Os Cálculos Da Nação De Israel

laitman_749_01Em primeiro lugar, quando a família de Jacó foi viver pela primeira vez no Egito, era uma família de 70 pessoas. Tudo o que a Torá nos diz sobre isso ocorre apenas nos níveis espirituais, e todos os cálculos são realizados na intensidade da doação que é sentida entre pessoas que anseiam por conexão. Estes são seus únicos anseios, desejos e ações.

Abraão levou milhares de seus seguidores para a Babilônia em seu tempo, mas 70 ou dezenas de milhares são níveis diferentes de medição. Dezenas de milhares se refere ao número de pessoas, enquanto 70 refere-se à sua intensidade espiritual. Israel é um grande sistema (Partzuf), enquanto Jacó é uma pequena estrutura que contém sete Sefirot de Malchut à Hesed. Sete Sefirot que são multiplicadas por dez níveis em cada Sefira resulta em 70 partes.

Em segundo lugar, de acordo com a Torá, 600.000 homens deixaram o Egito. Estes números indicam que a nação Israelita se multiplicou naturalmente, e a pequena família de Jacó tornou-se uma nação de milhões de almas. Não há nada de anormal nisso já que o Egito é o egoísmo. Quando eu estou em enorme egoísmo, todos os desejos em mim crescem naturalmente, incham e se expandem como resultado do ambiente em que estou.

Quando a nação de Israel entrou pela primeira vez no Egito, era pequena, mas cheia de Luz. O atributo de amor e doação estava entre eles, e a pessoa estava entre eles, a despeito da sua vontade. Durante os primeiros sete anos de saciedade, isso era normal, mas durante os sete anos de fome que se seguem, os egípcios entram em mim e começam a me incomodar internamente, me forçando a ansiar por seus ideais. Eu olho para eles e vejo quão atraente são, como eles começam a viver dentro de mim, como eu os absorvo e não posso me livrar deles.

No entanto, a luta entre os egípcios e os israelitas em mim invoca o sentimento de escravidão no Egito. Até agora, eu ainda não defini meu estado no Egito como escravidão porque não estava sob o domínio espiritual dos egípcios e tudo era normal. Agora, no entanto, eu começo a descobrir até que ponto eles me afetam, e, portanto, tenho que fazer algo sobre isso. Eu alcanço um estado em que é melhor morrer no Mar Vermelho ou no deserto do que viver no Egito. A morte espiritual é melhor do que viver em completa rejeição do Criador.

Pergunta: Mas por que eu entro no Egito com uma força de 70 pessoas e saio de lá com uma força de 600.000 homens, com 3 milhões de mulheres, idosos e crianças atrás deles?

Resposta: Isso é o que eu poderia absorver egoisticamente dos egípcios. Embora eu tenha resistido a eles, eles ainda entraram em mim, e eu absorvi diferentes desejos, anseios, atributos e objetivos deles. Então eu os corrigi dentro de mim, o que significa que cresci num sentido espiritual e vi que não posso mais permanecer entre os egípcios, caso contrário seria enterrado sob eles. Esses desejos querem que eu permaneça neles, então eu posso, assim, influenciar o mundo.

É o trabalho no Egito que os judeus deram ao mundo nos últimos dois mil anos. Basicamente, nós não deveríamos ter nos engajado nele, e esta é a razão dessas ações serem chamadas de exílio. Esta não é a razão porque nos foram dados tais talentos, e ninguém está se beneficiando deles. Portanto, a humanidade não leva em conta a nossa contribuição corporal para o desenvolvimento do mundo. Eles estão esperando algo mais de nós. Nós devemos sair do Egito, que é a personificação de todo o mundo, e isolar-nos espiritualmente, atingir uma unidade interna entre nós e então corrigir o Egito e o mundo inteiro.

De Kab TV “Segredos do Livro Eterno” 17/12/14