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Como Pode Uma Coisa Dessas Ter Acontecido

Laitman_153Comentário: As pessoas que sobreviveram ao Holocausto se perguntam como tal coisa poderia ter acontecido se “Não há outro além Dele”.

Resposta: É impossível responder a esta questão no nível corpóreo. Uma pessoa simplesmente pergunta: “Se o Criador é bom, Ele tem que fazer o que eu acho que é bom, mas se eu me sinto mal, é sinal de que Ele é ruim ou que Ele não existe”. Então ela chega à conclusão: “Bem, então, o Criador não existe”.

A fim de dar uma resposta diferente, nós precisamos explicar que Israel tem que gerir o mundo, e como eles não podem controlá-lo corretamente, o mundo sofre, e, claro, os primeiros a sofrer são aqueles que levaram o mundo a esta condição.

Não há outra razão para o sofrimento. A bola está sempre em suas mãos, desde os dias de Abraão em diante. E não diga que não podia e que não sabia; você sempre soube e sempre pôde. É tudo muito claro.

Mas se eu disser isso às pessoas, elas podem pensar que eu as culpo e que eu sou contra elas. É como uma criança que lhe dizem que ela fez algo errado e ela chora que papai é ruim. Por que é o pai ruim se eu lhe explico e mostro o seu erro para que você não erre de novo? Não, papai é ruim de qualquer forma! Isto é o que ela sente em seu ego.

É dito: “Ele deu uma lei que não pode ser quebrada”. Esta é a razão do Criador ser chamado de natureza. A natureza pode mudar? Se um vulcão entra em erupção, a lava destrói uma pessoa e outra é poupada? A lava bateria em alguém e pouparia outro? Se chove, todo mundo fica molhado. Aqui não há perguntas.

Se a nação de Israel não começar a fazer o que tem que fazer, todas as atrocidades vão se repetir, e inclusive mais de uma vez. Se durante a sua vida você repete o mesmo erro uma e outra vez por causa de seu caráter fraco, cada vez você recebe golpes. A mesma coisa acontece com o mundo.

As atrocidades dos nazistas que nós sofremos durante a Segunda Guerra Mundial pode ser repetida quantas vezes forem necessárias até que vocês percebam que devem fazer e façam. Se não fizerem, então o nazismo nunca vai acabar. Nós estamos enfrentando esse estado agora e nada pode ser feito. Somente a nossa unidade interna e nossa disseminação para o exterior pode impedir a adversidade, não só para os judeus, mas para todo o mundo.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/14, Tópico: Dia em Memória do Holocausto

Um Dos Dois, Não Há Um Terceiro

Laitman_421_01Pergunta: Por que o Baal HaSulam escreve que depois da democracia e do socialismo vem um regime fascista?

Resposta: Porque a democracia é incapaz de satisfazer o desejo de prazer. O desejo de prazer cresce e exige progresso. A própria pessoa quer estar mais conectada e a democracia lhe leva a isso. No entanto, que tipo de benefício ela obtém da conexão? Como nós percebemos isso?

A realização da unidade só pode ser em prol do nosso benefício pessoal ou em prol do Criador. Um dos dois, não há um terceiro. Se avançarmos de uma forma simples e natural, a conexão ocorre em prol do nosso benefício. E isto significa que estamos conectados contra todos os outros e tentamos transformá-los em nossos escravos, subjugá-los.

Uma abordagem como essa pode ser vista em todo o mundo, seguindo mais ou menos cada governo democrático. Depois que as pessoas obtêm pelo menos um pouco de liberdade, elas imediatamente começam a sentir que não têm conexão. No entanto, elas não sabem como usá-la: “Então nós nos conectamos, e agora?”.

Nós somos obrigados a explorar essa conexão em prol de alguém ou de alguma coisa. Em última análise, isso é realizado no combate contra os outros e mostrando o quão fortes, unificados e consolidados nós somos entre todos os povos. Isso surge natural e inevitavelmente. Hoje esta tendência já pode ser vista no mundo. De um mês para o outro mundo se aproxima cada vez mais do nazismo.

Basta olhar para o que geralmente está acontecendo no mercado comum europeu, sua tomada de decisão, os eventos que acontecem nos Estados Unidos, na Rússia e em muitas nações. Pode ser que você não sinta muito isso, mas eu vejo que o nazismo está se tornando aceitável na sociedade.

Nós estamos começando a falar sobre isso como algo legítimo. Começamos de uma distância com o fato de que devemos discuti-lo para que ele não volte. Mas, nesse meio tempo, até que comecemos as discussões, organizamos convenções e material impresso e as pessoas se acostumam com o assunto. Esta é a primeira fase.

