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Escape Do Anjo Da Morte

Dr. Michael LaitmanA Hagadá de Pessach nos diz que uma pessoa tem a oportunidade de planejar sua vida e tornar-se seu mestre. Ela explica o objetivo que a pessoa deve atingir, os meios para se conseguir isso, e o que ela precisa mudar dentro de si mesma. Ela nos dá todos os detalhes.

Primeiro a Hagadá de Pessach dá a pessoa os meios para entender o que a sua vida é hoje e quanto esta é limitada e morta.

Ela revela como a pessoa pode avançar e escapar dessa vida morta e subir para o estado acima de nossa natureza atual, a fim de atingir o nível ideal de liberdade.

Isso é chamado de libertação do anjo da morte, porque nos elevamos acima da morte.

Pergunta: O que significa se elevar acima da morte?

Resposta: Significa viver uma vida eterna.

Pergunta: Será que isso significa que eu nunca vou morrer? Eu não vi uma única pessoa que tenha vivido para sempre.

Resposta: Só os corpos morrem. Mas nós descobrimos uma outra entidade em nós mesmos, que é o ser humano interior, o meu “eu”. Esse “eu” interior é removido do meu corpo e não sente a morte.

Qualquer pessoa que queira realmente obter a liberdade e a vida eterna pode aprender a perceber isso usando a sabedoria da Cabalá. É bem possível, como está escrito: “Você vai ver o seu mundo em sua vida”, isto é, nós somos capazes de revelar nela a força superior, o Criador. Todo mundo é capaz de conseguir isso já que as portas estão abertas para todos: somente um desejo é necessário.

De KabTV “Uma Nova Vida” 31/03/15

Os Quatro Filhos

Laitman_003.jpgPergunta: Quais são os quatro filhos a que a Haggadah de Pessach se refere: o sábio, o malvado, o simples, e o que não sabe como fazer uma pergunta?

Resposta: Todos os quatro filhos contemplam a mesma pergunta: “Como podemos superar nosso egoísmo?” O filho sábio filosofa e diz que essas leis podem ser interpretadas de uma forma ou de outra, mas não há nenhuma solução que nos permita sair do Egito, isto é, subir acima do nosso egoísmo.

O filho malvado diz: “Mas por que precisamos subir acima dele?” Ele não quer fazer isso e pergunta: “Qual é a utilização desse trabalho contra o egoísmo? Deixe-me sozinho, eu estou bem”. Portanto, aos nossos olhos, ele é malvado porque não quer subir acima do seu estado atual, embora este seja ruim. Ele toma tudo como está e não quer sair do Egito.

O filho simples diz que essas leis não são compreensíveis e não está claro por que saímos do Egito. Ele não está ciente de que está em escravidão e como a sair dela.

Nós estamos sentados em torno da mesa do feriado. Um se sente como o filho sábio, o outro como um simples, um terceiro como o malvado, e o quarto é semelhante ao que não sabe como fazer uma pergunta. E este quarto filho, que não sabe como pedir, precisa dizer naquele dia: “Isso é em homenagem ao fato do que O Criador fez por nós, levando-nos para fora do Egito”.

Este filho não sabe como pedir, não porque ele seja estúpido, confuso ou malvado. Ele percebe que há algo, algum tipo de forma para sair da nossa natureza que não podemos perceber e reconhecer.

Todos os convidados à mesa também estão se perguntando: “Para onde nós precisamos sair e por quê? Onde você viu que você pode se livrar de seu ego? Isso não existe na natureza”. Todo mundo está fazendo essas perguntas, o sábio, o simples e o malvado.

Mas aquele que não sabe como perguntar não faz perguntas, sabendo que há um esconderijo secreto sobre o qual nada pode ser perguntado porque é completamente inacessível para nós. Há algo além de nossas vidas, além do nosso egoísmo, em cujas mãos nos encontramos.

Há uma razão pela qual fomos criados e existimos dessa maneira miserável. Mas não está claro o que pode ser feito com isso; não podemos ver a saída. Portanto, é dito que é necessário que isso possa ser explicado. Na verdade, se uma pessoa se desenvolve a um tal estado, quando ela não tem nada a dizer para justificar seu egoísmo, ela encontra uma solução.

No final, todo mundo se torna o filho que não sabe como fazer perguntas. Esses são os quatro estágios do desenvolvimento humano. Cada um de nós está no seu estágio de desenvolvimento e, portanto, pode se reconhecer num dos quatro filhos de acordo com a pergunta que faz.

De KabTV “Uma Nova Vida” 31/03/15

José Vai Levá-lo Ao Egito, E Moisés Vai Tirá-lo Dele

laitman_933Pergunta: Onde terminam os “sete anos de saciedade” e começam os “sete anos de fome”?

