Herzl soube de um boato sobre a judiaria russa, mas, depois que ele se familiarizou com os representantes da Rússia, observou que estava convencido de que eles precisavam de sua ajuda e liderança espiritual, e aqui no Congresso de Basel, ele viu que os judeus russos haviam trazido uma cultura poderosa que ele não podia sequer imaginar.

Ele continuou, dizendo que eles têm uma integridade interior que havia sido perdida pela maioria dos judeus da Europa. Eles não foram assimilados em nenhuma outra nação, mas atraídos a todo bem que existe nestes povos. Ao olhar para eles, ele começou a entender o que deu o poder a nossos ancestrais para sobreviver nos momentos mais difíceis. Uma vez, perguntaram a Herzl, “O que aconteceria se apenas os judeus da Rússia o seguissem?” Ele respondeu: “Só? Isso é suficiente para mim”. (Do livro de Felix Kandel, A Terra Sob Nossos Pés, Livro 1, Parte 3, Capítulo 11)

A judiaria russa se caracteriza pela integração de diversos fatores diferentes. Em primeiro lugar, é muito multifacetada. Os judeus foram espalhados por todos os cantos do império. Eles se estabeleceram na Moldávia, Criméia, na Ásia Central e no Cáucaso. Em segundo lugar, uma atração séria pelo desenvolvimento espiritual interior foi observado neles, enquanto que o ambiente ao seu redor era muito limitado. Isto porque, naquela época, não existia a lei da servidão, a monarquia, e, de uma forma especialmente rígida para os russos, eles não deixaram os judeus fazer nada, e uma ameaça sempre pairou sobre eles, e eles temiam por sua vida. Portanto, eles tinham que prover a si mesmos com pelo menos algum tipo de segurança.

O estado das coisas em si levou ao aparecimento de um desejo interior de encontrar alguma forma de se expressar. A fim de não serem dependentes da sociedade, os judeus precisavam para dar expressão a algum valor por si só, para alcançar a sua própria auto-expressão dentro de si, mas de fora, a permissão não foi dada a eles. Em princípio, isso continuou até aos nossos dias, talvez não num nível tal, mas se compararmos isso com os dias da minha juventude, eu também senti uma violação dos direitos humanos.

Desta forma, a atmosfera geral nos lugares remotos empurrava a pessoa a grandes conquistas internas, já que ela sabia que só tinha o que se encontrava dentro dela. Ela não poderia ser um médico, um político, ou um professor como no Ocidente. Naquela época, já existia uma forte camada de intelectuais judeus lá. Ao mesmo tempo, havia um distanciamento ativo do judaísmo. Muitos judeus mudaram de religião, como Strauss, ou foram completamente assimilados pela sociedade que os rodeava. Muito mais tarde, eles foram os primeiros que começaram a deixar a Europa Ocidental e se mudar para a América, onde criaram uma comunidade totalmente nova que não preservava seus costumes.

Quando perguntei ao meu avô, “Por que, na sua época, você não viajou para a América junto com todos os outros?” Ele respondeu: “Como eu poderia ir onde teria que trabalhar no Shabat? Então, eu fiquei aqui”. Para ele, era completamente claro que, apesar de todas as pressões e circunstâncias terríveis, ele poderia manter sua lei interna aqui. Essa foi a diferença essencial entre os judeus da Europa Ocidental e os judeus da Europa Oriental, embora estes últimos eram muito mais oprimidos. O regime czarista não poderia deixá-los em paz e sossegados. A questão judaica era uma doença dentro dele, e isso lhe causava grande sofrimento. Assim, novos decretos foram sendo constantemente emitidos que limitavam os direitos dos judeus, e espalhava-se a opinião de que eles deveriam ser perseguidos e deportados para o quintal do império. Lá, eles poderiam existir mais ou menos discretamente, apesar de tudo, apenas se recebessem uma oportunidade.

Pergunta: Existia algo único no povo russo que os obrigava a violar os direitos dos judeus e, assim, prepará-los para o grande avanço?