Embora se diga que o nazismo é um fenômeno negativo, os pesquisadores e historiadores supostamente devem discutir o assunto. Depois que os filósofos e os futuristas participam da discussão, eles investigam e analisam como e por que isso aconteceu. Como resultado disso, eles chegam à conclusão de que esse comportamento é inerente à natureza humana e que o regime nazista era uma etapa natural e válida para o desenvolvimento da humanidade. Ou seja, ele é incorporado na nossa natureza e não pode ser evitado. Assim, a legitimação do fascismo é feita.

Depois disso, começam os discursos sobre a necessidade da unidade do povo, a necessidade de sanções contra os imigrantes, a necessidade de se unir contra os inimigos, porque somos fracos e estamos perdendo. Seria como falar de medidas necessárias para a sobrevivência. A ideia se espalha gradualmente. Para este propósito, existe uma tecnologia especial com a ajuda da qual em poucos anos será possível vender qualquer coisa às pessoas.

Hitler também não chegou imediatamente ao poder. Muitos anos se passaram desde a Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial. Ele tinha algum tipo de base sobre a qual se levantar; ele foi realmente eleito pela maioria. Hoje é ainda mais fácil fazer isso, porque a conexão em nossos dias tem ainda mais procura, e é um tema ainda mais sensível. Há uma decepção ainda maior em nosso desenvolvimento.

Nós, como a humanidade, já paramos de nos desenvolver. Um novo telefone celular a cada semestre não demonstra um avanço tecnológico. Essas tecnologias já são velhas; não há nada de novo, apenas uma mudança na forma externa para vender o produto. Nós chegamos ao limite do desenvolvimento do pensamento técnico e logo a mesma coisa vai acontecer na biologia e tudo o mais.

Portanto, há muitas razões para o desenvolvimento do nazismo. Estas tendências continuam a crescer em todas as nações: França, Ucrânia, Estados Unidos, Rússia, e valeria a pena pensar nisso antes que seja tarde demais.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/14, Tópico: Dia em Memória do Holocausto

O Desaparecimento Do Rei Do Egito

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati 159, “E Aconteceu No Decorrer de Muitos Dias:” Este é o significado de “o rei do Egito morreu”, que todas as dominações do rei do Egito, que ele estava fornecendo e nutrindo, tinham morrido.

O rei do Egito morreu dentro de nós e o controle do ego sobre nós desapareceu. Portanto, não fomos mais capazes de trabalhar. Nós estávamos sempre trabalhando a fim de receber e, depois, doar a fim de receber. E, de repente, não há ninguém para quem trabalhar, uma vez que o desejo de receber desapareceu. E se não há desejo, não há nada a fazer, nenhum desejo de doar ou receber. O ego desaparece, nós chegamos ao desespero e não sabemos para onde ir.

Não temos uma razão para nos mover, nos sentimos desconectados da vida, que de repente se torna em vão. Mas, certamente essa é exatamente a passagem para o próximo nível. Se neste momento somos impotentes, isso indica precisamente a nossa dependência da força do desejo e como ela nos mantinha em seu completo controle.

“O rei do Egito morreu”, isto é, o nosso ego deixou de ser importante para nós. Nós já não tentamos satisfazê-lo como antes, nem sentimos que há alguma vitalidade nesta realização.

Na vida comum, é claro para nós que se estamos fartos de um jogo, ele não é tão importante quanto antes, ou seja, que o rei do Egito, o ego, que era parte do jogo e nos satisfazia, não nos satisfaz mais. Portanto, nós devemos procurar outro jogo, mudando o nosso local de trabalho ou estilo de vida.

Mas, no trabalho espiritual não sabemos como mudar um problema. Na vida normal, temos TV, Internet, anúncios, e estamos constantemente escolhendo onde mais podemos encontrar prazer e o que mais pode ser experimentado. Nós entramos no supermercado e vemos infinitas variedades de vinho, queijo e carne nas prateleiras. Se você não quer uma coisa, toma outra. Isso confunde as pessoas e cria uma ilusão de uma variedade de prazeres, e isso acalma as pessoas, mostrando-lhes que há sempre algo para satisfazê-las. No entanto, vemos que com todos os sofrimentos, uma grande porcentagem de pessoas sofre de depressão, desespero completo e uso de drogas.

Como nós progredimos em direção ao trabalho espiritual mútuo, hoje em nosso mundo as pessoas não entendem para onde o rei do Egito desapareceu. Antes ele fornecia aspiração ao trabalho, do qual recebíamos diferentes realizações. Mas hoje, tudo desapareceu e este é um problema em nossas vidas.

