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Qualidades do Sumo Sacerdote, Parte 3

laitman_232_064. Riqueza

“O Sumo Sacerdote tem que ser monetariamente mais estável que outros Cohanim”. (“Faça-se a Luz”, “Levítico”, “Emor“).

Corrigir os nossos Kelim (vasos) e receber a Luz de Hochma significa que somos “ricos”.

Dinehiro (“Kesef “- vem da palavra “Kisuf“- cobertura) indica a tela (Masach). Os Cohanim usam o dinheiro para satisfazer as necessidades de outras pessoas, para ajudá-las e se conectar com elas.

Financeiramente, o sumo sacerdote tem que estar muito “melhor” do que os outros Cohanim, ou seja, tem que ter uma “tela” grande (Kesef, Kisuf – o dinheiro) para usar o dinheiro como um “guarda-chuva de segurança” para cobrir o seu povo. O sumo sacerdote possui o poder que pode absorver todos os desejos, propriedades e esperanças de seu povo, torna-os mais dignos, leva-os ao próximo nível espiritual, e orientando-os corretamente à Luz Superior para que esta última os beneficie, não machuque.

Cada próximo nível inclui todos os níveis anteriores. Os níveis inferiores são semelhantes aos pontos correspondentes do próximo nível. É por isso que um Cohen tem que ter uma tela que abrange todos eles.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 14/05/14

Como Posso Parar De Condenar O Criador?

Laitman_509Pergunta: Como uma pessoa pode parar de condenar o Criador?

Resposta: Uma pessoa não pode parar de fazer isso. Nós não estamos no controle; na melhor das hipóteses, nós podemos pedir. Ao pedir, operamos a Luz que Reforma, mas não executamos a verdadeira ação. Somente a Luz pode realizar a correção.

A Luz do “mundo do Infinito” que aparece a meu pedido ao preencher o meu desejo de melhorar – de chegar mais perto, de me adaptar ao Criador – executa as ações necessárias. Apenas o pedido é meu, e ele deve ser apenas para doar, de modo que eu possa ser atraído apenas à doação e que as minhas contas sejam apenas de acordo com isso.

Eu não levo os meus sentimentos em conta. Não faz diferença se isso é bom ou ruim, e eu só vejo até que ponto posso justificar o Criador. Esta é a única coisa que me dói. Minha dor não está relacionada com o meu corpo físico, mas com a minha atitude em relação a ele. Será que vou ser capaz de justificar o Criador acima dos meus sentimentos em meu corpo físico e que devem estar aderidos a Ele até que eu O ame, ou não?

Nesse meio tempo, minha carne viva é cortada sete vezes por dia, mas eu prefiro o ponto de adesão na sua parte posterior. Assim, sua face é revelada, o que é de fato um grande prazer, mas absolutamente não nos meus velhos vasos egoístas e não na mesma Luz de prazer que eu pensava e esperava.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/05/14, Escritos do Baal HaSulam

O Preenchimento Do Completo Vazio

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o significado de eu me preparar para o vazio contínuo e a sensação deste preenchimento?

Resposta: Há a correção dos vasos e o preenchimento dos vasos. Tudo se passa dentro de uma pessoa e eu tenho que preparar o meu vaso, a fim de receber tudo como bom e nada mais é necessário.

Eu recebo tudo o que tenho do Alto, do Criador, do “não há outro além Dele” e, portanto, tenho que ansiar em me sentir bem apenas a partir do fato de que recebo Dele. Isso é chamado de purificação dos vasos, o nível de Bina, Hafetz Hesed. O desejo de receber é corrigido de tal modo que não exige nada para si, exceto a sensação de conexão com o criador, que é o que preenche-o completamente.

Eu não me importo com nenhum estado que possa vir, do melhor ao pior, todo o terrível vazio e os diferentes estados extremos, uma vez que estou acima do meu vaso com um Masach (tela) e a Ohr Hozer (Luz de Retorno).

Se estou aderido ao fato de que tudo vem do Criador, eu aceito integralmente todos os estados com a minha mente completa e do fundo do meu coração, em todas as minhas contas, desejos, intenções e sentimentos. Isso se chama o nível de doação absoluta, Hafetz Hesed, a primeira correção essencial do desejo de receber, após o qual é possível chegar à doação ao Criador. Este é um tipo de limpeza do meu ego.