Resposta: Eu não diria isso. O caráter russo é cheio de contradições, porque é criado a partir da simbiose e do conflito de diferentes culturas. Portanto, um russo pode começar a bater em alguém e, imediatamente após, começar a abraçar e beijá-lo com grande pranto. Ele próprio não sabe o que o gerencia, e essa é uma característica russa evidente. Assim, na sociedade russa, há muitas explosões de realizações culturais que são impossíveis no Ocidente. Isso causou uma impressão nos judeus, enquanto eles permaneceram na sociedade russa irascível.

A própria atmosfera forçou-os a se desenvolver. Como você não sabe o que vai acontecer com você no momento seguinte, você precisa ser direcionado apenas ao que está em você, o que você sabe e pode fazer, o que você é em si mesmo. Portanto, os mais importantes foram a ciência, o conhecimento e a compreensão de como se tornar algo comparado aos outros, mas que esta singularidade estará dentro de mim porque amanhã eu poderia ficar nu e descalço, mas, isso eles não podem tirar de mim. Então, os judeus russos, que não sabiam o que viria amanhã, foram obrigados a entrar na ciência ou na cultura, reunir uma carga cultural ou científica interna, e quando chegou a época de algum tipo de pequena auto-expressão, todo o potencial interior reunido começou a entrar em erupção. A principal coisa para eles era se expressar.

De KabTV “Sobre A Nossa Vida” 07/05/15

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Nas Notícias (Psychologies.ru): “Há 70 anos, o início do século XXI parecia feliz: nós achávamos que as máquinas fariam todo o trabalho duro, enquanto as pessoas só trabalhariam para receber prazer ao realizar seus talentos e gastariam o resto do seu tempo tirando férias e desfrutando uma boa vida feliz.

“Portanto, como nos tornamos viciados em trabalho, trabalhando mais do que nossos pais que sonhavam com o nosso tempo, e até mesmo pareciam realmente satisfeitos com essa circunstância? A semana de trabalho na maioria dos países desenvolvidos é de 35 horas e as férias não duram mais do que 4 semanas. Nós nos orgulhamos em ser viciados em trabalho e não temos tempo para fazer novos amigos, dormir corretamente, tirar férias, ter relações sexuais e até mesmo ter um bebê.

“As pessoas que são ociosas sentem-se humilhadas quando veem aqueles que estão ocupados e tornam-se muito mais felizes quando têm a chance de fazer parte de alguma atividade, mesmo que seja muito difícil. O pensamento real de férias ou de descanso parece errado”.

Resposta: A Natureza estabeleceu limites para nós (que são externos a nós) em nosso desenvolvimento corpóreo e nós inevitavelmente temos que reduzir a produção e o consumo. A Natureza desenvolve mais desejos novos em nós e nós perdemos o anseio por economias corpóreas.

A nova geração é um bom exemplo disso. Nada é mais ameaçador para a sociedade do que estar desempregado; isso leva à deterioração do indivíduo e da sociedade. A única coisa em que seremos capazes de nos envolver plenamente é na nossa reeducação.

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Nas Notícias: (karpochoff.com): “Quando um bebê nasce, existem 100 bilhões de neurônios em seu cérebro. Os neurônios são as células responsáveis ​​pela capacidade de pensar, ver, sentir e eles quase não são regenerados durante a nossa vida.

“Os neurônios podem se conectar uns com os outros através de pequenas regiões do cérebro chamadas sinapses. Os neurônios que estão conectados nas sinapses constroem sistemas que são responsáveis ​​por todas as atividades cerebrais. Durante os primeiros oito meses de nossa vida os neurônios criam até 1.000 trilhões de sinapses. Mas as sinapses agem de acordo com o princípio ‘você usa-o ou perde-o’.

“As conexões entre os neurônios têm que ser mantidas por exercícios diários e estímulos para que estejam ativas por um longo tempo. Essa é a razão da comunicação entre os pais e o bebê ser tão importante. Normalmente, apenas metade das sinapses permanecem. A forma mais simples de comunicação com um bebê pode realmente determinar a criação de conexões no cérebro.

