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Sucesso É Um Conceito Relativo

laitman_539Pergunta: Pode haver sucesso sem concorrência?

Resposta: Depende do que você considera sucesso. Por exemplo, se eu sou criticado em jornais, eu considero isso um sucesso: eles têm dado atenção para mim. Alguém pode considerar isso uma desgraça, mas eu não me importo.

Eu acredito que se alguém está certo, deixe-o ser repreendido, e daí? Talvez as pessoas não possam compreender suas ações de qualquer outra forma. Assim, o sucesso é um conceito relativo.

Eu não me importo de ser criticado em todas as publicações e na internet, mesmo que me chamem da pessoa mais horrível e prejudicial para a humanidade. De alguma forma isso chama a atenção para o que eu me esforço em entregar ao mundo. E quando eles lerem meus artigos, talvez sejam afetados de alguma forma.

Pergunta: Por que você precisa desse tipo de sucesso?

Resposta: As pessoas vão se interessar em saber por que eu estou sendo criticado, e, assim, vão começar a aprender e sentir um pouco sobre o que estou dizendo a respeito de corrigir o mundo e o fato de que os seres humanos têm uma oportunidade de chegar a um melhor estado de existência em vez de uma terceira guerra mundial. Eu quero deixar alguma impressão duradoura neles.

Pergunta: Vamos supor que você recebesse permissão para publicar quatro linhas. O que você escreveria?

Resposta: Começaria dizendo que nada pode ser explicado em quatro linhas. Eu posso oferecer às pessoas a substituição do sofrimento pela alegria, do medo da morte pela sensação de eternidade. E se eles não forem indiferentes a estas coisas, tudo o mais pode ser aprendido no próprio método.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 17/06/15

Entrevista No Kunst Und Kirche

O periódico alemão, Kunst und Kirche, publicou um artigo baseado numa entrevista que eu dei ao jornalista alemão Zenita Komad. A revista semanal é distribuída em toda a Alemanha e Áustria.

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O Ponto De Contato Com O Criador

laitman_740_02A Torá, “Números”, 9:6 – 9:8: Mas alguns deles não puderam celebrar Pessach naquele dia porque haviam se tornado impuros por terem tocado num cadáver. Por isso procuraram Moisés e Aarão naquele mesmo dia.

E disseram a Moisés: “Nós nos tornamos impuros por termos tocado num cadáver, mas por que deveríamos ser impedidos de apresentar a nossa oferta ao Senhor na ocasião própria, como os demais filhos de Israel?” Moisés respondeu-lhes: “Esperem até que eu saiba o que o Senhor ordena a respeito de vocês”.

“Porque haviam se tornado impuros por terem tocado num cadáver”, significa conectar-se em seu trabalho interno com seus desejos mortos que visam a satisfação pessoal e não com a intenção a fim de doar aos outros.

A pessoa que de repente afunda estes desejos não pode ser purificada deles e corrigida. Nesse caso, não só ela não entra na terra de Israel, mas também não pode avançar em sua ascensão espiritual.

E disse-lhes Moisés: “Esperem até que eu saiba o que o Senhor ordena a respeito de vocês”. Moisés não decide nada por si mesmo, porque é meramente um ponto em nós que anseia pelo Criador. Quando ele recebe um desejo de baixo, ele tem que encontrar o contato com o Criador. A isso se resume a função e as ações de Moisés.

Ele é leal tanto às pessoas como ao Criador porque é o ponto de contato entre eles, ou seja, entre todos os atributos não corrigidos e a propriedade superior de amor e doação.

Ele não tem ego, e por isso é chamado de escravo do Senhor, como se diz: “Não houve um profeta tão grande como Moisés”. Em outras palavras, é doação absoluta em ambas as direções.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 04/02/15

Medo Da Morte E Encarnações

Laitman_709Pergunta: O que em mim tem medo da morte?

Resposta: Meu corpo físico não tem medo da morte, o ego tem. Ele tem medo de não ser capaz de preencher-se e elevar-se ao nível da existência simples.

Pergunta: O que há depois da morte?

Resposta: Nada. O corpo físico deixa de existir, mas os Reshimot (informação espiritual) permanecem. No nível corpóreo eles realizaram algo de certa maneira, num determinado momento, em determinadas circunstâncias.

Mas o seu nível espiritual de implementação ainda não ocorreu, visto que a pessoa ainda não chegou a esse nível. Por isso, ela tem que passar por diferentes circunstâncias.

Depois começa a próxima encarnação da alma num corpo recém-nascido, depois novamente uma longa linha de crescimento é realizada, durante a qual a correção inconsciente dos Reshimot é realizada. Então, novamente a pessoa recebe a oportunidade de alcançar o nível de desenvolvimento de sua alma, ou seja, atingir o nível do desejo de doar, contra o desejo de receber.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 17/06/15

O Ponto Focal Da Unidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando eu passo pelas ruas de Tel Aviv ou Jerusalém, eu olho em volta e penso: como é possível se unir? Como?

