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De Estado Para Estado

laitman_233Pergunta: Suponha que eu culpe um amigo por não ser bom para mim. Por outro lado, entendo que este é o Criador. Essas duas situações- entre o Criador e a forma pela qual Ele me envia tudo – realmente me destroçam. Onde está o ponto de virada, o lugar onde as duas coisas se conectam?

Resposta: Quando algum pensamento negativo aparece em mim a respeito de um amigo, isso é resultado do egoísmo que está crescendo dentro de mim. Nada mudou, exceto o ego (desejo). O desejo é o único componente que muda em toda a criação. Em cada um de nós, ele cresce gradualmente tanto qualitativa como quantitativamente.

Quando o desejo aumenta, eu começo a sentir novas sensações sobre meus amigos, e, em geral, elas são negativas. Se eu não fizer nada, eles agem em mim, e é absolutamente possível que me tirem desse estado. Ou, eu faço alguma coisa e minha situação muda. Em ambos os casos, os estados são transformados em estados opostos. De cima, eu compreendo o quão rápido tudo pode se transformar e como a minha opinião sobre os amigos pode se transformar de negativa em positiva, e, mais tarde, o contrário. É assim que nós aprendemos.

De nós, só uma coisa deve ser alcançada: que nós criemos uma imagem, um sistema, um exemplo do estado ideal mais elevado dentro de nós, e ansiemos por ele, querendo realizá-lo entre nós, incluindo-o dentro de nós, para que nos tornes não “nós”, mas “um”. Isso significa que nós não só vamos nos tornar conectados, mas vamos trabalhar como um único corpo, de tal forma que o “nós” desaparece. Não há somatório. Em vez disso, há “um” que inclui tudo dentro dele.

Nós sabemos que dez componentes da criação se conectam harmoniosamente entre nós no nível mais baixo. Eles são iguais em valor a um, um único componente da criação no próximo nível. Dentro dele, o ego cresce e cria novamente mais dez componentes desde um ponto que trabalha neles mesmos, se integram, sobem ao próximo nível, e, em seguida, se transformam numa única unidade lá. Esta é a ordem de crescimento dos níveis.

Portanto, a gente sempre precisa ver esse padrão até que ele se torne nosso estado interno, com a sensação real de que estamos vivendo dentro dele, existindo nele.

Pergunta: Quando a transição de dez para um é sentida num determinado grau, você também começa a entender que não poderia ser de outra forma. Isto significa que todos os estados ruins são intencionalmente enviados pelo Criador para sentirmos Sua bondade e Seu cuidado.

Resposta: Isso acontece porque os sentimentos crescem em você dessa forma por observações e novas características que você não podia sentir antes.

Pergunta: Às vezes eu estou nesses estados por um dia, dois dias, uma semana, e às vezes passo por eles em segundos. Como é possível acelerar esse processo? Como a pessoa se volta corretamente ao Criador?

Resposta: Nunca se desculpe pelo estado e que você está. Mesmo o melhor estado vai passar o mais rapidamente possível e se transformar num estado mais elevado. Você não quer atrasar qualquer um deles, nem mesmo por um segundo. É impossível parar o momento. Caso contrário, você chega ao adversário, como o Doutor Fausto.

Pergunta: Há tais estados que simplesmente caem e se acumulam em mim, e eu sequer tenho tempo suficiente para esclarecer e compreendê-los. O que esta acontecendo comigo?

Resposta: Isso não importa. Depois disso, você irá esclarecer as coisas. Às vezes, é impossível compreender corretamente o seu estado, mesmo no nível seguinte, mas apenas depois de alguns níveis. Às vezes, o que você já passou começa a ser percebido e compreendido depois que dez anos se passaram. Não se preocupe. A principal coisa é a aceleração.

Da Semana Mundial do Zohar “Convenção de Educação Integral”, Dia Três, 04/02/14, Workshop 5

Um Olhar Imparcial Do Mundo

Dr. Michael LaitmanHá certas ações que uma pessoa deve realizar alterando a sua natureza egoísta. Afinal, nossa natureza nos obriga a amar somente a nós mesmos, a ganhar à custa dos nossos próximos, independentemente do sofrimento que isso causa aos outros e até mesmo desfrutando isso.

