Transição Para Uma Ordem Mundial Altruísta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como você vê a transição para uma nova ordem mundial altruísta?

Resposta: Por si só, o mundo não pode facilmente chegar a um estado em que começa a reduzir a produção de commodities, consumo e serviços a limites razoáveis, pois a economia simplesmente morreria. As pessoas não saberiam o que fazer e se rebelariam.

Assim, o capitalismo terá que manter artificialmente o emprego das pessoas e encontrar algo para mantê-las ocupadas. Apesar de tudo, isso seria um grande problema. Haveria rebeliões, manifestações, guerras civis, inclusive guerras mundiais, até que a humanidade chegasse à decisão de que deve ser educada novamente para alcançar uma nova ordem mundial em que fabrique apenas o que é necessário, e as pessoas que são liberadas do trabalho estivessem envolvidas na educação integral. Ou, é possível dizer desta forma: todo o resto estará envolvido com o trabalho espiritual de acordo com a regra geral, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

A sabedoria da Cabalá não recomenda esperar até que o sofrimento obrigue a pessoa a pensar e chegar ao entendimento de que precisa de uma nova educação e fazer algo sobre si mesma. A sabedoria da Cabalá oferece uma maneira científica para chegar agora a este estado, o que significa compreender que o futuro da humanidade está apenas no consumo moderado e racional de tudo o que uma pessoa precisa para uma existência normal.

O resto de seus recursos e possibilidades devem ser direcionados para a criação de uma única sociedade onde o Criador será revelado, porque, desde o início, ela existe neste mundo apenas para esse fim.

Nós temos que ser capazes de mostrar e dizer a todos que não há nenhuma outra maneira e isto é o que a sabedoria da Cabalá oferece. Nós estamos agora diante de dois caminhos: o caminho natural, na forma de “em seu tempo”, que é a forma de golpes terríveis até que nos tornemos mais inteligentes, ou ir no caminho certo e inteligente, consciente, que é o que a sabedoria da Cabalá oferece. Com isso, nós mesmos nos reeducamos não pela força, mas ao começar a mudar o mundo, ou seja, ao reduzir progressivamente o seu consumo e produção em conformidade e ao providenciar uma distribuição igualitária para todos em conformidade, e assim por diante.

Não há nenhum caminho egoísta suave em direção a este estado, uma vez que o caminho egoísta é dirigido à produção excessiva. Desta forma, ele contradiz o nosso apelo para fornecer quantidades racionais de alimentos, produtos e serviços.