Longo Caminho Para O Templo, Parte 3
Nascimento da Metodologia da Conexão
Abraão aprendeu com os Cabalistas que viveram antes dele, começando com Adão, o primeiro homem. Abraão entendeu que o egoísmo humano se expande de geração em geração, tornando-nos assim egoístas ainda maiores; ele nos separa e obriga a explorar o outro.
É por isso que, no final, nós nos aproximamos de um estado em que começamos a usar nosso egoísmo corretamente, ou seja, fazemos esforços para superá-lo.
Ainda assim, nós continuamos egoístas completos, incapazes de subir sobre nossos egos, embora percebamos que o nosso egoísmo é a razão para todos os nossos problemas. Os antigos babilônios sofreram muito com seu egoísmo; a humanidade continua a sofrer com isso hoje. O nosso egoísmo arruína nossa vida.
A descoberta de Abraão o fez reunir um grupo de discípulos que estavam prontos para subir sobre o seu egoísmo que queimava em cada um deles.
Ele encontrou muitas pessoas que reuniu num grupo e que estavam dispostas a subir acima do seu egoísmo, porque não eram egoístas completas como nossos contemporâneos. Seu egoísmo era muito mais fraco do que o nosso. Além disso, elas se lembravam como era boa a sua vida antes de começarem a se odiar, ou seja, antes da construção da Torre de Babel.
Quando os tempos difíceis começaram, não havia mais nada para elas, exceto se dividir e se espalhar pelo mundo. Muitas sentiram que Abraão realmente ofereceu-lhes uma verdadeira solução para o seu problema, então se juntaram a ele, e Abraão começou a ensinar-lhes a metodologia da unidade.
É assim que se originou o grupo que se denominava “Isra-El” (ou seja, “direto ao Criador”). Eles se esforçaram em revelar a força superior que lhes conectava e habitava entre eles. Ao explorar a força superior, eles perceberam como é o mundo em que vivem. A rede que construímos entre nós é de fato a força superior.
Mais tarde, o grupo de Abraão cresceu e formou uma nação com o nome “Israel”. Israel são as pessoas que se esforçam pela unidade e que trabalham na construção da conexão entre elas acima da sua separação.
Elas valorizam o poder da separação, porque ele lhes dá a oportunidade de aplicar mais esforços na busca da unidade, permitindo-lhes assim reconhecer a força da natureza: o sistema da governança superior.
A força da separação e o poder da unidade são duas forças opostas essenciais da natureza, como mais e menos, norte e sul. Um não pode existir sem o outro.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15