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A Revolução Do Século XXI: Riqueza E Pobreza Na Sociedade Israelense

laitman_559(Continuação de “A Revolução Do Século XXI: Homem Rico, Homem Pobre”)

Nós não passamos pelos estágios que os regimes capitalistas-burgueses passaram em outros países. De forma geral, o período dos nossos dois mil anos de exílio afetou as nações de maneira bem diferente.

Nós sempre nos sentávamos no canto, incapazes de levantar a cabeça. E como os nossos valores eram determinados pelo estudo da Torá, um “sábio discípulo” era premiado mais altamente, mesmo sem ter um centavo.

Então, 200 a 300 anos atrás, um novo período começou, e havia todos os tipos de Rothschilds. Verdade, no início, eles eram poucos em número, mas cerca de 150 anos atrás, o acesso a universidades europeias foi aberto aos judeus, e isso permitiu-lhes adquirir várias profissões.

Em suma, nós não atravessamos inteiramente o processo pelo qual o mundo passou, e de repente, nos encontramos em Israel, onde moramos como aqueles em todos os países capitalistas do Ocidente. Nós aprendemos com eles, adotamos sua experiência de governo e construímos os mesmos formatos que foram dados a eles por séculos de desenvolvimento. Mas estávamos indo por outro lado.

Além disso, nossa sociedade é muito diversificada. Ela é tecida de uma colcha de retalhos recolhida do Ocidente e Oriente, de vários lugares, até mesmo da África. Cada setor tem sua abordagem, sua própria cultura, seus costumes, e estas diferenças estão enraizadas em nossos genes. Crianças nascidas em famílias de imigrantes de diferentes países adotam o patrimônio genético dos seus antepassados.

Em geral, nós estamos falando do desejo egoísta que está crescendo de um jeito especial de geração em geração. Quer queira ou não, eu herdei certo pacote de qualidades de meus pais que mal posso me lembrar.

Como resultado, hoje somos confrontados, pelo nosso povo, com um fenômeno sem precedentes que nunca o caracterizou. Nós criamos uma sociedade capitalista moderna, e, ao mesmo tempo, olhamos para nós mesmos através dos olhos dos nossos antepassados que viveram uma vez no exílio. Do Marrocos e Iêmen, Rússia e Europa, nós trouxemos para aqui [Israel] uma bagagem cultural e educacional muito colorida.

Afinal, lá nós ainda “cozinhávamos” nas relações entre os Judeus, não como aqui. Lá, em qualquer caso, não esquecemos do nosso judaísmo, de nossas tradições e nossa pequena comunidade.

Aqui, todos os bloqueios são removidos; não existem limites. Normas de comportamento e tradições passadas são violadas. Tudo é permitido: mentir aos outros, usá-los e assim por diante.

Anteriormente, entre as nações do mundo, sempre ajudamos uns aos outros. Era possível deixar uma criança judia na mão? Qualquer infeliz recevia abrigo e família. No entanto, isso pe no exterior. Aqui, não se aplicam as leis antigas.

Portanto, em Israel, estamos passando pelo mesmo processo que levou centenas de anos para passar no Ocidente, e não é de estranhar que exista um ódio dos ricos que não nos levam em conta. Eles estão prontos para nos mergulhar nos modos de sobrevivência se só lhes permitirmos ganhar mais e mais. E eles não podem fazer nada sobre isso porque o egoísmo continua a agir.

Acontece que nós estamos num período semelhante ao dos dias anteriores à Revolução Francesa. Além disso, a elite simplesmente é incapaz de se comportar de forma diferente.

Como consequência, o ódio do povo aos ricos crescerá, mas eles ainda não serão capazes de dividir o que acumularam. Enquanto muitos são ricos, o país é pobre, então o problema vai ser agravado ainda mais.

De Kab TV “Uma Nova Vida” 14/05/15

Einstein: Bom Ou Mau?

laitman_629_3Pergunta: Como desenvolvemos um novo Einstein?

Resposta: Isso não depende de nós, e é improvável que precisemos disso. O Sr. Einstein não fez nada de bom para nós; além disso, ele ajudou a construir a bomba atômica e nos disse que existem propriedades em nosso mundo que não entendemos.