Da mesma forma, nós não levamos em conta o Criador. Se não fosse pelo temor da força superior, não pensaríamos nela de forma alguma. No entanto, há a ocultação, devido a qual eu não sei o que vai acontecer com a minha vida, meus filhos, pessoas próximas a mim, ou eu mesmo. Será que eu ainda estarei vivo no momento seguinte? O que o dia seguinte me reserva? Portanto, eu realizo um cálculo e decido ser bom.

Nós pensamos que o Criador tem algumas obrigações com respeito à pessoa, se ela realiza suas obrigações no que diz respeito a Ele. Em outras palavras, se a pessoa se comporta corretamente, o Criador a trata bem.

No entanto, há outra condição que nos obriga não apenas a nos relacionarmos bem com o Criador, mas também com o mundo inteiro e os níveis inanimado, vegetal, animal e humano. Eu preciso tratar o mundo que me rodeia como se eu tratasse a mim mesmo. Portanto, está escrito: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Meu próximo é qualquer coisa dentro do meu ambiente.

Imagine que eu trato tudo fora de mim com o mesmo nível de sensibilidade, cuidado e amor como eu tratasse a mim mesmo! Assim, eu paro de sentir a diferença entre eu e o que está fora de mim. Todo o mundo inanimado, as plantas, os animais e as pessoas se tornam como eu.

Eu sinto que eu, o mundo inteiro e todo o universo, somos como uma torta onde eu existo. Não há diferença entre o que eu tenho aqui dentro e o que está fora. Se nós atingimos esse estado, anulamos todas as fronteiras e adquirimos um sentido adicional que nos permite sentir o que está fora de nós. Eu sempre senti o mundo exterior ao julgar como alguma coisa é benéfica para mim. Agora eu anulo meu egoísmo, minha noção preconcebida, e sinto o mundo exterior.

De repente eu descubro que o mundo lá fora e eu nos fundimos num só, chamado mundo superior ou Jardim do Éden. O mundo está cheio de luz, energia, vida e prazer. Existe apenas a Luz Superior, que existe em repouso absoluto e tranquilidade. Não há separações, limitações, ou tempo.

Eu saio das limitações deste mundo egoísta e de nossas percepções egoístas e revelo uma nova realidade verdadeira, que não está vinculada às fronteiras do meu egoísmo.

Se eu chego a essa percepção, quando sinto o mundo inteiro como um todo, onde os mundos superiores e inferiores se unem, eu posso sentir toda a Luz que os preenche, a força única do Criador, então eu revelo a verdade, por que existo nesse mundo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 17/09/15

Onde Está O Mundo Superior?

laitman_944Pergunta: Nossas vidas são tão primitivas: trabalhar, voltar para casa, jantar, dormir, acordar de manhã e voltar ao trabalho. E você fala sobre algum tipo de “mundo superior”!

Eu gostaria de vê-lo, mas quando olho para cima, vejo apenas o teto. É possível mudar alguma coisa na minha vida? Onde está esse mundo superior?

Resposta: Ao falar sobre o mundo superior, que está localizado acima do nosso mundo, a sabedoria da Cabalá não se refere a uma altura normal, como se fosse o teto ou as estrelas no céu; isso se refere às características humanas internas e superiores. Às vezes dizemos: “Que pessoa alta, ela está acima de todos”, mas não queremos dizer sua altura. Napoleão tinha um metro e meio de altura, ao mesmo tempo era uma grande personalidade. Por isso, é necessário primeiro esclarecer, o que significa “baixo” e “alto”.

Na Cabalá, “superior” significa “superior” de acordo com as características. Características superiores são doação, amor, conexão e unidade. E se nós indicamos que uma pessoa é baixa e inferior, estamos nos referindo às suas características sombrias, não à altura.

Portanto, nós chamamos o mundo espiritual de mundo superior, porque o amor e a união residem lá. E nós podemos abordá-lo especificamente graças à conexão e unidade.

Por que não sentimos o Criador? Porque não há unidade entre nós. Se quisermos sentir a força que rodeia, envolve, e inclui toda a criação em si, precisamos nos conectar e se tornar um só.

A sabedoria da Cabalá diz inclusive que se dez pessoas se conectarem e se unirem como uma só pessoa, elas vão sentir a força superior, o mundo superior. É precisamente essa conexão que tentamos implantar nos Grupos Cabalísticos.

Esta é a essência do método que é descrito nos livros originais de Cabalá, como O Livro do Zohar e os livros originais do Ari e do Baal HaSulam.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 06/09/15

A Principal Coisa É Não Esquecê-Lo!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se eu imaginar que o Criador está por trás de tudo o que está acontecendo comigo, eu vou sempre estar com raiva Dele. Antes eu costumava ficar zangado com as pessoas que me cercam, culpando-as por todos os meus problemas. Se não há outro além do Criador, eu vou ter que odiá-Lo agora?