“Os bebês humanos nascem imperfeitos comparado com outros mamíferos e precisam de cerca de um ano para começar a andar, enquanto que os animais começam a andar várias horas depois que nascem. Se os bebês humanos nascessem com um cérebro igualmente desenvolvido, sua cabeça seria muito grande e não seria capaz de passar pelo canal de parto.

“Isso significa que o desenvolvimento do cérebro do bebê depende diretamente do ambiente em que ele nasce e, especialmente, do de seu ambiente social. Um bebê humano não está completamente formado: ele vem ao mundo pronto para os adultos programá-lo. As sinapses que são frequentemente utilizadas tornam-se fortes, enquanto as sinapses que raramente são usadas ​​morrem.

“Se os pais olham para o bebê com amor e carinho, o cérebro do bebê associa o olhar amoroso e afetuoso com a atenção dos pais e as sinapses relacionadas com essa lição ficam mais fortes. O cérebro é construído sobre esta base. O córtex frontal é uma das regiões responsáveis ​​por sentimentos e essa região se desenvolve mais rápido desde o nascimento de uma criança até três anos de idade.

“Um córtex frontal menos desenvolvido significa que a pessoa tem dificuldade para identificar os sentimentos das outras pessoas. Isso leva à falta de empatia, que é uma das razões para a violência, e que sob estresse a pessoa se comporta de forma agressiva ou caprichosa”.

Meu Comentário: Tudo é determinado pela educação, mas quem educa os pais? Quem lhes ensina como estabelecer as conexões certas entre si, com os filhos… ver “A Ciência da Conexão (Educação Integral)”.

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Jerusalém é um conceito espiritual que significa doção ao outro. Todas as definições espirituais indicam diferentes graus de doação, sair do egoísmo pessoal em relação aos outros, tornar-se incluído nos outros, aproximá-los para servi-los. Doação em prol dos outros é chamado de mundo espiritual do ser humano.

Jerusalém é um tipo especial de doação. Nós doamos através do nosso coração, de nossos desejos, dos quais existem 613. Juntos, eles estão construindo nosso novo desejo de doar. Um dos seus níveis é chamado de “Jerusalém”, uma relação especial com os outros e o nível do amor.

Pergunta: Porque essa qualidade humana é chamada de cidade?

Resposta: O ser humano consiste em quatro níveis, que são quatro graus de doação: inanimado, vegetal, animal e humano. Doação no primeiro nível, inanimado, é como uma cidade, o nosso mundo. Depois, há os níveis vegetal, animal e humano.

Os níveis vegetal, animal e humano sugerem mudanças, em contraste com o nível inanimado. Mas a cidade é uma criação das mãos humanas e, portanto, também contém os níveis vegetal, animal e humano dentro de si.

Todo mundo pode encontrar Jerusalém dentro de si. No livro do ARI, A Árvore da Vida, está escrito que se uma pessoa alcança a revelação da força superior, atitudes para com os outros, que são amor e doação no grau chamado de mundo de Yetzira, dentro desse estado ela descobre um lugar especial que é a qualidade chamada Jerusalém.

Dentro desta qualidade, ela revela subqualidades: o Monte do Templo, o Templo, o Santo dos Santos. Todas essas são qualidades de doação de uma pessoa, na medida em que ela sai de si mesma em direção aos outros. Jerusalém é uma atitude especial da pessoa para com as pessoas e, portanto, todos devem construir essa Jerusalém espiritual dentro de seu coração.

De KabTV “Uma Nova Vida” 07/05/15

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Baal HaSulam, “Os Escritos da Última Geração”. Introdução: …e olha para o passado como uma pessoa olha no espelho e vê suas falhas de forma a corrigi-las. Da mesma forma, a mente vê o que passou, e corrige suas condutas futuras.

Pergunta: No final do século XIX, começou a primeira emigração de judeus da Rússia para Israel. Precedendo esta, houve pogroms brutais em Kutaisi e, depois disso, em Kishinev. No entanto, os judeus ainda permaneceram, vivendo lá por algum tempo. Por quê?

