Lágrimas Do Primeiro Amor

Laitman_198Pergunta: Vamos supor que uma menina de 14 anos de idade se apaixonou e está confusa. Seus pais sentem isso. Vale a pena discutir isso? Como isso deve ser feito de modo a não assustar a menina? Talvez devêssemos relacionar as memórias de nossos relacionamentos quando éramos jovens?

Resposta: Isso não seria ruim. Ainda melhor é esperar até que um dos amigos da garota chegue e comece uma discussão sobre o primeiro amor. Recordar o tempo em que éramos jovens está bem, mas os filhos nessa idade, como regra, estão sob uma forte impressão, de tal forma que realmente não ouvem nada.

Nós sabemos que o desenvolvimento dos desejos é realizado de acordo com a pirâmide: comida, sexo, família, etc. Essa pirâmide é dividida em muito mais partes. Normalmente, para a geração mais jovem, a coisa mais importante gira em torno do sexo. Na adolescência isso é revelado como uma impressão inconsciente que impulsiona o jovem e ele não entende como, onde e por quê.

É possível equilibrar essa impressão com o intelecto? Aqui nós temos que ter muito cuidado, de modo a construir tudo na compreensão mútua, simpatia, pelo exemplo, e com essas questões é preciso ser um amigo para o seu filho e não um pai. Certamente, nesse caso os filhos simplesmente não veem seus pais porque estão tão profundamente dentro de suas experiências. Para eles, o importante é o que está acontecendo em seu reino.

Eu tentaria organizar um encontro de meninas em casa, e tentaria ganhar a sua confiança como um adolescente de sua idade. Esteja com elas; diga-lhes o que você sentiu na sua idade, que tipo de problemas você teve com as meninas. Talvez sua esposa também lembre de alguma coisa da infância.

Mas você precisa desempenhar o papel como um adolescente. As meninas precisam realmente vê-lo como sendo da sua idade, embora um pouco antiquado, de outra geração. Isso é muito interessante.

Claro, as adolescentes vão rir um pouco de você, mas essa já será uma interação mútua. E os pais não devem se importar que as meninas riem para eles como se não os ouvissem. Elas realmente estão ouvindo e entendendo tudo.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 11/12/13