Um Dos Dois, Não Há Um Terceiro

Laitman_421_01Pergunta: Por que o Baal HaSulam escreve que depois da democracia e do socialismo vem um regime fascista?

Resposta: Porque a democracia é incapaz de satisfazer o desejo de prazer. O desejo de prazer cresce e exige progresso. A própria pessoa quer estar mais conectada e a democracia lhe leva a isso. No entanto, que tipo de benefício ela obtém da conexão? Como nós percebemos isso?

A realização da unidade só pode ser em prol do nosso benefício pessoal ou em prol do Criador. Um dos dois, não há um terceiro. Se avançarmos de uma forma simples e natural, a conexão ocorre em prol do nosso benefício. E isto significa que estamos conectados contra todos os outros e tentamos transformá-los em nossos escravos, subjugá-los.

Uma abordagem como essa pode ser vista em todo o mundo, seguindo mais ou menos cada governo democrático. Depois que as pessoas obtêm pelo menos um pouco de liberdade, elas imediatamente começam a sentir que não têm conexão. No entanto, elas não sabem como usá-la: “Então nós nos conectamos, e agora?”.

Nós somos obrigados a explorar essa conexão em prol de alguém ou de alguma coisa. Em última análise, isso é realizado no combate contra os outros e mostrando o quão fortes, unificados e consolidados nós somos entre todos os povos. Isso surge natural e inevitavelmente. Hoje esta tendência já pode ser vista no mundo. De um mês para o outro mundo se aproxima cada vez mais do nazismo.

Basta olhar para o que geralmente está acontecendo no mercado comum europeu, sua tomada de decisão, os eventos que acontecem nos Estados Unidos, na Rússia e em muitas nações. Pode ser que você não sinta muito isso, mas eu vejo que o nazismo está se tornando aceitável na sociedade.

Nós estamos começando a falar sobre isso como algo legítimo. Começamos de uma distância com o fato de que devemos discuti-lo para que ele não volte. Mas, nesse meio tempo, até que comecemos as discussões, organizamos convenções e material impresso e as pessoas se acostumam com o assunto. Esta é a primeira fase.

Embora se diga que o nazismo é um fenômeno negativo, os pesquisadores e historiadores supostamente devem discutir o assunto. Depois que os filósofos e os futuristas participam da discussão, eles investigam e analisam como e por que isso aconteceu. Como resultado disso, eles chegam à conclusão de que esse comportamento é inerente à natureza humana e que o regime nazista era uma etapa natural e válida para o desenvolvimento da humanidade. Ou seja, ele é incorporado na nossa natureza e não pode ser evitado. Assim, a legitimação do fascismo é feita.

Depois disso, começam os discursos sobre a necessidade da unidade do povo, a necessidade de sanções contra os imigrantes, a necessidade de se unir contra os inimigos, porque somos fracos e estamos perdendo. Seria como falar de medidas necessárias para a sobrevivência. A ideia se espalha gradualmente. Para este propósito, existe uma tecnologia especial com a ajuda da qual em poucos anos será possível vender qualquer coisa às pessoas.

Hitler também não chegou imediatamente ao poder. Muitos anos se passaram desde a Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial. Ele tinha algum tipo de base sobre a qual se levantar; ele foi realmente eleito pela maioria. Hoje é ainda mais fácil fazer isso, porque a conexão em nossos dias tem ainda mais procura, e é um tema ainda mais sensível. Há uma decepção ainda maior em nosso desenvolvimento.

Nós, como a humanidade, já paramos de nos desenvolver. Um novo telefone celular a cada semestre não demonstra um avanço tecnológico. Essas tecnologias já são velhas; não há nada de novo, apenas uma mudança na forma externa para vender o produto. Nós chegamos ao limite do desenvolvimento do pensamento técnico e logo a mesma coisa vai acontecer na biologia e tudo o mais.

Portanto, há muitas razões para o desenvolvimento do nazismo. Estas tendências continuam a crescer em todas as nações: França, Ucrânia, Estados Unidos, Rússia, e valeria a pena pensar nisso antes que seja tarde demais.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/14, Tópico: Dia em Memória do Holocausto