, à unidade.

O Criador é a força que coloca o sistema em movimento na unidade, na totalidade, e que conecta tudo num todo. Esta é a razão que quando eu aspiro a me assemelhar a essa força através das almas, através dos componentes do sistema, eu o levo ao estado de “Ele e Seu nome são um”.

Eu devo construir esse modelo, a imagem deste sistema, dentro de mim, e assim vou constantemente sentir exatamente o que preciso e para onde tenho que avançar.

Pergunta: Mas nós não podemos imaginar totalmente esse modelo.

Resposta: Imagine-o como você pode, porque a aspiração por Ele vai continuar guiando-o mais tarde. Se você se concentrar dessa forma, não vai desviar do caminho certo.

Na verdade, isso não é complicado, mas não é fácil se acostumar com isso em nosso mundo. A verdadeira estrutura é, de fato, muito simples. O que há além do desejo quebrado que devemos montar, unir e descobrir como um único desejo pleno onde a Luz, a força superior, se encontra? Essa é a força de amor e doação que nós elevamos acima de todos os outros atributos e, portanto, chamamos de força superior.

Da Semana Mundial do Zohar “Convenção de Educação Integral”, Dia Três, 04/02/14, Workshop 5

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Pergunta: O que eu devo fazer se tenho a tendência a cair no sono durante a lição?

Resposta: Durma! Eu estou falando sério. O ponto principal é que você está entre amigos. Durma! O Rabash costumava dizer isso, e eu me acostumei.

No começo eu pensava: “Como pode ser? Afinal de contas, eu tenho que fazer alguma coisa!” Havia pessoas que costumavam vir e dormir por três horas. Há também essas pessoas aqui, mas eu as valorizo s não menos do que valorizo ​​as outras, uma vez que elas se esforçam para vir para cá! Francamente, isso não me incomoda. Eu valorizo ​​esse amigo como qualquer outro membro do grupo, como qualquer outro.

Pergunta: Mas eu não quero vir aqui para dormir durante a lição! Deve haver certo nível de importância.

Resposta: Em primeiro lugar, você deve estar feliz por ter um lugar entre os amigos. Isso é muito significativo. Você vem aqui e toma o seu lugar e não de outra pessoa. É melhor se todo mundo tiver seu próprio lugar, que você tenha encontrado o seu lugar.

Depois, o trabalho coletivo começa: o estudo, os workshops, e a leitura de artigos. De preferência, todo o nosso estudo deveria ser na forma de workshops, enquanto estudamos TES, o Livro do Zohar e os artigos, uma vez que as discussões ajudam a extrair mais do que o normal de uma pessoa.

Da Semana Mundial do Zohar “Convenção de Educação Integral”, Dia Três, 04/02/14, Workshop 5

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Pergunta: Eu entendo que é necessário estar integrado a um grupo e dirigir todos os meus pensamentos lá. Mas onde é possível obter a força quando sou jogado para fora desse estado? O que pode ser feito para que eu tenha essa força?

Resposta: A melhor coisa que eles inventaram em nossos tempos é um ambiente que possa me estimular de alguma forma.

Fora isso, é possível usar um despertador ou telefone celular que ligue automaticamente, desperte e rode músicas ou canções. No entanto, a principal coisa é os amigos que se comunicarão comigo de vez em quando e começarão a estar interessados no que estou fazendo. Eu realmente não quero responder a eles, mas sou forçado a manter a conversa, e isso me tira de um estado ruim.

Somente o ambiente nos salva. Em geral, o que existe no universo? Sou eu ou o mundo. Isto significa que se eu não faço isso, o mundo faz.

Portanto, quando eu sinto vazio, relaxamento, confusão, falta de inspiração e de espírito elevado, não ouço ou não me lembro do que aconteceu ontem, isso significa que é necessário preencher isso com a grandeza do grupo e o Criador.

Onde é possível obter esta grandeza? É precisamente aqui que eu posso verificar quanto estou conectado com o grupo, quanto devo algo a eles.

