Qualidades Do Sumo Sacerdote, Parte 4

Laitman_1675. Idade

“É vantajoso quando o Primeiro Sacerdote possui dignidade e experiência. No entanto, ambas as qualidades vêm com a maturidade”. (“Faça-se a Luz”, “Levítico”, “Emor“)

Como resultado de vários níveis que a pessoa atravessa por conta própria, ela adquire uma enorme experiência de subidas espirituais. Esta experiência define sua maturidade.

“De forma prática, o Juízo Superior escolhe o Primeiro Sacerdote, independentemente da sua idade, sob a condição de que ele possua todas as qualidades necessárias pertinentes. Particularmente, se o filho do Primeiro Sacerdote fosse capaz de tomar o lugar de seu pai, ele seria a primeira escolha entre outros Cohanim apesar de sua pouca idade”.

O “filho” significa a etapa que precede imediatamente o nível superior e é a mais próxima a ele. Isso explica por que é superior a todas as outras etapas. O nível superior é obrigado a ser um “Cohen vitalício” (ou seja, possui as qualidades de Cohen); no entanto, a preferência é dada ao nível subsequente, inferior, embora ele não seja muito brilhante porque permanece constantemente na sombra do seu nível superior.

Por exemplo, Rabash estava sempre na “sombra” de seu pai, o Baal HaSulam. No entanto, ele acabou por ser o mais digno entre os estudantes de seu pai. Os benefícios do nível inferior aparecem gradualmente; é impossível dizer onde eles se originam e por quê. A conexão entre essas qualidades não é óbvia. No entanto, na espiritualidade, existe uma ligação muito rígida entre os níveis. Lá, Rabash não é considerado filho de Baal HaSulam, mas seu discípulo.

Comentário: O Hassidismo geralmente transmitia a liderança de pais para filhos.

Resposta: Aqueles que não tinham conhecimento de como transferir a liderança espiritual tinham certeza de que deviam agir de acordo com a Torá: se você é filho de um grande homem, isso significa que você herdou alguma coisa do seu pai porque ele “contribuiu” com seu sêmen a você. No entanto, a noção de “sêmen” implica a Luz Superior, não genes fisiológicos.

Assim que o Hassidismo começou a interpretar a Torá literalmente, deixou de existir. Por algum tempo, o Hassidismo foi baseado na Cabalá; mais tarde, ele se transformou no fenômeno que observamos hoje: uma variação de um movimento nacional.

No geral, o Hassidismo é uma tendência leve e simpática, que ainda tem uma infinidade de nuances pro-Cabalísticas externas. Mesmo que as suas tradições, costumes e leis ainda sejam baseadas em princípios Cabalísticos, a parte mais importante, o trabalho no coração, está perdido.

O fundador do Hassidismo, o Baal Shem Tov, transferiu corretamente esse ensinamento espiritual para seus grandes seguidores: Dov Ber de Mezeritch e outros líderes espirituais. Eles eram grandes Cabalistas, santos que alcançaram o nível de doação completa.

Em cem anos, tudo começou a mudar rapidamente. Como regra, os Cabalistas eram pobres. Os ricos que os rodeavam menosprezavam eles: “Voltem para os seus galpões e leiam O Zohar, enquanto isso, nós vamos construir um prédio lindo e todo mundo virá até nós”.

Os ricos preferiam outros líderes que estavam muito mais perto deles mentalmente e que os abençoavam e respeitavam. O “período de ouro”, que começou com o ARI, diminuiu gradualmente e chegou ao fim.

No entanto, os seguidores do Baal Shem Tov instigaram um enorme processo de correção. A Cabalá contemporânea é baseada em seu trabalho.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 14/05/14