Resposta: Os sete anos de saciedade pertencem à espiritualidade e não à corporeidade. No início do estudo, a pessoa está feliz por ter encontrado os amigos, o estudo, o professor, o objetivo. Tudo isso lhe ilumina e é por isso que ela está feliz, cheia de força e pronta para todas as ações heróicas.

Mas depois ela deve entender de uma forma emocional que seu progresso depende das conexões com os outros. Sete anos de saciedade no exílio não é um estado simples. Ela sequer entrou no Egito. Sete anos de saciedade começam quando a pessoa entende que deve progredir e atender a todas as condições indicadas pelos Cabalistas e concordar com elas.

Ela está disposta a se conectar com os outros, disposta a estudar, a disseminar, com o entendimento de que somente se ela revelar a unidade dentro de si mesma é que ela vai encontrar o mundo espiritual. Isto significa que José leva seus irmãos, os filhos de Jacó, para o Egito.

Não há outro jeito. Não há caminhos diferentes, porque só há uma lei de equivalência da Luz com o desejo. Tudo é determinado pelas quatro fases da Luz direta e nada mais pode ser.

Pergunta: Se agora eu estou satisfeito com tudo e estou no período de sete anos de saciedade, o que devo fazer: querer que ele acabe o mais rápido possível e que os sete anos de fome venham?

Resposta: Ansie apenas pela realização do que está escrito, que nós nos encontraremos em nossa unidade que vem pelo estudo, pela divulgação, e que tudo isso é direcionado para trazer contentamento ao Criador.

Pense apenas na conexão, e José vai lhe levar ao Egito. José é o ponto de conexão entre nós e a Sefira Yesod. Depois de todas as suas buscas e experiências para evitar a conexão, quando você concordar e começar a se conectar, ou seja, corrigir a sua alma, você vai se encontrar no Egito.

Os irmãos de José chegam ao Egito somente quando a fome começa na terra de Canaã; isso significa que eles não podem progredir. Cada um deles cresceu, mas o crescimento futuro só é possível graças à conexão.

É semelhante ao que está acontecendo com o nosso mundo, que cresceu em nosso ego, alcançou plena abundância, mas não sabe o que fazer depois. Agora, apenas a conexão geral pode salvar o mundo, mas vemos o quanto é difícil alcançá-la.

Nós vamos precisar passar pelo estado de fome no mundo também no aspecto físico, corpóreo e espiritual. Então, estará pronto para se conectar. A descida ao Egito é uma descida à conexão. E isso não é desejável para as qualidades interiores de uma pessoa e para todas as pessoas. Os irmãos concordam em aceitar o conselho de José, mas com muitas dúvidas; eles têm muitos medos.

Eles não querem entrar no Egito, pois isso os obriga a ser uma nação, um grupo, uma família, unidos, porque eles vão viver entre os egípcios, ou seja, nós devemos estar prontos para trabalhar para que a conexão flua a partir do desejo de doar.

Yesod é um ponto que doa acima de Malchut e pode doar somente quando todas as qualidades anteriores e todas as Sefirot se conectam a ela. Vamos nos perguntar se estamos em tal estado tal, ou não? Será que nós queremos nos conectar a fim de ser doadores, que este é o campo onde Malchut será revelada entre nós?

Isso se refere ao grupo chamado “os filhos de Jacó”, que eles vão e avançam rumo à doação, eles não querem entrar no Egito, e, portanto, devem entrar nesses estados.

Mas o objetivo deve permanecer constante ao longo de todo o caminho, e é para chegar à doação, conexão mútua; nela vamos revelar o Criador e vamos sentir como trazer contentamento a Ele. Com isso vamos alcançar adesão com Ele.

Sobre essas perguntas eu só posso responder uma coisa: se esforcem para sair do seu Egito e vocês vão ver que tudo dará certo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/04/14, Shamati # 54

Pessach E A Noite Do Êxodo

Dr. Michael LaitmanO início deste post está em: Pessach É Um Lembrete Do Futuro

A maturação do atributo de Moisés numa pessoa e na nação nos leva a um confronto direto com o Faraó. A Torá descreve esses estados como as dez pragas do Egito, as dez pragas do ego, com a demanda: “Deixa meu povo ir”. Eles se desenvolvem no contexto da impotência e, ao mesmo tempo, da necessidade desesperada de se libertar .

A Hagadá nos diz sobre esta noite interna: “Como essa noite difere de todas as outras noites?” No Egito, nós tivemos que sair do atoleiro do amor-próprio e nos voltar e mover rapidamente para cima, ainda sem qualquer poder de se unir, mas com o poder de escapar.

Todo mundo tenta escapar das perseguições, das disputas e conflitos internos. Assim, nós nos encontramos mais longe do Egito até chegar ao Monte Sinai, onde podemos concluir o que começamos.