Resposta: Um desenvolvimento interior foi necessário tanto para o indivíduo como para o povo para muda-los do seu lugar. Por exemplo, você pode se sentar e sofrer o tempo todo, mas ainda não vai estar motivado o suficiente para sair. No entanto, quando você está sob a influência da pressão interna e externa, a consciência do acúmulo da maldade e da amargura leva o indivíduo ou todo o povo a não ser mais capaz de permanecer no mesmo lugar, e eles devem se mudar.

Pergunta: Mas, por que os judeus começaram especificamente a deixar a Rússia? Afinal, o acúmulo de mal também aconteceu na Europa.

Resposta: No século XIX na Europa, havia relativa calma. Num cenário geral de antissemitismo, a vida dos judeus lá era muito boa e eles prosperavam; enquanto que, ao mesmo tempo, na Rússia, o movimento “Centenas Negras” tornou-se ativo (organizações de extrema direita que eram ativos de 1905-1917, que entre outras coisas também eram antissemitas). Os judeus foram colocados em assentamentos com fronteiras definidas e não poderiam desenvolver cidades ou aldeias.

O problema era que a sociedade russa era muito atrasada em grande parte do seu desenvolvimento em comparação com a sociedade europeia, ao passo que os judeus da Rússia, de acordo com a sua taxa de avanço, estavam à frente dos russos que viviam com eles. Assim, a Rússia era como uma prisão para os judeus. Eles não podiam fazer nada. Somente a abolição da servidão e o primeiro Congresso Sionista na Basiléia criaram a oportunidade de mudança na atmosfera, e eles poderiam simplesmente sair.

De KabTV “Sobre a Nossa Vida” 07/05/15

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Pergunta: Hoje o estudo da sabedoria da Cabalá se tornou moda. Seus devotos são celebridades, como Madonna. Será que isso perturba ou ajuda a sua meta global de levar a pessoa a uma natureza espiritual?

Resposta: Por um lado, isso chama a atenção das pessoas para a sabedoria da Cabalá, uma vez que elas começam a ler e se interessar por ela. Por outro lado, Madonna e outros não estão realmente envolvidos com a Cabalá. Nada pode ser feito sobre isso; essa é a forma como a humanidade se desenvolve. Quando se trata do grande sistema espiritual, não há entendimento imediato nem a percepção do que é isso, de modo que as pessoas abordam essa questão de vários ângulos.

Mesmo os estudantes que vêm até nós estudar não entendem exatamente onde estão por meio ano ou mais. Eles podem ser comparados àqueles que estudaram física quântica. Lá, também, por um ano os alunos dão voltas desesperados com a falta de compreensão. Uma pessoa não pode entrar imediatamente numa nova dimensão, de modo que a sabedoria da Cabalá deve haver um período de adaptação.

Pergunta: Será que essas celebridades o ajudam?

Resposta: Isso não depende delas, mas sim da necessidade, da demanda e do imperativo da pessoa. As pessoas vêm para a sabedoria da Cabalá quando a questão sobre o sentido da vida cutuca sua alma: “Para que eu estou vivendo?!” Se essa questão queima na pessoa, ela sente uma falta de sentido em sua existência e não pode ficar em paz com isso. Portanto, no final das contas, ele chega até nós. Mas, se a questão sobre o sentido da vida é satisfeita por ela através de comida, sexo, riqueza, família, conhecimento, etc., então ela está presa em algum lugar nesses níveis de satisfação. Isto não é nem bom nem mau; no entanto, a pessoa simplesmente se encontra nesse nível de desenvolvimento.

Por algum tempo eu procurei o sentido da vida, começando com a ciência e depois disso a religião, e não o encontrei nelas. E quando isso se tornou completamente insuportável, eu fui aconselhado a procurar os Cabalistas. Eu procurei meu professor por quatro anos, e quando o encontrei, entendi que isso era para mim.

Da Conferência de Imprensa 11/03/15

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