“Nós Pecamos, Traímos, Roubamos… Unidos!” No Ynet

We Have Sinned, Betrayed, Stolen...UnitedNa minha coluna (em hebraico) no Ynet, um novo artigo foi publicado sobre o mês de Elul, o mês de misericórdia e perdão e, especialmente, sobre o nosso destino.

“Nós Pecamos, Traímos, Roubamos…Unidos!”

Nós estamos num estado de guerra a cada dois anos. Quando isso acontece, somos os campeões do mundo em conexão e preocupação mútua, mas quando os últimos mísseis caem, rapidamente retiramos as flechas de ódio. Nós somos assim, mas será que estamos destinados a viver assim? Esse é realmente o nosso destino?

O mês de Elul calmamente chega no final de cada ano e nós colocamos um rosto justo (afinal, este é o mês de misericórdia e perdão) e não podemos simplesmente deixá-lo passar. Então, corremos para gritar: Nós Pecamos, traímos e roubamos. Bonito. Mas, e daí?

Mesmo uma rápida olhada ao redor não nos promete um jardim de rosas. O Hamas continua cavando túneis; os iranianos continuam enganando a todos e se armando; os europeus estão experimentando um primeiro encontro com o Oriente Médio, e o mundo está perdendo o seu equilíbrio. Alguns podem dizer que os judeus nunca podem se beneficiar de uma situação como essa, e que as ondas de antissemitismo e diferentes organizações anti-israelenses estão a caminho de nós e nossas famílias na diáspora.

Rastreando Nossas Raízes

Nós temos que voltar 4.000 anos, aos dias da antiga Babilônia, para entender o nosso destino. Foi lá que um sábio homem chamado Abraão descobriu que se o ego das pessoas cresce até as nuvens, elas deixam de se entender e começam a lutar entre si. Vocês se lembram da Torre de Babel? É exatamente disso que se trata.

Abraão desenvolveu um método para se trabalhar corretamente com o ego humano de modo que ele possa ajudar as pessoas a se conectar mais fortemente entre si e subir acima do ódio e da luta. Junto com sua esposa Sara, ele estabeleceu um sistema de disseminação do método de conexão que desenvolveu. No final, milhares se reuniram em torno dele, o que acabou por constituir a nossa nação.

Desde então, as nossas relações são definidas por leis claras: no momento em que prejudicamos a conexão entre nós, o ódio e o desprezo nos vencem. Quando nós ficamos mais fracos internamente, há forças que imediatamente se erguem para nos destruir externamente.

Introspecção?

O último ano deve nos fazer perceber que, se não começarmos um processo significativo de conexão entre nós, o nosso país poderá desmoronar. A divisão, a polarização e a diferença entre nós está ficando cada vez maior dia após dia. O ego está crescendo em cada um de nós e ninguém pode abandoná-lo para se conectar, e por isso não há dúvida de que precisamos de ajuda. Nós precisamos de um método que nos ensine como canalizar o ego, que possa nos explicar qual é a conexão correta e como devemos nos conectar.

É exatamente nisso que se envolve a sabedoria da Cabalá que Abraão estabeleceu, e hoje precisamos dela mais do que nunca. Nós precisamos da força de união que nos conectava lá. Só se a usarmos, vamos sobreviver e realmente nos tornar invencíveis.

Feliz Ano Novo!