Os Filhos Do Universo, Parte 9

Dr. Michael LaitmanNós somos muito limitados. Nós estudamos todo o universo e a nós mesmos através dos nossos cinco sentidos, calculando nosso ganho e perda.

Isso nos limita muito, porque não vamos além de nós mesmos e não vemos realmente o que está do lado de fora. Em vez disso, nós passamos tudo através do nosso sistema interno e decidimos se ele nos faz sentir bem ou mal.

Como resultado, há muitos fenômenos que não vemos e nós não distinguimos as muitas forças no nosso universo ou em universos paralelos. É porque elas simplesmente não nos interessam e não afetam o nosso ego, o nosso desejo de receber prazer.

Se eu pudesse identificar a conexão entre uma coisa e meu sucesso, eu certamente iria estudá-la e descobrir um novo fenômeno. Se eu não vejo essa conexão, eu sou cego para qualquer fenômeno.

A razão é que eu não tenho uma segunda força, a força de doação. Eu sou totalmente feito de força de recepção.

Comentário: Mas há também fenômenos nos quais vemos a conexão, mas não podemos distingui-los. Por exemplo, nós gostaríamos muito de saber sobre os desastres naturais com antecedência para que pudéssemos nos proteger deles. Isto é muito benéfico, mas ainda estamos desprotegidos em face de furacões, terremotos, etc.

Resposta: Claro que existem fenômenos que acreditamos existir, mas eles são como a matéria escura. Nós assumimos que eles existem e que são relacionados a nós, mas não podemos identificá-los. Mas isso é uma questão de busca num nível diferente.

Eu, por outro lado, estou falando de uma falha fundamental em nossa percepção, sobre o fato de que não está em nosso poder realmente ver de forma alguma, nem mesmo teórica ou hipoteticamente.

Se adquiríssemos a força de doação, a força para sair de nós mesmos e se pudéssemos remover a limitação de nossas mentes e desejos egoístas, nós estudaríamos verdadeira e objetivamente o que é externo a nós. Nós estudaríamos isso com uma mente e coração externos.

Então nós poderíamos revelar mundos inteiros e completar a imagem distorcida e fragmentada que vemos hoje.

Agora parece que vivemos numa bolha que é totalmente atraída para dentro e colapsa em si mesma. Nós vemos, sentimos e estudamos somente o que é percebido pela gravidade egoísta. É também onde existe o nosso universo, que parece tão imenso e infinito para nós. É tudo dentro dessa pequena bolha de nossa percepção.

A menos que adquiramos uma segunda força que nos permitirá sair dos limites de nossos atributos, não vamos descobrir o que está do lado de fora.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/03/14