Estar Dirigido Aos Amigos É Estar Dirigido À Luz

Laitman_524_01Nosso estudo e disseminação espirituais são derivados da correção da quebra de todo o Kli, o Kli da alma coletiva. Este processo pode ser dividido em três estágios de desenvolvimento.

Quando eu vim ao meu professor, o Rabash, eu conheci cinco ou seis pessoas que tinham estudado com Baal HaSulam.

Elas tinham uma abordagem particular de estudar: sentar calmamente, ler e falar um pouco entre si. Elas trocavam apenas algumas palavras entre si, porque entendiam o que era dito nos livros, e durante a leitura, estavam fazendo ações espirituais internas. É assim que elas avançavam. Como pessoas que caminham junto na floresta ou num campo, essa é a forma como elas trocavam impressões sobre o que “viam” no caminho, enquanto estavam lendo.

A tensão entre elas, e o trabalho interno durante o qual corrigiram seus desejos, era palpável. Ou seja, elas estavam trabalhando tanto junto como separadamente.

Naquela época, nós estudávamos apenas O Estudo das Dez Sefirot e O Livro do Zohar com o Comentário Sulam. Não havia artigos ou cartas do Baal HaSulam e Rabash.

Quando eu trouxe novos alunos para o Rabash, ele começou a escrever artigos, porque isso criou uma oportunidade para falar sobre a correção das pessoas, e o principal, o que nós poderíamos adicionar à Luz Superior.

A Luz Superior nos pressiona e nos move por esses estágios que devemos percorrer. Se não estamos prontos para isso, recebemos a sua influência como um golpe e contra a nossa vontade; nós damos voltas e nos esquivamos para reduzir o sofrimento. Afinal, quando você pressiona algo, o objeto que está sendo pressionado irá adotar a forma mais adequada para a sua condição.

Por outro lado, eu poderia me colocar sob a influência da Luz Superior e atraí-la da forma mais eficaz. A Luz não muda, mas desta forma eu mudo sua influência sobre mim.

Além disso, a minha posição, a minha localização, tomando a forma mais confortável e apropriada para a Luz, não é encontrada artificialmente; sim, eu devo mais ou menos me acomodar com o que devo alcançar. Eu não apenas me esquivo e fujo para algum lugar; em vez disso, eu intencionalmente procuro a influência da Luz.

Como alguém pode fazer isso, quando, afinal de contas, não vemos, não entendemos, e não sentimos a espiritualidade? Assim, o grupo me ajuda, pois nele eu posso encontrar a minha posição mais ideal em relação à Luz. Eu não me acomodo em relação à Luz, porque no nosso mundo, no mesmo plano em que eu me encontro, tenho a possibilidade mais clara e precisa de me dirigir à Luz. Isto não é em relação à Luz, mas no que diz respeito aos meus amigos.

Esta é a razão para a “Shevirat HaKelim” (quebra dos vasos); é assim que eu vou ter a possibilidade de trabalhar com eles. Assim, eu não me forço à Luz; em vez disso, eu posso alcançá-la por meio de características opostas, porque não estou trabalhando com ela, mas com meus amigos. É assim como isso funciona.

A principal coisa é não perder a oportunidade de escolher cada vez a forma ideal de adaptação mútua entre nós. Cada um de nós começa a perceber sua posição máxima em relação aos outros, e, desta forma, entra num quadro unificado como um mosaico ou um caleidoscópio.

Eu já começo a pensar em como meus amigos vão atingir sua forma ideal. Essa “união” é chamada de “centro do grupo”. Onde todo mundo está envolvido nisso, eles se estabilizam para se dirigir a este estado. Quando entrarmos nele, ele vai se fechar, e, nesse momento, nós nos tornamos como a Luz e a sentimos imediatamente. A característica comum de doação – essa é a Luz, o primeiro nível.

Da Convenção em Sochi 11/06/14, Lição 2