Como Um Feixe De Juncos — Correções Através Das Eras, Parte 1

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 3: Correção Através das Eras
A Evolução do Método de Correção

No capítulo anterior, nós dissemos que os desejos crescem do inanimado para o vegetal, animal e falante. Nós dissemos que essa progressão ocorre tanto externamente, na natureza geral, como internamente, dentro de nós. Também dissemos que somente no nível falante dentro de nós é que temos uma livre escolha, mas que para fazer escolhas que nos sejam benéficas, temos primeiro que aprender como a Natureza opera na sua raiz.

Finalmente, nós dissemos que Israel representa o desejo de conhecer a raiz, o Criador, o Criador de tudo o que existe, e que Abraão foi o primeiro a descobrir essa raiz. Ele tentou ensinar seus contemporâneos, e hoje nós, os judeus, os descendentes desse desejo, devem levar a cabo a vocação de Abraão e completar a sua tarefa.

O que Abraão descobriu foi que o único problema com os seus conterrâneos era seus egos crescentes. Eles estavam se tornando demasiado egocêntricos para manter uma sociedade sustentável. Eles costumavam ser “Uma língua e uma fala”, mas devido aos seus egos crescentes se tornaram alienados e incomunicáveis. Eles se tornaram tão indiferentes uns com os outros, tão descuidados e preocupados em se exaltar que, como mencionado no capítulo anterior, “Se uma pessoa caísse e morresse [ao construir a torre de Babel] eles não se preocupariam com ela. Mas se um tijolo caísse, eles se sentariam e chorariam, e diriam, ‘Quando virá outro que em seu lugar'”. [i]

Pior ainda, Abraão descobriu que o ego crescente não estava prestes a parar de crescer. Ele era um traço inerente na natureza humana, uma característica distinta do nível falante que o ego deve aumentar constantemente porque é alimentado pela inveja dos outros. Na sua “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot (Face Brilhante e Acolhedora)”, Baal HaSulam escreve, “O Criador instigou três inclinações nas massas [pessoas], chamadas, ‘inveja,’ ‘cobiça’ e ‘honra’. Devido a elas, as massas se desenvolvem grau após grau para extrair a face de um homem inteiro”. [ii] Em outras palavras, a inveja não é má em si mesma, e nós ainda temos que lidar com ela, corrigi-la e apontá-la a uma direção construtiva.

[i] Pirkey de Rabbi Eliezer [Capítulos do Rabino Eliezer], Capítulo 24

[ii] Rabino Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos de Baal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot [Face Brilhante e Acolhedora]” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 134.