Resposta: A ideia é que você está avaliando tudo de acordo com as suas forças e entende que isso é impossível. Mas nós não temos essas forças para começar, então não há nenhuma razão para procura-las dentro de nós. Nós devemos entender que essas forças se encontram no fundo de nossa natureza. Nós só precisamos começar com a unidade e imediatamente vamos sentir como elas despertam dentro de nós, tornando-nos próximos, e nós nos tornamos como um homem com um coração.

A mesma coisa acontece em paralelo com o resto das pessoas. Todos nós existimos num único campo, e os judeus dentro dele como fonte de unidade; de lá se espalham ondas para toda a humanidade. Na medida em que nos unimos, a humanidade de repente começará a se acalmar, começará a sorrir para o outro, e a paz e o bem-estar prevalecerão.

Assim que alcançarmos a nossa unidade, ficará claro que não somos 16 milhões de judeus no mundo, mas metade de um bilhão, por exemplo. Para algum lugar as dez tribos dos filhos de Israel estão perambulando; elas também se juntarão a nós e começarão a se unir com o mesmo método. Então outros começarão a se unir, as partes mais pesadas e distantes da humanidade. Tudo depende apenas do ponto focal e esse é o povo de Israel!

De KabTV “A Última Geração” 14/06/15

Liberdade Imaginária E Liberdade Verdadeira, Parte 5 – Liberdade Depois Da Solução Do Problema

laitman_424_02Pergunta: Quando criança, eu tinha a sensação de que o mundo inteiro era uma panela. O céu era a tampa e eu estava no fundo da panela como um pequeno inseto.

Todas as histórias sobre a Terra ser redonda e grande perdiam a cor em comparação com esse sentimento interno de estar isolado, preso, encerrado sem uma saída. O que é esse sentimento?

Resposta: Este é um sentimento muito real sobre o nosso mundo fechado. Além disso, ele é fechado de modo que, por um lado, nos vemos em algum tipo de espaço imenso, mas, por outro lado, este espaço está morto, não tem nada nele.

E mesmo que não estivéssemos nessa pequena bola, mas em outra galáxia, seria a mesma coisa, eu não seria capaz de escapar de mim mesmo. Só haveria outras condições da natureza inanimada, e o que mais?

Nós realmente estamos numa “panela com uma tampa”, e se não saímos dessa situação, todos nós podemos esperar um final amargo; não há nada a fazer aqui. Mas este sentimento ajuda as pessoas a considerar por que a natureza nos criou como seres inteligentes e nos desenvolveu de uma partícula inanimada até os organismos mais complexos; afinal de contas, não pode ser que isso foi sem propósito.

Ao que parece, por trás do organismo físico, interno e psicológico (que é ainda mais interna), existem outras capacidades e possibilidades, forças e características secretas que devem ser descobertas em nós.

Como o ser humano uma vez surgiu de um macaco, ele deve ter algo mais no seu desenvolvimento interno. Nós estamos indo em direção a isso e a sabedoria da Cabalá nos explica como desenvolvermos isso dentro de nós mesmos.

Hoje, a humanidade já atingiu o sentimento de um confronto final nas suas relações mútuas, e isso deve ser resolvido, porque o aprofundamento constante de confrontos entre nações e povos é muito primitivo, limitado, fechado e não nos permite sair da gigantesca “panela” do nosso mundo.

Assim, o mesmo impulso que hoje domina massas cada vez maiores nos levará a uma solução deste problema. Nós vemos, de acordo com a depressão que impregna o mundo, de acordo com a necessidade de drogas, de acordo com as guerras e desordem sem fim, que a humanidade está à procura de uma fuga, mas não sabe o que fazer.

As pessoas estão novamente se voltando às religiões e não encontram nada nelas, o que significa que uma oposição está aparecendo entre as próprias massas.

Esta é a procura de uma solução para o problema. É mais profundo do que a liberdade ou a falta de liberdade. Em outras palavras, se eu vejo algum tipo de propósito à minha frente que não fornece nenhuma liberdade, eu vou concordar com isso; e se eu não o vejo, isso já é o fim.

Mas o quanto essa meta está conectada à liberdade, não sabemos. Na verdade, ela está sempre conectada à liberdade, mas hoje não podemos compreender o que é isso.

De acordo com a Cabalá, se você quer ser livre, deve parar de se preocupar em ir mais fundo dentro de si e deve começar a trabalhar fora de si, para o bem dos outros.

E quando, em vez de se preocupar consigo mesmo, você começar a se preocupar com os outros, em vez de amar a si mesmo, você ama e sente-os, e eles se tornam sua única fonte de preocupação e amor, seus pensamentos e impulsos, então você estará livre. Livre do quê? Livre de si mesmo. É apenas neste caso que nós temos uma possibilidade de sair de nós mesmos.

Caso contrário, estamos sempre nos enganando, dizendo que não somos egoístas, somos livres e coisas assim. Uma vez que o ego nos envolve na “panela” geral, é natural que ele é o senhor dos escravos aqui.

Continua …

De KabTV “A Última Geração” 11/06/15