Nós entendemos que não podemos mais mudar de emprego; não há lugar para onde escapar, e vamos precisar nos concentrar em encontrar um novo rei. Ou seja, devemos receber o controle da força de doação sem qualquer recompensa, receber força de cima e executar ações que são direcionadas para cima e às pessoas fora de nós.

Nós só precisamos pedir para nos desconectar de qualquer benefício pessoal, de nosso futuro, da satisfação e de sentimentos bons ou ruins dentro de nós.

E depois, quando eles caminharam no deserto e chegaram a um estado de Katnut, (pequenez), eles desejavam a servidão que tinham tido antes da morte do rei do Egito.

Quando o homem já se desconectou de trabalhar para o seu ego e subiu acima dele, ele é novamente trazido de volta ao sentimento dos desejos, intenções, prazeres e realizações que teve no passado! Isso é feito para que, acima de seu sentimento de desconexão, ele construa o mesmo estado num nível espiritual.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/14, Shamati # 159

49 Portões No Caminho Para A Redenção

laitman_527_03Antes do Êxodo do Egito a pessoa passa por “49 portões de impureza”. Isto é, ela não acredita mais em nada, não espera nada, vê que praticamente não tem qualquer conexão com a força superior e que é impossível mudar alguma coisa em sua vida. Onde está essa força superior, que é “Não há outro além Dele”? Tudo está sob o controle do Faraó e é impossível fazer qualquer coisa contra o ego que a controla.

A pessoa não entende e não acredita no “bom que faz o bem”. Apenas um fio fino conectando-o à espiritualidade permanece; ela é tão frágil que não acredita mais que algo virá dele. O desespero é tão grande, e o fio que a prende é a paciência que está além do intelecto e da lógica.

Esta situação se acumula gradualmente, e se a pessoa realmente atinge os 49 portões de impureza, a energia superior atua contra eles, adquirindo redenção para ela.

Aqui deve-se mencionar que “toda ação deixa uma impressão”, repetidamente, cada vez um pouco mais, e por isso nós contamos os 400 anos durante o período que a pessoa acumula esclarecimentos, esforços, até mesmo fraquezas e superações, que ela consegue realizar sozinha ou com a ajuda do Criador.

Toda a nossa luta para deixar o Egito está sob o controle do Criador, não há outro além Dele e Ele é o bom que faz o bem. E a Klipa (a força egoísta) nega a providência superior do “Não há outro além Dele” em todos os sentidos possíveis.

A servidão, o exílio (em hebraico, Galut) difere da redenção (Geula), basicamente por causa da letra “Aleph“, que é o Senhor do Mundo. A pessoa precisa se concentrar constantemente neste ponto e em nenhuma outra coisa. Especificamente, é necessário aguçar constantemente o nosso esclarecimento, lutar contra a nossa natureza, contra o Faraó, porque não há outro além Dele, o bom e que faz o bem.

Nós não pedimos para ninguém mudar nada; nós não apelamos ao nosso destino. Em vez disso, apenas nos voltamos ao Criador com nossos pedidos. Isto é o significa “Não há outro além Dele”, porque tudo o que acontece nós conectamos somente a Ele. Só Ele executa cada ação, preparando-a para que de dentro da luta contra todas as pertubações em que Ele Se cobriu, nós O descobrimos e nos voltamos a Ele.

Exílio significa que ainda não estamos prontos, mas ansiamos muito em descobrir a fonte de tudo o que está acontecendo, como é dito, “Eu e não um mensageiro”. Este é um momento muito importante. Este é o nosso único trabalho, e cabe a nós estar prontos para ele.

É muito importante manter-se neste ponto como um navio ou um avião que devemos constantemente navegar para permanecer no caminho certo, apesar do vento e vários distúrbios. Isso só é possível com uma boa equipe.

Tudo é construído de modo que a pessoa não esteja preparada para manter sua posição sozinha. Problemas caem sobre ela, a piedade cai sobre ela. e ela recebe outra oportunidade. Mas essa possibilidade é especificamente para construir a equipe certa para si mesma, para que junto com ela, a pessoa manterá sua direção.

Deve ser sempre lembrado que todos os distúrbios vêm do Criador e não do Faraó ou de seu exército e que não há acidentes nem mensageiros. Em vez disso, tudo vem diretamente do Criador. Nossa tarefa é descobrir o Criador, em vez de todas as fontes de poder e outras ações. Com isso, a nossa servidão, os golpes, e todos os eventos da história do êxodo do Egito são revelados. Tudo isso é uma luta para localizar o Criador através de todas as perturbações que se encontram entre o Criador e nós.