Se o estado vem do Criador e eu estou num mundo que é totalmente gerido pela força superior, eu não me importo com o que sinto no meu desejo de receber. Se isso foi enviado pela força superior, deve ser bom, e, portanto, estou calmo.

Eu não sinto que sou um hipócrita e não me pressiono, mas, na verdade, sinto que estou realmente em estado de correção. Qualquer coisa pode acontecer em minha mente e coração, mas eu só quero estar aderido num ponto, ao pensamento de que isso vem do Criador.

Por isso, eu estou em doação real em Hafetz Hesed, acima de todos os eventos que possivelmente podem vir junto, sejam guerras, problemas, medos, ansiedades, conflitos, erupções, os piores eventos possíveis e os melhores. Eu sei que isso vem do Criador e esse pensamento é suficiente para cobrir todos os sentimentos em meu desejo de receber.

Uma Luz que Reforma muito forte que vem de cima é necessária para tal correção, a Luz de Hochma que afeta o meu desejo de receber e eleva-o ao vaso de Bina. Mas, enquanto, ela ilumina de forma oculta, na forma de Ohr Makif (Luz Circundante). [

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/05/14, Escritos do Baal HaSulam

Ver Outros Mundos

Dr. Michael LaitmanA integração entre as duas forças, recepção e doação, é a base da criação. A ciência moderna está se aproximando desse fenômeno, mas ainda não está pronta para senti-lo. Os cientistas estão se aproximando de um limite após o qual vão descobrir que tempo, espaço e movimento não existem, que não há vida e morte, e que a matéria não existe, nem mesmo as partículas fundamentais. Em vez disso, tudo isso se encontra em nossas sensações.

O que existe? Como podemos adquirir os sentidos para a nova dimensão?

Os cientistas já chegaram à conclusão de que não há vida e morte, mas que tudo é derivado de algum tipo de sensação interna. Portanto, quem somos nós? Será que meu corpo realmente existe, ou só parece dessa forma para mim? O conceito de “existência” desaparece; para quem ela existe? Artigos científicos recentes indicam que eles chegaram à conclusão que ela é puramente uma contemplação interna.

Pergunta: Suponha que os Cabalistas têm um objetivo que muitas pessoas podem ver como transitório, mas ainda é um objetivo. O objetivo dos cientistas é simplesmente descobrir alguma coisa, e o que mais?

Resposta: O mesmo objetivo existe para nós e para os cientistas. Nós queremos descobrir o propósito da vida! Que diferença faz se nós o chamamos de Criador, natureza ou de qualquer outra coisa? Eu quero descobrir a verdade, mas não estou pronto para fazer isso, porque eu descubro isso em relação a mim mesmo; e, se eu mudar, ele também muda. Isso quer dizer que já não é a verdade, não é mais absoluta, e se nós estamos falando sobre o absoluto, eu não posso alcançá-lo. Eu não estou preparado para sentir e entender isso, porque não estou pronto para isso. Eu devo mudar a mim mesmo de antemão. No entanto, como posso mudar em relação ao mesmo espaço em que vou descobrir a verdade?

Esta é verdadeiramente a teoria da relatividade, mas não a de Einstein. Pelo contrário, é mais moderna. Afinal de contas, nós nos encontramos agora no limiar de atravessar a barreira para a compreensão de um novo espaço. É possível chamar isso de um espaço, pois é sentido dentro de nós, semelhante ao nosso espaço. No entanto, cabe a cada um de nós verificar se temos sentido a verdade. Isto é obrigatório. Nós só podemos analisar isso com a condição de que saímos de nós mesmos e nos calibramos em relação a algo eterno e pleno. Como podemos fazer isso? É exatamente aqui que a ciência para e falha. Portanto, os cientistas acabarão nos ouvindo. Eles terão um grande desejo de avançar, juntamente com a grande decepção de que não podem avançar por causa da barreira que não estão prontos para atravessar. Eles vão entender que do outro lado da barreira se encontra algo que não estão prontos para perceber porque não têm outros sentidos. Onde estão esses sentidos? Como eles são adquiridos? Como podemos mudar, a fim de adquiri-los?

