Judiaria Russa: Um Espírito Intransigente

Laitman_011Weitzman lembrou em suas memórias, “Uma característica notável da votação foi que, entre aqueles que se pronunciaram contra Uganda, a maioria decisiva foram os delegados da Rússia”. Os representantes dos Kishinev rejeitaram por unanimidade o plano de Uganda. Os sionistas ocidentais ficaram chocados.

Eu me lembro como após a votação, Herzl disse sobre os judeus russos, “Se essas pessoas tivessem um laço ao redor de seu pescoço, ainda seriam teimosas!” Próximo a ele estava uma jovem mulher que rasgou o mapa de Uganda da parede. Ela exclamou furiosamente: “Sr. Presidente, você é um traidor!” Herzl se virou bruscamente. (Do livro de Felix Kandel, A Terra Sob Os Nossos Pés, Livro 1, Parte 3, Capítulo 11).

Um espírito intransigente sempre caracterizou os judeus da Rússia. Eram pessoas forjadas pelo sofrimento. Quando viviam em condições difíceis com espaço limitado, entendiam que Uganda não seria muito melhor para eles e que era necessário voltar aos valores reais.

Além disso, naqueles tempos, os judeus da Rússia eram mais religiosos do que agora, e mesmo se os sionistas no Congresso de Basileia já não fossem grandes apoiadores da religião, ainda existia uma base espiritual neles que eles receberam de sua casa. Todos completaram uma escola ou outra religiosa, e assim não podiam imaginar como se poderia quebrar uma base religiosa e ideológica.

Portanto, como uma razão para rejeitar o estabelecimento da nação em Uganda, eles usaram, em primeiro lugar, o espírito dos judeus russos, e, por outro, uma ordem de cima. Ainda temos que compreender que o nosso mundo evolui de acordo com um programa em particular pelas forças especiais, e entendia-se que a vida em Uganda ou em qualquer outro lugar nos custaria algumas centenas de anos de intenso sofrimento. Sem dúvida, uma mão de cima nos trouxe para a terra de Israel para mostrar o quanto essa terra corresponde ao potencial interior que existe em nós.

De KabTV “Sobre A Nossa Vida” 07/05/15