No início não há nenhuma conexão entre o Criador e nós, porque somos opostos. E os distúrbios vêm justamente para que possamos usá-los para construir uma conexão com o Criador. Assim, nós vemos que o Faraó nos aproxima do Criador; a inclinação ao mal é uma ajuda contra nós (Gênesis 2:18) e nós transformamos isso numa conexão com o Criador.

Se nós sempre trabalhamos desta forma e tentamos construir uma conexão, então, gradualmente, nos elevamos a uma conexão cada fez mais forte, como os degraus de uma escada, e caímos em distúrbios ainda maiores, numa maior falta de conexão. E mais uma vez nós tentamos construir Pitom e Ramsés e novamente caímos, perdemos a conexão, chorando, e ficando confusos, negando qualquer controle por parte do Criador.

Como resultado de nossos esforços, nós atravessamos os 49 portões de impureza. Se chegarmos ao 49o portão, isso significa que realizamos uma infinidade de correções em nossa conexão com o Criador. Mas isso está oculto de nós. Por uma fração de momento nós descobrimos algo e caímos imediatamente. Desta forma, nós temos que descobrir todos os distúrbios que são contrários ao fato de que “Não há outro além Dele”.

E a descoberta é feita de acordo com o princípio do “eu e não um mensageiro” se estamos prontos para representar a força superior, apesar de todas as perturbações. O exílio é dado a nós para que possamos sentir o Criador, O localizamos dentro do “a partir do nada”. É assim que alcançamos a redenção.

Por isso, é impossível esquecer que todo o trabalho em relação à redenção é determinar o fato de que “Não há outro além Dele”, quando nos deparamos com todas as perturbações que naturalmente vêm do Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/04/14, Shamati # 190

E O Bom Rei Do Egito Morreu

laitman_933Baal HaSulam, Shamati # 159: “E Aconteceu No Decorrer De Muitos Dias”: A questão é que, de fato, eles gostavam muito do trabalho no Egito. Este é o significado de “mas se misturaram com as nações, e aprenderam suas obras”.

Isso significa que se Israel está sob o domínio de uma determinada nação, essa nação os  controla e eles não podem se livrar de seu domínio. Assim, eles provaram o sabor suficiente nesse trabalho e não puderam ser redimidos.

No início, uma pessoa está em seu desejo de desfrutar e vê que trabalha para o bem de seu ego. Ela aprende, adquire conhecimento e sente que está acima dos outros, uma vez que entende e sente mais do que eles.

A sabedoria da Cabalá abre diante dela toda a essência da vida neste mundo e ela olha para baixo com desprezo para todas as outras pessoas que se encontram ao redor do planeta e não entendem nada. Ela sente que é superior, mais importante e superior a elas e seu ego está cheio de orgulho.

Ela recebe explicações sobre o bem e o mal e transforma tudo em seu favor, a fim de se acalmar. Agora ela tem um objetivo tentador. Ela vê a sabedoria da Cabalá como sua redenção e a resposta para todos os problemas, já que chegou a essa sabedoria bastante deprimida tendo recebido golpes na vida. Aqui, ela de repente encontra todas as respostas e conforto. Ela está feliz de não ser culpada de todo o mal que tem feito e espera que as coisas sejam melhores do que no passado. Em suma, ela está muito satisfeita.

Isso é intencional, assim como com crianças pequenas que recebem do Criador energia para correr, aprender tudo, e não ficar paradas e ser preguiçosas, para que possam aprender rapidamente sobre o mundo e se desenvolver. A mesma coisa acontece com uma pessoa quando ela começa a estudar, como está escrito: “O fato é que, de fato, eles gostavam muito do trabalho no Egito, este é o significado de ‘mas se misturaram com as nações, e aprenderam suas obras’”.

As nações do mundo são os estados em que apenas o desejo de desfrutar governa, e Israel sob o domínio do Egito é um estado em que o desejo de doar que desperta em mim age para o benefício do desejo egoísta. Acontece que eu posso ter mais sucesso do que outros. Eu me acalmo; eu entendo e sinto mais como se eu estivesse recebendo mais oportunidades e, portanto, sinto que sou melhor.

Estas são as cebolas, o alho e a polpa que comemos no Egito. Neste estado inicial eu posso transformar todo o mal que é revelado para o benefício do meu ego. Isso significa que eu sou escravo do Faraó. Tudo serve ao desejo egoísta, até mesmo o pequeno desejo de doar em mim que eu agradeço ao estudo e minha conexão com o grupo.