Teria sido melhor se ele e o resto dos físicos nucleares não fizessem nada. Poderíamos sobreviver bem sem a energia nuclear e certamente sem a bomba atômica. Portanto, não precisamos de um Einstein ou de uma geração de líderes espirituais.

Eu acredito que a ciência do século XX não beneficiou a humanidade, mas, para não negar suas realizações, a ciência fez bastante. No entanto, na verdade, quase tudo se virou contra nós. Claro, nós não estamos trabalhando tão duro como antes. Temos máquinas de lavar para substituir o trabalho duro das lavadeiras. Grandes empresas fabricam produtos semiacabados, e estamos prontos para comprar alimentos que só precisam ser aquecidos no microondas.

Isto está claro, mas o que isso nos dá? O que fazemos com o tempo restante que temos? Nos enchemos com mais preocupações, e como resultado estamos esgotando a Terra dos seus recursos naturais.

Eu não vejo que as pessoas se tornaram mais felizes em nosso século. As pessoas costumavam ouvir música, ir ao teatro, se interessavam por literatura e em ler romances grossos. Hoje, uma pessoa pode ler apenas duas linhas e não consegue mais ler. Se os primeiros minutos de um filme não captam seu interesse, ela desliga a televisão.

Como chegamos a isto? De que forma uma pessoa é mais feliz hoje do que há um século atrás? No fato de que agora ela não trabalha tão duro? Mas o que é a aliviou do trabalho?

Acontece que os “Einsteins” não nos trouxeram nada, exceto dano, embora fossem boas pessoas.

Apesar do fato de que eu amo a ciência e fortemente a saúdo, não posso dizer que a ciência se mistura com o egoísmo do homem. Einstein produzindo uma bomba má não é bom. Portanto, nós temos que corrigir primeiro o homem e depois desenvolver a ciência. Caso contrário, vamos desenvolvê-la em nosso próprio detrimento.

Eu voltaria com prazer cem anos e em vez de ciência, introduziria a educação integral obrigatória para todos. Somente na medida em que ela pudesse ajudar a humanidade, eu permitiria que as pessoas desenvolvessem a ciência. Então, a ciência beneficiaria a humanidade. Como resultado de uma educação integral, a pessoa deve vir a sentir o mundo inteiro e que ele é uma única unidade. Então, sua pesquisa nunca resultaria na criação da bomba. Ela simplesmente não poderia fazer nada prejudicial para nós, da mesma forma que qualquer homem que aspira a fazer o que é útil.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 13/05/15

Feriados Judaicos: Um Ciclo De Correção

laitman_744Pergunta: Por que existem tantos feriados judaicos?

Resposta: Na verdade, não existem tantos assim. Tudo é derivado do fato de que cada dia é novo, todo mês é novo, cada ano é novo e cada hora é nova para uma pessoa! Estas mudanças aparentemente astronômicas são, na verdade, internas, espirituais. Toda matéria resulta de mudanças entre forças espirituais que influenciam nosso mundo, e as alterações aparecem entre os níveis inanimado, vegetal, animal e nós.

Em outras palavras, a razão para todas as mudanças é a rotação das Sefirot através das quais a Luz passa. A Luz influencia e atua em nosso universo e o resultado é a matéria em nosso mundo. Se uma pessoa quer estar conectada com a criação inteira, cada momento é de imenso valor para ela. Além disso, ela pode dividir cada momento dentro dela em uma infinidade de momentos. Isto significa que existe a possibilidade de um segundo tornar-se cheio de vida para ela! E, desta forma, ela se expande.

Os feriados judaicos se caracterizam por dar uma sensação de exclusividade a cada momento no tempo, em cada Sefira que participa da passagem da Luz. Então cada momento é único, e especialmente os feriados são o significado geral de um período de transição. Há três grandes feriados que são derivados do nível espiritual: Pessach (Páscoa), Shavuot e Sucot, que são chamados Raglaim (pés), que é quando as pessoas iam para Jerusalém.