É assim que o Faraó, o ego, nos leva a um novo nível de amor. No final, toda a humanidade terá que subir a este nível, mas nós somos os primeiros a fazer isso. É o laboratório da nação judaica, uma fase essencial na sua formação.

Como Conquistar O Coração De Um Homem

Laitman_201_01Pergunta: Eu gostaria de perguntar sobre como conquistar o coração de um homem, como posso comprar o seu coração?

Resposta: A mulher começa ao deixar o homem compreender que ela o ama, admira-o por ser grande, inteligente e um herói. Ela encoraja-o como uma criança pequena.

Uma criança e um homem adulto são exatamente o mesmo quando se trata disso. Eles devem sempre receber a sensação de que são fortes, grandes e inteligentes. Os únicos no mundo!

Assim, a mulher o amarra a ela, como um filhote de cachorro com uma coleira. Ele vai segui-la aonde quer que vá, porque precisa de sua admiração como um sopro de ar. É assim como você amarra um homem.

Além disso, ela começa a domá-lo gradualmente, ensinando e mostrando-lhe de formas diferentes o que ela gosta e o que não gosta. Ele está constantemente interessado em obter a confirmação de que ela o incentiva, ama e aprecia. Assim, ele deve entender que vai receber tudo isso somente se a tratar do jeito que ela gosta; eu estou revelando todos os segredos para você agora…

A mulher começa a transmitir ao homem suas impressões sobre ele com base na forma como ele se comporta em relação a ela. Assim, ela ensina como tratá-la, mostrando-lhe o que lhe agrada, o que, em troca, invoca ações de parte dela que serão agradáveis a ele.

Pergunta: Como posso fazê-lo se sentir bem e ao mesmo tempo não anular a mim mesmo? Como posso fazê-lo sentir que ele é o rei, enquanto eu sou a rainha?

Resposta: Isso é muito difícil e prestativo. Um homem não quer uma rainha ao seu lado. Ela precisa apreciá-lo sem quaisquer condições prévias, como uma mãe trata o filho. A mãe sempre ama e aprecia seu filho, independentemente de como ele se comporta.

Se uma mulher diz a um homem que ele é grande, ele é realmente grande e não com a condição de que ela é grande. Se ele é inteligente, não é porque ela é inteligente. Sua apreciação dele tem que ser independente, mas ninguém vai dizer a ele as palavras que ela lhe diz e por isso ele vai estar vinculado a ela.

Então ela começa a definir as condições. Se ele faz algo errado, ela já mostra sua insatisfação e seu rosto entristece. Ele é muito sensível ao estado de espírito dela, uma vez que quer ver cada vez a sua apreciação e sentir que é um homem, macho, e se não for forte, então inteligente e se não for inteligente, então, um herói.

Se ela lhe mostrar que ele a entristece com sua atitude e, portanto, não pode apreciá-lo, e expressar sua impressão como ele está acostumado, ele vai começar a procurar uma maneira de ganhar a sua admiração, a fim de continuar a receber seu contínuo louvor.

Um homem precisa de elogios mais do que uma mulher. É assim que você o faz se acostumar  com a boa e correta atitude. Então, ele realmente se acostuma com isso e trata a mulher do jeito que ela quer, e de acordo com o que ela gosta – tratamento, respeito e valorização adequados. Na verdade, ele não a aprecia, mas sim a sua atitude em relação a ele. É assim que compramos o coração de cada um e essa é a única coisa que precisamos.

Portanto, nós não precisamos de nada especial com antecedência para que o amor floresça numa família. Nós simplesmente precisamos nos sentir bem ao estar um com o outro, ao se ver, se tocar, comer a comida que o outro preparou, cortejar um ao outro. Tudo o resto é estabelecido como resultado de um jogo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 09/06/13

Como Um Feixe De Juncos

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Posfácio

A humanidade merece estar unida numa única família. Nessa altura todas as discussões e a má vontade que derivam das divisões das nações e suas fronteiras cessarão. Contudo, o mundo necessita de mitigação, através da qual a humanidade será aperfeiçoada através das características únicas de cada nação. Esta carência é o que a Assembleia de Israel complementará.

– O Rav Kook, Orot HaRaaiah [Luzes do Raaiah], Shavuot, p. 70

Não foi fácil escrever este livro. Eu escrevi dezenas de livros, mas nenhum foi tão emocionalmente exigente ou intelectualmente desafiante. Durante muitos anos até então, eu conheci a tarefa que se encontra perante nós, mas sempre hesitei acerca de escrever diretamente aos meus irmãos Judeus. Não desejo ser percebido como condescendente ou arrogante, e ser tediosamente enfadonho ou repreensivo não está propriamente na minha lista de “coisas a fazer”.