É assim que eu uso esse método até certo ponto, até que haja uma mudança repentina no meu sentimento. Isso é chamado de: “E o rei do Egito [que era bom para mim] morreu”. Então é como se uma nova dominação surgisse. Eu não sinto mais que sou tão bem sucedido e que este negócio é tão simples. Eu não posso mais usar a sabedoria da Cabalá para melhorar a minha vida egoísta ordinária corpórea.

Aqui eu começo a sentir a minha escravidão. O desejo permanece o mesmo desejo, o mesmo rei, mas ele está morto para mim! A nova fase começa assim: “e os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão”. Para quem estamos trabalhando se não seja é por nossa causa? E o que será de nós?

Nós nos conectávamos com a esperança de descobrir a força superior porque pensávamos que era boa para o nosso ego, mas agora descobrimos de repente não é o bem que estávamos esperando, nem a conexão que pensávamos que seria. Nós começamos a entender o bem e a conexão em seu sentido real, o que significa que estamos conscientes de que o fruto não será revelado no desejo de desfrutar, mas apenas no desejo de doar.

Nós ainda não entendemos o significado de receber um pagamento no desejo de doar, mas isso vai ser revelado a nós. Nós esperamos nos sentir bem, mas o que significa bom em doação? Nós temos que mudar a nossa percepção em relação à próxima mudança.

Este é o significado de “o rei do Egito morreu”, que todas as dominações do rei do Egito – ele lhes deu alimentos e meios de subsistência – tinham morrido. É por isso que eles tinham espaço para oração. E eles foram imediatamente resgatados. Então, quando eles caminharam no deserto e chegaram a um estado de Katnut (pequenez), eles ansiaram a servidão que tinham tido antes da morte do rei do Egito, ou seja, que deixaram a dominação do Faraó.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 30/03/14, Shamati # 159

Como Um Feixe De Juncos — Viver Num Mundo Integrado, Parte 1

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 10: Viver Num Mundo Integrado

Um Mundo Integrado Exige Educação Integral

No capítulo anterior, nós citamos as palavras de Baal HaSulam do seu ensaio, “A Liberdade”, afirmando que estamos “obrigados a pensar e examinar como eles [o ambiente social] sugerem”, e que nós somos “desprovidos de qualquer força para criticar ou mudar”. [i] Baal HaSulam concluiu que para evitar um destino predeterminado, nós podemos mudar o ambiente, que por sua vez mudará a nós e nossos destinos. Nas suas palavras, “Aquele que se esforça em escolher continuamente um bom ambiente é digno de louvor e recompensa… não devido aos seus bons pensamentos e ações… mas devido aos seus esforços em adquirir um bom ambiente, que traz… bons pensamentos”. [ii]

Para colocar em termos mais contemporâneos, em prol de canalizarmos nossas vidas e as vidas dos nossos filhos numa direção mais positiva, nós precisamos nutrir valores sociais que promovam a direção positiva que desejamos instar. Nós precisamos educar a nós mesmos, nossos filhos e a sociedade como um todo em direção à garantia mútua, responsabilidade mútua e, por fim, à união e coesão. Como foi demonstrado pelo livro, essa é nossa vocação enquanto Judeus.

Não precisamos conceber qualquer novo meio de educação para alcançar esta meta. Tudo o que precisamos é mudar o meio que já usamos — os meios de comunicação de massa, a Internet, o sistema de educação, nossos laços sociais e familiares — com o objetivo de promover a afinidade e mútua responsabilidade ao invés de prevalecer a narrativa de separação e alienação.

Embora mais frequente que o inverso, os traços de união e afinidade – e acima de tudo, de responsabilidade mútua – estão dormentes dentro de nós Judeus; é nosso dever, certamente nossa vocação, despertar e oferecê-los como nossa dádiva ao mundo. Como foi demonstrado repetidamente neste livro, a unidade é a dádiva dos Judeus, a qualidade que nos torna únicos, e a qualidade que devemos doar ao resto do mundo. Ela é a qualidade que o mundo precisa hoje, e somos nós que estamos obrigados a nutri-la internamente, e assim entregá-la ao mundo.

Há duas maneiras de transmitir responsabilidade mútua e a qualidade de doação. A primeira, dirigida àqueles com “pontos no coração”, como mencionado anteriormente no livro, é o estudo direto da Cabalá. De acordo com o nosso nível de interesse, isso pode ser feito em variados níveis de intensidade, desde assistir programas de TV a estudar atentamente (e intensamente) com um grupo e um professor. A outra maneira é o método de educação direcionada à unidade com a intenção de induzir coesão e um sentido de responsabilidade mútua dentro da sociedade. Eu elaborarei sobre estas maneiras uma de cada vez.

[i] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “A Liberdade”, 419.

[ii] ibid.