Resposta: Não se preocupe, isso é normal. Não importa qual é a sua atitude para com o Criador. A principal coisa é manter o pensamento Nele o tempo todo. Não se esqueça Dele! Não importa como você se relaciona com Ele, bem ou mal. A principal coisa é pensar Nele o tempo todo.

O Criador quer que a pessoa esteja conectada a Ele. Ele quer que a pessoa seja quem esteja procurando esta conexão, e não o Criador procurando-a. A pessoa deve ver o Criador em tudo, como Aquele que é bom e faz o bem. Estes são os dois parâmetros, as duas propriedades, com os quais ela pode sentir o Criador.

Em torno de mim, há é apenas o Criador, enquanto o mundo inteiro é a Sua manifestação externa como se estes fossem atores que se movem no palco de acordo com a ideia do diretor.

De KabTV “Uma Nova Vida” 05/02/15

Será Que A Pessoa Age Ou É Ativada?

Laitman_712_03Pergunta: Por um lado, vemos que a pessoa é parte da natureza, e tudo o que acontece com ela a afeta. No entanto, por outro lado, nos colocamos no topo da pirâmide como a coroa da criação, algo superior que está acima de toda a natureza.

Nós somos diferentes das outras criaturas em inteligência, em nossa sabedoria, e na capacidade de planejar e desenvolver. Nós temos um acréscimo especial que não é o mesmo para qualquer outra parte da natureza. Qual é o lugar da pessoa no sistema da natureza?

Resposta: Sem dúvida, o homem é parte integrante da natureza. Nossos corpos pertencem ao nível animal; todos os seus sistemas são como os dos animais, e não há nada de especial neles. Nós produzimos filhos  exatamente da mesma maneira e cuidamos deles como qualquer animal.

Um ser humano começa onde seu pensamento, sua educação, e o poder do seu intelecto, sua inteligência, é despertado e desenvolvido de geração em geração, e junto com o intelecto, as emoções são desenvolvidas, a consciência de quem ele é e onde ele está. Estas perguntas são despertadas em cada geração, mas com uma nova qualidade.

Há um papel muito importante para a educação aqui. Além do desenvolvimento do lado da natureza, nós nos desenvolvemos com a ajuda de sistemas especiais dentro de nós, e passamos nosso conhecimento científico e experiência de geração em geração. Isto não é como a experiência de sobrevivência que os animais transmitem aos seus descendentes.

Os seres humanos transmitem a sabedoria, o conhecimento científico, e uma percepção do mundo para seus filhos. Portanto, nós somos mais fortes do que todos eles e estamos prontos para desenvolver meios que os animais não alcançam. O macaco não sabe como usar nada além de um pedaço de pau, e um ser humano inventa ferramentas mais sofisticadas.

Os animais são totalmente ativados pela natureza no nível dos instintos e não questionam de onde vêm as ordens que eles obedecem. No entanto, será que o ser humano pode questionar por que isto está acontecendo dessa maneira e será que é possível fazer isso de forma diferente? Ele procura saber como sair de situações desagradáveis ​​e alcançar o máximo conforto. É como se ele fosse guiado pelas mesmas motivações como os animais, mas os animais agem instintivamente, como uma máquina. E apesar de muitos instintos latentes e hábitos serem incorporados no homem e transmitidos de geração em geração, o que é único nele é que ele aprende constantemente.

Um ser humano aprende com um ambiente que o influencia muito fortemente, e ele muda de acordo com o ambiente. Latente nele está a aspiração de deixar o lugar onde ele está, se desenvolver, conquistar novas áreas, sentir que está no controle, entender e explorar tudo ao seu redor com suas próprias forças. Mas nós vemos que, se um ser humano age desta maneira, de acordo com seu desejo, ele deve escapar constantemente dos problemas que causa a si mesmo. Como resultado, ele se torna mais miserável, mesmo que esteja acima de toda a natureza.

Nós nos desenvolvemos sob a pressão do nosso egoísmo, o qual não existe entre os animais. Os animais agem apenas de acordo com os instintos, e os seres humanos têm liberdade de escolha: o que e como fazer algo. Assim, segue-se que em todas as situações na vida, eu tenho a possibilidade de fazer algo bom ou ruim em relação aos outros, e certamente faço uma escolha de acordo com o meu benefício pessoal. No entanto, eu devo verificar cuidadosamente o que exatamente é benéfico para mim. Afinal, uma pessoa é diferente dos animais por também ter o poder de destruição, e ser capaz de prejudicar a si mesma.

