Como Um Feixe De Juncos — Correções Através Das Eras, Parte 6

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 3: Correção Através das Eras

A Evolução do Método de Correção

Permissão Para Se Envolver

Juntamente com a crescente predominância da Cabalá Luriânica, uma gradual emergência do sigilo começou, na medida em que mais e mais Cabalistas sentiram que o tempo tinha amadurecido para divulgar o método pelo qual o mundo alcançaria sua correção final.

No seu livro, Luz do Sol, o Cabalista Rabi Avraham Azulai escreveu, “A proibição do Alto de se abster do estudo aberto da sabedoria da verdade [Cabalá] foi durante um período limitado de tempo, até ao fim de 1490. Desta forma, é considerada a última geração, na qual a proibição foi levantada e a permissão foi dada para se envolver em O Livro do Zohar. E desde o ano 1540, tem sido uma grande Mitzvá (mandamento, boa ação, correção) para as massas estudar, velhos e novos. E uma vez que o Messias está destinado a vir como resultado, e por nenhuma outra razão, é inapropriado ser negligente”. [i]

Embora o ARI não permitisse a ninguém, senão Chaim Vital, estudar seus ensinamentos, o último escreveu profusamente sobre a importância de estudar a Cabalá. “Ai das pessoas que afrontam a Torá. Elas não se envolvem na sabedoria da Cabalá, que honra a Torá, pois elas prolongam o exílio e todas as aflições que estão prestes a vir ao mundo”, escreveu ele na sua introdução à Árvore da Vida. [ii]

Nos séculos que se seguiram, numerosos rabinos, Cabalistas e acadêmicos afirmaram que o estudo da Cabalá era vital para nossa redenção, até para a sobrevivência da nação. No meio do século XVIII, o Gaon de Vilna (GRA), escreveu explicitamente, “A redenção depende do estudo da Cabalá”. [iii]

No início do século XIX, os Cabalistas começaram a proclamar que até crianças deviam estudar a Cabalá, explicitamente revogando o estudo antes dos quarenta anos de idade. O Rabi de Kormano escreveu, “Tivesse meu povo me escutado nesta geração, em que a heresia prevalece, eles mergulhariam no estudo de O Livro do Zohar e os Tikunim [Correções], contemplando-os com crianças de nove anos de idade”. [iv]

No início de 1900, o Rav Isaac HaCohen Kook, que mais tarde se tornou o primeiro Rabino Chefe de Israel, pediu abertamente o estudo da Cabalá, bem como o regresso dos Judeus à terra de Israel. Em Orot (Luzes), ele escreveu, “Os segredos da Torá trazem a redenção; eles trazem Israel de volta a sua terra”. [v]

Em numerosas ocasiões, o Rav Kook escreveu descaradamente que cada Judeu tem que estudar a Cabalá, embora ele raramente usasse o termo explicito e frequentemente se referisse a ela pelos seus conhecidos epítetos, “a sabedoria da verdade”, “a sabedoria do oculto”, “a interioridade da Torá”, ou “os segredos da Torá”. Nas suas palavras, “Perante nós está a obrigação de expandir e estabelecer o envolvimento no lado interno da Torá, em todos os seus assuntos espirituais, que, no seu sentido mais amplo, incluem a ampla sabedoria de Israel, cujo ápice é verdadeiramente o conhecido de Deus, de acordo com a profundidade dos segredos da Torá. Nestes dias, ela requer elucidação, escrutínio e explicação, a fim de torná-la mais clara que nunca e mais expansiva entre toda a nossa nação”. [vi]

[i] Abraham Ben Mordechai Azulai, Introdução ao livro, Ohr HaChama (Luz do Sol), 81

[ii] Rav Chaim Vital, Os Escritos do Ari, Árvore da Vida, Parte Um, “Introdução de Rav Chaim Vital” 11-12

[iii] O Gaon de Vilna (GRA), Even Shlemah (O Peso Perfeito e Justo), Capítulo 11, Item 3

[iv] Rav Yitzhak Yehuda Yehiel of Komarno, Notzer Hesed [Manter Misericórdia], Capítulo 4, Ensinamento 20

[v] Rav Yitzhak HaCohen Kook (o Raiah), Orot [Luzes], 95.

[vi] Rav Yitzhak HaCohen Kook (o Raiah), Otzrot HaRaiah [Tesouros do Raiah], 2, 317