O Significado Secreto De Rosh Hashaná

Secret Meaning of Rosh HashanahOs feriados judaicos estão muito além de apenas observar tradições. Eles estão entrelaçados com o tempo presente muito mais perto do que pensamos.Os feriados judaicos são uma trajetória do destino da nação, um eletrocardiograma de nosso batimento cardíaco comum.

Os símbolos dos feriados judaicos transmitem as informações que de outra forma seriam perdidas nos labirintos impenetráveis ​​da história ou distorcidas além do reconhecimento. A importância dos feriados judaicos se estende muito além! Os nossos feriados entregam mensagens não só sobre o nosso passado, mas também sobre o nosso futuro.

5776 anos Atrás

O primeiro dos feriados judaicos de Outono, Rosh Hashaná (a cabeça do ano), é o Ano Novo Judaico. Apareceu no povo no momento que as pessoas sentiram uma aspiração pelas coisas que estão além de sua rotina diária.

O nome do primeiro ser humano é Adão. Ele foi a primeira pessoa que pensou sobre o sentido da vida. O dia que Adão percebeu seu forte desejo de saber qual era o seu propósito na vida é marcado no calendário Judaico como Rosh Hashaná. É bem possível que ele seja o único evento na história antiga para o qual é conhecida a data exata. Foi o que aconteceu no dia 1º de Tishrei (setembro-outubro), 5776 anos atrás.

Desde então, Rosh Hashaná não é apenas um dia no calendário; ao contrário, é um marco de desenvolvimento. Neste dia nós fazemos um relatório honesto com nós mesmos sobre como vivemos e o que deveríamos atingir durante o ano anterior e sobre o julgamento vindouro.

Chegar à Essência

Hoje, quando o mundo inteiro está sobrecarregado com uma nova onda de antissemitismo, é essencial compreender o que nos espera no futuro. Como nunca antes, é crucial de uma vez por todas quebrar esta espiral de séculos de exílio e sofrimentos insuportáveis ​​que acompanharam o povo Judeu ao longo da história. A história do profeta de Jonas é sempre lida no Yom Kippur (Dia do Perdão). Ela nos ajuda a compreender melhor a situação em que estamos agora. Nós vamos chegar à esta história um pouco mais tarde.

À Mesa Festiva

Rosh Hashaná simboliza a nossa aspiração por valores superiores, uma existência benevolente, compartilhando e cuidando do outro. É por isso que há uma tradição de comer cabeças de peixe. Ela simboliza a nossa inclinação de estar à frente de todas as mudanças positivas.

A romã com suas muitas sementes suculentas lembra que também somos como “sementes” e que é tempo de “amadurecermos”. Nossa unidade deve resultar de nossos esforços conjuntos. Isso nos dará um novo impulso qualitativamente.

Nós mergulhamos fatias de maçã, um símbolo antigo das “transgressões”, ou seja, separações entre nós, em mel para “adoçar” (corrigir) a falta de unidade entre nós.

Como podemos alcançar essa unidade não por medo, problemas ou desespero, e sinceramente desejar se aproximar uns aos outros? Como podemos sentir como todos nós somos uma família, não só durante as guerras que nos obrigam a nos manter involuntariamente juntos, mas também no tempo de paz? Para isso, cada um de nós tem que subir acima do próprio interesse para equilibrar nossa natureza fragmentada ao aspirar estabelecer relações positivas, boas entre nós. Isso é exatamente o que os Cabalistas querem dizer quando se chega à descrição dos feriados judaicos.

Yom Kippur

Yom Kippur vem depois de Rosh Hashaná, e para os judeus este é o dia mais sagrado do ano. Neste dia, jejuamos e oramos. E a parte principal da oração é a leitura do livro do profeta Jonas. Na verdade, o código para a salvação da humanidade está escondido neste livro, embora o enredo da narrativa se assemelhe a um romance de aventura.

Jonas recebe uma tarefa do Criador: ele deve ajudar os habitantes da cidade de Nínive a superar o ódio mútuo e aplicar o princípio “Ama ao próximo como a ti mesmo”.

Em seu tempo, o patriarca Abraão percebeu essa ideia e estabeleceu o povo Judeu em sua base. Como ele conseguiu isso é um assunto separado em si mesmo. Agora outra coisa é importante: o povo Judeu conseguiu fazer algo que, em princípio, é impossível.

