O Erro Dos Que Não Se Importam

Dr. Michael LaitmanA humanidade chegou a um beco sem saída que já se faz sentir. Nós vivemos numa aldeia global moderna e relutantemente descobrimos que temos que nos conectar, começar a pensar e falar sobre isso. É hora de tomar o nosso lugar no nível humano dentro do sistema geral.

Um Perigo para o Sistema

Toda natureza (os níveis do inanimado, vegetal e animal) é global, integral e mutuamente conectada em todas as suas partes. Todos os seres criados, desde os juncos até os maiores predadores, são soldados num único sistema, e, juntos, mantêm a ordem geral. Por outro lado, nós não fazemos parte desse quadro. O homem é a única parte verdadeira e prejudicial na natureza. É porque não temos limites na satisfação das nossas necessidades. Isso é típico de toda a raça humana em todos os aspectos da vida, incluindo a família, o trabalho, as relações sociais, etc.

A taxa de divórcio, por exemplo, está crescendo e também o abismo entre pais e filhos. Os jovens acham cada vez mais difícil encontrar um companheiro e começar uma família forte. Essas mudanças extremas tiveram lugar nos últimos 50 anos ou menos. Elas têm inclusive um impacto sobre o povo judeu que sempre se preocupou em ajudar os jovens a se casar e ajudou com o começo de sua casa.

Indivíduos Inseparáveis

A razão para tudo isso é o nosso ego, que chegou a sua última fase.

O egoísmo se refere ao fato de que eu não posso me identificar com os outros. Eu sinto os outros apenas na medida em que posso me beneficiar deles. Idealmente, eu quero espremer tudo o que puder dos outros. Isto não é uma acusação, é claro, mas um fato psicológico sobre a natureza humana. Esta é a nossa natureza.

No entanto, por outro lado, nós temos encerrado o mundo inteiro em laços mútuos de uma única rede que não pode ser quebrada, no desenvolvimento global, econômico, financeiro, social, familiar e político. O problema é que esta rede está cheia de ódio, conflitos, confrontos, egoísmo e orgulho.

Consequentemente, o mundo treme como resultado dos contínuos obstáculos, preocupações e ameaças. A falta de unidade entre nós invoca inadaptablidade à natureza em geral e, portanto, o mundo sofre terrivelmente.

Não É Problema Meu!

Pergunta: A maioria das pessoas vive uma vida normal e, apesar de lucrar em detrimento do outro, elas não estabelecem qualquer armadilha especial e não conspiram contra aqueles que as rodeiam. Portanto, onde elas erram? É difícil se ver como um egoísta absoluto no fluxo contínuo de preocupações diárias, na luta constante para sobreviver.

Resposta: Isso é verdade. Mas se você se justifica dessa forma, você ainda sofre. Portanto, você deve descobrir o porquê. Isso requer uma abordagem científica sólida, mesmo antes de se referir à sabedoria da Cabalá, que resume e inclui todo o mundo.

Uma análise racional indica que sofremos porque não podemos nos dar bem, não podemos nos dar bem um com o outro.

Você pode perguntar o que se pode esperar de um homem pobre que vai trabalhar de manhã e volta à noite. Mas, essas pessoas pobres miseráveis ​​criaram uma rede de sete bilhões de partes que não possuem as conexões certas entre os nós. Esta é a razão pela qual estamos todos em oposição à unidade incorporados na natureza.

O que é exigido de nós hoje é a unidade e a conexão correta. Nós não vamos acabar com essa guerra se não entendermos o problema.

Mas cada um de nós se fecha em seu pequeno canto:

– Eu não sei de nada, o que você quer de mim?

– Você se sente mal. Você não quer corrigir e mudar as coisas?

– Eu quero, mas não é minha culpa; eu simplesmente vivo a minha vida normal.

Não é assim que se lida com os problemas. Nós gradualmente afundamos ainda mais em situações perigosas e o ritmo dos acontecimentos está acelerando de um ano para o outro. Alguns desses eventos já estão atrás de nós e devemos aprender com eles. Nós temos que finalmente perceber o que está acontecendo, em vez de se esconder em nosso covil, fingindo que não nos diz respeito, uma vez que a humanidade é feita de tais pessoas que dizem que não têm nada a ver com essas coisas.

Do Programa na Radio Israelense 103FM, 15/02/15