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Guerra Mundial Não É A Solução Para A Crise Global

laitman_220Opinião (Konstantin V. Sivkov, Doutor em Ciências Militares, VP da Academia de Problemas Geopolíticos, especialista militar): “A crise econômica global é um dos resultados das mudanças geopolíticas que estão acontecendo no século XXI. A destruição do modelo bipolar do mundo e as mudanças no estado de muitas nações estão levando a grandes conflitos entre nações e coalizões.

“A atual ordem mundial não é mais adequada para a nova realidade é. Essa contradição está no coração da contínua e crescente crise, que está sendo realizada mais claramente na área econômica. Portanto, há uma percepção de que a crise atual é uma crise econômica global.

“A razão para o fracasso das ações para sair da crise é que a crise econômica global é apenas uma expressão da crise da civilização que abrange todos os aspectos da vida humana moderna.

“As contradições que têm causado a crise global de civilização:

  1. Entre o crescimento da produção e os recursos disponíveis.
  2. Entre as ricas nações desenvolvidas e as nações pobres em desenvolvimento.
  3. Entre as elites nacionais e internacionais.
  4. Entre o âmbito da bolha financeira mundial e o âmbito da economia real.
  5. Entre a falta de moralidade do mercado livre e os fundamentos espirituais das civilizações.

“As lacunas e contradições que têm causado a crise na civilização abrangem todas as áreas da atividade humana,de modo que as mudanças na sociedade que são projetadas para resolver isso devem se estender ao longo de toda a ordem mundial – o que significa que é necessário construir uma ordem mundial qualitativamente nova.

“Isso aconteceu como resultado das primeiras e segundas guerras mundiais. A crise que está se desenvolvendo poderá levar a uma nova guerra global no fundamento espiritual da nova ordem mundial, sendo o seu fundamento:

  • Individualismo, egoísmo, opressão, sobrevivência à custa de outros,
  • Atividade comunitária, a predominância de interesses comuns sobre os interesses privados, o princípio da coexistência através do apoio mútuo.

“Esta é a diferença qualitativa entre uma terceira guerra mundial e as duas guerras anteriores, que eram basicamente sobre uma nova divisão econômica do mundo”.

Meu Comentário: Precisamente porque a terceira guerra mundial seria ideológica, ela pode acontecer no front ideológico, e não militar, porque não é necessário conquistar qualquer coisa fisicamente. O mundo tornou-se sem fronteiras, e ideologicamente já podemos lutar agora por meio da disseminação do método da humanidade unificadora num único sistema.

Uma Ordem Inversa Que Parece Desordem

laitman_243_05Baal HaSulam, Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 25: Assim, enquanto nem todos os cinco Kelim KHB TM cresceram num Partzuf , as Luzes não estão em seus lugares designados. Além disso, eles estão numa relação inversa: na ausência do Kli de Malchut, a Luz de Yechida está ausente, e quando os dois Kelim, TM, estão faltando, Yechida e Haya estão ausentes lá, etc. Isto é assim porque, nos Kelim, os Superiores emergem em primeiro lugar, e nas Luzes, as últimas são as primeiras a entrar.

A ordem inversa entre Luzes e vasos é muito confusa. De acordo com essa ordem, quanto mais avançamos, maior a escuridão que entramos. É porque precisamos de vasos mais espessos para descobrir Luzes maiores e mais fortes. Portanto, eu preciso de um maior apoio do grupo e preciso assistir às aulas regularmente, o que significa sustentar-me com forças maiores do que antes.

Normalmente, quanto mais eu avanço, mais entendo, sinto e descubro, mas, ao mesmo tempo, eu me encontro em maior escuridão, já que é assim que ocorre sempre: maiores Luzes exigem vasos mais espessos.

Você também vai descobrir que cada nova Luz que entra novamente se veste apenas no Kli de Keter. Isto é assim porque o receptor deve receber no seu Kli mais puro, o Kli de Keter.

Por essa razão, quando da recepção de cada nova Luz, as Luzes que já estão vestidas com o Partzuf devem descer um grau de seu lugar. Por exemplo, quando a Luz de Ruach entra, a Luz de Nefesh deve descer do Kli de Keter ao Kli de Hochma…

Nós devemos fazer um esforço adicional no vaso pela escuridão que descobrimos e sua correção. Assim, o vaso de Hochma é adicionado ao vaso de Keter, e, em seguida, a Luz de Nefesh que estava no vaso de Keter desce para o vaso de Hochma e a Luz de Ruach entra no vaso de Keter. A diferença entre a Luz de Nefesh e a Luz de Ruach é muito grande. É um novo mundo, uma nova conquista, um novo sentimento que nunca foi sentido antes.

A percepção da realidade é atualizada a cada vez. A realidade parece nova e diferente. A força superior é revelada mais numa nova forma, e o mundo, o vaso geral, parece novo. Cada pequeno choque no mundo espiritual evoca uma mudança em todo o sistema integral, e é, portanto, muito significativo se a pessoa está em Nefesh de Keter ou em Ruach de Keter.