O que teria acontecido à raça humana se Abraão não tivesse tido a previsão mais elevada e permanecessem em Ur, se tivesse mantido suas ideias para si mesmo e não tivesse criado qualquer povo Judeu exclusivo? Sem dúvida, o mundo sem os Judeus teria sido radicalmente diferente do mundo de hoje”. (Paul Jones, historiador Inglês)

Hoje, mais do que nunca, não só os Judeus e Árabes, Russos e Americanos, mas todo o mundo requer, se não o amor, pelo menos uma compreensão mútua elementar. Mas hoje, como no passado, ideias semelhantes são inequivocamente aceitas como completamente impraticáveis. Portanto, não é surpreendente que Jonas decidiu fugir, atravessando o mar. Parecia-lhe que desta forma poderia fugir da tarefa que foi imposta a ele.

Nós também, como Jonas, às vezes tentamos nos refugiar na rotina diária dos grandes problemas “inexpugnáveis”. Outros vão lidar com eles e nós vamos lidar com o nosso. Mas desde tempos imemoriais, um lembrete vem que há uma missão especial para os Judeus, e é impossível escapar disso.

Todos Nós Estamos no Mesmo Barco

O navio em que Jonas navegou foi pego numa violenta tempestade. Os marinheiros trabalharam duro para sobreviver: Eles jogaram tudo o que não era necessário ao mar, oraram a seus deuses, e, compreensivelmente, começaram a procurar de quem era a culpa. Enquanto isso, Jonas vai dormir, como se tudo o que estava acontecendo não lhe dizia respeito.

Só então, não tendo escolha, ele admitiu que tinha fugido da tarefa que foi imposta a ele e pediu que os marinheiros o jogassem no mar. Isto significa que Jonas já estava pronto para morrer, só assim não teria que realizar o que lhe foi designado. Mas mesmo isso não ajuda. Um peixe gigantesco engoliu o fugitivo, e três dias no ventre do peixe o obrigaram a concordar em realizar a tarefa estabelecida.

Hoje, quando o mundo se tornou uma “aldeia global”, todos nós estamos aparentemente navegando em um barco em um mar tempestuoso, e as nações do mundo, os “marinheiros”, culpam todas as crises, guerras, problemas e desastres no “único judeu” a bordo, o povo Judeu.

Imersos em negócios diários, tentando não notar que as nações do mundo nos odeiam cada vez mais; nós esperamos que tudo vá de alguma forma se acalmar por si só. Mas cada nova onda de antissemitismo mostra mais claramente que nosso destino é tão inevitável quanto foi o destino do fugitivo responsável pelo início da tempestade. E se a tripulação do barco primeiro tentou salvar Jonas, hoje, “os marinheiros do navio mundo”, estão apenas esperando o momento certo para nos lançar ao mar. Nós sequer precisamos pedir este “favor” deles.

O Início das Mudanças

Os feriados Judaicos são mais do que apenas história. Os Cabalistas os estabeleceram em seu tempo e através dos símbolos dos feriados transmitiram a sua mensagem para nós, seus descendentes. A mensagem toca diretamente o destino do povo Judeu.

Rosh Hashaná aponta para a necessidade do desejo de valores mais elevados e o estabelecimento de boas relações humanas.

Yom Kippur nos lembra que a fuga de realizar essa função não pode continuar para sempre. Em qualquer caso, devemos adquirir esses valores e passar tudo isso para os outros povos, ainda que, como Jonas, não queiramos isso.

Nós vemos hoje como o ódio entre as pessoas e entre as nações, polui o nosso planeta mais e mais. Tudo o que fazemos, de uma nova tecnologia à revolução social, em última análise, leva a uma nova catástrofe e faz com que a hostilidade entre as pessoas seja mais aguda.

Este problema só pode ser resolvido com a ajuda do povo Judeu. Afinal de contas, a ideia de unidade, igualdade e garantia mútua (Arvut) é a sua fundação. As pessoas que seguiram Abraão viveram de acordo com a lei do amor, com um sentimento de proximidade com o outro.

O mundo não está esperando descobertas científicas e realizações em literatura e arte dos Judeus, o mundo está esperando o povo judeu alcançar a unidade, e ao fornecer um exemplo para o resto das nações, o método de Abraão será transmitido a elas. E isso vai trazer paz e tranquilidade a todos os povos, que irá libertar os Judeus do antissemitismo e colocar um fim em todas as suas angústias.

De”Feriados. Rosh Hashaná” 06/08/15