Opinião (Umberto Eco, Semiólogo Italiano, Ensaísta, Filósofo, Crítico literário e Escritor): “Nos últimos meses nós nos tornamos testemunhas de alguns eventos que são explicados apenas como atos de loucura: o piloto alemão que cometeu suicídio, um empresário de Milão que atirou em todos que passavam pelo tribunal, um piloto que abriu fogo em sua casa, a polícia que instigou um abate; e todos eles são retratados como sendo pessoas completamente normais antes desses acontecimentos. Que tipo de loucura se apoderou deles? …

“Em cada pessoa há um pouco de loucura, às vezes isso toma conta dela de tal forma que a agressão aparece nela de forma construtiva. Nós geralmente chamamos pessoas assim de “gênios”. Tanto quanto parece, mesmo os decapitatores do Estado Islâmico (ISIS) em momentos particulares de suas vidas diárias são bons maridos e pais amorosos. Eles têm um salário fixo, comida de graça, se levantam às oito da manhã, a esposa prepara sanduíches para eles com uma omelete, e, em seguida, eles vão e atiram em algumas centenas de crianças até a morte. O assassino mais brutal, se ouvirmos o que sua mãe diz sobre ele, até ontem era uma criança maravilhosa, no pior dos casos, às vezes, estava um pouco triste.

“Se assim for, será que nós temos que viver em constante medo, com a apreensão de que a cada momento a esposa ou o marido, o filho ou a filha, o vizinho ou o nosso melhor amigo, de repente, tome um machado e esmague o nosso crânio ou adicione arsênico a nossa bebida? Num caso como esse que nós nos tornamos paranoicos, vivendo constantemente na defensiva. Para sobreviver, devemos, pelo menos, confiar e ter fé em alguém. Tudo o que resta é aceitar o fato de que a fé absoluta não existe”.

Meu Comentário: Como resultado do nosso comportamento insano, vamos chegar à conclusão de que só o Arvut (garantia mútua) pode manter a pessoa numa boa intenção com respeito a todos. Só a influência positiva do ambiente correto em cada um de nós pode tornar cada um de nós um membro fiel da sociedade. Caso contrário, todo mundo vai gradualmente enlouquecer e se isolar (viver separadamente, divorciar, etc.). Isso não vai nos ajudar a se abster de se comportar de uma maneira descontrolada.

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