Como Um Feixe De Juncos — A Nação Em Missão, Parte 3

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 4: Uma Nação Em Missão

O Papel do Povo Judeu

O Legado dos Judeus

Os judeus que permaneceram na Babilônia após a ruína do Primeiro Templo desenvolveram uma florescente comunidade que se espalhou por todo o Império Persa. Mais tarde, quando o Segundo Templo foi arruinado e os romanos conquistaram a terra de Israel, o povo judeu perdeu a sua soberania sobre a terra.

Mas a conquista do povo judeu introduziu ao mundo dois princípios que se tornariam a base das três predominantes, apropriadamente chamadas, religiões “abraâmicas”: “Ama teu próximo como a ti mesmo”, e o “monoteísmo”, ou seja, que há apenas um único Deus, uma força que rege o mundo. Essas noções são fundamentais para o sucesso da correção da humanidade, porque quando entendidas corretamente, a primeira define o modo pelo qual alcançaremos a correção – através do amor ao próximo, e não parentescos, mas nossos próximos, ou seja, estranhos. A última define a essência da nossa realização assim que estivermos corrigidos: a força singular da realidade.

Por conseguinte, o Professor T.R. Glover da Universidade de Cambridge escreveu em O Mundo Antigo, “É estranho que as religiões vivas do mundo sejam edificadas sobre ideias religiosas derivadas dos judeus”. [i] Da mesma forma, Herman Rauschning, um Revolucionário Alemão Conservador que brevemente se juntou aos nazistas antes de romper com eles, escreveu em A Besta do Abismo: “O judaísmo, independentemente… é um componente inalienável da nossa civilização Cristã Ocidental, o eterno ‘chamado ao Sinai’ contra o qual a humanidade novamente se revolta”. [ii]

O exílio do povo judeu da Terra de Israel foi um longo processo pelo qual os judeus, e desta forma os valores Judaicos, foram gradualmente absorvidos pelas suas nações anfitriãs. Yosef Ben Matityahu, melhor conhecido como Josefus Flavius, o historiador judaico-romano, descreve a expulsão dos judeus pelos romanos no princípio do exílio. Em “As Guerras dos Judeus”, Flavius escreve, “E como ele se recordou que a décima legião havia aberto caminho aos judeus, sob Cestius seu general, ele os expulsou de toda a Síria, pois eles se haviam rendido anteriormente em Rafania, e os mandou embora para um lugar chamado Meletina, perto de Eufrates, que é nos limites da Arménia e Capadócia”. [iii]

No Capítulo 3, Flavius elabora, “Pois enquanto a nação judaica está amplamente dispersa por toda a terra habitada entre seus habitantes, também está ela muito misturada com a Síria, pela razão de sua vizinhança e tiveram as grandes multidões em Antioquia pela razão da maior cidade, onde os reis, depois de Antíoco, os acolheram numa habitação com a maior tranquilidade sem incÔmodos”. [iv]

Hoje, narra o autor Yaakov (Jacó) Leschzinsky em A Dispersão Judaica, que os judeus se espalharam pelo mundo todo e num ritmo surpreendente, “Quando esquadrinhamos a diáspora judaica pelo globo inteiro e por todo mundo civilizado”, escreve ele, “ficamos surpresos ao ver que esta nação, que é a mais antiga no mundo, é na verdade a mais jovem em termos da terra sob seus pés e o céu sobre sua cabeça. Devido às intermináveis perseguições e expulsões forçadas, a maioria dos judeus é nada mais que recentes novatos às suas respectivas terras de residência. Noventa por cento das pessoas judias não viveram nos seus lares mais que cinquenta a sessenta anos! (Os judeus) estão dispersos em mais de 100 terras em todos os cinco continentes”. [v]

Curiosamente, sua mistura com outras nações é precisamente o que foi necessário para completar as correções de Moisés. Embora seja verdade que, embora Israel esteja separado das outras nações, os princípios mencionados anteriormente no coração do judaísmo não puderam ser tingidos, é também verdade que os judeus tinham muito a ganhar com seu exílio entre as nações. É por isso que o Livro dos Salmos (106:35) nos conta que os judeus foram exilados para “Se misturarem às nações e aprenderem com suas ações”.

[i] Terrot Reavely (TR) Glover, O Mundo Antigo (EUA: Penguin Books, 1944), 184-191.

[ii] Herman Rauschning, A Besta do Abismo (UK: W. Heinemann, 1941), 155-56.

[iii] Flávio Josefo, As Guerras dos Judeus, Capítulo 1, traduzido por William Whiston em Os trabalhos de Flavius ​​Josephus (UK: Armstrong e Plaskitt E Plaskitt & Co., 1835), 564

[iv] William Whiston, Os Trabalhos de Flavius ​​Josephus, 565.

[v] Yaakov (Jacob) Leschzinsky, A Dispersão Judaica (Israel, Organização Sionista Mundial, 1961), 9