Da 3a parte da Lição Diária de Cabalá 23/03/14, Escritos do Baal HaSulam

Uma Sociedade Sem Competição

Laitman_025_02De acordo com a sabedoria da Cabalá, em vez de conflitos, revoluções e guerras, chegou o momento de conceber um outro sistema de boas relações sociais, que vai resolver todas essas situações terríveis no mundo. A chave é o meio correto de coesão da sociedade, possibilitando, juntamente com a nossa negatividade egoísta, ativar a força positiva da unidade que é latente na natureza.

Para isso, é necessário criar um sistema educativo abrangente e treinar pessoas para tomar o formato de workshops (oficinas) em torno de uma mesa redonda. Nesses workshops as pessoas vão começar a mudar, não por coerção, mas por conta própria. Afinal de contas, elas vão ver que é possível estabelecer uma sociedade que não é baseada na negatividade da concorrência egoísta onde o mais forte vence, mas na unidade.

Assim como numa família coesa, o forte não oprime o fraco. Pelo contrário, o amor habita entre eles, e o pequeno recebe mais preocupação e atenção do que aqueles que já são capazes de satisfazer as suas necessidades sozinhos em algum grau. Então, nós também ativamos duas forças numa família, mas lá o nosso amor é causado pela própria natureza. Por outro lado, o que devemos fazer em situações em que as relações entre nós são baseadas em cálculos egoístas e não no amor? Como podemos transformar uma sociedade individualista competitiva numa família amorosa?

Certamente não é por meio da pressão, mas especificamente com a ajuda do estudo e de uma educação única, onde as pessoas vão sentir um benefício real a partir de novas relações e vão notar o sucesso inerente nelas. Além disso, é desejável lembrar que a natureza maneja o nosso desenvolvimento, e nós nunca podemos simplesmente fazer o que vem a nós. Quando estamos sujeitos aos impulsos naturais do narcisismo, nós mesmos “saltamos num fogo flamejante”.

Não, o desenvolvimento da humanidade está sujeito às leis rígidas que não escolhemos. Nós nunca tivemos liberdade de escolha nisso. Desde o início do universo até hoje, o “motor” interno tem empurrado a evolução para a frente, sem depender de nossos desejos. Então, vale a pena aprender os processos naturais e compreender como se integrar em sua corrente no caminho certo.

De KabTV “A Solução” 06/05/15

O Fim Da Velha Economia

laitman_546_02Pergunta: Os resultados das atuais reformas parecem decepcionantes. Mas por que as pessoas não perdem o otimismo? Elas sempre esperam que a próxima reforma mudará suas vidas para melhor.

Resposta: O problema é que as pessoas não querem mudar. A principal razão e a chave para a solução estão ocultas no seguinte dilema:

  • Mudar o mundo,
  • Ou mudar a si mesmo, adaptar-se.

Até agora, nós temos seguido apenas um sistema de relações egoístas mútuas. Ele elevava aqueles que eram mais bem-sucedidos e poderosos, aqueles que lucravam mais, e rebaixava os oprimidos. Mas isso não ocorreria se considerássemos pelo menos o pequeno povo judeu vivendo em Israel como uma única família. A Natureza apresenta outros requisitos para nós. E isto significa que nós precisamos pensar na mudança, em como adaptar o sistema egoísta da sociedade israelense à nova realidade.

Tudo depende da educação: é necessário ensinar as pessoas e sistematicamente levá-las à unidade, especificamente através de reformas sociais. Todo mundo já concorda com isso, porque nós “batemos numa parede”, e nada além de mudanças na sociedade nos ajudará.

Pergunta: Será que isso significa que precisamos de inovações radicais?

Resposta: De forma alguma. Só precisamos adicionar uma tendência a uma orientação social para as nossas vidas, para dar a maior importância às relações sociais, o que exige um trabalho sistemático.

Pergunta: Como as pessoas chegam a esse entendimento? Mesmo a decepção de reformas fracassadas não evoca pensar na necessidade de mudanças sociais. Os jogos de poder continuam como se nada tivesse acontecido.

Resposta: As pessoas não veem o sistema em que estão vivendo. Em vez de soluções globais, a pessoa prefere um aumento “real” em sua renda mensal. Mas não houve uma adição real e não haverá. Mesmo que os americanos se tornem filantrópicos e aloquem mais dez bilhões de dólares por ano para Israel, nada de bom viria disso.

No entanto, uma pessoa habitualmente deixa projetos incompletos e se move para o próximo. Dia após dia, nós acordamos todas as manhãs com novas esperanças; gerações passam, e a luta por dinheiro e poder continua.

Essa rotina vai acabar quando realmente começarmos a lutar uns com os outros. Isso já aconteceu em nossa história; a contenda fraterna é pior do que o conflito atual com os nossos vizinhos da região.