Todavia, os meus estudos de Cabalá com o Rabash ensinaram-me que a direção na qual o mundo está se movendo está alinhada para acabar em mutilação. Foi por isso que o pai do Rabash, o Baal HaSulam, bem como seu filho, estavam mais propensos a circular a sabedoria oculta como uma cura para o crescente egoísmo da humanidade que qualquer outro Cabalista anterior.

Baal HaSulam estava ansioso com a crescente interdependência global no princípio dos anos 1930, quando poucas pessoas no mundo sequer estavam conscientes do processo. Ele sabia que isso conduziria a uma crise insolúvel se a humanidade não apoiasse essa dependência mútua com garantia mútua, que a natureza humana não seria capaz de tolerar o contraste entre interdependência e aversão mútua.

Ao mesmo tempo, até na fase inicial da nossa globalização, Baal HaSulam percebeu que o processo era irreversível, que porque somos partes de uma única alma, um único desejo, estamos naturalmente conectados. Ele também sabia, como todos os sábios citados neste livro, que a meta para a qual fomos criados não foi para que as pessoas fossem estranhas e odiosas, mas para se conectarem e se unirem através da qualidade de doação.

Hoje vemos quão certo ele estava. Nós estamos desesperadamente conectados de forma enferma, e veementemente rancorosos acerca disso. Nossos sistemas sociais, tais como a economia, saúde e educação, assumem que a má vontade é a base das relações humanas, e desta forma cada entidade cobre  a si mesma através de regulamentações, legislações e solicitadores.

Mas este modus operandi é insustentável. Como as boas famílias assumem a boa vontade entre membros da família, todos os membros da humanidade têm que aprender a confiar uns nos outros.

Contudo, como demonstrado no decorrer do livro, como nossos egos evoluem constantemente e enfatizam nossa singularidade em vez de nossa união, nós precisamos de um método para nos ajudar a alcançar a união acima de nossa disparidade, sem suprimir ou anulá-la. Esse método está enraizado no património espiritual de nosso povo, e é a dádiva dos Judeus à humanidade, a salvação que todas as nações esperam dos Judeus.

A dádiva que pode ser entregue através da sabedoria da Cabalá, através da Educação Integral, pelo meio que Baal HaSulam sugeriu em A Nação, ou por qualquer outro meio que renda uma mudança fundamental na natureza humana da divisão para a união, da animosidade para a empatia e preocupação. Se alcançarmos essa união, então quanto mais diferirmos na nossa personalidade, mais forte e quente será nosso laço. Como Rabi Nathan Sternhertz o descreveu, “Depende principalmente do homem, que é o coração da Criação, e do qual tudo depende. É por isso que ‘Ama teu próximo como a ti mesmo’ é a grande klal [“regra”, mas também “coletivo”] da Torá, para incluir nela união e paz, que é o coração da vitalidade, persistência, e correção do todo da criação, pelas pessoas de visões diferentes sendo incluídas juntas em amor, união e paz”. [i]

Certamente, a beleza de nosso povo está na sua união, sua coesão. Nossa nação começou como um grupo de indivíduos que compartilharam um desejo comum: de descobrir a força essencial da vida. Nós descobrimos que ela era, numa palavra, “amor”, e nós a descobrimos porque desenvolvemos essa qualidade dentro de nós. Essa força de amor nos uniu, e no espírito do amor, procuramos compartilhar nossa descoberta com qualquer um que o quisesse.

Com o tempo, perdemos nossa conexão, primeiro uns com os outros, depois com a força que havíamos descoberto através de nosso laço. Mas agora o mundo precisa que reacendamos esse laço, primeiro entre nós, e posteriormente entre toda a humanidade.

Nós somos uma nação privilegiada, uma nação com a dádiva do amor, que é a qualidade do Criador. Receber esta dádiva é a meta para a qual a humanidade foi criada, e nós somos o único canal pelo qual este amor pode fluir a todas as nações. Desde a aurora da humanidade, “nunca tão poucos deveram tanto a tantos”, para parafrasear as palavras de Winston Churchill. Contudo, nunca tão poucos foram capazes de dar tanto a tantos.

Certamente, como Baal HaSulam diz, “Cabe à nação Israelita qualificar a si mesma e a todas as pessoas do mundo… a se desenvolverem até que tomem sobre si mesmas essa obra sublime do amor ao próximo, que é a escada para o propósito da Criação, que é Dvekut [equivalência de forma] com Ele”. [ii]

[i] Rabino Nathan Sternhertz, Likutey Halachot [Regras Sortidas], “Regras de Tefilat Arvit [Oração da Noite]”, Regra n.4.

[ii] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam , “O Arvut [Garantia Mútua]”, item 28 (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 393.