Tishá B’Av (9 de Av) simboliza a destruição do Beit HaMikdash (Templo), ou seja, a revelação do grande egoísmo que é corrigido mais tarde durante todo o resto dos feriados. Por causa da força de Tishá B’Av, é colocado contra todo o resto dos feriados, portanto, sua intensidade é enorme.

Em contraste com Tishá B’Av, no extremo oposto desse ciclo, está o feriado de Purim. Além disso, existem alguns outros feriados menores relacionados: Hanukah e Lag Ba’Omer.

Nós indicamos o início de cada mês de acordo com o ciclo de rotação da Lua, pois nosso estado cósmico e espiritual depende dos dois luminares: o Sol e a Lua. Portantoo calendário hebraico é construído de acordo com os ciclos de rotação do Sol e da Lua, entre os quais se encontra a Terra, enquanto o calendário Cristão considera apenas a rotação do Sol, e o calendário Muçulmano considera apenas a rotação da Lua.

O Ano Novo Judaico é o início da correção humana, porque este feriado simboliza o nascimento de Adam HaRishon (o primeiro homem), do qual nós começamos nosso cálculo. O nascimento de Adam é o nascimento do ser humano, porque Adam foi o primeiro a descobrir o Criador e começar a se parecer com Ele. Portanto, o início do ano para nós é um feriado espiritual.

O objetivo do ciclo dos feriados é que o mais “assustador” dos feriados, que é Tishá B’Av, se torne o maior feriado do mundo, quando todo o mal será reunido e derrotado pelo bem.

De Kab TV “Conversas com Michael Laitman” 13/05/15

Qualquer Um Pode Ser Um Judeu

Laitman_509Pergunta: Eu não sou judeu de nascimento. Será que eu serei capaz de alcançar a sabedoria da Cabalá? Eu presumo que estou começando a me tornar judeu, na medida em que a Luz se aproxima de mim, no sentido espiritual é claro, mas isto é apenas uma presunção.

Resposta: Você está certo. Um judeu é alguém que sente que ele anseia transcender este mundo e alcançar o mundo superior (é chamado superior visto que isso não funciona de acordo com a propriedade de recepção, de acordo com o egoísmo, mas de acordo com o atributo de doação). A raiz de “transcender” – “Ever”, em hebraico, deriva da mesma raiz da palavra “Hebreu” – “Ivrit“, um judeu.

A palavra “judeu” – “Yehudi” se origina da palavra “unidade” – “Yichud.” A palavra “Israel” deriva das palavras “Yashar-El“, que significa dirigir-se direto ao Criador. Tudo depende apenas do que a pessoa anseia. Os judeus não são uma nação, mas um grupo ideológico de pessoas. Esta é a razão porque qualquer um pode ser um judeu!

Comunismo: Utopia Ou Realidade, Parte 4

laitman_424_02Desfazendo o Impasse: O Que É Preferível?

Pergunta: Por que, apesar do fracasso do comunismo na Rússia, muitas nações apoiam e se apegam a ele e começam a estabelecer partidos comunistas?

Resposta: A ideia, em si, é muito atraente porque as massas veem um futuro brilhante em alcançar a igualdade, fraternidade e a adequada repartição dos benefícios da sociedade. Mas agora as pessoas mudaram, uma vez que o egoísmo atingiu níveis inimagináveis nos últimos séculos.

Por que a guerra acontece? A guerra é uma limpeza, uma liberação. Ela transforma todos os egoístas em iguais. Ela mata o egoísmo neles porque trata-se da sobrevivência. Afinal, para sobreviver, é necessário estar conectado com todos os outros. É necessário pensar nos problemas comuns, na vitória comum, no sucesso compartilhado. Portanto, a guerra inflama paixões intensas e egoístas nas nações e povos e é uma espécie de denominador comum.

Após o pseudo comunismo soviético, alguns anos mais tarde ele foi implementado na Alemanha, mas na forma de fascismo nacional. Na verdade, foi o mesmo.

Hoje a humanidade está se aproximando da guerra. Já se fala sobre isso como se fosse inevitável: “O que será, será, mas não há alternativa”. Onde antes as pessoas tinham medo de pressionar o botão vermelho, agora é como se não houvesse o medo de uma guerra nuclear.

