Será Que As Estrelas Afetam Nosso Destino?

Dr. Michael laitmanPergunta: Os signos do Zodíaco e o destino – o tema é emocionante e intrigante e não muito compreendido. Será que as estrelas afetam nosso destino; é possível prevê-lo e o que você pode fazer com esse conhecimento?

Afinal de contas, a coisa mais difícil na vida é a sua imprevisibilidade. Nós vivemos sem saber o que vai acontecer conosco no futuro, que surpresas estão guardadas para nós.

Uma pessoa não pode controlar sua vida. E é por isso que as pessoas estão tão interessadas ​​em astrologia, que, supostamente, pode prever o caráter de uma pessoa e toda a sua sorte pelas estrelas.

A astrologia era conhecida no antigo Egito, Grécia antiga, no Oriente, Índia, China, e entre os índios americanos. E hoje, muitas pessoas acreditam que existe uma conexão entre as estrelas no céu e o estado humano. Será que essa conexão realmente existe?

Resposta: O universo inteiro se desenvolve gradualmente, passo a passo, e o ser humano é a última etapa de seu desenvolvimento, o mais desenvolvido deles. Mas só porque as pessoas são mais desenvolvidas do que os animais e têm tal mente e sentimentos com os quais podem revelar a natureza num grau maior, elas se sentem muito vulneráveis.

É dito que um bezerro de dois dias já pode ser chamado de um pequeno touro. Tendo mal nascido, ele já tem o mesmo pensamento e sentimentos como um touro adulto. Ele sabe que plantas podem e não podem ser comidas, e não vai cair de uma altura, ao contrário de uma criança pequena que deve ser cuidada e educada até que se torne mais sábia.

Se uma criança não for educada, ela vai crescer como um animal. Mas se lhe dermos toda a experiência humana, acumulada ao longo de muitos anos, ela vai se tornar um ser humano até o nível em que recebeu a oportunidade de se desenvolver. Um ser humano se desenvolve, e como ele se desenvolve, ele revela o mundo.

Portanto, o ser humano é uma criatura muito sensível, porque tem que sentir a natureza de uma maneira sutil. Ele é forte, porque é capaz de construir para si os sistemas que o protegem contra as adversidades da natureza. O ser humano descobriu o fogo e inventou a eletricidade para aquecer a sua casa e iluminar a escuridão da noite. Ele aprendeu a se comunicar a longas distâncias e inventou a Internet.

Os seres humanos aperfeiçoaram a natureza, acrescentando-lhe todas as comodidades que lhe faltavam. Ao mesmo tempo, ele mesmo não mudou muito, e é óbvio que há limites muito claros das capacidades humanas.

Nós podemos melhorar o nosso estilo de vida em todos os sentidos, mas não podemos responder às questões mais importantes, “Qual é o meu destino? O que me espera no futuro? Quando vou morrer? O que aconteceu comigo antes de eu nascer e o que vai acontecer depois da minha morte? O que acontece para além dos limites desta vida?”

“Por que na minha vida eu conheci as pessoas que me cercam? Por que nasci com esse caráter, esse género, num determinado país, e num determinado período de tempo?”

Tudo isso ainda é um mistério para nós. Há algum poder que nos controla e não podemos influenciá-lo. Nós somos capazes apenas de nos tornar mais confortáveis no lugar onde fomos trazidos pelo destino. Nós construímos casas para nós mesmos ao invés de viver em cavernas, e nós preparamos e armazenamos alimentos para uso futuro.

Nós estamos desenvolvendo aquilo que se relaciona com a vida material do corpo. Ou seja, usamos a mente e os sentidos humanos, os quais nos elevam acima dos animais, em benefício deste nível animal, de nossos corpos. Pelo propósito de satisfazer os nossos corpos, nós desenvolvemos todas as ciências da física, química, biologia e zoologia.

Nós não podemos sair do nosso corpo com nossa mente e sentimentos humanos. Acontece que nós estamos usando tudo o que nos foi dado acima do nível animal, como o grande intelecto e capacidade de estudar a natureza e revelar as suas leis, apenas em prol de nosso bem-estar animal.

Nós queríamos nos mover rapidamente e criamos o carro, queríamos falar à distância e inventamos o rádio e a Internet. Mas todas essas invenções são feitas para a conveniência do corpo e da sua saúde, seja para si ou para sua família e filhos.

Não há invenção feita pela nossa mente altamente desenvolvida, destinada para o benefício de se elevar acima do grau do nível animal. Universidades, bolsas de valores e museus foram todos concebidos para proporcionar o máximo de conforto para os nossos corpos. É triste ver de que forma primitiva nós usamos sentidos sutis como uma mente afiada e a capacidade de evoluir e se desenvolver de geração em geração.

Nós voamos para o espaço e fazemos grandes avanços na medicina. Cem anos atrás, a expectativa média de vida não passava de 40-50 anos, e hoje estamos chegando perto de 100 anos. Em mais 50 anos, nós poderemos viver por 200 anos. Nós temos a oportunidade de tornar a nossa vida neste mundo muito mais intensa, duradoura e saudável, prolongando a existência do corpo. Mas o que podemos fazer com ela por um período tão longo?

Nós podemos melhorar as condições para a existência do corpo e para as nossas famílias e filhos. Nós podemos responder a qualquer pergunta, exceto à principal delas com respeito ao nosso destino. O conceito de destino inclui a forma em que existíamos antes do nascimento, qual será esta forma após a nossa morte, bem como o que acontece conosco no intervalo entre o nascimento e a morte, e que testes vamos ter que passar nessa vida.

Por um lado, nós reconhecemos que tudo isso é planejado. Mas, no que diz respeito a nós, parece um completo acidente (acaso). Nós achamos que agora é uma coincidência, mas talvez possamos subir um pouco, olhar para baixo e ver o programa, que é extremamente curioso.

De KabTV “Uma Nova Vida” 01/01/15