Arrependimento Que Atrai A Luz

laitman_534Pergunta: Se tudo é feito pela Luz, o que exatamente depende de uma pessoa na conquista do amor ao próximo?

Resposta: A pessoa tem que tentar executar determinadas ações. Nem tudo é determinado pela Luz, também depende da pessoa. Ela tenta, vê e entende que é incapaz de realizá-las, e por isso pede ajuda, grita e discorda. Este é o lugar onde ela participa do processo: no trabalho do grupo sobre a pessoa, e no trabalho da pessoa sobre o grupo.

É verdade que as Luzes movem os vasos, mas a pessoa e o grupo são combinados e também o grupo com o professor, e ainda há o esforço pessoal que a pessoa faz nesta combinação.

Se eu começo a executar diferentes ações no grupo, por exemplo, se realizo tarefas na cozinha, embora não queira, mas faço porque tenho vergonha dos outros, porque quero ser amado e respeitado, isso significa que meus motivos são egoístas.

Caso contrário, eu sinto arrependimento porque fiz isso como resultado do meu ego e não agi por mim mesmo com a intenção de amor e doação. O sentimento de arrependimento vem mais tarde, quando não trabalho mais na cozinha, mas durante o estudo. Essas ações se acumulam: o meu arrependimento por ter agido egoisticamente e também as próprias ações em que o meu ego me ajuda. Isto significa que a inclinação ao mal ajuda a uma pessoa, “O Faraó aproxima os filhos de Israel de nosso pai no céu”.

O fato de que vemos um grande lucro nas ações espirituais e corremos para realizá-las, na expectativa de uma recompensa é, na verdade, graças à inclinação ao mal. Sem ela não poderíamos alcançar nada. Mas, depois, eu me arrependo pelo fato de que fiz tudo para o meu próprio bem e essa tristeza atrai a Luz que Corrige. Estas duas forças agem em nós em completa harmonia, como se diz: “o Criador os criou um oposto ao outro”. E assim chegamos de Lo Lishma, que significa para o meu próprio bem, à Lishma, a fim de doar. As ações são as mesmas ações e apenas a intenção muda.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 04/03/14