Este poder destrutivo é o controle do nosso ego, e os seres humanos devem cumprir os comandos desse poder mesmo que entendam que por causa disso, eles estão se condenando a uma vida muito difícil. Eles devem se submeter a essa aspiração interna. Eles vêem que estão no limiar da guerra, mas ainda não podem parar e estão prontos para a morte porque o seu ego é mais forte do que o seu instinto de sobrevivência.

Um animal nunca vai contra o instinto de sobrevivência. A fêmea está inclusive disposta a abandonar seus filhotes à mercê dos predadores para fugir destes. O instinto natural dita que uma parte maior e mais saudável é mais importante do que uma pequena e fraca, e, portanto, a fêmea deve ser salva primeiro. É assim que a natureza obriga os animais a agir, de acordo com o instinto de procriação. No entanto, uma pessoa pode agir de forma completamente diferente. A mãe está pronta para arriscar sua vida para salvar seus filhos, o que não é típico dos animais.

Um animal simplesmente luta por seu território, comida e continuação da geração. Mas no momento em que sente que é mais fraco do que o inimigo, se retira sem vergonha e remorso. Estes sentimentos simplesmente não existem nos animais. Eles têm um instinto normal, como se fosse uma força de trabalho, em vez de um organismo biológico. Eles simplesmente medem qual é a força mais forte, e o mais fraco se entrega. Mas o ser humano está pronto para lutar pela “verdade” e “justiça”, mas todas essas são expressões de seu orgulho, seu ego. O ser humano tem que provar que ele é justificado, e com isso manifesta seus sentimentos pessoais.

Nosso corpo não é diferente do corpo dos animais. O ser humano dentro de nós é o nosso orgulho, a inveja e a luxúria. É precisamente essas características que nos diferenciam do mundo animal. Assim, o lugar do homem na natureza não é como o lugar do inanimado, vegetal e animal, e nós instintivamente nos distinguimos deles. Além disso, nós podemos controlar outras partes da natureza: matar animais, colocá-los numa gaiola, domesticá-los e usá-los como alimento. Além disso, dominamos totalmente a natureza do vegetal e inanimado, por isso nos consideramos como estando acima de toda a natureza.

Mas se olharmos para o ser humano, vemos que o que se destaca é a sua inveja, sua aspiração por controle e respeito, características que são irrelevantes para os instintos animais, e assim eles elevam o ser humano acima de tudo. Ao mesmo tempo, mesmo os seres humanos são geridos pela natureza. Afinal de contas, se eu não sei o que vai acontecer comigo no momento seguinte, isso me leva ao nível do animal normal. Se eu não controlo o meu futuro, até mesmo no momento seguinte, já sou dominado pela natureza.

Portanto, eu devo esclarecer: quem sou eu realmente? Aquele que age ou aquele que é ativado? Parece como se eu ativasse os níveis que se encontram acima de mim. Mas eu não tenho controle sobre mim mesmo, nem sobre a sociedade humana. Pelo contrário, sou ativado de cima, isto é, recebo a oportunidade de controlar a natureza inanimada, vegetal e animal, mas não controlo a mim mesmo e o que está acima de mim, o meu destino e o meu futuro. Nesse, eu sou completamente controlado.

Essa é a tragédia do ser humano, que parece tão forte e bem sucedido em tudo o que faz. Ele possui emoção, inteligência, uma consciência desenvolvida e meios poderosos. Depois de termos nos desenvolvido neste nível, de repente descobrimos que não podemos sequer tocar o que é mais essencial.

De KabTV “Uma Nova Vida” 23/02/14

Compartilhar A Dor Do Público É A Chave Para A Revelação Do Criador

laitman_556Baal HaSulam, “Frutos de Sabedoria”, “Aquele que Compartilha A Dor do Público”: “Uma pessoa é medida conforme ela mede”, isto é, de acordo com o tamanho dos vasos, de acordo com o recipiente e sua parte interior . A mesma deficiência estará sempre cheia, nem mais nem menos.