Pergunta: Será que a humanidade, inconscientemente, quer a guerra?

Resposta: Hoje, a humanidade entende que nossas vidas não têm significado, não há correalização, que os seres humanos são uma espécie de ramo “beco-sem-saída” da natureza, que cometeu um grande erro porque o egoísmo não o levou a lugar algum. Isso sugere que o egoísmo chegou ao fim.

Nós ainda não estamos cientes disso, mas já vemos que o ego tomou seu curso, como um câncer em desenvolvimento. Afinal, uma pessoa doente não sente nada no começo e só mais tarde começa a sentir e compreender que o tumor maligno está devorando-a!

Agora, a humanidade está devorando a si mesma, mas ela deve reconhecer isso e parar. Em qualquer caso, de um jeito bom ou através do caminho do sofrimento, teremos que chegar a isso para alcançar a construção de uma sociedade feliz.

Continua.

De Kab TV “Sobre a Nossa Vida” 11/05/15

Trabalho Na Geração Do Messias

laitman_281_02Todo o trabalho até a geração do Messias é na auto-anulação, embora haja diferenças de acordo com o destino de cada alma. Em cada geração há almas elevadas que têm missões especiais.

Isto continua até chegarmos ao tempo do Messias, em que estamos hoje. O mundo inteiro torna-se uma alma, uma família, e então temos que executar ações de acordo com o tempo em que vivemos.

Isso não significa que temos que sentar e esperar o Messias, e tendo a esperança de algum milagre de Cima. Não existem milagres. Há apenas um milagre: a centelha que desperta em uma pessoa. Tudo o resto depende de seus esforços e do seu trabalho, e não há aqui nenhuma concessão por parte do sistema superior. Nossa missão é atrair a Luz que Reforma para nós mesmos e corrigir a incorporação de tudo em tudo.

Hoje isso é cumprido pela disseminação, usando todas as oportunidades que temos. Afinal, é a ação mais real e prática de correção que podemos realizar. Esta é a razão porque não podemos escapar deste trabalho. Nós temos que entender que todo o nosso estudo e todos os sistemas que construímos se destinam apenas a continuar a disseminação do método de correção e conexão.

Esta é a parte principal de nosso trabalho, através do qual seremos recompensados com uma alma corrigida e alcançaremos a forma de Adam (homem). Então vamos descobrir qual é a altura das 600.000 almas que formam essa Malchut. Todas as almas de Israel estão incluídas em Malchut do mundo de Atzilut e se elevam com ela à altura de GAR de Atzilut, chamada 600.000, que é 620 vezes maior, ou a realização completa da mínima Luz de Nefesh de Nefesh de Nefesh até à realização da completa Luz de NRNHY.

Este é o nosso trabalho, e o mais importante é não esquecer que a nossa incorporação mútua é a realização da correção. Sua incorporação prática é a incorporação de toda a nação, como se diz: “O Criador habita entre o Seu povo”. É lá que encontramos nossa correção e a correção de nossa alma.

Não podemos esquecer que isso requer um trabalho contínuo e a preocupação com as pessoas. Existem diferentes níveis aqui: a natureza inanimada, vegetal e animal, e homem; até mesmo um pobre mendigo é tão importante quanto um príncipe. Aqueles que estão no nível de toda a nação têm o poder de sua grande massa de bilhões de pessoas. No nível vegetal há menos partes e há ainda menos no nível animal, enquanto que no nível humano existem apenas algumas.

Por fim, nós nos encontramos com o mundo inteiro, com todas as pessoas de todos os tipos que mais tarde vão ser esclarecidas. Não podemos identificá-las imediatamente. Nós vemos que as pessoas são acesas no início e depois esfriam, ou seguem o caminho correto ao longo de uma linha muito fina e depois, de repente, se desviam e são atraídas para uma direção desconhecida.

Nós temos que cuidar de todos, como crianças, até que eles cresçam. Nós devemos nos lembrar que é realmente graças a esses cuidados que podemos nos corrigir e crescer. Nós só podemos alcançar uma alma pela disseminação; essa é nossa missão.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 21/03/14