Nessa época, as pessoas não são capazes de perceber as novas ideias em si mesmas como algo novo; nós devemos dar isso a elas porque não é inerente à natureza humana. Em parte, elas percebem que os bons relacionamentos “familiares” na sociedade podem melhorar suas vidas. Mas elas não têm a verdadeira abordagem para alcançar isso.

Portanto, nós temos que criar novos sistemas educacionais, cursos abertos, e criar estruturas educativas que expliquem a uma pessoa o que é a verdadeira unidade.

Por milhões de anos a evolução foi impulsionada por uma única força egoísta negativa; o sucesso ocorre por causa de músculos mais fortes ou através do intelecto e da emoção. No entanto, agora é necessário se levantar contra isso e atrair a outra força sobre a qual se baseia a verdadeira unidade. Essa força está oculta na própria natureza, mas está realmente oculta, escondendo-se de nós. Ela está escondida, e assim a sabedoria da Cabalá, que explica como trabalhar com ela, também é chamada de “ciência secreta”.

Ela fala sobre a força positiva da unidade, sobre o “positivo” que equilibra o “negativo”. E nós podemos extrair essa força positiva com a ajuda de uma unidade especial através de uma tecnologia, que é descrita na sabedoria da Cabalá. Chegou a hora de fazer isso e começar a organizar boas conexões entre nós. Não é necessário eliminar o ego negativo; só é necessário equilibrá-lo. E assim, através do equilíbrio das duas forças, nós vivemos entre elas, para que possamos usar os dois “polos” corretamente.

Portanto, se até agora todos os nossos programas e pontos de vista teóricos, tudo o que temos feito na política e na economia, basearam-se apenas numa força, agora nós precisamos ativar a segunda força. E isso vai possibilitar que nós compreendamos como, integrando-as corretamente, podemos projetar uma nova sociedade. Sem guerras ou revoluções; pelo contrário, será uma transição suave do estado de “uma linha”, “sustentar-se num pé só”, par o avanço normal “sobre duas pernas”. Tudo isso é descrito na sabedoria da Cabalá. E assim está sendo revelado em nossos dias. A situação foi criada hoje, porque nós realmente precisamos dela.

De KabTV “A Solução” 06/05/15

A Orientação De Marketing

laitman_626Opinião (Erich Fromm, psicanalista): “A orientação coletiva da sociedade, começando no século XVI, passou gradualmente para uma orientação de marketing onde a pessoa sente que é uma mercadoria.

“O sucesso depende de como a pessoa vende sua personalidade; ela não está preocupada com sua vida e a felicidade, mas só o quanto ela é apropriada para a venda. O objetivo da orientação de marketing é manter a demanda por si mesmo. As pessoas não têm um “eu” porque ele está mudando o tempo todo de acordo com o princípio: “Eu sou como você precisa que eu seja”. Eles não estão interessados ​​em questões como: “Para que a pessoa está vivendo?” Seu ego está mudando o tempo todo e suprime esse sentimento. Os membros da sociedade tornam-se máquinas sem rosto, o seu sentimento de identidade é baseado na filiação ativa a organizações.

“As pessoas com uma orientação de marketing não sabem como amar ou odiar porque as emoções são uma interrupção das vendas e do comércio, do avanço na escada burocrática. Elas não experimentam a afeição profunda para com elas mesmas ou outros, por isso o risco de catástrofe nuclear ou ecológica não lhes diz respeito. Elas gostam de comprar e consumir, mas não valorizam o que adquirem. Falta de comunicação as tornam indiferentes a objetos. A importância está apenas no valor e conforto proporcionado pelos objetos e não os objetos em si. Elas usam amigos e amantes sem comunicação profunda.

“O objetivo é agir adequadamente, causando uma resposta racional ao mundo circundante. A dominância do pensamento racional está associada à degeneração da vida emocional. Sentimentos são considerados uma perturbação ao funcionamento ideal e permanecem subdesenvolvidos. Portanto, as pessoas com uma orientação de marketing são terrivelmente ingênuas em relação ao lado emocional da vida. Esta é a razão de tantos vigaristas serem tão bem-sucedidos nas áreas espirituais da vida e políticos que expressam fortes emoções atraírem as pessoas. Nós deixamos de ser os mestres da tecnologia, nos tornamos seus escravos, e a tecnologia se volta para nós com o rosto da deusa da destruição. Nós ansiamos em sacrificar a nós mesmos e nossos filhos a ela”.

Meu Comentário: A próxima etapa do nosso desenvolvimento é a consciência das deficiências do atual estágio e superá-las, um estado que será o oposto do estado anterior, uma busca pelo verdadeiro eu e uma verdadeira realização da unidade com os outros, ou seja, fora do “eu”, com os outros, como sementes no solo. Desta forma, nós precisamos reconhecer que a plena realização do verdadeiro “eu” só é possível na unidade com os outros, “dentro” dos outros, e não individualmente, “fora dos outros”.