Portanto, o servo de Deus que não compartilha a dor do público, mas apenas sente que a sua própria deficiência privada tem um recipiente para a abundância que não é grande o suficiente; assim, ele não será capaz de receber a revelação geral da Divindade no segredo do consolo do público, porque não preparou um vaso para receber esta fase geral, mas apenas a sua fase privada.

Mas se ele compartilha a dor do público e sente os problemas do geral como seu próprio problema privado, ele é recompensado com ver a fase completa da revelação da Shechiná, ou seja, o consolo de todos de Israel, porque sua deficiência é uma deficiência geral e, por conseguinte, a abundância da santidade também é geral.

Portanto, você deve entender o significado de “o justo não tem descanso”, o que significa que como a abundância é abençoada de acordo com o nível de deficiência e os anseios dos justos, na mesma medida, nem mais nem menos, eles sempre se esforçam em aprofundar e expandir seu vaso porque aquele que doa não tem medida, só quem recebe. Assim, seu único objetivo na vida é ficar mais forte e ansiar em criar neles um vaso e, assim, causar contentamento em expandir as fronteiras da santidade.

O vaso de recepção é limitado e o vaso de doação é ilimitado. Tudo depende da pessoa. Na medida em que tenta expandir o seu vaso de doação, ela recebe a ajuda de cima. Se ela está realmente interessada na correção e usa todos os meios que tem, ela sempre pode aumentar o vaso, o que significa aumentar a sua deficiência para doação. A Luz que Corrige opera nela de acordo com estes esforços e corrige seu vaso, a prepara, e depois a preenche. Por isso se diz “os justos não têm descanso, nem neste mundo nem no outro mundo”, o que significa que nem no nível atual, nem no próximo nível, e eles vão sempre ser capazes de avançar.

A chave e a base para o avanço é compartilhar a dor do público, o que significa que as deficiências adicionais e a necessidade de doação só podem ser adquiridas do ambiente. Não há nenhum outro lugar; o ambiente é o único lugar de onde a pessoa pode extrair ilimitadamente e avançar como resultado.

Assim, nós podemos avaliar imediatamente como a pessoa vê esse avanço na vida espiritual. Hoje, isso já se refere a todos, homens e mulheres. Depende se a pessoa se isola e pensa que vai avançar apenas graças aos seus estudos, ou se participa da disseminação e da vida da comunidade, conectando-se ao grupo com todas as suas forças. Se ela não fizer isso, certamente não pode acumular uma deficiência pela doação, chegar a uma oração e receber um vaso pronto. A Luz existe em abundância, e, portanto, encherá imediatamente o vaso no momento em que ele estiver pronto.

Baal HaSulam escreveu: “Uma pessoa é medida conforme ela mede”. Afinal, uma pessoa só pode medir conforme ela anseia estar nos vasos de doação e ser preenchida com Luz. Tudo depende apenas dela, da preparação do seu vaso. Compartilhar a  dor do público é a chave para a revelação do Criador.

Em seu artigo “A Entrega da Torá”, Baal HaSulam escreveu que, quando os filhos de Israel estavam no Egito tornaram-se uma nação que sofreu a escravidão e o trabalho duro juntos no momento em que começaram a compartilhar mutuamente sua dor. O Faraó aproximou os filhos de Israel do Criador e realizou aflições cada vez maiores sobre eles, e como resultado, os forçou a conectar. Eles perceberam que somente graças à conexão entre eles poderiam ser salvos e sair do Egito. É assim que a pessoa recebe a deficiência correta.

Acontece que nós temos oportunidades ilimitadas para avançar porque o mundo inteiro já precisa de correção. Nós sempre teremos uma chance de influenciar o público e de se envolver cada vez mais na disseminação sem limites; nós receberemos as deficiências das pessoas e avançaremos diante delas cada vez, a fim de ser seus professores e atendê-las. Essa é a forma como vamos avançar em direção a vasos de doação cada vez maiores.

Toda a dor deve ser destinada a uma única coisa: como absorver deficiências adicionais do ambiente próximo ou de um ambiente cada vez mais amplo, até que o mundo inteiro esteja incluído no meu vaso. Este é o objetivo da quebra, ou seja, o cumprimento dos mandamentos. Só a construção de uma deficiência pela doação preenche tudo.

Hoje em dia, vemos que todo o mundo, incluindo nós, já está organizado para a revelação da deficiência pela doação mútua. É assim que nós construímos o lugar para a revelação do Criador, a fim dar contentamento a Ele. Tudo isso vai acontecer diante dos nossos olhos.

Da Preparação para a Convenção 25/02/14