Quando um estado como esse for criado, eles estarão prontos para nos ouvir e entender. Eles terão todas as condições prévias de anseio, uma tremenda atração para o avanço, o reconhecimento de sua impotência, e a sensação de que estamos falando de algo que surge no mesmo padrão que a sua sensação.

O que é a ciência? É o desejo de descobrir o Criador. Os cientistas aspiram a descobrir o Criador, mas eles O chamam de natureza. Nós também O chamamos de natureza, mas para eles a natureza é só as leis que agem neste mundo, e nós estamos dizendo que a natureza é muito mais ampla. Nós oferecemos a investigação sobre as leis do outro mundo.

Quando as pessoas se tornam objeto de investigação, seus valores são alterados. Isto ocorre mesmo que não pensemos desta forma, porque nos acostumamos a pensar que somos imutáveis. Por exemplo, numa fórmula matemática, um fator é a constante, e o resto dos fatores mudam, e é assim que vamos resolver a equação. Depois disso, nós começamos a mudar este fator e não mudamos os outros, e assim por diante.

É assim conosco também. Nós achamos que não precisamos mudar a nós mesmos e estão explorando a natureza mutável. No entanto, quando chegamos a uma barreira, um beco sem saída, começamos a ouvir e a entender algo como investigadores. No entanto, se começamos a mudar a nós mesmos, pode ser que também descubramos que causamos uma mudança? Quando começamos a ser alterados, adquirimos novos sentidos.

Os cientistas dizem que a percepção é subjetiva. Se a emoção é subjetiva, vamos mudar o sujeito, e assim vamos ver outros mundos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 10/12/13

Como Um Feixe De Juncos — Correções Através Das Eras, Parte 1

Like a Bundle of ReedsComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Capítulo 3: Correção Através das Eras
A Evolução do Método de Correção

No capítulo anterior, nós dissemos que os desejos crescem do inanimado para o vegetal, animal e falante. Nós dissemos que essa progressão ocorre tanto externamente, na natureza geral, como internamente, dentro de nós. Também dissemos que somente no nível falante dentro de nós é que temos uma livre escolha, mas que para fazer escolhas que nos sejam benéficas, temos primeiro que aprender como a Natureza opera na sua raiz.

Finalmente, nós dissemos que Israel representa o desejo de conhecer a raiz, o Criador, o Criador de tudo o que existe, e que Abraão foi o primeiro a descobrir essa raiz. Ele tentou ensinar seus contemporâneos, e hoje nós, os judeus, os descendentes desse desejo, devem levar a cabo a vocação de Abraão e completar a sua tarefa.

O que Abraão descobriu foi que o único problema com os seus conterrâneos era seus egos crescentes. Eles estavam se tornando demasiado egocêntricos para manter uma sociedade sustentável. Eles costumavam ser “Uma língua e uma fala”, mas devido aos seus egos crescentes se tornaram alienados e incomunicáveis. Eles se tornaram tão indiferentes uns com os outros, tão descuidados e preocupados em se exaltar que, como mencionado no capítulo anterior, “Se uma pessoa caísse e morresse [ao construir a torre de Babel] eles não se preocupariam com ela. Mas se um tijolo caísse, eles se sentariam e chorariam, e diriam, ‘Quando virá outro que em seu lugar'”. [i]

Pior ainda, Abraão descobriu que o ego crescente não estava prestes a parar de crescer. Ele era um traço inerente na natureza humana, uma característica distinta do nível falante que o ego deve aumentar constantemente porque é alimentado pela inveja dos outros. Na sua “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot (Face Brilhante e Acolhedora)”, Baal HaSulam escreve, “O Criador instigou três inclinações nas massas [pessoas], chamadas, ‘inveja,’ ‘cobiça’ e ‘honra’. Devido a elas, as massas se desenvolvem grau após grau para extrair a face de um homem inteiro”. [ii] Em outras palavras, a inveja não é má em si mesma, e nós ainda temos que lidar com ela, corrigi-la e apontá-la a uma direção construtiva.

[i] Pirkey de Rabbi Eliezer [Capítulos do Rabino Eliezer], Capítulo 24

[ii] Rabino Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos de Baal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot [Face Brilhante e Acolhedora]” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 134.