Como Um Feixe De Juncos – Párias, Parte 4

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 5: Párias As Raízes do Antissemitismo

Os Médicos do Mundo

Imagine que você descobriu uma série de exercícios que podem curar o câncer e prevenir seu retorno. Imagine que você contou isso ao mundo, como Abraão fez na Babilônia, mas foi rejeitado porque os exercícios eram monótonos e cansativos e ninguém realmente se sentia indisposto.

Agora imagine que anos mais tarde, bilhões de pessoas pelo mundo têm câncer. Elas vagamente se recordam que você disse que tinha uma cura, e que no seu desespero elas se voltam a você, rogando que lhes salve as vidas. Mas você se esqueceu completamente disso. Você sabe que a cura existe, sabe que muitas pessoas disseram que era um remédio (Segulá) poderoso, mas uma vez que você se sente forte e saudável, não vê razão para reaprender esses exercícios, muito menos ensiná-los a bilhões de pessoas. Você consegue imaginar como o mundo se sentiria sobre você, o que as pessoas pensariam, e o que fariam?

É precisamente aqui que os Judeus se encontram em relação ao mundo. O mundo está começando a se sentir indisposto e as pessoas estão começando a procurar uma saída da sua miséria. Elas sabem que somos o povo escolhido, e que somos aqueles que devem trazer a redenção. As pessoas podem não saber que a redenção envolve mudar sua natureza para a doação, mas elas sabem que a redenção é desejável.

Tais versículos do Novo Testamento como “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação é a partir dos judeus” [i], e “Que vantagem tem o judeu? …Grande de todas as maneiras. Primeiro de tudo, eles foram confiados com os oráculos de Deus” [ii] , são somente duas das incontáveis menções da posição e papel únicos dos judeus, como descrito pelos escritos Cristãos. Quando não levamos a cabo nossa missão, inadvertidamente atraímos o perigo e o ódio, que se traduzem no que agora conhecemos como antissemitismo.

Que nós somos diferentes e únicos está documentado na história, nas páginas das nossas escrituras, naquelas do Cristianismo e do Islã, e nos escritos de uma série de acadêmicos e estadistas. Abaixo estão alguns dos inumeráveis excertos de indivíduos bem conhecidos exprimindo suas visões sobre a singularidade dos judeus:

Winston Churchill, Primeiro Ministro do Reino Unido durante a 2ª Guerra Mundial: “Algumas pessoas gostam dos judeus, e outras não. Mas nenhum homem preocupado consegue negar o fato de que eles são, sem sombra de dúvida, a raça mais formidável e marcante que apareceu no mundo”. [iii]

Lyman Abbott, Congressista Americano, teólogo, editor e escritor “Quando por vezes nossos preconceitos não cristãos se inflamam contra o povo judeu, lembremos que tudo que temos e tudo o que somos nós devemos, abaixo de Deus, ao que o judaísmo nos deu”. [iv]

Huston Smith, professor de estudos religiosos nos Estados Unidos, autor de As Religiões do Mundo, que vendeu mais de dois milhões de cópias: “Há um ponto chocante que atravessa a história judaica como um todo. A civilização ocidental nasceu no Oriente Médio, e os judeus estavam na sua encruzilhada. No apogeu de Roma, os judeus estavam próximos do centro do Império. Quando o poder derivou para o leste, o centro judaico estava na Babilônia; quando ele saltou para Espanha, lá novamente estavam os judeus. Na Idade Média, quando o centro da civilização se moveu para a Europa Central, os judeus esperavam por isso na Alemanha e Polônia. O surgimento dos Estados Unidos para conduzir o poder mundial encontrou o judaísmo lá concentrado. E hoje, quando o pêndulo parece balançar de volta ao Mundo Antigo e o Oriente se levanta para uma importância renovada, lá estão novamente os judeus em Israel…”. [v]

Liev Tolstói, romancista Russo, autor de Anna Karenina: “O que é um judeu? Que espécie de criatura única é essa que todos os governantes de todas as nações do mundo desgraçaram, esmagaram, expeliram, destruíram, perseguiram, queimaram e afogaram, e que apesar de sua cólera e fúria, continua a viver e florescer. O que é este judeu que eles nunca tiveram sucesso em atiçar com todos os atiçamentos no mundo, cujos opressores e perseguidores só sugeriram que ele negue (e renegue) sua religião e deixe de lado a lealdade aos seus antepassados?!

“O judeu é o símbolo da eternidade. …Ele é aquele que há muito guardou a mensagem profética e a transmitiu a toda a humanidade. Um povo como este nunca pode desaparecer. O Judeu é eterno. Ele é a incorporação da eternidade”. [vi]

Certamente, nós somos o símbolo da eternidade, como Tolstói disse, porque a qualidade da benevolência do Criador está nos nossos “genes espirituais”. Todavia, não seremos deixados em paz até que, como no exemplo com o câncer e o exercício curativo, nos elevemos conscientemente ao nível espiritual e elevemos toda a humanidade imediatamente depois.

Como foi afirmado e citado acima, agora é a hora da correção geral. Em tal época, os eventos tornam-se inclusivos, globais. Tal como foi o caso com a 1ª Guerra Mundial, e mais ainda com a 2ª Guerra Mundial, cujas atrocidades estão embutidas na nossa memória coletiva para nos recordar quem nós somos, e o que devemos cumprir.

Para evitar tais cataclismos no futuro, nós temos que dar uma olhada de perto em algumas sugestões e afirmações dadas anteriormente e posteriormente ao Holocausto. O próximo capítulo sublinhará essas afirmações e sua pertinência em nossas vidas hoje. Assim que saibamos o que foi dito, seremos capazes de valorizar o que precisamos fazer para nos ajudar e ajudar o mundo.

[i] Novo Testamento, João 4:22

[ii] Novo Testamento, Romanos 3:1-2

[iii] Martin Gilbert, Churchill e os Judeus (Reino Unido, Simon & Schuster, 2007), 38.

[iv] O Livro de Pensamentos Judaicos, ed. JH Hertz (Oxford University Press, 1920), 131.

[v] Professor Huston Smith, As Religiões do Homem (New York: HarperCollins, 1989).

[vi] Leo Tolstoy, “O Que é o Judeu?”, citado em A Resolução Final, p 189, impresso no periódico Jewish World de 1908.