Omer Colhido Da Conexão Mútua

Laitman_931-01Torá, “Levítico” 23: 9 – 23:11, 23:15: Disse o Senhor a Moisés: “Diga o seguinte aos filhos de Israel: Quando vocês entrarem na terra que Eu lhes dou, e fizerem uma colheita, tragam ao Cohen (sacerdote) um Omer (feixe) do primeiro cereal que colherem. O Cohen moverá ritualmente o Omer perante o Senhor para que seja aceito em favor de vocês; o Cohen o moverá no dia seguinte ao dia de descanso… A partir do dia seguinte ao dia do descanso, o dia em que vocês trarão o Omer da oferta ritualmente movida, contem sete semanas completas.

Um Omer é um feixe que é reunido do produto que é colhido e amarrado.

No trabalho espiritual, o significado do termo “Omer” é uma porção (uma contagem, uma numeração) dos níveis que são alcançados por nós – sete níveis de desenvolvimento da conexão em série. Em cada nível, a conexão torna-se cada vez mais intensa, e por isso nós constantemente contamos nossas sete Sefirot: Hesed, Gevura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malchut.

Na Torá, cada uma delas é composta por outras sete Sefirot: Hesed de Hesed, Gevura de Hesed, Tiferet de Hesed, Netzach de Hesed, e assim por diante. Sete vezes sete é igual a 49, ou seja, 49 dias, sete sétimos, que se fala na Torá.

Nessa época, vamos examinar todas as nossas características internas conectadas a um Omer com todo o resto. Mas esta não é a mesma conexão que existia no Egito, que ajudou as pessoas a sair dele. A contagem de Omer começa a partir do segundo dia de Pessach, quando cada um examina a si mesmo: “Com isso eu corrijo algo, numa Sefira como essa, num estado como esse”.

Uma conexão cada vez maior começa a ser realizada entre nós até atingirmos um estado tal que, especificamente no âmbito desse “feixe”, nessa conexão, o poderoso ego que é chamado de “Monte Sinai” (a montanha de ódio mútuo) é revelado. Nós chegamos a isso durante o processo da nossa correção no quinquagésimo dia da contagem de Omer.

Em outras palavras, o nosso estado egoísta natural é descoberto em nós que não nos permite unir. No entanto, por outro lado, um imenso desejo é revelado em nós que é chamado de avanço rumo ao Arvut (Garantia Mútua).

Nós queremos estar conectados uns aos outros num único Omer, mas não temos o poder de anular nosso egoísmo. Portanto, concordamos com as condições da Torá, aceitando o seu método de corrigir o ego gradualmente, e não o matamos ou destruímos.

Em última análise, o Omer é apenas o começo de nosso avanço correto rumo à unidade. Nós entendemos que o futuro está na unidade, em cujo lado está o nosso imenso egoísmo que não nos deixa unir. As maiores contradições e oposições internas nos atormentam. Nosso ponto interior pode subir ao Monte Sinai, ao passo que nós mesmos somos incapazes disso.

O Monte Sinai é, de fato, a mesma torre de Babel, mas agora ela adquire uma forma totalmente diferente porque as pessoas já passaram pela saída da Babilônia e do Egito, e estão começando a entender que, se subirem acima do ego, em seu cume vão descobrir o Criador em sua unidade.

Deste modo, nós atingimos um estado muito sério. Por um lado, o nosso egoísmo nos é revelado: orgulho, arrogância, e nossa incapacidade de controlá-lo. Por outro lado, concordamos em baixar a cabeça e aceitar a correção em nós mesmos, nas mesmas condições que serão dadas a nós.

Essas são as dez Mitzvot (mandamentos) essenciais, as dez Sefirot, os dez Kelim, com cuja ajuda nós adquirimos os dez nomes indeléveis do Criador. Atingir o nome do Criador não é nada senão atingir Suas características. Acima disso se encontra apenas um nome único, Yod-Hey-Vav-Hey (YHVH).

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 28/05/14