Suponha que eu esteja com febre. Eu não me sinto bem e no quarto ao lado uma criança está chorando. Será que eu me levanto ou não? Eu me levanto. Eu vou até ele? Sim. Eu faço tudo que for necessário? Sim. Eu gradualmente me recupero? Sim. O que posso fazer? É minha obrigação.

Eu me conectei a um grupo da mesma forma que com as minhas obrigações para com ele? Afinal, eu não tenho que me levantar, ir para a cozinha e ajudar os amigos de alguma forma? Eu me levanto de manhã para vir para a lição e me sento lá, mesmo que esteja realmente dormindo? Eu estou falando sério! Eu mesmo passei por tudo isso. Sem isso, nada vai dar certo! Como dizem, “O médico diz para operar, por isso é necessário operar”.

O mesmo ocorre com o grupo. Eles estão me puxando até eles pela orelha? Eles estão me puxando para fora do pântano? Eles devem fazer isso se eu assinei um acordo com eles. Caso contrário, por que estamos juntos? É só por isso. Isso é também o que está escrito: “Um prisioneiro não se livra sozinho da prisão”(Berachot 5b). É apenas o grupo, o ambiente, a força do ambiente.

Eu devo ser obrigado a um grupo como sou ao meu bebê, o qual eu cuido mesmo quando estou me sentindo mal, e o grupo, por sua vez, deve cuidar de mim como cuidariam de um bebê, mesmo que eu desapareça do seu campo de visão, “Algo aconteceu com ele; ele parece muito tranquilo”. É necessário se preocupar assim, como os pais estão preocupados com seus filhos.

Se não construirmos relacionamentos como esses, nada dará certo! Nós passamos por todas estas situações apenas para que fortaleçamos a conexão entre nós.

Da Semana Mundial do Zohar “Convenção de Educação Integral”, Dia Três, 04/02/14, Workshop 5

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Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 57: … Imagine que há pessoas que estudam Cabalá e atraem a Luz de Ein Sof, lideram a geração diante delas e o povo as segue, e, depois, todos terão certeza que nunca vão errar em seu caminho. Mas se, em vez da Cabalá, o povo prefere estudar outras partes da Torá, não admire que toda a geração erre por sua culpa. Tão profunda é a minha dor que sou incapaz de continuar falando sobre isso.

Por que as gerações em Israel descem cada vez mais, e afastam-se do interior da Torá?

Após a destruição do Templo, ainda havia muitas pessoas em constante realização. Nem todas caíram de uma só vez na ocultação.

Na verdade, com a Shevirat ha Kelim (quebra dos vasos), os Kelim mais elevados desceram abaixo de todos, e aqueles que não estavam tão altos não caíram tão baixo. Além disso, há também importância na mistura geral. Cada Kli que cai arrasta os outros depois dele e empurra ainda mais para baixo aqueles que caíram antes.

Como resultado da quebra, todo o Kli original, cujas partes eram como um homem com um coração que revelou o Criador, perdeu gradualmente a revelação à medida que os vasos caíram de sua altura anterior. O Estudo das Dez Sefirot fala isso na Seção 7. [Leia mais →]

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Nas Notícias (elpais.com): “No tradicional imaginário judaico-cristão é narrado o assassinato de Abel por Caim. …A partir do momento em que Caim matou Abel, a violência tornou-se uma parte inseparável da história humana. …

“A questão óbvia é se as religiões são a fonte da violência ou o caminho para a paz. A violência está realmente incorporada nas religiões monoteístas? …. Quando nós pensávamos que as guerras religiosas eram fenômenos do passado, elas ressurgiram de forma particularmente dura e radical … carregando bandeiras pretas e destruindo tudo em seu caminho, desde a vida humana a símbolos culturais que são a herança da humanidade. …

“Na ausência de argumentos racionais para justificar essas guerras, eles confiam em Deus e em Seu nome, matam agressivamente outros, tornando, assim, o próprio Deus um assassino. O filósofo Martin Buber disse: “Deus” é a palavra mais vilipendiada de todas as palavras humanas. Nenhuma delas foi tão manchada, tão manipulada … Gerações humanas, com o seu partidarismo religioso, rasgaram a palavra. Eles mataram e estão dispostos a morrer por ela. Essa palavra carrega impressões digitais e sangue. As pessoas desenham uma figura abaixo e escrevem a palavra “Deus”. Elas se matam e dizem: ‘nós fazemos isso em nome de Deus’”.

Meu Comentário: Na verdade, as religiões apenas dividem, separam e nos incitam uns contra os outros. Porque todas as religiões do mundo são baseadas na natureza humana: o egoísmo.

E só a sabedoria da Cabalá ensina a pessoa como ascender acima do seu egoísmo e alcançar a unidade para revelar o mundo superior dentro de nós. Este é o próximo nível de nossa existência. Nisso, a Cabala difere do judaísmo e de outras religiões. Nós temos que revelar ao mundo a maneira de ascender ao próximo nível de nossa evolução o mais rapidamente possível, não pelo caminho do sofrimento, mas pelo caminho do caminho da conexão e unidade.

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Pergunta: Como a transição de valores materiais prévios para novos valores influenciará a economia mundial?

Resposta: Eu acho que na situação atual, a economia vai gradualmente se esgotar. Além disso, não é a economia em si, mas a atitude das pessoas em relação a ela. Hoje nós vemos a vida e o mundo mudando, tornando-se mais passivos.

Portanto, a economia do consumo desenfreado vai se tornar uma economia de prover para sua existência pessoal. A humanidade vai parar de correr atrás de grandes realizações materialistas e riqueza.

Eu vejo como grandes massas de pessoas estão se tornando cada vez mais passivas. Nós vemos isso na Rússia e nos EUA. Na Rússia, elas concordam com a política de uma existência relaxada em terras privadas; nos EUA elas concordam com as políticas mais socialistas em relação ao plano nacional de seguro de saúde e todo o resto. Ou seja, nós chegamos a um estado em que, após a transição para um novo estágio, o desenvolvimento racional irá prevalecer. Nós entendemos que nada do passado, nem a riqueza, nem respeito, nem ciência, nem arte e nem mesmo a religião (porque não existem religiões hoje, é tudo apenas a política de controle) pode nos levar a qualquer lugar. O que resta é apenas uma realização do sentido da vida, porque a humanidade já passou por tudo o resto.

E assim, a economia certamente vai mudar. Ela será sustentada, desenvolvida e transformada externamente apenas porque temos que preencher nosso corpo (o nível da besta), ou seja, alimentar e vestir normalmente a todos. Enquanto que, tudo o que está se expandindo hoje em todas as direções como uma bolha de sabão vai se esgotar e desaparecer porque estamos levando o mundo a um estado de crise.

Pergunta: Portanto, a economia vai estourar como uma bolha de sabão?

Resposta: Ela vai encolher porque é supérflua! Ou será substituído por uma guerra mundial ou o isolamento das pessoas. Se evitarmos a guerra de alguma forma, a indiferença das pessoas para com algo novo irá gradualmente obrigar a economia a ceder. Nós vemos o que está acontecendo hoje: ninguém precisa mais da vasta tecnologia de fabricação chinesa e japonesa. Tudo irá gradualmente ceder, e as pessoas vão perder o interesse no consumo.

E este é um processo natural de desenvolvimento dos desejos humanos internos que estão se movendo do consumo material para algo novo. Nós já experimentamos o aumento do interesse pela ciência e cultura; eles não preenchem com nada agora, não dão sentido à vida. E sem isso, tudo o que resta é drogas ou guerra e outras decisões extremas, ou a saída para um novo nível, um novo nível de existência; ou seja, é necessário dar às pessoas a possibilidade de ver que realmente há uma saída. Ela existe.

Em última análise, uma demanda interna por isso aparece porque está se desenvolvendo desde dentro; a pessoa vai começar a perguntar: “Qual é o sentido da minha existência? Se não há nenhum significado, é lamentável eu ter nascido…”.

Continua…

De KabTV “A Última Geração” 19/08/15

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